Leniéverson Azeredo Gomes
Coliseu Romano |
Na
Roma antiga, mais exatamente, no ano de 72 d.C., iniciou-se a construção
do Coliseu Romano pelo imperador Flávio
Vespasiano. A obra foi terminada 8 anos depois por Tito, filho de Vespasiano,
logo sendo batizada de “Anfiteatro Flaviano”, em homenagem ao pai dele.
O
espaço foi até o ano de 404 d.C. usado para combates sangrentos entre
gladiadores e animais como leões, leopardos, panteras, rinocerontes,
hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes, dentro de arenas de
85 por 53 metros. Cada luta leva de, em média, de 90.000 presentes ao êxtase.
Era algo que beirava completamente o sadismo.
Bem,
programas de televisão, sobretudo aqueles que são transmitidas ao vivo, podem
ser, também, grandes arenas, onde a plateia não está somente no local da transmissão,
mas também há quilômetros de distância. Os gladiadores de hoje, são em geral,
entrevistados de postura conservadora, principalmente os ligados a correntes
religiosas cristãs tradicionais.
Mas
e os animais selvagens? São os entrevistadores, que podem ser o(s) próprio(s)
apresentador(es), convidado(s), tudo isso capitaneando por uma equipe
devidamente imbuída por um conjunto de ideologias “progressistas” e
“militantes”. Afinal, não é? Se, de fato, é uma arena de combate, tem de ter
pegada, demostrar ferocidade, fazer com que os gladiadores sejam “triciddados”,
“liquidados”.
Programas
de entrevistas “ao Vivo” ou gravado, como “CQC”, “Agora é Tarde”, “Muito Mais”,
“Pânico”(todos da Band), “Saturday Night Live”, “Superpop” (todos da Rede TV!), “Programa do
Ratinho”, “De frente com a Gabi”, “Casos
de Família”(todos do SBT), “Fantástico”, “Na Moral”, “Caldeirão do Huck”,
“Encontro com Fátima Bernardes” (todos da Rede Globo), fora outros de outras
emissoras, são típicas arenas de combate entre quem é a favor ou contra o
aborto, quem é a favor ou contra a liberação e a descriminalização das drogas,
quem é contra ou a favor de “direitos” homo afetivos e quem é a favor de
medidas políticas liberais e a favor de medidas politicas chamadas de direita.
E
notadamente, o debate é sempre desigual, há mais elementos ligados ao
“progressismo” do que ao “Conservadorismo”. Há outros programas que embora o
número seja fifty to fifty (meio a meio), não se disponibiliza espaços para que
grupos religiosos manifestem de forma igual.
Padres,
pastores protestantes, profissionais religiosos e outras pessoas de pensamentos
mais conservadores, são expostos na “arena” do coliseu midiático para serem
“devorados” pelos “animais selvagens” formados por variáveis descritos no
quarto paragrafo.
Marisa Lobo no Superpop |
No
dia 30 de julho último, a psicóloga curitibana, Marisa Lobo, o pastor ex-gay
Robson Staines e o pastor Antônio Silva, estiveram presentes no SuperPop, na
Rede TV! para discutir a questão da homofobia. Para confrontar os “conservadores”,
além da apresentadora, a plateia e os telespectadores de linha ideológica
liberal “progressista”, havia debatedores como a Lanna Holder – pastora homossexual
de uma ‘Igreja’ inclusiva –, o presidente da Associação da Parada do Orgulho
LGBT de São Paulo, Fernando Quaresma, e, Felipe Campos – um jornalista
homossexual.
Felipe Campos (a esquerda) |
O
mais recente capitulo da novela da vida real, chamado “O Coliseu Midiático”,
mostrou que tudo estava combinado para haver um massacre ao grupo de religiosos
de linha conservadora. Num determinado momento, o Felipe Campos, assim, num
gesto exaltado e carregado de descompostura, ameaçou a psicóloga, dizendo que “iria
denunciá-la mais uma vez para que tenha a licença de psicologia caçada”.
Isso
nos faz lembrar, pasmem, uma passagem do
novo testamento, referente ao momento da crucificação de Jesus, mais exatamente
em João 19, 7, onde os judeus, alertou a Pôncios Pilatos que “Havia uma lei, e
que, segundo ela, o Messias, deveria morrer crucificado, porque havia se declarado
Filho de Deus”. Imaginem, o que os telespectadores ateus, céticos, agnósticos,
militantes gays e afins, certamente devem ter gritado, como o povo da narrativa
bíblica gritou para Pôncios Pilatos, em relação a Jesus, diante da fala do
Felipe: “Crucifica a Marisa Lobo! ”,“Crucifica a Marisa Lobo!”.
A
psicóloga curitibana, que enfrenta processo de cassação no CFP, já foi citada
por este blog, em dois posts, em um deles, comentou a participação da Marisa no
CQC, no dia 8 de maio. Vamos lembrar um trecho do post “no programa
exibido pela Rede Bandeirantes e apresentado por Marcelo Tás e três humoristas
de stand up comedies, a psicóloga foi convidada a participar, com outros dois
participantes (a homossexual Lanna Holder, uma pastora de uma seita pseudo
cristã voltada para gays e o deputado baiano, mas eleito pelo voto de legenda,
Jean Wyllys (PSOL-RJ)). O programa do dia abordou o projeto do deputado
federal João Campos, conhecido
erroneamente por aquele que defende a cura de homossexualismo por psicólogos”.
Lanna Holder |
No
Superpop, a Lanna Holder, que deixou um casamento heterossexual, para conviver
afetiva e sexualmente com uma mulher, também disparou bobagens verbais. Munida
com heresias de plantão, vomitou, de bate pronto “Eu deixei de ser uma bênção
de um dia para o outro porque eu aceitei quem eu era. Eu vivo o que prego, não
prego o que quero viver”. Em outro momento, o Fernando Quaresma, disse que “parte
da violência contra os gays são feitas por evangélicos”.
Não
sou contra o fato de padres, pastores e religiosos de linha ideológica mais conservadora,
irem a programas de televisão para levar o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O que eu sou contra, é o fato de eles participarem com a “cara e a coragem”.
Religiosos de todas as denominações cristãs deveriam, antes de aparecer na
mídia, deveriam seguir o exemplo de debates eleitorais para prefeito,
governador, presidente e seus vices, no sentido de assegurar direitos
constitucionais, como:
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O
documento, que precisa incluir os artigos da Carta Magna, tem de ser assinado pelos participantes, pelo apresentador e direção
da emissora. Além disso, tem de ter firma reconhecida lavrada em cartório. Assim evita que programas como o Superpop
infrinjam direitos constitucionais elementares.