segunda-feira, 24 de junho de 2013

Artigo: Uma visão sociológica do Movimento Passe Livre .(sem fotos ou ilustrações)

Leniéverson Azeredo Gomes


A Sociologia é uma ciência sábia, mas que, como outras; pode ser usada, para o bem ou para o mal. Vamos utilizar, para o bem, alguns conceitos sociológicos para depois conversarmos sobre o famoso Movimento Passe Livre, que se julga ter – mas não tem – a procuração do povo para criar  movimentos reivindicatórios da população e ser o representa dela (população).
Em primeiro aspecto, é preciso saber diferenciar semiologicamente, ou seja, o significado das palavras grupo e agrupamento. Muita gente costuma dizer que as duas (palavras) são a mesma coisa. É errado afirmar tal coisa. Elas se distinguem exatamente pela questão objetiva, isto é, pelo foco.
O grupo, também chamado de grupo social, é, grosso modo, uma reunião de pessoas que tem a mesma razão de existência, possuem a mesma finalidade. Deve, por essência ter, entre cada membro do grupo, uma coerência, um amálgama, um ponto central que os une. É claro, o grupo precisa assumir certa fidelidade a princípios que orientam, formatam e delineiam o seu modo de ser. Ex: Grupos de Jovem de uma igreja, grupo de trabalho, família, grupo de estudo, grupo de pesquisa, etc.
Já agrupamento, tem uma característica completamente distinta, pois são formado por  pessoas que se estão reunidas, mas com objetivos diferentes, muitas vezes nem se conhecem, nunca se viram, embora possam estar no mesmo lugar.
Talvez, algumas pessoas pode se e me dizer: Mas é possível diferentes tipos de grupo estar num mesmo lugar. Eu diria: sim, é verdade, digamos que haja um conselho comunitário, onde há representantes da sociedade. Nesse caso, cada grupo dentro de suas respectivas especificidades, vai defender os interesses do seu grupo ou fazer com que o grupo tenha um caráter sinérgico, ou seja, troque ou junte energias em prol do desenvolvimento de uma determinada comunidade. Mas note-se: nesse caso, todos os demais grupos se interagem, sem se importar com a presença do outro grupo. Não há competição, não há cisma, há uma união em prol de um objetivo comum – leia-se comunidade na diversidade.
No caso descrito acima, é importante dizer, que, não houve ali, naquele conselho um agrupamento, mas sim, uma reunião de diversos grupos distintos compositores de uma entidade representativa de uma determinada localidade. Esses conceitos precisam estar bem definidos em nossas consciências.
O conceito de grupo e agrupamento, usado na sociologia durkheimiana , pode ser usado para o Movimento Passe Livre – aquele grupo que organizou protestos pelo Brasil inteiro pleiteando redução da tarifa de transporte coletivo -.
Quando começaram a pipocar os recentes protestos pelo Brasil inteiro, muita gente considerava o movimento como de fato representante do povo. Na verdade, havia muitas outras pessoas que participaram dos protestos, que tinham outros itens a ser reivindicados (como estar contra a PEC 37, contra o aborto, a favor do projeto 234/11, etc) Mas, pouquíssimo tempo depois foi descoberto que o ‘movimento’ tinha vínculos ideológicos com partidos e outros grupos de esquerda. O fato se realçou, quando, ao conseguir baixar a tarifa em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo e algumas cidades menores, o grupo cessou – provisoriamente – os protestos, e, reclamou das pautas ‘conservadoras’ que ‘infestaram’ nas manifestações e ataques a partidos – leia-se partidos de esquerda.
Vejam a declaração na íntegra de uma das lideranças do grupo MPL, chamado, Douglas Beloni, sobre isso, dada na emissora de rádio CBN:
“O movimento não deve mais convocar manifestações, levando em conta algumas pautas conservadoras que foram levantadas. Por exemplo, algumas pessoas pediam a redução da maioridade penal (...) e houve uma hostilidade a outros partidos que estavam desde o início compondo luta contra o aumento”.
A sociologia explicaria isso, da seguinte forma: O tempo todo para o MPL, as pessoas que ajudaram a engrossar as manifestações eram, na verdade, os agregados ou agrupamentos, algumas vezes chamados, perfeitamente,  em alguns artigos, de  ‘inocentes úteis’ descartados assim, que o MPL logrou êxito em seu objetivo.  
A massa de manobra com sua ‘pauta conservadora’ não podia fazer parte da festa, foi ‘barrado no baile’ comuna, não podia fazer parte do grupo do MPL. Devido a isso, chega-se a conclusão de que o MPL é uma fraude, porque é um pseudo-representante do povo. É comum no marxismo a existência de ‘movimentos’ sociais, de sindicatos, Organismos não tão Não Governamentais que acreditam ter procuração do povo para representar o grupo da sociedade real, quando, na verdade, só representam seus próprios interesses, com a ajuda da imprensa, igualmente militante.