sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Fernanda Brum grava música sobre Maria

Do Blog Ancoradouro por Vandelúcio Souza

Para muitos dos evangélicos, ecumenismo é uma palavra diabolócia, prenúncio ou anti-sala do armagedon. Devido a isso estes que se dizem tão amantes da palavra de Deus reservam-se a não falar sobre o que está escrito – acreditem – no próprio Evangelho como nas passagens que retratam Maria na história da salvação.

Mas as coisas estão mudando, ainda bem. Rompendo os preconceitos, a cantora evangélica Fernanda Brum surpreendeu os protestantes ao gravar uma música que fala sobre Maria, que para muitos não passa de uma “deusa grega”. A melodia é belíssima e a letra é o trecho bíblico da anunciação e do magníficat, retirado do capítulo primeiro de são Lucas, algo completamente evangélico, diríamos.

Ainda é lamentável perceber que muitos, ditos evangélicos, recharçem qualquer citação àquela que foi escolhida por Deus para ser a Mãe de seu filho. Fernanda Brum contribui na promoção do ecumenismo. Por parte dos católicos, estes sempre respeitaram nossos irmãos que pensam diferente, inclusive, diversos cantores católicos já gravaram músicas evangélicas.

À Fernanda Brum fica os parabéns pela coragem e fidelidade ao anúncio do Evangelho. Aos protestantes que não concordem com a composição de Brum eu sugiro que escutem “Minha Rainha”, música de Aline Barros feita para a Xuxa, talvez seja mais apropriada para esse tipo de fé que dispensa as verdades básicas do Evangelho.


Confira a letra:

Maria

Fernanda Brum

Era uma mulher sensível | A Deus a serva submissa
Viveu ao Senhor sempre rendida | Bendita entre as mulheres
Exemplo será pra sempre | Bendito é o fruto do seu ventre
Alcançou graça no Senhor | Ela disse em seu coração
Engrandece alma minha | A meu Deus e meu Salvador
Pois sua graça e misericórdia | São de geração | Em geração
O anjo de Deus lhe disse |Não temas és escolhida
E a ti um favor foi concedido | Teu filho será investido
De glória e poder divino | Virá salvação desse menino

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Heresia Moderna nº 4 - Não buscar saber as contribuições do catolicismo na história do mundo ocidental e oriental.

Se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso?(...) Assim também a fé, se não tiver obras, está completamente morta (Tg 2,14. 17.26). Segundo o dicionário “Mini Dicionário Português” da W Kids, a palavra obra significa, dentre outras coisas, ações ou atos humanos ou institucionais. Podemos deduzir a partir da explicação do significado da palavra obra, que, para São Tiago, para que uma fé cristã seja autêntica é urgente, transformar a mesma, em ações; atitudes práticas e visíveis.
Mas quando se fala em obras, a primeira coisa que se lembra, são as obras de misericórdia pessoal de cada fiel ou as ligadas institucionalmente a Igreja Católica (criadas por congregações, ordens religiosas, comunidades da Renovação Carismática Católica, prelazias, etc.).De fato, ao longo da história a Igreja, seja por leigos ou por religiosos, fundou e desenvolveu obras de cunho social e caritativo, como a Cáritas Internacional, Ajuda a Igreja que Sofre, Fazenda Esperança, entre outras que trabalham dentro da concepção da Doutrina Social da Igreja.
No entanto, a Igreja Católica, também, ao longo dos tempos foi o pilar ideológico na fundação de universidades – por conseguinte na educação ocidental em geral-, teve um papel altamente contributivo na história da teoria musical, nas artes, na medicina, nas ciências, etc.
A maioria dos católicos da atualidade, não domina essa temática, uns por desconhecimento, outros por má vontade de querer saber (embora tenham diversas oportunidades para conhecer).
Em contraponto disso, o artigo, “A Igreja Católica, Mãe das Universidades”, de autoria do professor e teólogo Felipe Aquino, defende que há maldade e ignorância, naqueles que insistem em se referir à Idade Média e à Igreja como promotoras da inimizade à Ciência e perseguidora dos cientistas.
Com a experiência de 30 anos, trabalhando como professor universitário na cadeira de Física, Felipe Aquino – com razão – percebeu que muitos universitários entravam católicos praticantes e saiam céticos, pois as Instituições de Ensino Superior ensinavam em diversas disciplinas a negação de Deus ou visões distorcidas sobre a Santa Inquisição ou a polêmica da pedofilia.
O artigo ajudou na redação de seu livro “Uma História Que Não é Contada”, Editora Loyola. Na publicação, o professor afirma, em contraponto ao discurso anti-religioso, que o catolicismo foi o fundador das primeiras e mais importantes universidades do mundo. Eis algumas delas:

• Universidade de Bolonha – Itália: Fundada em1158, teve a sua origem na fusão da escola episcopal com a escola monacal camaldulense de São Félix. Em 1200 Bolonha tinha dez mil estudantes (italianos, lombardos, francos, normandos, provençais, espanhóis, catalães, ingleses germanos, etc.);
• Universidade de Salamanca - Universidade mais antiga da Espanha que ainda existe, fundada pela Igreja; seu lema é “Quod natura non dat, Salmantica non praestat” (O que a natureza não nos dá, Salamanca não acrescenta”. Entre as universidades mais antigas está a de Santiago de Compostela. A cidade foi um foco de cultura desde 1100 graças ao prestígio de sua escola capitular que era um centro de formação de clérigos vinculados à Catedral.;
• Universidade de Santiago de Compostela - A cidade foi um foco de cultura desde 1100 graças ao prestígio de sua escola capitular que era um centro de formação de clérigos vinculados à Catedral.
• Universidade de Valladolid - É anterior à de Compostela já que em 1346 obteve do papa Clemente VI a concessão de todas as faculdades, exceto a de Teologia.
• Universidade Complutense – Fundada em 1499, pelo Cardeal Cisneros, mediante a Bula Pontifícia concedida pelo Papa Alexandre VI. Nos anos de 1509-1510 já funcionavam cinco Faculdades: Artes e Filosofia, Teologia, Direito Canônico, Letras e Medicina.
• Universidade de Roma, La Sapienza – onde tristemente estudantes e professores impediram o Papa Bento XVI de proferir a aula inaugural em 2008 - foi fundada há sete séculos, em 1303, pelo Papa Bonifácio VIII (1294-1303), com o nome de “Studium Urbis”.
• Universidade de Sorbonne – Paris - Surgiu da escola episcopal da Catedral de Notre Dame. Foi fundada pelo confessor de S. Luiz IX, rei de França, Sorbon. Ali estudaram muitos grandes santos como, São Tomás de Aquino São Francisco Xavier e Santo Inácio de Loyola – este último fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas), que fundou escolas em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, onde também foi a precursora do sistema educacional no Brasil.

Em se tratando de educação, foi um monge beneditino chamado, Guido D´Arezzo que desenvolveu as notas musicais (dó, ré, mi, lá, sol, lá, si).Para dar os nomes das notas, o religioso italiano, usou a primeira sílaba de cada verso de um hino de louvor a São João Batista:
“Ut queant laxis /
Resonare fibris /
Mira gestorum /
Famuli tuorum /
Solve polluti /
Labii reatum /
Sancte Iohannes”.

A tradução é algo como:

“Para que teus servos/
Possam, das entranhas/
Flautas ressoar/
Teus feitos admiráveis /
Absolve o pecado /
Desses lábios impuros/
Ó São João”.

No século 17, houve a troca de “ut”, por “dó”. O “si” nasceu da abreviação de “Sancte Iohannes” – São João em português.
Quanto às artes o catolicismo foi extremamente importante na construção de prédio, pinturas e na musica barroca.
Como você percebeu, a Igreja Católica tem uma vasta colaboração na história do mundo ocidental e oriental, basta que nós, membros da igreja, saibamos valorizá-la.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Bento XVI exige protecção para comunidades cristãs

Discurso do Papa ao Corpo Diplomático condena atentados no Iraque e no Egito, lembrando lei da blasfémia, no Paquistão


Cidade do Vaticano, 10 Jan (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje à defesa concreta da liberdade religiosa em todo o mundo, condenando as “numerosas situações” nas quais esse direito “ é lesado ou negado”, como no Iraque ou no Egito.

Recebendo no Vaticano os membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé, o Papa apontou o dedo aos “atentados que semearam morte, sofrimento e desconcerto entre os cristãos do Iraque, a ponto de os impelir a deixar a terra onde seus pais viveram ao longo dos séculos”.

“Renovo às autoridades deste país e aos chefes religiosos muçulmanos o meu premente apelo a trabalharem para que os seus concidadãos cristãos possam viver em segurança e continuar a prestar a sua contribuição à sociedade de que são membros com pleno título”, apontou.

Bento XVI lembrou o recente atentado na cidade egípcia de Alexandria, a 1 de Janeiro, que “feriu brutalmente fiéis em oração numa igreja”.

“Esta sucessão de ataques é mais um sinal da urgente necessidade que há de os governos da região adoptarem, não obstante as dificuldades e as ameaças, medidas eficazes para a protecção das minorias religiosas. Será preciso dizê-lo uma vez mais?”, perguntou.

Entre as normas que lesam o direito das pessoas à liberdade religiosa, o Papa deixou uma menção particular à “lei contra a blasfémia no Paquistão”.

“De novo encorajo as autoridades deste país a realizarem os esforços necessários para a ab-rogar, tanto mais que é evidente que a mesma serve de pretexto para provocar injustiças e violências contra as minorias religiosas”, lamentou, condenando o “trágico assassinato do Governador do Punjab”, Salman Taseer, a 4 de Janeiro.

Bento XVI disse ainda que "a violência contra os cristãos não poupa a África", citando os "ataques contra lugares de culto na Nigéria, precisamente enquanto se celebrava o Natal de Cristo".

O Papa retomou a reflexão que escolheu para o Dia Mundial da Paz 2011, frisando que “a dimensão religiosa é uma característica inegável e imparável do ser e do agir do homem”.

Neste tradicional encontro de início de ano com diplomatas de todo o mundo, Bento XVI afirmou que “a humanidade, em toda a sua história, através das suas crenças e dos seus ritos, manifesta uma busca incessante de Deus”.

“Quando o próprio indivíduo ou aqueles que o rodeiam negligenciam ou negam este aspecto fundamental, geram-se desequilíbrios e conflitos a todos os níveis, tanto no plano pessoal como no interpessoal”, alertou.

A Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, que decorreu no Vaticano durante o mês de Outubro, foi, para Bento XVI, “um período de oração e de reflexão, durante o qual o pensamento se dirigiu, insistentemente, para as comunidades cristãs daquela região do mundo, tão provadas por causa da sua adesão a Cristo e à Igreja”.

A este respeito, o Papa disse ter apreciado “a atenção pelos direitos dos mais débeis e a clarividência política de que deram prova alguns países da Europa nos últimos dias, pedindo uma resposta concertada da União Europeia a fim de que os cristãos sejam defendidos no Médio Oriente”.

Bento XVI lembrou apelos deixados nas visitas de 2010 “a Malta e a Portugal, a Chipre, à Grã-Bretanha e à Espanha”, manifestando ainda “gratidão pelo acolhimento” nesses países.

A Santa Sé tem relações diplomáticas com 178 Estados, a que se somam a União Europeia, a Ordem Soberana de Malta e uma missão de carácter especial, o secretariado da Organização para a Libertação da Palestina.

China: Bento XVI fala em período de «dificuldade e provação» para a Igreja Católica

Papa pede liberdade e plena autonomia de organização, saudando, por outro lado, diálogo que decorre em Cuba

Cidade do Vaticano, 10 Jan (Ecclesia) – Bento XVI acusou hoje o regime da China de provocar um “período de dificuldade e provação” para a comunidade católica neste país.

O Papa falava diante do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé, fazendo um balanço do ano que passou, em termos de liberdade religiosa no mundo.

"Neste momento, o meu pensamento volta-se de novo para a comunidade católica da China continental e os seus Pastores, que vivem um período de dificuldade e provação", disse Bento XVI.

Em 2010, contrariando uma prática que se mantinha há vários anos, o regime chinês ordenou um bispo sem o consentimento do Papa e a Associação Patriótica Católica (APC), subordinada a Pequim, promoveu uma assembleia de representantes católicos que gerou a ira do Vaticano.

A APC foi criada em 1957, para evitar "interferências estrangeiras", em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

No seu discurso desta manhã, Bento XVI pediu que “os crentes não se vejam lacerados entre a fidelidade a Deus e a lealdade à sua pátria”.

“De modo particular, peço que seja por todo o lado garantida às comunidades católicas a plena autonomia de organização e a liberdade de cumprir a sua missão, de acordo com as normas e padrões internacionais neste campo”, acrescentou.

O Papa criticou directamente os ordenamentos jurídicos e sociais que se inspiram “em sistemas filosóficos e políticos que postulam um estrito controlo – para não dizer um monopólio – do Estado sobre a sociedade”.

Bento XVI falou também da situação nos “Estados da Península Arábica, onde vivem numerosos trabalhadores emigrantes cristãos”, desejando que a Igreja Católica “possa dispor de adequadas estruturas pastorais”.

“Outras situações preocupantes, por vezes com actos de violência, podem ser mencionadas no Sul e Sudeste do continente asiático, em países que aliás têm uma tradição de relações sociais pacíficas”, acrescentou.

Nesse sentido, o Papa observou que “o peso particular de uma determinada religião numa nação não deveria jamais implicar que os cidadãos pertencentes a outra confissão fossem discriminados na vida social ou, pior ainda, que se tolerasse a violência contra eles”.

“É importante que o diálogo inter-religioso favoreça um compromisso comum por reconhecer e promover a liberdade religiosa de cada pessoa e de cada comunidade”, precisou.

Num longo discurso, Bento XVI quis deixar “uma palavra de encorajamento às autoridades de Cuba – país que celebrou, em 2010, 75 anos de ininterruptas relações diplomáticas com a Santa Sé – para que o diálogo, que felizmente se instaurou com a Igreja, se reforce e amplie ainda mais”.

A Santa Sé tem relações diplomáticas com 178 Estados, a que se somam a União Europeia, a Ordem Soberana de Malta e uma missão de carácter especial, o secretariado da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Educação: Papa pede liberdade para instituições da Igreja Bento XVI critica «espécie de monopólio estatal» e alguns «cursos de educação sexual»

Cidade do Vaticano, 10 Jan (Ecclesia) – Bento XVI pediu hoje mais liberdade para os projectos educativos da Igreja Católica, manifestando “preocupação” perante o que classificou como “uma espécie de monopólio estatal” nesta matéria.

O Papa falava diante do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé, fazendo um balanço do ano que passou, em termos de liberdade religiosa no mundo.

Para Bento XVI, reconhecer essa liberdade significa “garantir que as comunidades religiosas possam agir livremente na sociedade, com iniciativas no sector social, caritativo ou educativo”.

“Causa preocupação ver este serviço que as comunidades religiosas prestam a toda a sociedade, particularmente em favor da educação das jovens gerações, comprometido ou dificultado por projectos de lei que correm o risco de criar em matéria escolar, como se constata, por exemplo, em certos países da América Latina”, precisou.

O Papa exortou “todos os governos a promoverem sistemas educativos que respeitem o direito primordial das famílias de decidir sobre a educação dos filhos e que se inspirem no princípio de subsidiariedade, fundamental para organizar uma sociedade justa”.

O discurso de Bento XVI apontou também como “ameaça à liberdade religiosa das famílias nalguns países europeus” a imposição de “cursos de educação sexual ou cívica que propagam concepções da pessoa e da vida pretensamente neutras mas que, na realidade, reflectem uma antropologia contrária à fé e à recta razão”.

Ambas as questões mereceram, em Portugal, críticas de responsáveis católicos perante as determinações recentes do executivo de José Sócrates, particularmente no que diz respeito ao financiamento estatal a estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos.

Como fizera na sua viagem ao Reino Unido, em Setembro de 2010, o Papa veio “reafirmar vigorosamente que a religião não constitui um problema para a sociedade, não é um factor de perturbação ou de conflito”.

A este respeito, acrescentou que “a Igreja não procura privilégios, nem deseja intervir em âmbitos alheios à sua missão, mas simplesmente exercer a mesma com liberdade”.

“Emblemática a este respeito é a figura da Beata Madre Teresa de Calcutá”, referiu Bento XVI, lembrando que no centenário do seu nascimento lhe foi “prestada uma vibrante homenagem não só pela Igreja, mas também pelas autoridades civis, os líderes religiosos e pessoas sem conta de todas as confissões”.

“Exemplos como o dela mostram ao mundo quão benéfico é para a sociedade inteira o compromisso que nasce da fé”, apontou.

Neste tradicional encontro de início de ano com diplomatas de todo o mundo, o Papa manifestou a sua satisfação por “Estados de várias regiões do mundo e de diferentes tradições religiosas, culturais e jurídicas terem escolhido o meio das convenções internacionais”, como a Concordata, “para organizar as relações entre a comunidade política e a Igreja Católica”.

A Santa Sé tem relações diplomáticas com 178 Estados, a que se somam a União Europeia, a Ordem Soberana de Malta e uma missão de carácter especial, o secretariado da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2010: Crise marcou o ano das siglas

A dimensão social e mesmo política da Igreja Católica esteve em destaque num ano de 2010 marcado pela repetição da palavra “crise”, camuflada com siglas - PEC, OE, FMI, TGV, NATO, BPN, IRS, PIB ou BCE.

A criação de um “Fundo Social Solidário”, pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e iniciativas semelhantes em várias dioceses (nalguns casos, já sem recursos para conseguir responder às solicitações) concretizaram preocupações várias vezes manifestadas.

“As medidas de austeridade, para merecerem acolhimento benévolo dos cidadãos, têm de ser acompanhadas de forte intervenção na correcção de desequilíbrios inaceitáveis e de provocantes atentados à justiça social”, referia o comunicado final da assembleia plenária da CEP, em Novembro.

Sucessivas mensagens e intervenções dos bispos, particularmente depois da visita de Bento XVI, em Maio, convergiram, no final do ano, numa mensagem conjunta de Natal em que se aponta o dedo, entre outros, à “a falta de coragem e verdade governativas”.

2010 foi o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, tentando colocar no centro das preocupações os que “não têm voz na sociedade”, como frisava o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo.

Para D. Jorge Ortiga, presidente da CEP, este ano ficou manchado pela ausência de “iniciativas concretas para a verdadeira erradicação da pobreza, com o compromisso dos Estados”.

O aumento do desemprego, as anunciadas medidas de austeridade e o agravamento das condições sociais e económicas levou a um aumento de «novos pobres», acompanhados pelas instituições eclesiais em todo o país.

O olhar da Cáritas Portuguesa esteve ainda sintonizado nas tragédias, tanto em Portugal como no estrangeiro, em particular o Haiti.

O dia 20 de Fevereiro fica na história da Madeira, por força das chuvas torrenciais que destruíram habitações e provocou dezenas de mortos. Mais uma vez, a solidariedade do povo português – através da Cáritas e outras instituições – foi visível, através de bens de toda a ordem.

Além das questões sociais, o ano fica marcado pelas problemáticas da educação. Logo em Janeiro, D. José Policarpo alertava para “nova forma de hegemonia totalitária que se disfarça com as vestes da democracia”, pedindo um sistema educativo menos dependente do Estado.

No segundo semestre do ano, a tensão entre as escolas privadas (Ensino Particular e Cooperativo) e o Ministério da Educação cresceu significativamente, por causa das novas regras de financiamento para os estabelecimentos com contratos de associação.

A CEP, em comunicado, veio a público falar numa situação que, “desde há muito, vem dificultando, em todo o País, a vida e acção destas escolas, levando, de modo progressivo, injusto e programado, ao seu desaparecimento”.

As divergências com o executivo não se ficaram por aqui: no dia 8 de Janeiro, o Parlamento aprovava a proposta do Governo que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma “precipitação” segundo o padre Manuel Morujão, porta-voz da CEP, que viu na ausência de referendo sobre esta matéria uma “ferida democrática”.

«O Estado não é dono da família» e «Queremos votar» foram alguns slogans ouvidos numa manifestação em defesa do casamento, em Lisboa, a 20 de Fevereiro. Em Novembro, os cristãos manifestaram-se também, de outra forma: as dioceses portuguesas acederam ao convite de Bento XVI e fizeram uma vigília de oração pela «Vida Nascente».

O ano não se concluiria sem que outra iniciativa do Papa marcasse a vida da Igreja: Bento XVI aprovou a publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à Irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899). Assim, em 2011, Portugal terá uma nova beata.

2010: pontificado em análise Bento XVI realizou cinco viagens internacionais e quatro na Itália, concedeu uma entrevista considerada histórica.

Bento XVI viveu em 2010 o ano de maior exposição mediática desde a sua eleição, há cinco anos e meio, tendo conseguido em muitas viagens e intervenções públicas ganhar simpatias e redefinir mesmo a sua imagem.

A questão dos abusos sexuais cometidos por membros do clero foi uma sombra permanente sobre o Papa, que lhe procurou fazer frente apelando, por diversas vezes, à necessidade de justiça e de reparação, no seio da Igreja, em colaboração com as autoridades civis.

Em pleno Ano Sacerdotal, não esqueceria as vítimas – com quem se encontrou nas viagens a Malta e ao Reino Unido – nem os “bons sacerdotes” que tiveram de sofrer as consequências desta “humilhação”, como ele próprio referiu, escrevendo ainda aos seminaristas de todo o mundo, para lhes dizer que vale a pena querer ser padre católico nos dias de hoje.

Outro facto marcante foi a publicação de um livro-entrevista, «Luz do Mundo», resultante de uma conversa com o jornalista alemão Peter Seewald, que já antes entrevistara Joseph Ratzinger por duas vezes.

Para lá da polémica provocada pelas declarações sobre o uso do preservativo na prevenção da SIDA, o registo inédito permitiu dar a conhecer Bento XVI e o seu pensamento sobre temas centrais para a Igreja e a sociedade.

A primeira viagem internacional do ano teve como destino Malta (17-18 de Abril de 2010), onde o Papa lançou vários apelos ao respeito pelas raízes cristãs do país, uma mensagem que se estendia também à Europa.

De 11 a 14 de Maio, Bento XVI passou por Lisboa, Fátima e Porto, revelando capacidade de estar próximo das pessoas e de falar para lá das fronteiras da Igreja.

Se Portugal foi uma lição central para perceber o que pensa o Papa sobre o futuro da Igreja, a visita ao Reino Unido (16-19 de Setembro) mostra o que deseja da relação entre a comunidade crente e um mundo crescentemente secularizado.

Num ano em que canonizou seis novos Santos, é a beatificação do cardeal John Henry Newman (1801-1890) que melhor ilustra uma das batalhas centrais de Bento XVI: a busca de uma consciência aberta à verdade, que não funcione como uma instância meramente subjectiva e relativista.

Em Santiago de Compostela e Barcelona (6-7 de Novembro), Joseph Ratzinger retomou as suas preocupações sobre a Europa do século XXI, progressivamente afastada da fé em Deus, escolhendo dois símbolos mundiais: os caminhos de peregrinação, na Galiza, e a basílica de Gaudí, na Catalunha.

Também dentro da Itália se viveram momentos significativos, com a visita pastoral a Turim (2 de Maio), diante do Santo Sudário, e viagem a Palermo, Sicília (3 de Outubro), onde Bento XVI não teve medo de criticar abertamente a Mafia.

Na Itália, o Papa passou também por Sulmona (4 de Julho) e Carpineto Romano (5 de Setembro).

A viagem ao Chipre (4-6 de Junho) funcionou como uma espécie de prelúdio para Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, que meses mais tarde levaria ao Vaticano as preocupações de várias comunidades ameaçadas pela pobreza, o fundamentalismo, a violência e a emigração em massa.

O tema da liberdade religiosa voltaria a estar em destaque na mensagem que o Papa escreveu para o Dia Mundial da Paz 2011, afirmando que os cristãos são as principais vítimas de perseguição por causa da fé, no mundo.

Em Novembro, o Papa publicou a sua segunda exortação apostólica, intitulada «Verbum Domini» (Palavra do Senhor), na qual convida a Igreja e a sociedade actual à redescoberta de Deus.

2010 conclui-se com um problema que não pára de crescer: as tensões entre a Santa Sé e Pequim, que se configuram como um dos maiores desafios do actual pontificado.

No ano que agora se conclui, Bento XVI nomeou quatro novas presidências para a Cúria Romana e criou um novo Conselho Pontifício, criando ainda 24 novos cardeais.

23 missionários católicos assassinados em 2010 América lidera lista negra, com 15 homicídios, cinco dos quais no Brasil

A Fides, agência do Vaticano para o mundo missionário, revelou que 23 agentes pastorais foram assassinados em 2010, com destaque para o continente americano, com 15 mortes.

O número é inferior ao de 2009 (37 mortes), que tinha sido o mais elevado na última década, mas ultrapassa o registo de 2008 (20).

Na lista divulgada pela Fides encontram-se um bispo, 15 sacerdotes, um religioso, uma religiosa, dois seminaristas e três leigos.

“Esta é apenas a ponta do icebergue de uma situação crítica que atinge cada vez mais a comunidade cristã no mundo”, refere a agência da Congregação para a Evangelização dos Povos.

O caso mais mediático foi o assassinato do bispo italiano Luigi Padovese, presidente da Conferência Episcopal da Turquia, que teve lugar no dia 3 de Junho.

No Iraque, dois sacerdotes perderam a vida no ataque terrorista contra a catedral siro-católica de Bagdad, a 31 de Outubro, que deixou mais de 50 mortos.

As seis mortes na Ásia são ultrapassadas pelas 15 que aconteceram na América, cinco das quais no Brasil.

O elenco destas mortes refere-se não só aos missionários “ad gentes”, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria.

A Fides explica que entre os membros desta lista “provisória”, vários “foram vítimas da própria violência que estavam a combater ou da disponibilidade para ir ao encontro dos outros, colocando em segundo plano a sua segurança pessoal”.

Muitos foram assassinados em tentativas de assalto ou sequestro.

Os números da Agência mostram que desde 1980 morreram quase mil missionários, com destaque para as vítimas provocadas pelo genocídio do Ruanda, em 1994. Desde 2001 houve já 253 mortes registadas pela agência do Vaticano.

Papa recebeu «pequenos cantores» de todo o mundo

Bento XVI recebeu esta Quinta-feira, no Vaticano, um grupo de pequenos cantores, vindos de todo o mundo, incluindo Portugal.

No seu discurso, em várias línguas, o Papa disse que “o canto, que exprime o amor de Deus pelo homem e do homem por Deus, é um serviço que contribui para aumentar a fé da Igreja inteira”.

Milhares de rapazes e raparigas participaram, em Roma e no Vaticano, no 36.º congresso da federação internacional dos «Pueri Cantores».

“A minha afectuosa saudação também para os «pequenos cantores» vindos de Portugal. Agradeço-vos o precioso serviço que realizais, animando com o canto as celebrações litúrgicas”, disse Bento XVI, em português.

Papa convida a redescobrir «obediência a Deus» Última audiência de 2010, 45ª do ano, dedicada a santa do século XV

Bento XVI convidou hoje os cristãos a deixarem-se “guiar sempre por Deus”, na úlima audiência pública de 2010, no Vaticano.

Numa catequese dedicada a Catarinha de Bolonha (1413-1463), santa italiana, o Papa disse que os fiéis são chamados a “cumprir todos os dias” a vontade de Deus, “mesmo se, muitas vezes, não corresponde aos nossos projectos”.

“Nesta perspectiva, santa Catarina convida-nos a redescobrir o valor da virtude da obediência”, afirmou.

Santa Catarina de Bolonha foi canonizada pelo Papa Clemente XI, em 1712.

Em português, o actual Papa lembrou-a como “uma mulher de vasta cultura, mas muito humilde”.

“Catarina deixou-nos um belo programa de vida espiritual, na sua obra «As Sete Armas Espirituais», que são: procurar solicitamente cumprir o bem; acreditar que, sozinhos, não poderemos jamais fazer algo de verdadeiramente bom; confiar em Deus e, por amor d’Ele, nunca temer a batalha contra o mal, tanto fora como dentro de nós mesmos”, elencou.

Bento XVI lembrou ainda as recomendações da Santa para “meditar muitas vezes nos factos e nas palavras da vida de Jesus, sobretudo na sua paixão e morte; recordar-nos que temos de morrer; manter viva na mente a lembrança dos bens do Paraíso; ter familiaridade com a Sagrada Escritura, trazendo-a sempre no coração, para que oriente todos os nossos pensamentos e acções”.

Aos peregrinos de língua portuguesa, o Papa deixou uma “saudação de boas vindas”, em particular para o grupo de Escuteiros de Penedono, de Portugal, desejando “abundantes dons de graça e paz do Deus Menino”.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rio Paraíba do Sul em 10,10m: famílias ribeirinhas são encaminhadas para abrigo

Fonte: Site Ururau

Primeira comunidade a ser afetada pela cheia do Rio Paraíba do Sul, em Campos dos Goytacazes, Norte do Estado do Rio de Janeiro, a Ilha do Cunha sentiu mais uma vez os efeitos das chuvas. Com o aumento do nível, a água atingiu as primeiras casas 25 famílias foram removidas na manhã desta quarta-feira (29/12), para o Colégio 29 de maio.

A Defesa Civil em conjunto com a Secretaria de Promoção Social e outras secretarias municipais que dão apoio, atendem as famílias que levam o que podem tentando salvar móveis e eletrodomésticos.

Às 16h o nível chegou a 9,90m, às 18h a medição era de 10m e a subida continua em 10cm a cada duas horas, às 20h o nível chegou a 10,10m. E o nível dos demais rios ainda está subindo.


Pela manhã, a preocupação apresentada pelo Major Pessanha, subcomandante da Defesa Civil de Campos, é que o Rio Muriaé em Itaperuna subiu 1,07 em quatro horas na manhã desta quarta-feira (29/12). O rio estava com 4,80m às 8h e às 12h chegou aos 5,87m.

Uma equipe da Defesa Civil está de prontidão na localidade de Três Vendas, que é sempre a primeira a sofrer os danos com a cheia do Muriaé. Outra preocupação nesta região é com o dique de Santa Bárbara que sofre ameça de rompimento. O Muriaé é um dos principais afluentes do Paraíba.

Santo Eduardo
Em Santo Eduardo 20 famílias tiveram suas residências atingidas pela água. A defesa Civil esteve no local e realizou um cadastro. Agora os moradores vão receber assistência da Secretaria de Família e assistência social.

Ururaí
Em Ururaí a situação está controlada. As ruas atingidas pela chuva foram drenadas com bombas. Caso volte a chover pode ser que sejam necessárias novas ações.

Murundu
Na localidade de Murundu a Defesa Civil e a Promoção Social estão avaliando a situação de cerca de 40 famílias que estão desalojados em casa de amigos e parentes, para saber quais são as famílias que precisarão ir para escolas.

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domingo, 26 de dezembro de 2010

Heresia Moderna nº 3 - Trabalho como agente de pastoral, dou minha vida, dou meu sangue para a Igreja, mas não preciso de formação.

Leniéverson Azeredo Gomes

“ Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” .Esse é um trecho da 2ª Carta de São Paulo ao povo de Timóteo e expressa a identidade e o sentido da Palavra de Deus.Além de mostrar, o papel da Verdade revelada na construção de um homem santo e imitador de Cristo.
Isso concorda com o artigo 25, a Constituição Dogmática “Dei Verbum”, que chama a atenção de “todos os fiéis cristãos (...) para que façam leitura freqüente das divinas Escrituras e aprendam ‘ a eminente ciência de Jesus Cristo’ (Fl 3,8). ‘Com efeito, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo’”.
É muito comum, nos cursos de formação cristã, concluir, não-raro em pregações, a falta de conteúdo de muitos cristãos católicos. Notoriamente a bíblia, para esses cristãos se torna um livro de enfeite no armário, na estante, em cima da escrivaninha, sendo lida muito pouco ou nada dela.
Mas se você pensa que isso é uma característica apenas de quem não “trabalha na Igreja”, está errado. Isso acontece também com quem desempenha funções pastorais. Diante da gravidade dessa situação, consideramos que não buscar formação bíblico-teológico para ser um bom cristão, é o pai de todas as heresias antigas e as modernas descritas neste blog.
Seria a mesma coisa de um ator, não estudar, por exemplo, o método de Stanilawski para atuar, um médico não saber rudimentos de anatomia, um jornalista – como o autor deste blog - não saber, por exemplo, conhecimentos importantes do idioma de Camões (Língua Portuguesa).
Os membros da Igreja, que, ao se lembrar da palavra de Cristo aos seus apóstolos: “Quem vos ouve, a mim ouve”.(Lc 10,16), acabam recebendo com mais docilidade os ensinamentos e as diretrizes da Igreja, afirma o parágrafo 87 do Catecismo da Igreja Católica.
Vejamos algumas pontuações importantes das Sagradas Escrituras para que nós sejamos cristãos católicos de fato e melhores agentes de pastorais.
Para o Sacrossanctum Concilium, em seu artigo 24, “É máxima a importância das Sagradas Escrituras, pois dela são tirados os textos que se lêem e que são explicados na homilia e os salmos cantados, na celebração da liturgia. É de sua inspiração que surgiram as preces, a orações e os hinos litúrgicos. É dela também que as ações e os símbolos tiram a sua explicação”.
Em paralelo, a Gaudium et Spes, assegura que é pela contemplação e estudo dos que crêem, os quais as meditam em seu coração, e em especial, “ a pesquisa bíblica e teológica, é que se pode aprofundar o conhecimento da palavra revelada”.”Deus quer todos sejam salvos e tenham conhecimento da verdade” (I Tm 2,4), mas alguns prefere estar e não estar na Igreja.Estão fisicamente, mas não estão pastoralmente e eucaristicamente.
Por outro lado, a Teologia da Prosperidade, com sua dinâmica tem colaborado para uma nova interpretação do ser cristão.É claro, que nas seitas neo-pentecostais há membros ativos, por exemplo na Igreja Universal do Reino de Deus, são chamados de obreiros.Mas as pessoas vão nessas denominações, não para conhecer o Jesus que cura, mas sim, as curas, os milagres e bênçãos financeiras de Jesus.
Se transportamos isso para a nossa Igreja Católica, vamos perceber essa tendência, sobretudo em Igrejas que realizam as chamadas missas de cura e libertação da Renovação Carismática Católica.Nesse caso, segundo alguns especialistas em comportamento Cristão, toda essa visão sobre Deus pode resultar em pelo menos duas coisas: a mais óbvia que é uma relação de interesse para com Deus ou em casos mais graves pode gerar a apostasia (repúdio total a fé cristã), sendo este último ocasionado pelo fato de acontecer uma frustração por Deus não promover a benção que pediu a Cristo.
Se retomarmos o primeiro parágrafo deste artigo, chegaremos a conclusão que para sermos cristãos melhores dentro da Igreja, temos que conhecer a Palavra de Deus que é a base da Doutrina Católica. É conhecendo esta verdade, que estaremos libertos e poderemos amar cada vez mais e de forma comprometida, esta Igreja fundada pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Heresia Moderna nº 2 - Eu cumpro tudo que a primeira Lei da Igreja diz que é: assistir a missa inteira aos domingos e guardar os dias de festa, portan

Leniéverson Azeredo Gomes

Entre a Ação de Graças e a Benção Final nas Santas Missas está lá, o anunciador dos avisos da comunidade. Além da programação semanal da capela, a de nível paroquiana ou diocesana, o informante dos lembretes, também relata à assembléia, sobre a necessidade de se ter mais agentes de pastorais – leia-se convite informal ou de boca.Quando a Igreja está cheia, o “fazedor” de convite fica sorrindo de orelha a orelha, esperando mais respostas “Sim” do que respostas “Não”.Frustração, ao final da missa ninguém se voluntariou para trabalhar na pastoral da liturgia; catequese; música, da Criança, etc.
Se lugar onde você freqüenta passa por isso, não se assuste e não se descabele. É uma tendência cada vez mais freqüente no mundo católico atual – mas que não devemos considerar isso normal ou não procurar rezar para mudar. Independente de polêmica vamos juntos problematizar a questão.
A primeira Lei da Igreja descrita no título deste artigo, diz que devemos assistir missa inteira aos domingos e guardar dias de festa – em todos os dois casos tratar como uma atitude de preceito ou uma regra a ser cumprida. A missa ou celebração eucarística, como é de sabedoria ou dever-se-ia saber, é o momento onde se realiza o Santo Sacrifício, onde se atualiza o único sacrifício de Cristo, que se deu na cruz por nós e; cada membro da assembléia visível – descrito no artigo anterior – deve oferecer algo a Igreja. São sacrifícios de louvores, da Missa, espirituais, puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios narrados no Antigo Testamento.
Veja a Santa Missa nos recorda o momento em que o Filho do Homem, Jesus Cristo se deu no madeiro para a remissão dos pecados do mundo. No Antigo Testamento, o profeta Isaias, no capítulo 43, versículo 4, fala de um Deus que sempre é capaz de trocar reinos por nós.E Jesus, seu filho fez a mesma coisa, trocou a possibilidade de se salvar, diante da narrativa de sua Paixão e Morte, para a redenção da humanidade.
A Celebração Eucarística,, como foi descrito nos lembra, nos atualiza, nos recorda desse grande mistério da salvação e sacrifício de Cristo. Quando se acaba uma santa missa, o sacerdote faz a Benção Final, que nada mais, nada menos é um envio a missão – daí, também, se explica a origem da palavra missa (missio, missão). Vejam um trecho de uma das formulas da benção. “(...) Levai a todos a alegria do Senhor ressucitado.Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe”.
Porque certas pessoas insistem em não aceitar ou atender o chamado d´Ele, para ser serem seus imitadores e se sacrificarem pela Igreja também? Na capela, onde o autor deste artigo freqüenta (Capela Santa Rita de Cássia, Paróquia São Vicente de Paulo – Diocese de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro), nos fornece algumas respostas a essa pergunta que não quer calar.As pessoas costumam dizer que não tem tempo, que fazem isso, que fazem aquilo, são ocupações diversas.Nem mesmo o apelo do pároco tem surtido efeito.
Coincidentemente na Assembléia Diocesana, realizada em Campos dos Goytacazes, em dezembro de 2010, onde se reuniu representantes das 39 paróquias espalhadas pelas 13 cidades que englobam a diocese, foi discutida entre outras coisas, o fato de membros das comunidades diocesanas estarem em inúmeras pastorais - alguns estão até em cinco. É um acúmulo de funções, em decorrência desse panorama nada agradável.
Mas a diocese fluminense tem se mexido para melhorar este cenário ruim. Já em 2011, a diocese irá criar estratégias para a evangelização de jovens, casais e a formação pastoral. (questão última que será abordado em outro artigo), baseado no mais recente documento pontifício sinodal Verbum Domini.Além do mais, o curso de crisma – que por essência reaviva o senso de pertença a Igreja – tem introduzido temas ligados a importância de se fazer parte de pastorais e até a realização de Seminários de Vida no Espírito da Renovação Carismática Católica .
Concluindo, apesar da realidade aparentemente desoladora, a Igreja de Cristo, não pode se curvar, porque as portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Heresia Moderna nº 1 - Sou batizado como católico, mas não preciso ir à Igreja para demonstrar a minha fé.

Leniéverson Azeredo Gomes

Ninguém é uma ilha solitária em si mesma. Os primeiros cristãos entendiam muito bem isso, podendo ser verificado na narrativa dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, nos versículo 42,44 e 46. Os três versículos nos mostram que uma das virtudes dessa comunidade era busca pela unidade e o prazer que cada integrante tinham ao comparecer no Templo.
A palavra Igreja, retoma anaforicamente, ou seja, o parágrafo anterior, quando analisamos o seu sentido etimológico (origem da palavra).De acordo, com o livro “A Igreja do Povo de Deus, escrito pelo Frei Batistini, o termo Igreja, vem do grego Ecclesia, que significa união, reunião, assembléia religiosa do Povo de Deus. Para Batistini, ela, a Igreja é o Povo de Deus em marcha a casa do Pai.Esse povo de Deus, acrescenta Batistini são aqueles que receberam o Santo Sacramento do Batismo.
De fato, o Batismo, automaticamente, nos liga a uma rede de fiéis, obviamente, também, batizados em todo o mundo. Com efeito, dizer que, após ser batizado na Igreja Católica, pode-se viver a fé, em casa de forma solitária, sem precisar ir ao Templo Santo, é, com todas as letras, um ledo engano, pois a pessoa não fará parte do elemento visível ou do corpo de fiéis da Igreja Católica Romana.
No evangelho de São João, capitulo 17, versículos 20 seguintes, mostra Jesus exigindo pela união daqueles que acreditavam n´Ele, quando deseja que “todos sejam um, assim como o Pai, Deus, está n´Ele, Jesus, e o Pai n´Ele, de forma que, o mundo creia que tu, Deus, me enviaste..Ao implorar isso, Jesus queria dizer que, com essa união dos fíéis, resultasse em perfeição e, a partir dessa perfeição, todos pudessem ver a Shekinah – a glória concedida por Cristo.
Até mesmo, quando Jesus mandava seus discípulos e os demais seguidores em missão, os enviava de dois em dois, nunca evangelizar sozinho. Essa era sabedoria divina, quando dois ou mais estiverem em nome de Cristo, o mesmo Cristo estará no meio desses dois ou mais seguidores fiéis.
O Filho de Deus tinha esse raciocínio porque compreendia que os crentes reunidos, viviam na comunhão dos santos. De acordo com Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 948, a comunhão dos santos, inserida na oração do Creio, significa que a assembléia de fiéis é alimentada pelo Corpo e Sangue de Cristo a fim de crescer na comunhão do Espírito Santo (Koinonia) e comunicá-lo ao mundo, como paráclito e consolador.
Portanto, não dá para entender, porque um crente quer professar a sua fé de forma isolada, preferindo falar com Deus recluso em sua própria casa?Seria fobia social? Mas antes é preciso entender o que vem a ser isso. Segundo o Wikipedia, fobia social é, nada mais, nada menos quando o portador dessa fobia precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais. Tudo isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.
Grosso modo, os que costumam rezar só em casa, não tem um quadro de fobia social, muito pelo contrário, trabalham em grupo, tem uma vida social bastante ativa. O problema se resume apenas a vida de fé e o portador não aceita qualquer conselho que o oriente a mudar de postura, acarretando assim, numa heresia.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Heresias: Uma radiografia sobre a doença comportamental cristã que vem cada mais crescendo.

Leniéverson Azeredo Gomes

Desde a sua fundação por Jesus Cristo, a Igreja Católica convive com doutrinas que são contrárias a verdade revelada. A cada uma delas, chamamos de Heresias, palavra que vem do latim haerĕsis, esta que vem do grego, αἵρεσις, e significa em português, escolha ou opção. Em linhas gerais, heresia é na verdade, uma deturpação, má-interpretação ou, também, uma distorção grave da doutrina. Grosso modo, quem pratica a heresia, incorre numa espécie de excomunhão.
Para incorrer numa heresia, dentro do catolicismo, a pessoa tem estar batizada e praticar sem querer ser corrigido, a sua má-conduta, diferente da verdade trazida da doutrina dos apóstolos. A própria Bíblia, na carta de São Paulo aos Gálatas, no capítulo 5, versículo 20, fala sobre a "aparição de heresias", "idolatria, feitiçarias, inimizades, ambições, emulações, iras e brigas."
Ao longo da história, houve e ainda há muitos que discordam dos, por exemplo, dois principais dogmas da Igreja Católica, como: o dogma da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição de Maria. Afinal, para a Igreja Católica, dogmas são verdades de fé a qual todo católico batizado e evangelizado é orientado a seguir. Da discordância herética desses dois dogmas, surgiram, pelo menos 30 outras heresias, dentre eles o arianismo e o nestorianismo.
O Arianismo, criado no Século V por Ário, dizia que Jesus, não era filho de Deus. Já o Nestorianismo, também do Século V e criado por Nestório, Bispo de Constantinopla, dizia que Maria não era mãe de Deus (Theotókos).
Hoje, no século XXI, as heresias ganharam roupagem e matizes diferentes. Todas elas tem a ver o pensamento secularista iluminista.De acordo, com o teólogo alemão, Wolfhart Pannenberg, professor de Teologia Sistemática da Universidade de Munique - Alemanha, em seu livro “How To Think About Secularism” (Como Pensar sobre o Secularismo), nesse tipo de pensamento, o cristãos são desafiados a “justificar suas afirmações de verdade por meio de argumentos racionais ao invés de simplesmente apelar para a autoridade religiosa”, ou seja, para os cristãos adeptos do secularismo iluminista seguir uma doutrina equivale a mera questão de opinião sobre ela – a doutrina - que pode ou não ser afirmada de acordo com as preferências do indivíduo, ou dependendo de se elas falam diretamente a desejos pessoais.
O Teólogo alemão acrescenta que, “a empreitada missionária é uma questão de impor nossas preferências pessoas e preconceitos culturalmente condicionados sobre os outros, e é, portanto não só ilegítima como moralmente ofensiva”.
De fato, está cada vez mais comum, nos deparar com a desobediência a verdade revelada e autoridades da Igreja como o pároco, o bispo ou arcebispo e, até mesmo, o Santo Padre, o Papa.
Na prática, “católicos” rebeldes, que não aceitam seguir a verdade revelada como ela é, notoriamente, afirmam que a sua postura é a correta e ninguém pode contestá-los.Talvez, você esteja se perguntando, porque que a palavra católicos foi colocada entre aspas?Por uma razão bastante evidente, para deixar claro que um verdadeiro católico é aquele que é dócil ao Espírito, aceita de bom grado a verdade revelada e é fiel, é bom repetir FIEL, as autoridades eclesiais.
Preocupado, principalmente com as heresias modernas, este blog se propõe a debater com vocês todas elas, em artigos diferentes. Para deixar o internalta com “água na boca”, o blog elencará, pelo menos, 10 tipos modernos de heresias que serão discutidas - com o apoio da bíblia, do catecismo e dos documentos da Igreja - e porque foram classificadas como tais:
1.- Sou batizado(a) como católico(a), mas não preciso ir à Igreja para demonstrar a minha fé.
2.- Eu cumpro as duas, das cinco Leis da Igreja que são assistir a missa inteira aos domingos e guardar os dias de festa, portanto, não preciso fazer parte de pastorais.
3.- Trabalho como agente de pastoral, dou minha vida, dou meu sangue para a Igreja, mas não preciso de formação.
4.- Não buscar saber as contribuições do catolicismo na história do mundo ocidental e oriental.
5.- Afirmo ser católico(a), mas sou simpatizante da Teologia da Libertação e, defendo as idéias de seus principais expoentes.
6.- Freqüento a Igreja, vou as missas, sou casado(a) no civil, mas não preciso me casar na Igreja, e não quero que as pessoas insistam nisso.
7- Atacaram a Igreja Católica, os Padres, os Bispos e o Papa?Acho que isso não me diz respeito.
8.- Declaro com todas as letras que sou católico, mas acredito fortemente que não preciso colocar coisas na minha casa, alterar a rotina na minha família ou evangelizar minha família na fé católica.Isso é desnecessário.
9.- Diferente de outras denominações cristãs, a Católica não me obriga a ser dizimista, então não serei um.
10.-Acho a música protestante ou evangélica, muito mais ungida que a católica, mas não se preocupe sou católico(a) praticante e creio que isso não irá afetar meu amor a Igreja Católica.


Será um debate bastante pertinente e, certamente entrará em muitas polêmicas.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dica do Dia

Leniéverson Azeredo Gomes

Choveu na sua cidade ?Não se desespere.Ainda que as chuvas provoquem enchentes e estas provocam estragos materiais e até a perda de vidas, nos estimulam a pensar: O que estamos fazendo com a natureza?Porque que jogamos lixo na rua, que pode entupir bueiros?Porque lançamos detritos nos rios, mares e faixas de areia?Sim, os políticos tem de fazer a sua parte e você está fazendo a sua?

Ateus brasileiros buscam visibilidade com propaganda inverossímil

Fonte: Ecclesia Una

Os insensatos que fizeram do ateísmo bandeira de luta têm promovido um forte movimento antirreligioso recentemente. É a reação da modernidade ao mistério do Natal, do Deus que se encarna por amor, do Criador que se revela e redime a humanidade pecadora.

Há algum tempo noticiávamos a manifestação do ateísmo militante na Europa, onda que fazia uma forte propaganda anticristã nos transportes das cidades do Velho Mundo. Provavelmente Deus não existe, dizia o anúncio. Pare de preocupar-se e aproveite a vida. Agora é a vez dos ateus brasileiros polemizarem. Reunidos na Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, os militantes alardeavam uma comparação entre dois personagens da história do século XX: Adolf Hitler, líder do nazismo alemão, e Charlie Chaplin, famoso ator norte-americano. Abaixo da foto de Chaplin escreveram: “não acredita em Deus”; abaixo da de Hitler, “acredita em Deus”. E a mensagem está no alto da propaganda: Religião não define caráter.

Talvez o maior problema destes ateus militantes – religiosos que creem no absurdo – é o enorme esforço que fazem para construir analogias enganosas ou mal explicadas, todas a serviço do proselitismo dos descrentes. Poderíamos simplesmente imaginar como era católico Adolf Hitler, que planejava até mesmo sequestrar o Papa Pio XII, ou seríamos convidados a pensar na fúria que sentiu o führer alemão ao ver a publicação da Mit Brennender Sorge, de Pio XI, que condenava os erros do nazismo e desqualificava totalmente a ideologia totalitária liderada pelo genocida antissemita. Pode até ser verdade que Hitler acreditava em Deus; mas se ele o fazia, não era apoiado na moralidade tradicional que assassinava os judeus e os enviava aos campos de concentração.

Era baseado em que, então, que Hitler se fazia genocida? À semelhança de Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Josef Stalin e tantos ditadores comunistas que governaram o mundo no século XX, todos os crimes eram fruto de uma pestilenta mentalidade revolucionária: ascenderemos ao paraíso – ou melhor, formá-lo-emos já aqui na terra - e, para fazê-lo, é lícita a prática de qualquer ato criminoso. O resultado foram pilhas de cadáveres. Aqueles que impediam a construção de um Céu que os loucos visionários comunistas já vislumbram eram todos extirpados. Nunca na história se havia presenciado um espetáculo tão cruel e assustador.

E este espetáculo é o fruto de uma doutrina já antes concebida, o comunismo ateu. E caracterizamo-lo como ateu porque é elemento essencial do pensamento marxista a crença no materialismo e a extinção de uma moralidade superior aos indivíduos. A guerra dos revolucionários marxistas era uma batalha também contra a religião. Ela seria, segundo Marx, o ópio do povo. (A história, por fim, mostrou que o comunismo é que era, de fato, o ópio do povo.) Mas esta batalha teve consequências trágicas. A pergunta de Dostoiévski permanece, por isso, atual para a modernidade: “Se Deus morreu, então tudo é permitido?” A experiência vivida pela humanidade no último século aponta para uma história de safadeza, desonestidade, covardia e sangue.

Colocar Charlie Chaplin como símbolo de luta dos militantes ateus do nosso século não faz sentido nenhum. Seria deveras coerente estampar nos ônibus a foto dos descrentes que verdadeiramente militaram a favor do ateísmo e, além disso, mudar a foto de Hitler para a de um cristão ou crente verdadeiramente compromissado com os princípios religiosos que professava. A sugestão de Fernando de Barros e Silva, que escreve na Folha de S. Paulo, soa interessante: de um lado, coloquemos Madre Teresa de Calcutá, crente, e de outro, Stalin, o ateu. O objetivo da propaganda seria modificado, mas a nova situação seria assaz verossímil.

Missionários estrangeiros visitam a sede da CNBB

A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu na tarde desta sexta-feira, 10, os 19 missionários de 12 países, que estão no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, há três meses participando do Curso de Iniciação à Missão no Brasil (Cenfi).

O subsecretário de pastoral da CNBB, padre Ademar Agostinho, foi o responsável por explicar aos missionários a estrutura, instalações e funcionamento do corpo da Conferência dos Bispos. Já o assessor de imprensa, padre Geraldo Martins Dias, falou sobre a estrutura do site.

Para o secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, a visita à sede da CNBB faz parte do programa do Cenfi e tem por objetivo mostrar aos missionários a estrutura da CNBB e como funciona a Igreja no Brasil. “A visita está no nosso programa e tem por objetivo introduzir os missionários na caminhada da Igreja no Brasil, além de mostrar-lhes a nossa organização enquanto Igreja”. Ele comentou também sobre os estudos dos missionários no período que passam no Centro Cultural Missionário. “Os missionários têm três atividades, a principal é o estudo sistemático da língua portuguesa; a segunda é um estágio em casa de família, e a terceira uma introdução à sociedade e à Igreja no Brasil.

A missionária irmã Lucia Galichio, da Argentina, afirmou que a experiência é enriquecedora porque dá a possibilidade de conhecer o país e as pessoas, além da Igreja no Brasil. “Aprendi muito sobre a cultura, mas para mim tudo ainda é novidade. Gosto da cultura e da Igreja, mas ainda conheço pouco. A espiritualidade do povo simples é muito bonita no Brasil”, disse irmã Lucia. Após o curso, que termina em uma semana, ela irá atuar em Curitiba (PR).

O missionário de Guadalupe, o mexicano padre Manoel Lslas, já atuou em Cuba, México e no Quênia. Está há quatro meses no Brasil e irá atuar no Amazonas, após o curso. Ele elogiou a visita à CNBB. “Foi muito bom estar aqui e conhecer essa rica estrutura que agrega valores da Igreja no Brasil. Também parabenizo o Cenfi por nos proporcionar essa excelência de conhecer a sociedade e a Igreja brasileira”, sublinhou o mexicano.

Dos 19 missionários do Cenfi, 18 irão atuar no Brasil e somente uma, Thereza Asia, da Indonésia, irá atuar no Timor Leste. Ela veio ao Brasil para aprender, principalmente, a língua portuguesa. Ela atuou por cinco anos no Timor Leste e retornará novamente para continuar o trabalho que deu início.

Organismo da CNBB responsável por formação de missionários estrangeiros comemora 50 anos

Uma missa presidida pelo secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, na capela do Centro Cultural Missionário (CCM), marcou, na noite deste sábado, 11, a comemoração dos 50 anos do Centro de Formação Intercultural (Cenfi). Criado em 15 de dezembro de 1960, o Cenfi é um organismo da CNBB cujo objetivo é ensinar a língua portuguesa aos missionários estrangeiros, introduzi-los no contexto sociocultural do Brasil e dar-lhes uma noção sobre a missão e a realidade da Igreja no brasileira.

Dom Dimas destacou o número de missionários que já passaram pelo Cenfi e manifestou a alegria da CNBB pelos 50 anos de um de seus organismos. “O Cenfi já formou mais de 4 mil missionários vindos de todos os continentes para o Brasil. Esse número, por si só, revela o que é o CENFI, que quer mostrar a identidade da Igreja, que é, por natureza, missionária”, disse.

O Cenfi nasceu por uma iniciativa dos franciscanos de Anápolis (GO), sob orientação do famoso sociólogo e teólogo Mons. Ivan Illich. Experiências semelhantes já existiam em Porto Rico e no México. Mais de 20 anos depois, em 1982, é incorporado ao CCM como um de seus departamentos, juntamente com o Serviço de Colaboração Apostólica Internacional (SCAI) e o Centro de Animação e Estudos Missionários (CAEM).

“Os 50 anos do Cenfi significam uma caminhada missionária”, recorda o diretor do CCM, padre Estêvão Raschietti. “Muita água já passou debaixo da ponte e o Cenfi continua fiel aos seus princípios”, acrescenta.

Segundo padre Raschietti, “a conjuntura mudou” e os missionários, que antes vinham dos Estados Unidos, hoje vêm da América Latina, Ásia e África. Outra novidade é o número de cada turma nos dois cursos que o Centro oferece por ano. “O número [dos missinórios] caiu. Antes eram 40 a 60. Hoje chegam, no máximo, a 20”, explica o diretor do CCM. Cada curso tem duração de 90 dias.

A presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Irmã Márian Ambrósio, também participou das comemorações cinqüentenário do Cenfi e destacou a gratidão de sua entidade pelo trabalho realizado pelo Centro. “A Igreja do Brasil é o lugar onde a missão encontra um chão fecundo, quebra as fronteiras da língua e da cultura. A experiência do CENFI mostra que é possível outro modelo de vida religiosa”, disse a religiosa.

Professora de português há 30 anos no Cenfi, Maria do Socorro Dias ressalta o compromisso dos missionários e a diversidade cultural de cada turma, que chega a ter até 15 nacionalidades diferentes. “O que mais me marca no Cenfi é a unidade apesar das diferenças. Isso é muito interessante”, disse.

Cerca de cem pessoas participaram da festa, que teve, além da missa, uma exposição missionária e apresentações culturais preparadas pela turma de missionários que está fazendo o curso no Cenfi.

Papa Bento XVI abençoa imagens do Menino Jesus e saúda fiéis em língua portuguesa

Neste domingo, 12, um tradicional encontro na praça de São Pedro, Roma, reuniu cerca de 2000 crianças. Acompanhadas pelos pais e catequistas, os pequenos receberam a benção do papa Bento XVI sobre as imagens do Menino Jesus, que serão colocadas no presépio das paróquias e das casas de cada um.

“Quando colocardes o Menino Jesus na Gruta ou na cabana, recitai uma oração pelo Papa e pelas suas intenções”, disse o Papa durante a benção.

Após a recitação do Ângelus, ao meio dia, o papa saudou os fiéis em língua portuguesa. “Saúdo com amizade os fiéis das paróquias de Barcarena e Milharado, no Patriarcado de Lisboa, e demais peregrinos de língua portuguesa. Agradecido pela presença orante. Desejo que esta romagem confirme a vossa adesão a Cristo: confiai no seu poder, deixai agir a sua graça! Por modelo e proteção, tomai a Virgem Mãe”, disse o Papa.

Ainda durante a saudação, o Papa ressaltou a importância da virtude constância e da paciência. “O Advento chama-nos a potenciar aquela tenacidade interior, a resistência de espírito que nos permitem não desesperar na espera de um bem que tarda a chegar, mas a esperá-lo, ou melhor, preparar a sua vinda com confiança ativa de maneira equilibrada, fé e razão, sem ceder ao fatalismo e reforçando a constância e a paciência”, afirmou o papa Bento XVI.

Dioceses celebram festa de Nossa Senhora da Conceição com romaria

A diocese de Campina Grande (PB) celebrou no fim de semana a festa de sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição. Uma romaria foi o ponto alto das comemorações e reuniu várias dioceses do estado. O trajeto da caminhada foi iniciada pelo bispo diocesano, dom Jaime Vieira da Rocha e pelos padres, seminaristas e acólitos de toda a diocese.

Na chegada ao Parque do Povo, uma multidão aguardava a romaria que foi recebida com grande festa. No local foi celebrada a missa, presidida por dom Jaime e concelebrada pelos padres da diocese. Com muita fé e devoção, os fiéis saudaram Nossa Senhora da Conceição em momentos de homenagem, onde a imagem foi erguida sob grande queima de fogos.

Pela manhã, a catedral diocesana realizou o 10º Café com Maria, um café da manhã beneficente que conta com o apoio de várias empresas e instituições que fazem doação de tudo que é servido. O Café com Maria aconteceu após a missa da alvorada. Às 10h foi celebrada missa por dom Jaime.

A festa de Nossa Senhora da Conceição teve início no dia 28 de novembro, com missas, terços, novenário, ofícios e shows musicais no pavilhão montado no Pátio da catedral.

Santarém

A festa da Imaculada Conceição também foi celebrada na diocese de Santarém (PA), neste domingo, 12. A procissão aconteceu às 18h, com saída da catedral de Santarém, percorrendo as principais avenidas da cidade. A procissão, porém, deveria ter acontecido no último dia 8, dia da Imaculada Conceição e encerramento da festa da padroeira da diocese de Santarém, mas foi cancelada devido ao forte temporal que caiu sobre o município no fim da tarde daquele dia.

A decisão foi tomada pela coordenação da festa, depois de uma rápida avaliação, na qual foi levada em consideração que muitos féis devotos, iriam, na procissão, agradecer por graças alcançadas e pagar promessas.

Pastoral Carcerária recebe Prêmio Direitos Humanos da Presidência da República

Fonte: CNBB

Nesta segunda-feira, 13, aconteceu a cerimônia de entrega do 16º Prêmio Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Entre os vencedores, estava a Pastoral Carcerária (PCr), da CNBB, que foi reconhecida pelo seu trabalho de combate à tortura nas prisões.

De acordo com o coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Valdir João Silveira, o prêmio reconhece o difícil trabalho desempenhado pelos mais de 6 mil agentes da Pastoral em todo o país. “O prêmio é sem dúvida alguma, um importante reconhecimento da luta difícil e desgastante que a Pastoral trava dia após dia com o fim de levar o mínimo de dignidade àquelas e àqueles que estão esquecidos, invisíveis, sob a sombra mais escura e remota de nossa sociedade”. No entanto, padre Valdir destaca que além das premiações, o Governo deve prezar pela garantia dos direitos dos presos. “Esperamos das autoridades governamentais postura firme no sentido de esvaziar as prisões, de garantir direitos de quem está preso [...]”.

A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com mais seis entidades agraciadas. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da entrega.

REFLEXÃO SEGUNDA-FEIRA - Mt 21, 23-27

Fonte: CNBB

        A pessoa de João Batista é muito importante na preparação para os tempos messiânicos, pois ele foi enviado como o precursor de Jesus, e quem não acredita em João Batista também não aceita Jesus como sendo o Messias e nem a sua autoridade como Filho de Deus. 
     O povo acreditou em João Batista e por isso acreditou também em Jesus, mas os anciãos do povo não acreditaram em João Batista e, por isso, rejeitaram Jesus. 
     Todo aquele que fica preso apenas em uma religião formal torna-se incapaz de ver a ação de Deus no tempo presente, endurece o próprio coração e não reconhece nem a ação de Deus nem a sua presença no seu dia a dia.

COMEMORAÇÕES

Nascimento

·Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, Arcebispo de Sorocaba - SP, 1964

·Dom Frei José Belisário da Silva, OFM, Arcebispo de São Luís do Maranhão - MA, 1969

·Dom José Doth de Oliveira, Bispo Emérito de Iguatu - CE, 1964

·Dom Rafael Biernaski, Bispo Auxiliar de Curitiba - PR, 1981

Papa assina decreto de beatificação de irmã Dulce

O papa Bento XVI assinou, na manhã desta sexta-feira, 10, o decreto que conclui o processo de beatificação de Irmã Dulce. A expectativa agora é pela cerimônia de beatificação que deve acontecer no primeiro semestre de 2011, em Salvador (BA).

Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais um milagre intercedido pela religiosa e reconhecido pelo Vaticano.

A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio Dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramitava na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.

Fonte: Arquidiocese de Salvador

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Papa pede libertação de cristã paquistanesa

Asia Bibi, 45 anos, foi acusada de blasfémia e condenada à morte

Bento XVI pediu esta Quarta-feira a libertação da paquistanesa Asia Bibi, cristã de 45 anos condenada à morte sob a acusação de blasfémia.

“Peço que lhe seja restituída a plena liberdade, o mais rapidamente possível, e rezo pelos que se encontram em situações análogas, para que a sua dignidade humana e direitos fundamentais sejam plenamente respeitados”, disse o Papa, durante a audiência pública desta semana, no Vaticano.

Num apelo lido após a habitual catequese, perante milhares de pessoas, Bento XVI falou da “difícil situação” dos cristãos no Paquistão, alvo da sua preocupação.

"Nestes dias, a comunidade internacional acompanha com grande preocupação a difícil situação dos cristãos no Paquistão, que muitas vezes são vítimas de violências ou discriminação", indicou.

“Em particular, hoje exprimo a minha vizinhança espiritual à senhora Asia Bibi e aos seus familiares”, prosseguiu Bento XVI.

A sentença contra Asia Bibi, mãe de cinco filhos, foi divulgada na última semana por um tribunal de Nankana, a cerca de 75 quilómetros de Lahore, capital cultural do país.

Para o bispo de Islamabad, Rufin Anthony, trata-se de uma “verdadeira vergonha”, apelando ao fim da lei contra a blasfémia, no Paquistão.

O caso remonta a Junho de 2009, quando mulheres muçulmanas que trabalhavam com Asia Bibi foram ver um responsável religioso e acusaram a cristã de proferir blasfémias contra o profeta Maomé.

Várias ONG’s do Paquistão estão a recolher assinaturas para revogar a condenação à morte, juntando-se a instituições católicas.

O observatório para a liberdade religiosa no mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) afirma a respeito do Paquistão que "o pior instrumento de repressão religiosa é a lei da blasfémia, a qual continua a causar cada vez mais vítimas".

Esta lei refere-se na realidade ao Artigo 295, B e C, do Código Penal paquistanês. A secção B refere-se a ofensas contra o Alcorão que são puníveis com prisão perpétua; a secção C refere-se a actos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.

Bento XVI apela aos cristãos para que sejam fiéis à prática dominical

Sobre esta matéria, a Igreja Católica Portuguesa vai realizar um recenseamento junto das populações, em 2011

Bento XVI lançou esta Quarta-feira, dia 17 de Novembro, no Vaticano, um apelo a todos os cristãos para que “sejam fiéis no encontro com Cristo e na adoração do Santíssimo Sacramento, para experimentarem o dom do seu amor”.

Numa audiência geral dedicada a Santa Juliana de Cornillon, o desafio do Papa pretendeu despertar a consciência dos cristãos, já que actualmente se assiste a uma diminuição gradual do número de fiéis que vão à missa ao Domingo, sem contabilizar outras práticas religiosas.

Para encontrar dados concretos, a Igreja Católica em Portugal vai promover um novo recenseamento da prática dominical, em 2011, ano de Censos.

No entanto, os últimos recenseamentos já apontavam para uma redução significativa nesta matéria, com a passagem de um total de 2,24 milhões de portugueses que iam à missa, em 1991; para uma soma de 1,93 milhões, em 2001. Em percentagem, passou-se de 26 por cento para 20 por cento da população.

Durante o seu encontro com milhares de peregrinos, esta manhã, na Praça de São Pedro, Bento XVI focou este desafio para um maior amor à Eucaristia no exemplo de Juliana de Cornillon.

Esta Santa da Igreja Católica nasceu na região de Liége, Bélgica, na última década do século doze. "Tinha dezasseis anos quando, numa visão, lhe apareceu a lua no máximo do seu esplendor mas cingida com uma faixa escura que a atravessava diametralmente", referiu o Papa.

"O Senhor fez-lhe compreender que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa negra exprimia a ausência duma festa litúrgica na qual os cristãos pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a sua fé e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento", precisou Bento XVI.

Por outras palavras, acrescentou, "faltava a Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que hoje temos, e que foi instituída pelo Papa Urbano IV cinquenta anos depois da referida visão de Santa Juliana de Cornillon e por influência dela".

No final da audiência, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa, dizendo “que o céu cubra de graças os passos da vossa vida e os preserve do pecado, para que os vossos corações possam, a cada domingo, hospedar Jesus-Eucaristia no meio dos homens. Sobre vós, vossos familiares e comunidades eclesiais, desça a minha Bênção”.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Papa pede que bispos do País orientem fiéis na política

stadão.com.br

SÃO PAULO - Em reunião em Roma na manhã desta quinta-feira, 28, o papa Bento XVI conclamou um grupo de bispos brasileiros a orientar politicamente fiéis católicos. Sem citar especificamente as eleições de domingo, o papa reforçou a posição da Igreja a respeito do aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos. "Quando projetos políticos contemplam aberta ou veladamente a descriminalização do aborto, os pastores devem lembrar os cidadãos o direito de usar o próprio voto para a promoção do bem comum", disse.
Ettore Ferrari/EFE - 27.10.2010
Ettore Ferrari/EFE - 27.10.2010
Papa pediu que bispos brasileiros orientem fiéis

Falando a bispos do Maranhão, Bento XVI reconheceu que a participação de padres em polêmicas podem ser conturbadas. "Ao defender a vida, não devemos temer a oposição ou a impopularidade", continuou. O pontífice se posicionou também sobre o ensino religioso nas escolas públicas e, relembrando a história do País com forte presença católica e o monumento do Cristo Redentor, no Rio, orientou os sacerdotes que encampem a luta pelos símbolos religiosos. "A presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia de seu respeito", concluiu.

No discurso, o Papa também condenou a eutanásia, classificando a luta contra a prática como um pré-requisito para a "defesa dos direitos humanos políticos". "Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural."

Polêmica. O aborto e a questão religiosa se tornaram temas importantes na disputa entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), com trocas de acusações de ambos os lados. A disseminação de e-mails dando conta de que, no passado, a candidata petista defendeu a descriminalização da prática é apontada como um dos motivos para o fato de ela não ter vencido já no primeiro turno.

Setores da Igreja Católica, como a diocese de Guarulhos, chegaram a divulgar notas incitando os fiéis a não votar em candidatos que apoiem o aborto, e com críticas à candidatura Dilma. No último dia 17, a guerra santa acabou virando assunto de polícia depois que a PF atendeu liminar do TSE e apreendeu numa gráfica de São Paulo panfletos encomendados pela diocese, que caracterizaram propaganda eleitoral irregular. O PT acusa o PSDB pela impressão do material, uma vez que a proprietária da gráfica é irmã de um dos coordenadores da campanha de Serra.

Os dois candidatos se declaram contra o aborto e dizem que não pretendem mexer na legislação em vigor sobre o tema no Brasil.

Leia abaixo a íntegra do discurso de Bento XVI:

"Amados Irmãos no Episcopado,

Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Nos nossos encontros, pude ouvir, de viva voz, alguns dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à. união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, consequência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vita, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo" (ibidem, 82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sociopolítico de um modo unitário e coerente, é "necessária - como vos disse em Aparecida - uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"" (Discurso inaugurai da V conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. "Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambiguidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana" (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve "encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política" (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baia da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Bênção Apostólica."

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Para pensar as eleições de forma consciente e cristã.

Leniéverson Azeredo Gomes

As eleições do segundo turno estão marcadas para o dia 31 de outubro, das 8 da manhã às 5 da tarde.Será um dia inteiro onde festejaremos a cidadania e escolheremos quem governará nossa nação e alguns estados da federação cujo pleito não foi decidido no primeiro turno.E você, católico já sabe em quem irá votar?
O processo eleitoral deste ano está sendo marcado pela exposição da temática do aborto, a união civil de pessoas do mesmo sexo e outras questões religiosas.É claro que temas como segurança pública, saúde, educação, meio ambiente, agricultura, cultura, geração de empregos, habitação e economia são importantes mas nós cristãos, de forma geral, precisamos escolher candidatos que, acima de tudo, tenham ética e valores morais cristãos.
A candidata líder das pesquisas, Dilma Roussef, do Partido dos Trabalhadores, vem afirmando em campanha que é contra o aborto, sendo assim a favor da defesa da vida.No entanto, antes da campanha, Dilma, então Ministra Chefe da Casa Civil, concedeu em 2009, uma entrevista a Revista Marie Claire, uma publicação voltada para o publico feminino, na qual afirmou com TODAS as letras que era a favor do aborto.Anteriormente, em 2007, numa sabatina do portal de notícias UOL, ela havia dito que era a favor da descriminalização do aborto.
Ela vem dizendo a imprensa que tudo isso, não passa de um boato da campanha do tucano José Serra. Mas o curioso que está tudo arquivado e facilmente encontrado em qualquer site de busca na Internet. O PT, partido dos trabalhadores vem se esforçando para negar sua posição em relação a temas religiosos. No site do Partido, no link do Terceiro Congresso Geral Partidário de setembro de 2007 e no Plano Nacional de Direitos Humanos de dezembro de 2009, em comum está a intenção de legalizar o aborto, tirar símbolos religiosos dos espaços públicos e cercear a liberdade de imprensa. O PT inclusive puniu dois deputados que manifestaram ser contra o aborto. Luis Bassuma e Henrique Afonso. Em Plano de Governo e tratados internacionais o governo brasileiro assinou acordos que promoverão a legalização do aborto. Além disso, sempre conseguiram barrar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigaria o aborto.
Todas essas temáticas e outras foram abordadas num panfleto feito organizado pela diocese de Guarulhos (cidade da região Metropolitana de São Paulo) e amplamente distribuído em Paróquias, das mais diversas dioceses e arquidioceses do país com o tema “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”.Assinado por três bispos da Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o material impresso pela gráfica paulista Pana, em agosto de 2010, tem como objetivo orientar os fieis como VOTAR BEM.O PT mandou a Polícia Federal recolher o material da gráfica, fato este que ocorreu de forma rápida, quase que imediata sob o pretexto de que o material fora produzido pela campanha tucana.Para assegurar que o material não saísse para ser distribuído, militantes do Partido acamparam em frente a gráfica de forma agressiva e prepotente. Um dos três Bispos que assinaram o apelo é Dom Benedito Beni dos Santos que vem a ser o Vice-Presidente da Comissão Episcopal Representativa do Conselho Episcopal Regional Sul 1 da CNBB.Dom Beni, como é chamado, é bispo de Lorena (SP) e uma semana anterior ao recolhimento do material, teve que descascar um pepino gigantesco.
O Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha considerou em entrevista ao Portal de notícias Globo.com que o bispo paulista agiu dentro da normalidade e que os bispos tem o direito de orientar os fiéis sobre questões políticas partidárias, pois o estado é laico, mas não é ateu.Acompanhe a integra da matéria, clicando no link abaixo.
http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/para-presidente-da-cnbb-bispo-de-guarulhos-agiu-dentro-da-normalidade.html
Na Diocese de Lorena, interior paulista, está a Canção Nova, uma comunidade católica, ligada a renovação carismática, que tem emissoras de rádio, portal de internet e uma rede de televisão. Foi nessa TV, que, no dia 5 de outubro, o Padre José Augusto Moreira, em homilia da tradicional missa semanal das 7 da manhã, destinou 12 minutos, aproximadamente, para destilar orientações para que fiéis não votassem na Dilma, pois ela será a favor do aborto, da união civil entre pessoas do mesmo sexo, entre outros temas.
O Padre chegou até dizer que poderiam prendê-lo, por tais explanações. Ele proferiu essas palavras, após receber uma legião de e-mails que, segundo o qual, deixaram-no agitado (sic). No mesmo dia, por temer, credita-se, perder a concessão do canal, o Presidente da Fundação João Paulo II, Wellington da Silva Jardim, mais conhecido como Eto, distribuiu uma nota a imprensa, na mesma manhã, onde “desautorizava” o referido padre e, que, a opinião do sacerdote não representava a da comunidade. Logo em seguida, o fundador da Comunidade Monsenhor Jonas Abib, emitiu uma solene “desculpas” a Dilma e ao PT pelo “incidente”. O video chegou até ser censurado no YouTube e o Partido dos Trabalhadores exigiu ao TSE um direito de resposta a emissora católica.Mas a “desautorização” das palavras de um sacerdote de um leigo foi fortemente criticada por leigos, sacerdotes e leitores de Blogs e também por quem?Bispos como Dom Benedito Beni, que mandou uma carta congratulando-o pelas palavras homiléticas e lida pelo padre José Augusto no dia seguinte.
Na rede mundial de computadores, há muitos outros vídeos de outros religiosos católicos como o do Arcebispo da Paraíba Dom Aldo Pagotto, o Padre cuiabano Paulo Ricardo e, de pastores protestantes como Silas Malafaia com os quais demonstraram seus repúdios ao PT e a forma pela qual o partido busca calar a voz de algumas pessoas ligadas às Igrejas.
Mas o que mais tem chamado atenção nesse processo eleitoral, não é a polarização da mesma em temas religiosos como aborto ou a união civil de pessoas do mesmo sexo, nem o cerceamento de bispos, padres e leigos quanto ao seu direito de se expressar, mas sim a presença do que pode ser chamado de Grupo Rebelde Católico, ou que se diz Católico.
Diferente das Católicas pelo Direito de Decidir (Organização Não-Governamental presente em vários paises do mundo, inclusive o Brasil, que defende a liberdade da mulher sobre seu corpo e dizem ser uma dissidência – não reconhecida oficialmente – da Igreja), esses rebeldes estão infiltrados dentro das Igrejas: São Padres, Bispos, leigos (muitos destes ligados a setores da juventude católica conforme alerta demonstrando na carta aberta a juventude relatada no terceiro comentário do “post” deste site http://www.deuslovult.org/2010/10/20/aviso-7/#comment-23907).
Em muitos outros lugares na Internet é possível encontrar vários casos de pessoas que querem “remar contra a maré “ da posição oficial da igreja e suas recomendações.O que está acontecendo agora nas eleições, parece uma repetição do evento de março do ano passado, quando uma menina pernambucana de 9 anos, estuprada pelo padrasto, foi forçada a fazer um aborto por uma entidade feminina.Na época, alguns católicos “malharam” o então Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho e várias pessoas ligadas ao Governo Federal como o Presidente Lula, o Ministro José Gomes Temporão e a Secretária de Políticas Especiais Nilcéia Freire, manifestaram de forma favorável a interrupção da gravidez da infante.
O cânon 1398 do Código de Direito Canônico diz que “todo aquele que provoca, coopera e incentiva o aborto, seguindo o efeito, incorre em excomunhão em latae sententiae’. Uma excomunhão por latae sententiae significa, grosso modo, estar proibido de comungar, de participar de pastorais, enfim de ficar em evidência na Igreja.Essa posição da Igreja existe desde o século I, portanto, não nasceu hoje.E a Igreja, como o próprio Jesus, é a mesma ontem, hoje e sempre( Hb 13,8).
Como foi dito, além do aborto, tem-se a questão da união civil homossexual. A Bíblia nos relata no Livro do Gênesis, capítulo primeiro, versículo 27, a criação do homem e a mulher.Deus não disse lá que criou o homossexual.É justamente essa questão polêmica que vem tirando o sono – sem necessidade – de grupos como a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transformistas).
Está tramitando no congresso nacional a PL-122, este projeto de lei diz que todo aquele que expressar alguma opinião que demonstre preconceito aos homossexuais ou qualquer coisa que denote homofobia. E ao que tudo indica, será sancionado pelo presidente da república em nome de um “pretenso” respeito e a “modernidade” do mundo atual.
Com efeito, esse projeto de lei, proibirá que, religiosos, leigos, sacerdotes católicos e pastores protestantes orientem, opinem e redijam documentos sobre o homossexualismo. Enfim, uma verdadeira lei da mordaça.
O Partido dos Trabalhadores quer calar a voz de todos aqueles que se opõe ao seu princípio ideológico. No Ceará, uma deputada petista, chamada Raquel Bastos criou um projeto que cria um conselho de comunicação no estado cearense, conforme pode ser verificado neste site http://www.cearaagora.com/noticias/politica/criacao-de-conselho-de-comunicacao-pela-al-do-ce-vira-noticia-nacional .
Outros três estados planejam criar conselhos parecido com o modelo cearense, maiores detalhes nos links abaixo.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/819621-apos-ceara-tres-estados-planejam-vigiar-midia.shtml
Até a OAB acha iniciativas como essa, demasiadamente repressiva e inconstitucional.Leia abaixo.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/819798-conselhos-para-monitorar-a-midia-sao-inconstitucionais-diz-oab.shtml
Não é a toa que o governo brasileiro, sempre demonstrou, também, ter conivência com ditadores como o Hugo Chavez, da Venezuela, do Raul Castro, de Cuba, com Evo Morales, da Bolívia e com Mahmoud Ahmajinejad, do Irã, entre outros. Nas eleições deste ano Lula, apoiou políticos como Roseana Sarney (cujo irmão, Fernando Sarney, conseguiu calar até hoje o jornal “O Estado de São Paulo” que publicava denúncias de uso do dinheiro público maranhense em sua fundação e pai, José Sarney, envolvido no ano de 2006, em escândalos no Senado), apoiou Fernando Collor de Mello a campanha para a reeleição ao Senado(não foi reeleito) por Alagoas (Collor teve o mandato cassado em 1991, por abuso de poder econômico e corrupção e na época Collor e Lula eram inimigos declarados), apoiou Cássio Cunha Lima (que se candidatou ao Senado pela Paraíba – foi eleito – mas pode ter seu diploma cassado devido ao Projeto Ficha Limpa por ter comprado votos para se eleger governador em 2002), entre outros.
Diante desse panorama como pessoas que se dizem católicas, pode votar no PT?Certamente alguns fatores acabam promovendo esse tipo de fatores: o racha ideológico da CNBB, a invasão da Teologia da Libertação (que será abordado em outro texto sobre a relação dessa teologia com Pastoral da Juventude), entre outras coisas.
Embora este artigo tenha a intenção de estimular mudanças de pensamentos, o autor do mesmo acredita que muitos continuarão com a cabeça fixa na sua rebeldia católica e vivência particular religiosa.Por isso, convido você a espalhar esta boa noticia, esta verdade que liberta a todos do Pai da Mentira que é o DIABO..Afinal, nossa missão de nós católicos é anunciar a verdade que é ÚNICA e não VÀRIAS.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Panfletos, ameaças de morte e mentiras. Um retrato das eleições.

Do Site Eclesia Una



Este ano, as eleições fizeram uma verdadeira divisão no episcopado brasileiro. Nos últimos dias, a discussão acerca da posição dos candidatos à Presidência sobre a descriminalização do aborto vem sendo acalorada pela mobilização dos católicos brasileiros, que, fiéis às condenações da Igreja à prática do aborto, têm distribuído panfletos pró-vida em todo o país alertando as pessoas de bem ao perigo do voto em candidatos comprometidos com a cultura de morte.

No centro da discussão está o bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini. Mais de um milhão de panfletos pró-vida do Regional Sul 1 da CNBB foram apreendidos em gráfica paulista pela Polícia Federal a pedido do Partido dos Trabalhadores. O responsável pela impressão dos panfletos era, segundo o dono do estabelecimento, o bispo da diocese de Guarulhos. E os panfletos não foram apreendidos só nessa gráfica de São Paulo, mas também em Campos do Jordão, graças à ação de um deputado petista que denunciou a distribuição do material à Polícia Civil. Os defensores do Partido dos Trabalhadores reclamam que as informações contidas no panfleto são “inverídicas e degradantes”.

Uma simples leitura do material nos leva a uma conclusão contrária à tirada pelos simpatizantes de Dilma.

A situação de conflito entre o tema que defende Dom Bergonzini e os interesses do PT rendeu ameaças de morte ao bispo paulista. “Recebi uma carta anônima com velada ameaça à minha vida, que já está nas mãos da polícia”, escreveu o pastor, em carta divulgada na íntegra pelo Fratres in Unum. Nessa mesma carta, Dom Luiz chama a atenção de seu irmão no episcopado, Dom Demétrio Valentini. Ele escreve: “Parece que há Bispos da Igreja Católica, no Brasil, que estão trocando o Evangelho do Senhor pela política partidária e por amizades pessoais”. Dom Demétrio, por sua vez, rebateu, afirmando que “de maneira muito injusta” o bispo de Guarulhos lhe acusava. “E ainda por cima declara que não está fazendo política”, concluiu o bispo de Jales, o mesmo que há alguns dias atrás assinou um documento defendendo a candidatura da petista Dilma Rousseff.

A coragem de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, no entanto, é grande, e o pastor paulista não esmorece: “Diante desses fatos, sou obrigado a enviar uma reclamação ao Papa Bento XVI, imediatamente, com toda a documentação, pedindo-lhe que tome as providências que julgar cabíveis e necessárias, para reorientar a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, inclusive me orientar, se eu estiver agindo em desconformidade com o Evangelho.”

Enquanto o clima esquenta na Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil, o Jornal Nacional entrevista os candidatos à Presidência da República. Ontem, segunda-feira, Dilma Rousseff foi novamente questionada sobre sua posição a respeito da descriminalização do aborto. E ela foi enfática, mais uma vez:

“O que é que acontece com o presidente da República? Ele não pode fingir que não existem milhares de mulheres, principalmente, até milhões, pelos dados até publicados pelo [jornal O] “Globo” são milhões de mulheres, três milhões e meio de mulheres que recorrem ao aborto. Nós não podemos fingir que essas mulheres não existem. E mais: não podemos fingir que essas mulheres, elas fazem isso em situações muito precárias, e provoca, recorrer ao aborto provoca risco de vida e em alguns casos a morte. Pois bem, a minha posição sempre foi a seguinte: você não pode colocar essas mulheres, prender essas mulheres. Não se trata de prender as mulheres, se trata de cuidar delas. Porque você não vai deixar três e meio milhões de mulheres ameaçadas a sua saúde. Então são duas posições diferentes. Quando a gente diz que o aborto não é um caso de polícia, no Brasil ele é um caso de saúde pública, o que que nós estamos falando? Nós estamos falando o seguinte: para prevenir para que não haja o aborto, primeira questão, nós temos que tratar a quantidade imensa de gestantes adolescentes que recorrem ao aborto ou porque têm medo da família, da família não aceitar, ou porque já não têm laços familiares efetivos que podem garantir a ela o apoio pra poder ter a criança.”- Dilma Rousseff no Jornal Nacional-18 de outubro de 2010


O discurso petista mais uma vez montado sob uma ótica feminista, que deixa de considerar a dignidade do ser humano presente ali, no ventre da mulher grávida, só evidencia os contrastes existentes entre o movimento pró-vida e a tentativa de implantação da “cultura de morte” em nosso país. Tudo está muito nítido. Há muito tempo. Alguns bispos fecham os olhos a essa realidade e ainda acusam os companheiros que não se omitem de “partidarismo”. Dom Luiz Bergonzini, ao condenar o voto em candidatos abortistas e citar os nomes das pessoas comprometidas com essa bandeira não está sendo partidário. Aliás, ele nunca citou, em nenhum documento, apoio a José Serra. Posição bem diferente foi a tomada por bispos como Dom Eugênio Rixen e Dom Demétrio Valentini, ambos de Goiás, que declararam, um de forma implícita e o outro de maneira explícita, o seu apoio à candidata Dilma, do PT.

A teimosa insistência de chamar de boatos aquilo que está documentado como verdade e o considerar o aborto uma questão secundária, um assunto que não merece prioridade, são amostras de como o jogo de interesses políticos é sórdido e como a vida humana é banalizada. A mentira se tornou o centro do espetáculo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Começou hoje, 23, a visita "ad Limina Apostolorum" dos bispos do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compõe o es

Começou hoje, 23, a visita "ad Limina Apostolorum" dos bispos do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compõe o estado do Rio de Janeiro. Iniciada em setembro do ano passado, a visita de todos os bispos do Brasil se concluirá este ano.

Bento XVI já recebeu na manhã de hoje alguns bispos como o arcebispo de Niterói, dom Alano Maria Pena, bispo auxiliar, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, o bispo de Campos, dom Roberto Gomes Guimarães, o bispo de Nova Friburgo, dom Edney Gouvêa Mattoso, com o bispo emérito, dom Rafael Llano Cifuentes, e ainda o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro.

A visita as Limina trata-se da visita que, a cada cinco anos, os bispos do mundo inteiro são chamados a fazer ao Sucessor de Pedro e aos diversos organismos da Cúria Romana. Chama-se "ad Limina Apostolorum" por tratar-se da visita ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo, fundadores da Comunidade Cristã que está em Roma, onde se encontra a Sé de Pedro.

Além do encontro pessoal e em grupo com o Santo Padre, e da visita aos diversos organismos que fazem parte da Cúria Romana, os bispos celebram juntos a santa missa nas quatro basílicas papais de Roma: São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Maior, e São João de Latrão – sede da Diocese de Roma.

A visita ao túmulo dos Apóstolos representa sempre para os bispos um momento de profunda experiência eclesial, de fortalecimento da fé, e de confirmação e renovação na comunhão com o Sucessor de Pedro.

Vemos o surgimento de diferentes formas de misticismo e as diferentes religiões estão se multiplicando por todos os lados. Para nos defender, afirmamo


   Começou hoje, 23, a visita "ad Limina Apostolorum" dos bispos do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compõe o estado do Rio de Janeiro. Iniciada em setembro do ano passado, a visita de todos os bispos do Brasil se concluirá este ano.

  Bento XVI já recebeu na manhã de hoje alguns bispos como o arcebispo de Niterói, dom Alano Maria Pena, bispo auxiliar, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, o bispo de Campos, dom Roberto Gomes Guimarães, o bispo de Nova Friburgo, dom Edney Gouvêa Mattoso, com o bispo emérito, dom Rafael Llano Cifuentes, e ainda o bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro.

   A visita as Limina trata-se da visita que, a cada cinco anos, os bispos do mundo inteiro são chamados a fazer ao Sucessor de Pedro e aos diversos organismos da Cúria Romana. Chama-se "ad Limina Apostolorum" por tratar-se da visita ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo, fundadores da Comunidade Cristã que está em Roma, onde se encontra a Sé de Pedro.
   Além do encontro pessoal e em grupo com o Santo Padre, e da visita aos diversos organismos que fazem parte da Cúria Romana, os bispos celebram juntos a santa missa nas quatro basílicas papais de Roma: São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Maior, e São João de Latrão – sede da Diocese de Roma.
   A visita ao túmulo dos Apóstolos representa sempre para os bispos um momento de profunda experiência eclesial, de fortalecimento da fé, e de confirmação e renovação na comunhão com o Sucessor de Pedro.