Leniéverson Azeredo Gomes
No meu caminho para o sagrado havia uma subida.
Uma via-sacra semanal que me ajudava a ter a cabeça erguida.
Para alguns um sacrifício, para mim a sorte do benefício.
Uma capelinha à vista, um convite à visita.
Desde a infância, fazia daquela capelinha meu motivo
[para conversar com Deus]
Ouvia a voz dos “in persona christi” falarem das coisas do céu.
Palavras amargas, salgadas e, também doces como mel.
Me lembro da pequena capelinha, o badalo dos sinos.
E de longe, da minha casa, ouvia toda benção de hinos.
Cantigas celestiais, afinados como o som emitido ao bater de leve em cristais.
E assim, no meu caminho para a capelinha, os anjos me acompanhavam.
E, comigo partilhavam musicalmente tudo que sonhavam.
E a capelinha ainda ecoa em minha mente, e, alegremente me leva as recordações.
Recordações do meu eu menino, em direção ao templo pequenino
[onde habitava o Deus Homem]
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