segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Segue abaixo, um artigo do Padre Gaspar Pelegrini (foto) que expõe, de forma, clara. objetiva e doutrinal, o zelo que todo sacerdote deveria ter pelo uso da batina.


Cuidado com a batina!


Sei que o título deste artigo soa estanho. Mais ainda vindo de um padre que usa sempre a batina. Mas eu repito: cuidado com a batina!
Se me permitem, eu me explico.
Para tanto, temos que recordar o sentido da batina. E quando digo batina, entenda-se o hábito sacerdotal, seja a batina mesma ou o clergyman, ou outra veste sacerdotal.
A batina tem como fim ser um sinal para os outros e para o padre.
Para os outros a batina ajuda a identificar o sacerdote em meio a outras pessoas. O padre, como nos dizia o Beato João Paulo II, não pode perder-se no anonimato. Ele é sinal de Deus. É luz, é referência. Ele tem que ser visto, tem que ser encontrado com facilidade. E o hábito sacerdotal ajuda a identificar o padre.
A vista de um padre nos leva a pensar em Deus, a lembrar-nos de Deus de quem o padre é sinal e mais ainda, ministro. Se estamos num perigo e vemos um policial, nós nos tranqüilizamos e vamos até ele pedir ajuda. A farda não faz o policial, mas facilita encontrá-lo, identificá-lo. Como também o nome de uma loja não é a loja, mas ajuda a encontrá-la. A batina não é o padre. O poder não está na batina. Mas a batina ajuda muito a encontrar o padre.
E para o Padre?
O hábito o ajuda a não se esquecer de sua missão, de sua entrega a Deus.
A batina é para o padre proteção, alerta e às vezes, até sinal vermelho.
Alerta porque se ele está com a sua veste própria, é convidado a agir como sacerdote. O hábito lembra ao padre uma coisa que muitas vezes não queremos aceitar: o padre não é uma pessoa comum. Não é um homem como os demais. Não. O jovem que é chamado por Deus e é ordenado padre, sim, é um homem como os demais. Mas, enquanto sacerdote, não é mais como os demais. Houve uma mudança em seu próprio ser. Ele não se pertence mais, não tem direito de agir como se não fosse sacerdote. Isso o próprio povo de Deus espera de nós. O povo quer e tem direito de ver no padre um padre.
Às vezes também a batina pode ser um sinal vermelho para o padre no sentido em que como sacerdote, vestido como padre, ele não pode tomar certas atitudes, ir a certos lugares, etc.
A batina é ainda um desafio para o padre. Temos que ser o que a batina representa.
Por isso eu digo: cuidado com a batina. Cuidado, meu irmão padre, para não se esquecer de seu hábito que lhe recorda sua identidade. Cuidado com a batina, pois ela o sinaliza. Suas ações e atitudes são vistas como ações de um ministro de Deus.
Mas quando digo aqui “cuidado com a batina”, eu quero mesmo é insistir num outro aspecto totalmente diferente.
Um dos grandes significados da batina é lembrar ao padre e aos outros que ele abriu mão de muitas coisas para se dedicar a Cristo, na simplicidade, na pobreza, numa vida austera, embora cheia de alegria. Ou seja, a batina nos convida a renunciar a roupas ostensivas, roupas de marca, cores preferidas por nós, roupas da moda, etc. Por isso se diz que a batina é sinal de morte para o mundo. Neste sentido.
Mas eu percebo um pouco hoje entre nós padres e, talvez, mais ainda, entre seminaristas, uma atitude que é uma grande incoerência: usar a batina por vaidade. Fazer da batina um meio de ostentação. Já viram na internet fotos de padres e seminaristas fazendo poses de batina, querendo imitar fotos antigas, um pezinho pra frente, olhar para o infinito, uma boa quantidade de gel no cabelo, etc., etc.?
A batina que tem que ter não sei quantos botões, em honra dos anos da vida de Jesus, das bem-aventuranças, dos coros angélicos... O tecido tem que ser tal que para dê uma boa caída. A faixa tem que ter tantos centímetros de largura, uma franja bem entrelaçada para lembrar a rede de São Pedro. A capinha para imitar S. João Bosco. O solidéu... Outro dia um jovem desistiu de nosso Seminário porque me perguntou se nossos seminaristas usavam solidéu e eu disse que não. Imaginem. Uma vocação condicionada a um solidéu... 
E o preço que às vezes se paga por uma batina, porque tem tal tipo de corte, é de tal marca... Até a batina virou roupa de marca.
O que acontece então? Aquela veste que seria um convite à simplicidade e à pobreza, torna-se ocasião de vaidade, de ostentação, de consumismo.
Nestes casos, o uso da batina não serve para mostrar a condição de ministros de Deus, mas para a pessoa se mostrar, se exibir através da batina.
Mais triste ainda quando a pessoa que faz uso da batina tem um comportamento que não condiz em nada com a condição de discípulos de Cristo, mortos para a vaidade e para as coisas mundanas.
Por isso digo: cuidado com a batina!
Não estou defendendo que não se use a batina. Até porque eu só ando de batina. Quero dizer que devemos usá-la corretamente. Ter cuidado porque o diabo, que se veste de anjo de luz, pode também querer usar da batina para nos fazer cair no contrário de tudo o que ela significa e nos recorda.
Cuidado com a batina! Cuidado para não deixar de lado este grande sinal.
Cuidado para não usá-la mal, deformando o seu significado.
Cuidado para não transformar o remédio em veneno.
Cuidado para não transformar o hábito que é um sinal do que trazemos lá dentro de nós, em uma capa que esconde o que lá dentro não está bem.
Dizer "cuidado com a batina" não é um convite para não usá-la, mas um apelo a usá-la corretamente, segundo o que realmente ela é e nos lembra: sinal de morte às coisas mundanas, entrega e consagração a Deus como seus ministros no seguimento de Cristo, a serviço de nossos irmãos.

Se você deseja conhecer um pouco mais sobre a filosofia de São Tomás de Aquino, leiam esse cartaz e, em caso de interesse, participe.


Forro de Igreja centenária em Itajaí, interior de Santa Catarina, caiu na madrugada deste domingo.


Igreja centenária de Itajaí tem queda no forro. Felizmente não há mortos e nem feridos. 

Pascom - Arquidiocese  de Florianópolis 

 Acidente ocorrido na madrugada de domingo na centenária igreja da Imaculada Conceição, afetou o altar e o presbitério Os fiéis católicos que se dirigiram para a Igreja Imaculada Conceição, em Itajaí, a mais antiga do município, na manhã de domingo tiveram um triste surpresa.
Naquela madrugada, parte do forro caiu sobre o presbitério. Por conta disso, não houve a celebração e a igreja está interditada até que as autoridades façam melhor avaliação na estrutura. “Foi sorte que não houvesse ninguém na igreja no momento da queda. Se fosse durante a missa, certamente o presidente da celebração e quem mais estivesse diante do altar teriam se machucado”, disse Pe. Sérgio de Souza, pároco da Paróquia Santíssimo Sacramento, da qual a igreja faz parte.
Ele foi um dos primeiros a chegar no local, onde presidiria a celebração às 8h. A igreja estava em processo de restauração há algumas semanas. A parte elétrica foi concluída na última semana. Algumas imagens também já haviam sido restauradas e estão sendo entregues conforme ficam prontas.
A imagem da padroeira foi concluída há duas semanas e estava no altar durante a queda do forro. Ela teve a coroa danificada. A equipe de restauração vai avaliar se a coroa pode ser recuperada. Também um anjo teve danos não muito significativo. O outro anjo, que fica no lado oposto do altar, ainda não havia sido entregue. “Se já estivesse no altar, certamente sofreria avarias maiores”, disse Pe. Sérgio.
 Nas próximas semanas seria restaurada a sacristia, que já havia sido desocupada. Segundo Pe. Sérgio, a igreja é muito procurada para casamentos e formaturas pelas suas características arquitetônicas e por ser a mais antiga do município. Ela estava com a agenda lotada de eventos para este ano.
 Por conta do acidente os eventos deverão ser assumidos pelas outras igrejas da paróquia. O acidente pode também comprometer a agenda de evento para o próximo ano. Em 2014 é celebrado os 180 anos da proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria, e a paróquia já estava programando as atividades para celebrar essa data. A igreja será o principal centro das celebrações por ser a padroeira. Mais informações no fone (47) 3348-1254, na Paróquia Santíssimo Sacramento, em Itajaí.