quarta-feira, 27 de julho de 2011

Solidariedade: Caritas vai distribuir 20 toneladas de alimentos no Porto

     Ajuda direta para 312 famílias triplica em relação a 2010

     Porto, 27 jul 2011 (Ecclesia) – A Caritas Diocesana do Porto vai distribuir cerca de 20 toneladas de produtos alimentares de 2 a 5 de agosto, informou hoje a organização católica, em comunicado, num apoio três vezes superior ao do ano anterior.

    Segundo os responsáveis pela instituição, a iniciativa visa a “a ajuda direta a 312 famílias, num total de 838 pessoas”, acrescentando que o número de agregados familiares apoiados “quase triplica em relação ao ano de 2010”.

    Os gêneros alimentares provêm do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados – PCAAC.

    “Na conjuntura socioeconómica atual, a Caritas Diocesana do Porto entende que é importante salientarem-se todas as iniciativas de ajuda às pessoas que se encontram em situação de pobreza, carência e/ou exclusão social”, assinala o comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

    Os cabazes alimentares são constituídos por 20 produtos distintos, incluindo arroz, massas, farinha, leite, bolachas, cereais, queijo e manteiga.

    “A constituição de cada cabaz tem por base o número de elementos de cada agregado familiar e também as suas idades”, precisa a Caritas.

    A organização católica de solidariedade e ajuda humanitária refere que vai continuar a “apoiar mais de 200 famílias, com a distribuição de cabazes mensais, compostos por produtos equiparados aos que integram o referido Programa Comunitário”, a expensas da própria instituição.

    Nesta primeira fase da operação de distribuição dos cabazes alimentares, a Caritas destaca a “colaboração de um grande número de voluntários e voluntárias”, para além da cedência de um espaço para armazenamento dos bens alimentares.

    OC

A vida presente é uma guerra contínua com o inferno

“O que mais consola uma alma que ama a Deus, ao se lhe anunciar sua morte, é o pensamento de que em breve estará livre de tantos perigos de ofender a Deus, de tantas inquietações de consciência, de tantas tentações do demônio. A vida presente é uma guerra contínua com o inferno, na qual corremos, a cada instante, o perigo de perder a Deus e a nossa alma. S. Ambrósio diz que na terra só caminhamos sobre ciladas armadas por nossos inimigos a fim de nos roubarem a graça divina. (...) Com que ânsia não deseja uma pessoa retirar-se de uma casa, cujas paredes ameaçam desabar, diz S. Cipriano. Pois bem, aqui neste mundo uma desgraça horrível ameaça de todas as partes a nossa alma: o mundo, o inferno, as paixões, nossos sentidos revoltosos, tudo nos quer induzir ao pecado e lançar-nos na morte eterna. Quem me livrará deste corpo de morte? (Rm 7, 24), exclama o Apóstolo. Que alegria, portanto, não sentirá a alma ao ouvir estas palavras: Vem do Líbano, minha esposa... vem do covil dos leões. Vem, que serás coroada (Ct 4, 8). Vem, minha esposa, deixa esse vale de lágrimas, vem desse antro de leões que procuram engolir-te e roubar-te a minha graça.”

“É para a alma um grande favor chamá-la Deus a si quando se encontra em estado de graça, tirando-a deste mundo onde poderia mudar de sentimentos e perder a amizade divina. Todo aquele que vive em união com Deus é feliz. Mas como um navio, na expressão de S. Ambrósio, só se pode ter por seguro quando entrado no porto e escapo à tempestade, assim também uma alma só então se poderá julgar inteiramente feliz quando deixar esta vida em estado de graça. Se o navegante se julga feliz ao chegar ao termo de sua viagem, depois de superar grandes perigos, quantos mais feliz julgar-se-á aquele que dentro em pouco se verá seguro, na posse de sua eterna felicidade.”

- Santo Afonso de Ligório
(Excerto extraído do livro Escola da Perfeição Cristã,
capítulo segundo, da felicidade que nos procura a perfeição)