quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Como a mídia atua como um novo Coliseu Romano.E você cristão "conservador" está dentro dele e não sabe.


                  Leniéverson Azeredo Gomes


Coliseu Romano


Na Roma antiga, mais exatamente, no ano de 72 d.C., iniciou-se a construção do  Coliseu Romano pelo imperador Flávio Vespasiano. A obra foi terminada 8 anos depois por Tito, filho de Vespasiano, logo sendo batizada de “Anfiteatro Flaviano”, em homenagem ao pai dele.
O espaço foi até o ano de 404 d.C. usado para combates sangrentos entre gladiadores e animais como leões, leopardos, panteras, rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes, dentro de arenas de 85 por 53 metros. Cada luta leva de, em média, de 90.000 presentes ao êxtase. Era algo que beirava completamente o sadismo.
Cristãos sendo martirizados no Coliseu Romano
Bem, programas de televisão, sobretudo aqueles que são transmitidas ao vivo, podem ser, também, grandes arenas, onde a plateia não está somente no local da transmissão, mas também há quilômetros de distância. Os gladiadores de hoje, são em geral, entrevistados de postura conservadora, principalmente os ligados a correntes religiosas cristãs tradicionais.

Mas e os animais selvagens? São os entrevistadores, que podem ser o(s) próprio(s) apresentador(es), convidado(s), tudo isso capitaneando por uma equipe devidamente imbuída por um conjunto de ideologias “progressistas” e “militantes”. Afinal, não é? Se, de fato, é uma arena de combate, tem de ter pegada, demostrar ferocidade, fazer com que os gladiadores sejam “triciddados”, “liquidados”.
Programas de entrevistas “ao Vivo” ou gravado, como “CQC”, “Agora é Tarde”, “Muito Mais”, “Pânico”(todos da Band), “Saturday Night Live”,  “Superpop” (todos da Rede TV!), “Programa do Ratinho”, “De frente com a Gabi”,  “Casos de Família”(todos do SBT), “Fantástico”, “Na Moral”, “Caldeirão do Huck”, “Encontro com Fátima Bernardes” (todos da Rede Globo), fora outros de outras emissoras, são típicas arenas de combate entre quem é a favor ou contra o aborto, quem é a favor ou contra a liberação e a descriminalização das drogas, quem é contra ou a favor de “direitos” homo afetivos e quem é a favor de medidas políticas liberais e a favor de medidas politicas chamadas de direita.
E notadamente, o debate é sempre desigual, há mais elementos ligados ao “progressismo” do que ao “Conservadorismo”. Há outros programas que embora o número seja fifty to fifty (meio a meio), não se disponibiliza espaços para que grupos religiosos manifestem de forma igual.
Padres, pastores protestantes, profissionais religiosos e outras pessoas de pensamentos mais conservadores, são expostos na “arena” do coliseu midiático para serem “devorados” pelos “animais selvagens” formados por variáveis descritos no quarto paragrafo.
Marisa Lobo no Superpop
No dia 30 de julho último, a psicóloga curitibana, Marisa Lobo, o pastor ex-gay Robson Staines e o pastor Antônio Silva, estiveram presentes no SuperPop, na Rede TV! para discutir a questão da homofobia. Para confrontar os “conservadores”, além da apresentadora, a plateia e os telespectadores de linha ideológica liberal “progressista”, havia debatedores como a Lanna Holder – pastora homossexual de uma ‘Igreja’ inclusiva –, o presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Fernando Quaresma, e, Felipe Campos – um jornalista homossexual.
Felipe Campos (a esquerda)
O mais recente capitulo da novela da vida real, chamado “O Coliseu Midiático”, mostrou que tudo estava combinado para haver um massacre ao grupo de religiosos de linha conservadora. Num determinado momento, o Felipe Campos, assim, num gesto exaltado e carregado de descompostura, ameaçou a psicóloga, dizendo que “iria denunciá-la mais uma vez para que tenha a licença de psicologia caçada”.
Isso nos faz lembrar, pasmem, uma passagem  do novo testamento, referente ao momento da crucificação de Jesus, mais exatamente em João 19, 7, onde os judeus, alertou a Pôncios Pilatos que “Havia uma lei, e que, segundo ela, o Messias, deveria morrer crucificado, porque havia se declarado Filho de Deus”. Imaginem, o que os telespectadores ateus, céticos, agnósticos, militantes gays e afins, certamente devem ter gritado, como o povo da narrativa bíblica gritou para Pôncios Pilatos, em relação a Jesus, diante da fala do Felipe: “Crucifica a Marisa Lobo! ”,“Crucifica a Marisa Lobo!”.
A psicóloga curitibana, que enfrenta processo de cassação no CFP, já foi citada por este blog, em dois posts, em um deles, comentou a participação da Marisa no CQC, no dia 8 de maio. Vamos lembrar um trecho do post “no programa exibido pela Rede Bandeirantes e apresentado por Marcelo Tás e três humoristas de stand up comedies, a psicóloga foi convidada a participar, com outros dois participantes (a homossexual Lanna Holder, uma pastora de uma seita pseudo cristã voltada para gays e o deputado baiano, mas eleito pelo voto de legenda, Jean Wyllys (PSOL-RJ)). O programa do dia abordou o projeto do deputado federal  João Campos, conhecido erroneamente por aquele que defende a cura de homossexualismo por psicólogos”.
Lanna Holder
No Superpop, a Lanna Holder, que deixou um casamento heterossexual, para conviver afetiva e sexualmente com uma mulher, também disparou bobagens verbais. Munida com heresias de plantão, vomitou, de bate pronto “Eu deixei de ser uma bênção de um dia para o outro porque eu aceitei quem eu era. Eu vivo o que prego, não prego o que quero viver”. Em outro momento, o Fernando Quaresma, disse que “parte da violência contra os gays são feitas por evangélicos”.
Não sou contra o fato de padres, pastores e religiosos de linha ideológica mais conservadora, irem a programas de televisão para levar o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O que eu sou contra, é o fato de eles participarem com a “cara e a coragem”. Religiosos de todas as denominações cristãs deveriam, antes de aparecer na mídia, deveriam seguir o exemplo de debates eleitorais para prefeito, governador, presidente e seus vices, no sentido de assegurar direitos constitucionais, como:

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 O documento, que precisa incluir os artigos da Carta Magna, tem de ser assinado pelos participantes, pelo apresentador e direção da emissora. Além disso, tem de ter firma reconhecida lavrada em cartório.  Assim evita que programas como o Superpop infrinjam direitos constitucionais elementares.