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Santa Cecília é uma santa
cristã, padroeira dos músicos pois quando ela estava morrendo, ela cantou a
Deus. Não se tem muitas informações sobre a sua vida. É provável que,tenha sido
martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas
não deixam dúvidas, sobre a existência, mas sua história só foi registrada no
século V, na narrativa Paixão de Santa Cecília.
Segundo este relato, Cecília
seria da "nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e
cristã desde a infância".Ela foi dada em casamento,contra a vontade,a um
jovem chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a
não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe
inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava
preparado para a grande cerimônia. Da alegria geral que estampava nos rostos de
todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia
não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse
a tristeza.
Estando só com o noivo,
disse-lhe, Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano,
acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha
virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que
provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um
pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que
tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.
Disse-lhe mais: que a
fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus.
Valeriano,ficou "vivamente impressionado" com as declarações da
noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela
mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha se passado e
conseguiu que também ele se tornasse cristão.
Turcius Almachius, prefeito de
Roma, "teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o
tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a
religião que tinham abraçado. Diante da recusa formal, foram condenados à morte
e decapitados". Também Cecília, " teve de comparecer na presença do
juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os
tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem
guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas
mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se e
ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses.
De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos
soldados da beleza da religião de Cristo que estes se declararam a seu favor, e
prometeram abandonar o culto dos deuses."
Almachius, "vendo
novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada
na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores
d’água. Cecília teria sido então protegida milagrosamente, e embora a
temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, ela nada
sofreu". Segundo outros mitos, a Santa "foi metida em um banho de
água fervente do qual teria saído ilesa".
Almachius recorreu então à pena
capital." Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do
tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta
posição. Aos cristãos que a vinham visitar dava bons e caridosos conselhos. Ao
Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres.
Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo
depois de sua morte". Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.
Sono de Santa Cecília.
As diversas invasões dos godos
e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas
relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito
tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.
Uma aparição da Santa ao Papa
Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste
que guardava as relíquias. O corpo, foi "encontrado intacto e na mesma
posição em que tinha sido enterrado". O esquife foi "achado em um
ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília". Ao lado da
Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.
Em 1599, por ordem do Cardeal
Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na
mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim
o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.
A Igreja ocidental, como a
oriental, têm grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da Missa.
O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de
Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo
o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas
aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não
seja confundida”. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da
música sacra. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos
Músicos.
Compositores eruditos
importantes como Henry Purcell, Georg Friedrich Händel e Benjamin Britten
escreveram composições em sua honra, apareceu em poesias de John Dryden,
Alexander Pope e W. H. Auden, e músicos populares também fizeram referência a
ela, como Paul Simon, David Byrne e Brian Eno.
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Nota do Blog: Santa Cecília, rogai por nós.