Leniéverson Azeredo Gomes
Lá vou eu
parecer do Contra, assim me sinto um personagem da Turma da Mônica. Todo mundo
ou quase todo mundo deve ter visto o programa "Esquenta", da Rede
Globo hoje, dia 17 de março. Cá estava eu, enquanto usava o computador, ouvia e
via o programa que num determinado bloco abordou questão da "intolerância
religiosa". Lá estava o Padre Omar, da Arquidiocese do Rio de Janeiro e o
Leandro Souza, vocalista do “Frutos de Medjugore”, que falaram sobre a Jornada
Mundial da Juventude. Muito curioso, quando alguém fala de que no Brasil há uma
intolerância religiosa. Vamos ao primeiro ponto, no Brasil, o termo correto são
divergências doutrinais., que alias é uma característica, igualmente humana,
muitos de nós pensamos diferente sobre um mesmo assunto.
Não vejo nada
de anormal. Tem algumas religiões protestantes sérias que anunciam o Deus, que
se fez homem para morrer numa cruz e há falsas igrejas, que se chamam de
seitas, que exploram a fé das pessoas para se enriquecerem. Como descendente de
africanos, eu sempre respeitei as religiões de matizes africanas, mas isso não
obriga a concordar com tudo que está ali. Da mesma forma, que não vejo com bons
olhos o sincretismo religioso que existe na Bahia, por exemplo.
Segundo
ponto, a apresentadora do programa fez uma pontuação um tanto equivocada e
temerária, as Igrejas Cristãs, não perseguem homossexuais. O Cristianismo, não
aceita a prática homossexual, mas ama o
homossexual, é diferente. É um principio defendido há mais de 2000 anos. Não há
nenhuma prova evidente que alguma igreja cristã, bateu ou mandou espancar algum
homossexual. Se alguém tiver uma prova disso, que mostre. A mídia secular tem
agido a todo tempo com o objetivo de transformar o cristianismo e o cristão
autêntico, como se fosse algo do “mal” e a mídia que se arvora professora da disciplina da ‘mente aberta’,
do “bem”.
O Pastor Marco
Feliciano, Silas Malafaia e o nosso Papa Francisco, já demonstraram que são
contra o casamento gay, por isso faz parte de um dos princípios basilares do
cristianismo - leia-se Teologia Moral. E é bíblico, podem até manipular a
Palavra de Deus e chamar interpretes picaretas e militantes gays, para dizer o
contrário, mas é isso.
O programa
não abordou - e creio que foi de propósito - as ameaças de morte, xingamentos,
calúnias e difamação, tanto na vida real, como nas redes. As quais lideranças
católicas e protestantes tem sofrido no Brasil, por se manterem convictos nas
suas posições frente temas considerados por muitos como 'polêmicos', mas que
para nós cristãos não são.
Em terceiro é
último lugar, o Deus único não é o Samba, como a apresentadora falou, Deus é só
Deus e nada mais. Nestes programas, o misto de superficialidade e
desconhecimento no enfoque sobre temas religiosos a gente sente o cheiro longe.