Leniéverson Azeredo Gomes
Psicologa curitibana Marisa Lobo |
A Constituição da república federativa do Brasil,
promulgada em 1988, dentre outras coisas, garantiu que parcelas da sociedade
tivessem o direito assegurado a manifestação de sua ideologia, ou como afirma o
preambulo da mesma “institui um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
uma sociedade fraterna, pluralista (...), fundada na harmonia social e comprometida,
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus”.
No que tange a religiosidade e as liberdades de
expressão, a Carta Magna garante:
· Art. 5º : VI - é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em e IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença e
· Art. 216.
Constitui patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem, dentre outras coisas, as formas de expressão.
Perceba-se que qualquer cristão que deseje manifestar,
externar, publicar, expressar sua fé, tem o direito inalienável pela
constituição e sem os expedientes de ridicularização, provocar calúnia, deboche
ou exposição de visão caricaturada sobre a mesma.
É muito comum nos dias de hoje, determinados meios
de comunicação, “retalhar!”, humilhar, pisar, fazer piadas sem graça com
entrevistados ou personagens (como se diz em Jornalismo), com notória e
convicta fé cristã e, em geral, sempre dando espaços sempre maiores, generosos
e confortáveis aos intolerantes aos denodos do cristianismo. Muitas revistas,
Jornais, sites de internet e programas de emissoras de TV´s demonstram exercer
de forma escancarada uma forte militância, se é que não podemos dizer também
uma grandiosa perseguição, respectivamente, contra e aos valores autenticamente
cristãos.
Talvez o leitor possa estar se perguntando: como
alguém tem a capacidade e a coragem de “trucidar” os valores cristãos, num país
cuja história e quantidade de pessoas são cristãs? Como, por exemplo, programas
de TV´s podem editar entrevistas, manipular falas para que, no final, o cristão
sempre fique com a imagem de ser um lobo mal, o vilão? Como pode a produção
desses programas usar o artifício de disseminação de caricaturas, de
estereótipos do cristianismo carregados de ideologias escusas, muitas vezes, em
rede nacional?
Quando se estuda a primeira fase da Teoria da
Comunicação, encontra-se uma subteoria chamada hipodérmica. Ela se baseia no
“conceito de "estímulo/resposta": quando há um estímulo (uma mensagem
da mídia), esta adentraria o indivíduo sem encontrar resistências, da mesma
forma que uma agulha hipodérmica penetra a camada cutânea e se introduz sem
dificuldades no corpo de uma pessoa. Dessa forma, a mensagem não encontra
resistências por parte do indivíduo, que as assimila e se deixa manipular de
forma passiva”.
Quando o
meio de comunicação, através do dom de oratória e, o respaldo do emissor humano
consegue disseminar ou enraizar sua ideologia ao receptor, é sinal que a
informação é assimilada. Mas isso é tão ruim assim? Depende. Regimes
ditatoriais de esquerda - leia-se, comunista ou socialista - utilizam grupos de
comunicações estatais para defender somente um lado, normalmente o que se
considera bom a ser divulgado em âmbito internacional. Grupos minoritários
podem também, por exemplo, usar a credibilidade ou pseudo - credibilidade de
alguns programas de emissoras de televisão para propagar suas ideologias,
normalmente embebidas por conjecturas marxistas.
São os defensores do aborto, da união gay, da liberação
da maconha, do ateísmo, muitos panfletos são considerados polêmicos pelos
“progressistas”, não pela ideologia em si, mas por quem normalmente, em comum,
são contrários a essa ideologia. Quem? Quem? Os cristãos, é claro.
Os cristãos são contrários a essas coisas e, por
isso, com frequência, são chamados de reacionários, obscurantistas,
conservadores, amantes da idade das trevas, os que gostam das coisas antiquadas
ou obsoletas, entre outros adjetivos “elogiosos” sempre expressos com certo
ódio e veemência.
Pois bem, vamos ao cerne da questão, nos últimos 9
anos – coincidentemente o número de anos em que o PT está governando o país –
está se vivendo momentos de perseguição aos valores do Reino de Deus pela
mídia, este blogueiro gostaria de destacar, principalmente por programas de
TV´s seculares apresentados por humoristas de stand-up comedies e jornalistas
tendênciosos.
O mais famoso dele, o CQC usou desse expediente
manipulador para desempenhar uma campanha assombrosa contra Jair Bolsonaro e
mais recentemente a psicóloga curitibana Marisa Lobo.No dia 8, de maio, o
programa exibido pela Rede Bandeirantes e apresentado por Marcelo Tás e três
humoristas de stand up comedies, a psicóloga foi convidada a participar, com
outros dois participantes ( a homossexual Lanna Holder, uma pastora de uma
seita pseudo cristã voltada para gays e o deputado baiano, mas eleito pelo voto
de legenda, Jean Wyllys (PSOL-RJ)). O programa do dia abordou o projeto do
deputado federal João Campos, conhecido
erroneamente por aquele que defende a cura de homossexualismo por psicólogos.
A psicóloga está sofrendo há meses um processo
disciplinar do Conselho Federal de Psicologia, após este ser acionado por uma
Organização não tão não governamental. Desde então ela tem sofrido duras críticas
de ateus, militantes de defesa da liberalização da maconha, entidades
abortistas e de defesa da ideologia LGBT. Em entrevista ao Blog “Gospel Mais”,
a psicóloga afirmou que a exposição ao programa da Band, que segundo ela – e ao
meu ver também – foi editado e armado, tem lhe gerado muitas adversidades:
“Já perdi muito, eu sei. Minhas palestras em
universidades, tem sido boicotadas, e financeiramente perdi 70% dos meu
rendimentos. Não sou sustentada por ninguém, por nenhuma igreja, vivo do meu
trabalho, minha profissão, e estão destruindo tudo, apenas porque me neguei a parar de dizer que Deus Cura,
sara e liberta”.
Estão vendo, como são as coisas? Como é o nível da
perseguição? O programa da Band se assemelha ao caso da Escola de Base (conheça
o caso melhor aqui), ocorrida em 1994, quando donos de uma escola infantil
foram acusados primeiramente pela imprensa e depois pela justiça de terem
molestado crianças. Os proprietários do educandário infantil foram gradualmente
arruinados imageticamente Semanas depois, se constatou que as denúncias eram
inverídicas e descabidas. Mas o estrago já tinha sido feito. Todos os afetados
pela falsa denúncia ficaram em depressão fortíssima e até hoje, 18 anos depois,
os personagens afetados pela injustiça luta por indenizações e reparação de
danos. A justiça já concedeu ganho de causa aos afetados quanto obrigando
algumas empresas jornalísticas a pagar pesadas indenizações como se pode ver
aqui e aqui, e outras ações, AINDA, repetindo, AINDA estão ‘rolando’ nos tribunais
para que outras empresas sejam forçadas a pagar indenizações por danos morais,
como se pode ver aqui.
Este blogueiro confessa que, num determinado
momento de sua vida, acompanhava este programa, devido aquilo que se considera
luta por um mundo sem corrupção e mais digno e o quadro “Top Five”. Mas, quando
este mesmo blogueiro começou a perceber atitudes ‘panfletárias’ como a defesa
das marchas da maconha e da união gay, decidiu não mais ver esse programa e
outros do gênero em outras emissoras. Como se fala no catolicismo, o blogueiro
teve que rezar o ‘ato de contrição’, pedindo a Deus piedade por ter cometido o
pecado de não perceber certas coisas a tempo e ter ‘financiado’, ou seja, dando
audiência esse programa tendencioso e contra a religiosidade cristã autêntica.
Esse blogueiro confidencia que ERA ídolo do
professor Tibúrcio (personagem de Tas, no “Castelo Rá-Tim-Bum” ) e o Ernesto
Varela (personagem de Tas que entrevistava pessoas nos anos 80). E repetindo,
ERA, não É mais.
Como se sabe, Marcelo Tas – quão já foi dito, um
dos apresentadores do CQC - tem uma filha lésbica, ele revelou isso no programa do dia 28 de março de 2011, onde o deputado federal Jair Bolsonaro concedeu
uma entrevista ‘ao lado’ da cantora e atriz, Preta Gil (filha de Gilberto Gil)
falando também sobre homossexualismo.
Aqui não se está fazendo conjecturas depreciativas a filha dele, pois
devemos amá-la em Deus de todo coração, mas a entrevista com Bolsonaro, também
editada (apesar de a produção do CQC negar peremptoriamente), não surtiu o efeito
esperado. Depois de passar pelo conselho de ética da Câmara, Bolsonaro foi
absolvido.
A Psicóloga Marisa Lobo entrou com uma ação na
justiça por reparação de danos pela edição do programa tendencioso, e, na
opinião do blogueiro há chances de vitória, devido ao precedente caso Rafinha X Wanessa Camargo, onde o então
apresentador Rafael “Rafinha” Bastos disse, ipsis literis após um vídeo sobre a
gravidez da filha do Zezé di Camargo, que “comeria ela e a criança”. Após ter
perdido o processo, a cantora, quer dizer, o feto "entrou" com um recurso e ganhou.E o apresentador foi suspenso e depois teve que sair da emissora.Hoje está apresentando um programa na Rede TV!
É muito cômodo para uma produção de um programa de
TV, convidar uma pessoa herética como a Lanna Holder, para representar um “novo
olhar” cristão, uma visão não preconceituosa do cristianismo sobre a
homossexualidade. Da mesma forma, que é cômodo chamar ícones de uma teologia
protestante bem duvidosa como Ricardo Gondin ou grupos abortistas pseudo –
católicos, como o Leonardo Boff e o Frei Betto - ícones da "teologia"
pseudo católica da libertação -, como as “Católicas” pelo Direito de Decidir.
Mas há algo importante a ser destacado,
recentemente foi divulgada uma pesquisa , trata-se do Índice de Confiança da
Justiça - ICJBrasil, produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação
Getulio Vargas. O resultado foi extremamente satisfatório as religiões e
negativos aos programas de televisão. De acordo com o estudo, referente ao
quarto trimestre de 2011, houve um crescimento de 4% na confiança em relação a
Igreja Católica, de 54% foi para 58%, perdendo apenas para as Forças Armadas.
Nota-se que a Igreja - que também marcou a disputa à presidência da republica
no segundo turno das eleições – passou de 7º lugar no ranking de confiança nas
instituições para a 2ª posição. No primeiro trimestre de 2010, 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é
uma instituição confiável em comparação com o segundo trimestre de 2010, quando
34% dos entrevistados deram essa resposta. Quanto aos programas de TV e as
emissoras de TV, em si, em média, são
entrevistadas entre 1550 a 2000 pessoas.
Apesar da baixa confiança notada na pesquisa da
FGV, programas de TV, por sua
característica natural hipodérmica, tendem a disseminar mensagens que tem a capacidade real de produzir estragos na
vida de uma pessoa, estimular pessoas a pichar patrimônios religiosos ou não ou
ridicularizar portadores do autismo, a exemplo destes dois programas (aqui ou aqui e aqui)
da versão brasileira da MTV (Music
Televison). Resultado: os quadros dos dois programas tiveram que ser retirados do ar como se pode ver aqui e aqui.
Nos casos descritos pelo parágrafo acima, tudo é
explicado pela produção ou apresentadores como "ironia", uma
"brincadeira", que "não se pode ter limites para humor",
que a "defesa do politicamente correto é ridícula".
Entretanto, o que eles fazem, na verdade, são atos
irresponsáveis que, muitas vezes, são apoiados por seus "fiéis
seguidores", que atuam na defesa dos programas nas redes sociais, pois
normalmente, os apresentadores e a produção desses programas não dialogam ou
interagem com o cidadão comum nessas redes sociais, que não fazem parte do
mundo alternativo desses programas.Assim, do jeito covarde é fácil, né?Parece
que o caso da Escola Base, descrito acima não ensinou nada as emissoras de TV.