Leniéverson Azeredo Gomes
Imagine a seguinte situação,
você comete um erro com alguém, você, por exemplo, e, essa pessoa, ao invés de te
procurar individualmente para conversar; acertar os ponteiros de forma cordial,
começa a “armar um barraco” publicamente ou simplesmente diante de um grupo
expor a situação que motivou o erro para humilhá-lo? Situação complicada e
vexatória para um, os dois e, pode ser também para quem estiver ao redor dos
envolvidos.
O Evangelho de hoje, nos propõe
uma forma de resolver isso de forma equilibrada e pacífica. Em conversa com
seus discípulos, Jesus, expunha: “Se o teu irmão pecar contra ti, vai
corrigi-lo em particular, á só contigo” (Mt 18,15a). Veja, amados, o pecado é
justamente tudo aquilo que mancha o coração humano. Todos nós, em um dado
momento de nossa vida, podemos vacilar com alguém, fazer algo que desagrade,
enfim, transmitir sinais típicos da imperfeição Humana. Afinal, atire a
primeira pedra quem não tem pecado? E isso, faz com nós tenhamos a certeza de
que todas as contendas urgem ser solucionadas dentro do campo da
particularidade e de forma reservada, como manda a etiqueta, não só cristã, mas
a gentileza que deve reger as relações interpessoais (entre pessoas).
Agora, na filosofia e na
teologia existe o livre arbítrio, o seja, a pessoa que praticou o pecado, tem a
liberdade de julgar e decidir quer ouvir o que sofreu ação pecaminosa ou não. “Se
ela ouvir, ganhaste-a” (Mt 18, 15b).Caso contrário, “toma contigo mais uma ou
duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três
testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o a Igreja. Se nem mesmo a Igreja
ele quiser ouvir, trate o como se fosse um pagão ou um pecador público (Mt 18,
16-17)”
Nos dias de hoje, quando situações
como alguém bater um carro, atropelar alguém, praticar um aborto, usar drogas,
são fatos que prejudicam terceiros, é necessário que todos sejam pacíficos para
encontrar um denominador comum, para assim poderem ser dignos de ser chamados
filhos de Deus e mostrarem personalidade virtuosa onde há o controle de
temperamentos.
Mas ninguém consegue fazer nada
sozinho, de forma solitária. O poder de “ligar e desligar”, descrito em Mt
18,18, significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais
e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à
Igreja pelo ministério dos apóstolos.
Por isso, que existe o
sacramento da penitência, para reparar, com a autoridade da Igreja, todos os
pecados praticados pela humanidade, a exceção da blasfêmia ao Espirito Santo. É
a ideia da reconciliação com a Igreja e, por conseguinte, com Deus. Faz-nos
viver em paz com Deus e com o nosso próximo. Mas basta a gente querer e criar
aberturas. É Deus querendo estar no meio de nós, e Deus está presente (Mt 18,20).