quinta-feira, 8 de julho de 2010

14ª Semana do Tempo Comum – Sexta-Feira – Madre Paulina. (Cor Branca)

A Liturgia de Hoje nos chama a atenção para algumas características do cristão: ser alguém que reza, viver a humildade, ser caridoso principalmente com os doentes.Na primeira leitura tirada de Oséias 14,2-10, Deus quer tirar o povo do pecado, mas quer que cada um tenha fé no seu nome que tem poder de curar a humanidade de todo o mal. É claro que a boca do Senhor, neste aspecto quer nos anunciar o seu louvor e, também quer que nós sejamos anunciadores do seu Santo Nome, ainda que sejamos perseguidos e soframos dificuldades, como diz o evangelho de São Mateus 10.
A Santa Paulina, cuja memória, a liturgia traz neste dia, também nos remete a entrega de pessoas que se prostravam diante do sacrário para escutar a voz do Senhor. Amabile Visintainer (nome verdadeiro da santa) nascida em Vigolo Vattaro, na Itália, em 1865, era filha de Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer. Dez anos depois, com os pais e os quatro irmãos imigraram para o Brasil, mais exatamente para a cidade catarinense de Nova Trento. Ela viveu com a família até 12 de Julho de 1.890 quando, com sua amiga Virgínia Nicolodi, deixou a casa paterna, para cuidar de uma cancerosa, dando inicio à Congregação das Irmãnzinhas da Imaculada Conceição.
Em Agosto de 1.895, o Bispo de Curitiba aprovou a comunidade de Amabile. Quatro meses depois, ela e suas duas companheiras fizeram os votos religiosos. Amabile passou a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
A santidade e a vida apostólica de Madre Paulina e de suas irmãs atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Em 1.903, foi eleita Superiora Geral e deixou Nova Trento (SC) onde vivia, para começar a obra com os Filhos de ex-escravos e dos escravos velhos e abandonados no Ipiranga, São Paulo.
Em 1.909, foi mandada para Bragança Paulista, onde trabalhou com os doentes da Santa Casa e com os velhinhos do Asilo São Vicente de Paulo. Nove anos depois, ela foi chamada para a Casa Geral do Ipiranga, São Paulo.
Foram anos marcados pela oração, pelo trabalho e pelo sofrimento. Em 1.938, Madre Paulina, que era Diabética, precisou amputar a mão, depois o braço direito, devido a uma gangrena e, aos poucos foi perdendo a vista até ficar cega.
Madre Paulina morreu em 9 de Julho de 1.942, deixando em todos presente a impressão de uma alma Santa que entrava na eternidade, depois de viver sempre com espírito de humildade e simplicidade. Em 18 de Outubro de 1.991, Madre Paulina foi beatificada pelo Papa João Paulo II e, pelo mesmo papa foi canonizada em 2002.
Durante muito tempo, ela foi considerada a primeira santa “brasileira” devido ao seu reconhecido trabalho no estado catarinense.No entanto, o primeiro santo verdadeiramente brasileira só viria a ser canonizado 5 anos depois, quando Bento XVI proclamou, em sua visita ao Brasil, Frei Galvão de Guaratinguetá, Santo Antônio de Santana Galvão.