Leniéverson Azeredo Gomes
Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento. |
“Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento”.
Esse é um dos ditados populares mais famosos da língua portuguesa no Brasil.
Significa que alguém pode ser bonito aos padrões da sociedade, mas o âmago dele,
o interior dele, nem sempre tem a beleza igualmente proporcional a exterior.
No evangelho
de hoje, extraído do evangelho de São Lucas 11, 37-45, Jesus nos aponta mais
uma incoerência dos fariseus. Para quem não sabe, os fariseus, assim, como os
saduceus, era um dos partidos religiosos notadamente conhecidos pelos judeus.
Os fariseus tinham por conduta, a redução do culto a Deus a um mero formalismo,
ou seja, sabiam de cor a Lei de Deus, mas a prática da mesma deixava muito a
desejar. Eles costumavam colocar Jesus a prova.
No texto litúrgico,
um dos fariseus havia convidado Jesus para jantar – o que foi prontamente
aceito - e, durante o mesmo, percebeu que o Filho de Deus não tinha lavado as
mãos antes de comer (v.37-38). Ao sentir a admiração farisaica, Cristo, pontuou
“Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está
cheio de maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o
interior? Antes, dai esmola do que vos possuis e tudo ficará puro vós” (v.39b-41).
O que Jesus
queria dizer é que não adianta a pessoa querer mostrar sinais exteriores de
retidão, se o caráter, ou seja, aquilo que brota do coração do homem está
podre. “O homem [verdadeiramente] bom tira coisas boas do bom tesouro do seu
coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro do coração. A boca
fala daquilo que o coração está cheio”. (Lc 6,45).
Amados, “não
há nada escondido que não venha à luz, não há nada de secreto que não se venha,
a saber.” (Mt 10,26). Não devemos nos
atrever a tentar enganar ao Senhor,
usando mascaras.
No Antigo
Testamento, mais exatamente o Salmo 138, diz que o Senhor Deus “nos sonda e nos
conhece, sabe tudo de nós, quando nós andamos, quando nós repousamos, quando
nos sentamos, nos levantamos, do alto dos céus penetra e conhece os nossos
pensamentos e observa todos os nossos passos” (v. 2 e3). Com Deus não há
qualquer possibilidade de disfarce ou postura teatralizada. Até mesmo porque, o
nosso Pai Celestial “nos conhece desde o nosso nascimento” (Jr 1,1)
Um dos versos do
salmo litúrgico de hoje (Sl 118), diz que é de bom tom, devido a tudo relatado acima,
que nós devemos “confiar no justo julgamento do Senhor” e que “a Verdade sempre
em nossos lábios”. Pois “a Palavra do Senhor, que é eficaz e viva, tem a
possiblidade de julgar os pensamentos e as intenções do coração”.
Essa é a regra
de quem quer viver no Senhor: compreender que o sentido coerente de liberdade
neste mundo, é fazer a vontade de Deus e, acima de tudo, compreender que vale
mais neste mundo em que habitamos viver de “fé praticada com caridade a
observar preceitos como a circuncisão que não tem valor algum”.
Que no dia de
São Geraldo Majella, padroeiro dos padres redentoristas, possamos ser
cumpridores da vontade de Deus e sermos obedientes a Ele sem questioná-lO e sem
requerer condições para segui-lO.
2 comentários:
Lembra-se de "Lulinha paz e amor"? Por detrás disso havia as garras escondidas e afiadas do aborto, da corrupção sem fim, do desejo de destruir a Igreja Católica e a fé cristã. Faz lembrar dos fariseus do tempo de Jesus, por fora uma, dentro outra.
Acho que apoiar, votar no PT é fazer pacto com o diabo.
Pois é, e o Lula botou um poste incompetente para gerir São Paulo. Meus Sentimentos a cidade. Obrigado pela participação, Matias, comente sempre.
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