segunda-feira, 5 de julho de 2010

Testemunhas de Jeová não comemoram aniversários: Como isso podem induzi-los a loucura? Parte II

Na internet há um relato de um estudante universitário do Rio Grande do Norte bastante interessante de como essa heresia é bem assimilada entre as TJ´s.

Ser jovem já é difícil. Ser jovem e religioso é ainda mais. E quando ele é testemunha de Jeová?

Por Camila Silveira

      Mais um aniversário se aproxima e com isso mais listas de convidados a serem feitas. Um amigo na lista habitual de convidados gera curiosidade ao dizer que não poderá ir à festa porque não comemora aniversário. Espanto? Claro. Nunca se ouviu falar de nenhuma religião que não permitisse a ida a uma festa de aniversário.
    Seu nome é Bruno Mausseaux Vidal Colmenero Lopes. Ele tem 18 anos e estuda estática na UFRN e toca violão nas horas vagas. Bruno se define como testemunha de Jeová e diz que segue à risca todos os ensinamentos da religião.
      Os testemunhas de Jeová tiveram sua origem no século XIX, quando alguns jovens que formavam um grupo bíblico nos Estados Unidos começaram a buscar algumas explicações para suas inquietações religiosas. Ao perceber que na bíblia havia as respostas para o que buscavam, passaram a ser conhecidos como estudantes da bíblia, mais tarde fundando o que conhecemos hoje como testemunhas de Jeová. Atualmente, os testemunhas de Jeová possuem mais de sete milhões adeptos ao redor do mundo e no Brasil já são mais de sete mil.
   A família de Bruno conheceu a religião por intermédio de uma tia que morava nos Estados Unidos. Ele vai ao salão do Reino dos Testemunhas de Jeová (igreja) onde frequenta as reuniões (o mesmo que missa para católicos e culto para evangélicos) nas quintas e domingos à noite.
   Para explicar o porquê de não comemorar aniversário, Bruno pega um livro que contém as respostas para cada pergunta, caso algum curioso deseje saber. O livro “Raciocínio à base das escrituras” aborda diversos temas que costumam causar espanto para outras religiões.
      Ele abre o livro, mostra o índice, aponta para o termo “aniversário natalício” e começa a explicar:
     - Há várias explicações para isso. Posso citar o bolo, a vela, o fato de soprar a vela entre outras coisas. Comemorar o aniversário é um princípio pagão e não bíblico e ainda envolve o espiritismo. Se na Bíblia não cita o dia do aniversário de Jesus e muito menos alguma comemoração de aniversário, por que eu devo comemorar o meu?
    Ele nasceu no dia 2 de maio e nunca festeja o aniversário e nem ganha presente nesse dia. As únicas datas comemorativas celebradas por ele são a morte de Jesus (Páscoa) e aniversário de casamento.
     - Comemoro aniversário de casamento porque está presente na bíblia. O primeiro milagre de Jesus foi realizado em um aniversário de casamento. E a minha Páscoa não cai no mesmo dia dos católicos. Comemoro normalmente entre o mês de março ou abril, em que relembramos a última ceia e comemos e distribuímos o pão e o vinho assim como Jesus fez.
Ele acrescenta que nem canta o hino nacional e nem adora a bandeira.
     - Não canto o hino, mas respeito quem canta. Fico parado na hora da execução do hino. Não se deve adorar nada, apenas a Deus. Não se deve fazer qualquer tipo de adoração ou idolatrar qualquer tipo de imagem ou pessoa. A única pessoa que se adora é Deus.
   Bruno não tem preconceitos contra as demais religiões. Mas diz que já sofreu preconceitos por ser testemunha de Jeová. A história mais marcante foi quando estudava na terceira série e a professora programou uma festa de aniversário do mês e ele se recusou a participar. Segundo Bruno, a professora, que não conhecia a religião, o humilhou na frente dos outros alunos e falou que aquilo era um absurdo.
Para terminar, Bruno diz que quando tiver um filho vai deixá-lo livre para escolher a religião que desejar seguir.

    -Vou dar a total liberdade que a minha mãe me deu.
     - Até se ele escolher ser ateu?
     - Se ele decidir ser ateu, vou aceitar numa boa.
  Fonte: Fotec – Laboratório de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – 27/06/2010

    A entrevista mostra que a vida universitária não moveu uma palha das convicções do jovem que conheceu as TJ´s na infância.O texto não diz que um dia, ele teve alguma festa de aniversário, idade exata em que ele entrou e se foi fácil ou não a aceitação das doutrinas das TJ´s, mas mostra que os princípios da Sociedade da Torre de Vigia são normais e não lhe causam constrangimento.
    Mas há casos que demonstram exceções que muitas vezes pode acabar de forma desagradável, vejam esta matéria abaixo e vejam como extremismo doutrinário gera efeito perverso.
Conflito religioso termina em tragédia em Campo Grande

     Filha de mãe Testemunha de Jeová, I.C., de 16 anos, cursava o 2º ano do Ensino Médio da Escola Padre João Grener, no Conjunto Estrela do Sul. A menina fazia parte de um projeto de dança e na noite de ontem telefonou para as amigas, chateada pelo fato de a mãe não ter autorizado a sua participação na apresentação cultural.
      Às 9 horas, a Polícia Militar foi acionada para ir até o residencial, onde a família mora. Por conta do conflito religioso a família enfrentou a tragédia.
     O pai, autônomo, acompanha os peritos que estão na residência, onde a menina estava sem vida. A suspeita é de que ela teria usado a arma do pai escondido e desferido um tiro no peito. Abalada, a mãe foi para a casa de uma vizinha.
Fonte: Jornal News Sul – Campo Grande-MS
    Documentos da nossa mãe Igreja Católica, como Familiaris Consortio, por exemplo, ensina os pais a serem os “primeiros catequistas”, ensinando aos filhos os verdadeiros valores éticos e morais religiosos, mas a doutrina teológica moral é passada as crianças católicas através do testemunho de vida cristã e não por imposição. Diferente dos casais TJ´s, que forçam as crianças ensinos sectários, conduzindo-as muitas vezes a infelicidade e traumas quase indeléveis.E sair do “Novo Mundo” pode gerar conseqüências significativas, leiam este testemunho.
   Meu nome é Andréia. Meus pais tornaram-se Testemunhas de Jeová em 1973, nasci em 1976, portanto, nasci "na verdade", assim como meus outros três irmãos. (....)Batizei-me aos 10 anos, junto com minha irmã de 11, em um congresso de Distrito em Belo Horizonte. Sempre fui zelosa, me esforçava para ser uma TJ perfeita.
     Hoje luto contra traumas emocionais profundos em decorrência da rígida formação como TJ. Hoje sofro profundamente por ter me desligado da Organização enquanto minha mãe, meu pai, minhas duas irmãs e meu irmão caçula ainda são TJ. (...)Um dia, logo quando comecei a duvidar, quando disse a meu pai que não tinha certeza se era realmente ser TJ o que eu queria, minha família foi à reunião e eu fiquei em casa, me sentindo péssima. Quando eles chegaram, meu irmãozinho, então com uns nove anos, abriu a porta do quarto e me disse com os olhos cheios de lágrimas: - "Se você deixar a religião eu nunca mais falo com você". Aquilo foi como uma faca no meu coração, eu e ele tínhamos uma relação de tanto amor... eu era (e sou) apaixonada pelo meu irmão, e hoje somos como dois estranhos (...) Aos 17 anos, depois de terminar o 2º grau, disse aos meus pais que queria fazer faculdade, eles acabaram concordando, desde que minha irmã fosse fazer o mesmo curso, e este curso fosse na faculdade que fica em uma cidade próxima à cidade onde eles moram. Fizemos o vestibular, passamos e fomos estudar. Durante a semana freqüentávamos as reuniões na cidade onde estudávamos e todos os fins de semana íamos para casa, e freqüentávamos a congregação de meus pais.
    Apesar de todos os esforços comecei a perceber que todos, nas duas congregações, nos tratavam como se fôssemos uma espécie de leprosos, pessoas com quem não era saudável conviver. (...)Aquilo me horrorizou por dentro, lembrei de todas as crianças, filhos de parentes, de amigos, ou de estranhos que eu conhecia, e disse para mim mesma: um Deus de Amor não faria isto com criaturas inocentes que não tiveram a oportunidade de escolher o seu caminho. Nesta época, conheci o meu atual marido, que fazia o mesmo curso que eu e começamos a namorar. Uma pessoa maravilhosa, de mente aberta, amoroso, então eu decidi que não era ser TJ o que eu queria para minha vida. Falei para o meu pai, disse que queria me dissociar...
   Só quem já foi TJ pode entender o que isso significou em minha vida, na vida da minha família. Meu pai disse que jamais permitiria que outro filho fizesse faculdade, entre outros absurdos mais.
   Uma semana depois fui surpreendida ao ser convidada para uma conversa com os anciãos, que na verdade era uma comissão judicativa. Eles me interrogaram sobre minha relação com meu namorado, se tínhamos fornicado, se eu tinha medo de admitir isso e era por isso que eu queria sair. Eu deixei bem claros os motivos pelos quais EU NÃO QUERIA MAIS SER TJ, e que minha vida sexual se existia ou não era um assunto pessoal meu, do qual eu não iria falar com eles. Alguns dias depois, minha irmã me chamou para uma conversa entre irmãs, amigas que éramos, e eu então lhe disse que eu não era mais virgem. Dali ela foi diretamente falar para o meu pai (algo completamente desnecessário, eu já tinha 21 anos, sabia perfeitamente o que fazia com minha vida, e não queria mais este conflito com meu pai).
     O que aconteceu depois disso não sei exatamente, só sei que ao invés de ser dissociada como eu havia pedido, o anúncio foi dado nas congregações como desassociação. Incrível! Eu fui expulsa de um lugar de onde eu havia pedido para sair!!!
   A humilhação para mim e para minha família foi maior assim... Isto foi em 1997. Até hoje tenho pesadelos com o Armagedon! Hoje eu sou uma mulher de 27 anos, casada, tenho uma filha, um emprego público federal, que consegui em um concurso com mais de 180.000 inscritos em todo o país, e não consigo sequer comprar roupas para mim sozinha... Parece que uma coisa não tem relação com a outra, mais tem tudo a ver... Eu tenho dificuldades em me relacionar com as pessoas em meu trabalho, em minha vizinhança, sou ansiosa, me sinto inadequada em qualquer círculo social. POR QUE?    
      Passei esta noite acordada e relembrando minha infância e adolescência... Foi doloroso... Doeu recordar como eu me sentia, sozinha em um canto na hora do recreio, na escola, porque eu não podia me relacionar com "mundanos"... a vergonha que eu sentia quando era aniversário de algum coleguinha do jardim de infância e eu ficava sentada e calada enquanto meus colegas cantavam parabéns... a ansiedade que eu sentia na 1ª série, quando eu sabia que haveria aula de Religião e que eu tinha que me levantar e sair da sala, ia para a sala da diretora, morrendo de medo e vergonha...Lembrei-me de quando os colegas me perguntavam o que eu ia ganhar no Natal, e eu tinha que dizer que na minha casa não tinha Natal, "Jeová não gostava de Natal"...
     Lembrei-me do quanto eu tinha vontade de me vestir de caipira e dançar quadrilha nas festinhas juninas da escola, mas "Jeová também não gostava de festa Junina". Senti novamente a humilhação de ser obrigada a explicar em voz alta para a professora, por que eu não podia participar da festinha do dia das mães, explicar porque Jeová não gostava do dia das mães... Senti toda a solidão e toda a inadequação de viver no mundo, mas não poder fazer parte dele. Hoje eu não perco a oportunidade de assistir ao desenho He-man quando posso, pois quando eu era criança eu não podia. 
     Quando eu e minha irmã entramos na adolescência era preciso implorar para meu pai deixar a gente sair de casa, e mesmo assim ele ia atrás fiscalizar, depois tinha o sermão, toda aquela cobrança sobre "mundanos", toda aquela culpa, vergonha, humilhação...
  Hoje posso admitir para mim mesma que era constrangedor quando eu entrava na casa de algum colega no serviço de campo, as gozações que eu ouvia depois... Acho que todos que passaram por isso sabem do que falo. (...).     
     http://parpen.tripod.com/sonhos_destruidos.htm


  Jerry Bergman, psicólogo do Northwest State College EUA, desenvolveu um estudo acadêmico, disponível no site http://www.torresobvigia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1030438210, muito consistente sobre doenças mentais. Ex-testemunha de Jeová, Bergman, fez uma pesquisa, a partir de estatísticas de resultados variáveis colhidas em diferentes povos e em épocas distintas, assim, obtendo algumas conclusões impressionantes. Segundo ele, “a taxa de doenças mentais entre as Testemunhas de Jeová está consideravelmente acima da média”.
   Bergman afirma que as proibições impostas pela Watchtower alcançaram todas as áreas da vida da pessoa cobrindo-as minuciosamente ao extremo. Eles condenam todos os feriados e celebrações, exceto uma que eles chamam de “memorial”, e por gerações tem desencorajado a educação superior e o progresso nas carreiras (embora eles tenham relaxado estas regras recentemente). Perder uma de suas cinco reuniões semanais (as atividades da Watchtower tomam entre 20 a 30 horas por semana, se tem consciência disso), e gastar tempo com não Testemunhas (exceto no proselitismo – condutas fundamentalistas) é também condenado. Como resultado, é muito difícil para uma criança criada como uma Testemunha desenvolver-se como um adulto bem-ajustado socialmente.
      Eles ensinam que os do mundo são maus, mesmo que eles pareçam amáveis, pois esta é mais uma das táticas de Satanás para seduzir os irmãos para deixar a Organização. Proibidas de se envolverem em relacionamentos sociais normais e em muitas atividades escolares as crianças Testemunhas de Jeová crescem solitárias. Apesar de desvios entre elas serem comuns, não raro traz culpa e ambivalência. Em adição a isso, há outras questões – especialmente a recusa em saudar a bandeira ou celebrar feriados – que ‘via de regra’ provoca o menosprezo de seus semelhantes, o que obstrui o desenvolvimento social normal.
   A Watchtower ensina as Testemunhas à “não quererem nada” com os críticos e a “não serem curiosos sobre o que às pessoas, que não são Testemunhas dizem”. Eles ainda se põem em posição antagônica quando vão de porta em porta, e desta experiência eles geralmente desenvolvem paranóia. De fato, a esquizofrenia paranóica é extremamente comum entre eles.

Testemunhas de Jeová não podem comemorar aniversários: Como isso pode induzi-los a loucura?

Por Leniéverson Azeredo Gomes

Todos os anos, em todos os lugares do mundo a grande maioria das pessoas comemoram datas festivas como o aniversário pessoal, de algum familiar, de amigos, da escola em que estuda, de uma empresa em que fulano trabalha; uma determinada cidade, do País; se celebram festas de um algum padroeiro ou a eucaristia na Santa Missa – no caso dos católicos -, bodas de casamento, a vitória por algum emprego conseguido; ter passado em um vestibular super concorrido, pela vitória da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo, entre outras ocasiões. Em comum, se celebrar ou festejar algo, promove uma reunião de seres humanos irmanados numa alegria que irradia por estarem juntos por mais um ciclo completo.
No entanto, um grupo de pessoas não comunga desse raciocínio: as Testemunhas de Jeová. Fundada por Charles Taze Russell, no Século XIX, a Sociedade Torre de Vigia, como também são chamadas as Testemunhas de Jeová, não comemoram datas de aniversários pessoais, de amigos e parentes; Dia das Mães, Dia dos Pais, não cantam hinos nacionais, mas curiosamente celebram o aniversário de casamento.
Para entender a questão, vamos estudar as duas principais passagens bíblicas usadas pelas TJ´s – sigla de Testemunhas de Jeová para facilitar a compreensão – que, segundo eles, justificam sua doutrinação sobre aniversários : Gênesis 40, 1-22 e Evangelho de São Mateus 14, 1-12.

Gn 40, 1-22

1 Depois disto, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor. 2 O faraó, encolerizado contra os seus dois oficiais, o copeiro-mor e o padeiro-mor, 3 mandou-os encarcerar na casa do chefe da guarda, na prisão onde se encontrava detido José. 4 O chefe da guarda associou-lhes José para os servir. Havia já um certo tempo que estavam detidos, 5 quando os dois prisioneiros, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, tiveram um sonho numa mesma noite, cada um o seu, com seu sentido particular. 6 Quando José voltou junto deles no dia seguinte pela manhã, viu que estavam tristes. 7 Perguntou então aos oficiais do faraó, detidos com ele na casa do seu senhor: "Por que tendes hoje um ar sombrio?" 8 "Tivemos um sonho, responderam; e não há ninguém para no-los interpretar." "Porventura, não pertence a Deus, replicou José, a interpretação dos sonhos? Rogo-vos que mos conteis." 9 E o copeiro-mor contou seu sonho a José: "Em meu sonho, disse ele, vi uma cepa que estava diante de mim, 10 e nesta cepa três varas, que pareciam brotar; saiu uma flor e seus cachos deram uvas maduras. 11 Eu tinha na mão a taça do faraó; tomei as uvas e espremi-as na taça, que entreguei na mão do faraó." 12 José disse-lhe: "Eis o significado do teu sonho: as três varas são três dias. 13 Dentro de três dias, o faraó te reabilitará em tuas funções. Apresentarás ao faraó sua taça, como o fazias antes, quando eras seu copeiro. 14 Quando fores feliz, lembra-te de mim e faze-me o favor de recomendar-me ao faraó, para que ele me tire desta prisão. 15 Porque é por um rapto que fui tirado da terra dos hebreus, e aqui, igualmente, eu nada fiz para merecer a prisão." 16 O padeiro-mor, vendo que José tinha dado uma boa interpretação, disse-lhe: "Eu também, em meu sonho, levava sobre minha cabeça três cestas de pão branco. 17 Nada de cima, havia toda a sorte de manjares para o faraó; mas as aves do céu comiam-nas na cesta que estava sobre minha cabeça." 18 "Eis, disse José, o que isto significa: as três cestas são três dias. 19 Dentro de três dias, o faraó levantará a tua cabeça: ele te suspenderá numa forca, e as aves devorarão a tua carne." 20 No terceiro dia, celebrava-se o aniversário natalício do faraó, e ele ofereceu um banquete todo o seu pessoal. Ele levantou a cabeça do copeiro-mor, no meio de todos os seus servos: 21 restabeleceu no seu cargo o copeiro-mor, que apresentou novamente a taça ao faraó, 22 e mandou suspender no patíbulo o padeiro-mor, segundo a interpretação que José lhes havia dado. 23 Mas o copeiro-mor não pensou mais em José; esqueceu-o. Fonte: CNBB

Mt 14, 1-12

1.Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do rei Herodes. 2.Ele disse aos seus cortesãos: “É João Batista! Ele ressuscitou dos mortos; por isso, as forças milagrosas atuam nele”. 3.De fato, Herodes tinha mandado prender João, acorrentá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4.Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido viver com ela”. 5.Herodes queria matá-lo, mas ficava com medo do povo, que o tinha em conta de profeta. 6.Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7.que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8.Instigada pela mãe, ela pediu: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.” 9.O rei ficou triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10.E mandou cortar a cabeça de João, na prisão. 11.A cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. 12.Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois vieram contar tudo a Jesus. Fonte: CNBB

É nítida que nas duas passagens têm coisas em comum a execução de duas pessoas: um padeiro-mor por enforcamento e, um anunciador do Evangelho, em questão, João Batista por decapitação. Tudo isso aconteceu durante uma festa de aniversário, respectivamente do Faraó e Herodes Antipas: ambos pagãos.
Na Bíblia só há essas duas passagens explícitas sobre a comemoração de aniversário de alguém, por isso, as TJ´s associam negativamente as festas natalícias com algo voltado para pessoas pagãs, onde acontecem coisas ruins não ligadas a religião, como execuções.Pelo lado filosófico, fazem um silogismo, ou seja, partem de duas premissas (festa pagã onde aconteceu coisas negativas, no caso, execuções e, aniversários) – afirmações – e uma conclusão (de que festa de aniversário é coisa pagã e possuem variantes negativas).Pelo lado sociológico, constroem um bode expiatório, ou seja, pinçam uma fatalidade isolada para contaminar ideologicamente que não se deve fazer aniversário natalício.
De fato, o caso das Testemunhas de Jeová, mostra até que ponto a “Sola Scriptura” (Só a Sagrada Escritura) – um dos pontos da filosofia religiosa luterana – pode fazer estragos na interpretação bíblica. Eles não comemoram nem a Natividade de Jesus.
Certamente você deve estar pensando: Será que, como cristão, eu devo deixar de comemorar meu aniversário, devido a essas duas passagens? Segundo a heresia das TJ, sim, mas para nós católicos devemos fugir dessas loucuras heréticas.
Como foi dito aqui, as TJ´s, além de não celebrar datas natalícias, não comemoram Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, não cantam hinos nacionais, mas comemoram aniversário de casamento.
Para refutar ou contra-argumentar o discurso das TJ´s, vamos primeiro usar a bíblia. Em Lucas 1, 14, mostra o dialogo entre um anjo e Zacarias. O ser angelical diz que o nascimento de João Batista, filho de Zacarias e Isabel (prima de Maria, mãe de Jesus), será um dia de “alegria e gozo”.
Ainda em Lucas, no capítulo 15, versículos 22 e 23, tem-se a narrativa do filho pródigo que, ao voltar para casa é recebido compassivamente pelo pai com festa e alegria. A exegese católica diz que o trecho dessa passagem parabólica mostra a volta dos afastados para Deus e como esses afastados são recebidos por Ele.
Em Êxodo 23,14 e Neemias 8,14 relata sobre a Festa dos Tabernáculos ou Festa das Tendas que era realizada três vezes por ano em honra e glória a Deus. Nessa festa era comido pão sem fermento, todos entregavam os frutos de suas plantações e, era comum um individuo do sexo masculino ser apresentado diante do altar divino. Além de serem feitos sacrifícios, por exemplo, eram feitos jejuns. Em geral, essas festas eram feitas em Tendas e duravam sete dias. Alguns afirmam que esse evento é um embrião dos festejos em honra aos padroeiros hagiológicos (referente aos santos católicos).
Mas há, é claro, uma incoerência na interpretação das TJ`s.Se eles abominam festas de todo tipo, porque uma páscoa pessoal e celebram casamento e, como foi supracitadamente dito neste artigo?Eles justificam na passagem das bodas de Caná, localizada em João 2, 1-12, onde Jesus realizou o seu primeiro milagre: transformou água em vinho.