Leniéverson Azeredo Gomes
Os
marinheiros quando navegam em alto mar, usam a bússola, um instrumento náutico,
para saber em que direção ir, a fim de ter o menor risco de se perderem. Assim
como a bússola está para os marinheiros, a bíblia está para nós cristãos, pois,
“é inspirada por Deus, útil para ensinar,
para repreender, para corrigir e formar na justiça, de forma, que, por ela, o
homem de Deus se trone perfeito para toda boa obra”.(I Tm 3, 16-17).
No
mês de setembro, a Igreja Católica, destaca, homenageia e nos convida a
refletir sobre a importância das Sagradas Escrituras ou, como se diz
popularmente, a Palavra de Deus, em nossas vidas. Formada por 73 livros e
dividida em Antigo e Novo Testamento, a bíblia não é apenas um conjunto de
livros, é uma literatura que nos ajuda
fazer a diferença em um mundo violento, egoísta, cheio de
autossuficiências; onde o “TER” é muitas vezes mais importante que o “SER”,
dentre outras coisas.
São
Bernardo de Claraval dizia que “O Cristianismo é a religião da Palavra de Deus,
“não de uma palavra escrita e muda, mas do verbo encarnado e vivo””. Para isso,
amados, a Bíblia tem de servir como o Pão da Palavra, nos alimentar todos os
dias, dar sustento a nossa caminhada rumo ao céu.
Nos
últimos cinco séculos, pelo menos, tem se levantado ideologias que tentam
interpretar a palavra para que se ajuste
a evolução da humanidade. Oras, amados, Deus “é o mesmo, ontem hoje e sempre”
(Hb 13,8) e “Céus e Terras podem passar, mas as palavras de Deus jamais
passarão”(Lc 21,33). Afinal, se Cristo é sinal de contradição, a Palavra de
Deus, também.
Ninguém
tem o direito de interpretar a Palavra de Deus, de forma diferente do proposto
pelo Magistério da Igreja. A Constituição Dogmática “Dei Verbum” (10,3) assegura que as Sagradas Escrituras, o plano
de Deus, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja estão de tal modo
entrelaçados e unidos que um não tem consistência sem os outros, e que juntos,
cada qual a seu modo, sob a ação do Espirito Santo, contribuem eficazmente para
a salvação de almas.
Dessa
forma, somente ela, a Igreja Católica Apostólica Romana, através do Papa e aos
bispos em comunhão com ele, tem a autenticidade
para formular interpretações ideais para nós.
Por
isso, devemos nos afastar da ideia de buscar falsos profetas que fazem a “livre
interpretação” ou o “livre exame” da Palavra, que além de distorcê-la. São
Paulo aos Gálatas afirma que só há UM evangelho autêntico e qualquer coisa
contrária a isso, é promoção de “confusões que perturbam o Evangelho de Cristo”
(Gl 1, 7).
Que
o Nosso Senhor Jesus Cristo promova no coração de cada um dos leitores desse
informativo, um maior interesse pela Palavra de Salvação, para que a mesma seja
convertedora e transformadora da humanidade que carece da boa nova.