quinta-feira, 19 de julho de 2012

E por falar em Extrema-Unção...

Leniéverson Azeredo Gomes


 O Blog repercutiu uma reportagem publicada pelo portal de notícias “E-Band”, onde um padre foi impedido, nesta terça-feira, dia 17, de dar assistência religiosa, conhecida como extrema-unção, ao paciente, Hélio Moises Fernandes, que estava em estado terminal, num Hospital de Taguatinga, cidade satélite de Brasília e veio falecer às 5h do dia seguinte .
O tema é polêmico, mas urge alguns pontos a serem explicados com bastante profundidade. Em primeiro aspecto, a “Extrema-Unção” é um sacramento da Igreja Católica, mas o termo mais adequado e recomendado pelo Magistério da Igreja, é Unção dos Enfermos. De acordo com o Denziger-Schönmetzer Enchiridion Symbolorum, definitionum et declarationum de rebus fidei et morum, nº 1696, “no curso dos séculos, este sacramento foi conferida aos agonizantes, por isso, o uso do termo ”Extrema-Unção””. No entanto, “apesar desta evolução a liturgia jamais deixou de orar ao Senhor para que o enfermo recobre a saúde, se tal convier a sua salvação”.
De fato, “o Sacramento da Unção dos Enfermos é conferido às pessoas acometidas de doenças graves e perigosas, ungindo-as (....) com óleo devidamente consagrado” (CIC, cân.847, 1). Sempre com orações como esta:
“Por esta santa unção e por sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em seu auxílio com a graça do Espirito santo, para que, liberto de seus pecados, Ele te salve e, em sua bondade, alivie teus sofrimentos” (Idem)
É muito comum, encontrar pessoas que questionam o fundamento bíblico-doutrinal para a Unção dos Enfermos e fundamentação constitucional para a assistência religiosa em hospitais e outras casas de saúde.
Quanto a fundamentação bíblico-doutrinal, o livro de São Tiago, capítulo 5, versículo 14 seguintes, diz:
“Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor restabelecerá. Se ele cometeu, ser-lhe-ão perdoados. Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados”.
Para a Igreja Católica, a Unção dos Enfermos é “uma celebração litúrgica e comunitária quer tenha lugar na família, no HOSPITAL ou na Igreja, para UM só enfermo ou para TODO grupo de enfermos” (Sacrossanctum Concilium, 27).
Segundo Sônia Watanabe, Mestre em Hospitalidade e Especialista em Gestão Hospitalar, explica com toda a sua experiência na área de Educação, Saúde e Hotelaria que “o hospital – casa de Deus - se revela, quanto às suas origens, uma profunda ligação com a Igreja e, também, forte vocação altruísta de acolher pessoas, marginalizadas pela sociedade, até então representadas nas figuras do doente, do pobre, do órfão e do peregrino”.
Por isso, em todos os países do mundo, é comum encontrar padres ou pastores, em presídios e casas de saúde, como hospitais, santas casas e beneficências portuguesas.
A Constituição Brasileira, além de dizer que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (art.5º, paragrafo VI), diz também que “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva” (Art 5º, paragrafo VII).O Estado é laico, mas não é ateu.
Agora vejam esses comentários retirados, do Correio de Brasilia, sobre a matéria do impedimento a assistência religiosa do sacerdote em Taguatinga.

Percebem-se exatamente, como as pessoas são ignorantes em relação ao assunto, em questão e há, também uma intolerância militante, porque as pessoas rejeitam qualquer ensinamento sobre o assunto.
  
Os comentários são absurdos e o Hospital de Taguatinga feriu a constituição, merecendo responder um processo por isso e, a secretaria de Saúde do DF ser punida pela mesma violação. 

Russomanno vai à missa atrás de católicos em São Paulo


Candidato do PRB à prefeitura de São Paulo visita capela na região do Bom Retiro

Jorge Araújo/Folhapress
André Rigue noticias@band.com.br
Com Comentário do Blog


O candidato Celso Russomano  o último à direita.


O candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, acompanhou uma missa na Capela de Santo Expedito da Polícia Militar, nesta quinta-feira, no Bom Retiro, região central da cidade.
Russomanno aceitou o convite para ir à igreja para acabar com os comentários sobre sua origem religiosa. “Ainda vou ter de mostrar minha certidão de batismo”, declarou o candidato a jornalistas.
O candidato do PRB também aproveitou o evento para conversar com eleitores e tirar fotos.
Comentário do Blog: Este é um caso complicado, que não se pode julgar com a profundidade devida, mas isso não significa ser impossivel fazer alguns apontamentos. Nem todo aquele que nós diz: Senhor, Senhor, pertence ao Reino do Céus. Na campanha presidencial vimos dois candidatos afirmarem ser católicos , sendo inclusive vistos na Basílica de Aparecida/SP.Católicos, cuidado com a hipocrisia e a mentira.

Padre é impedido de dar Unção dos Enfermos.


Família de paciente havia pedido para o religioso abençoar um paciente, que morreu nesta madrugada, em Brasília
Da Redação com Band News FM Brasília noticias@band.com.br, 
com comentários do blogueiro.


Padre Roberto Crispim  na cerimônia de posse como pároco, em Taguatinga-DF

O padre Roberto Crispim foi barrado ao entrar no Hospital Regional de Taguatinga na noite dessa quarta-feira, em Brasília.
O religioso, que é administrador da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Taguatinga, foi impedido de levar a extrema-unção, benção dada àqueles que correm risco de morte, a um paciente, que morreu nesta madrugada.
O padre havia ido até o hospital a pedido da familia. Segundo a secretaria de saúde do Distrito Federal, ele não entrou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em função de regras no horário de visita do hospital.
Comentário do Blog: Essa estória tem cheiro de história mal contada.  Primeiro, porque isso é estranho. Recentemente o cantor Pedro, filho do também cantor Leonardo, que ficou internado no Albert Einstein, em São Paulo, após sofrer acidente de carro, em maio, pôde receber do Padre Antônio Maria, fato esse, é comprovado aqui. Há vários registros de pastores visitando UTI´s, isso pode ser visto aqui, aqui e aqui. Nota-se que não há uma proibição, há uma regulamentação sobre a visitação de religiosos.Além do mais, há séculos que a Unção dos Enfermos, nome correto do sacramento, é aplicada.Portanto, o que nos faz crer que, a alta direção do hospital em questão, pratica intolerância religiosa e desconhecimento total do sacramento, tendo em vista que foi a família do paciente, muito provavelmente católica, quem pediu a presença de um sacerdote. E aí, internautas, o que vocês acham?