terça-feira, 16 de outubro de 2012

Todo cristão é intimado a ter coerência em suas atitudes.


     
Leniéverson Azeredo Gomes   


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Por fora, bela viola.
Por dentro, pão bolorento
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        “Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento”. Esse é um dos ditados populares mais famosos da língua portuguesa no Brasil. Significa que alguém pode ser bonito aos padrões da sociedade, mas o âmago dele, o interior dele, nem sempre tem a beleza igualmente proporcional a exterior.
No evangelho de hoje, extraído do evangelho de São Lucas 11, 37-45, Jesus nos aponta mais uma incoerência dos fariseus. Para quem não sabe, os fariseus, assim, como os saduceus, era um dos partidos religiosos notadamente conhecidos pelos judeus. Os fariseus tinham por conduta, a redução do culto a Deus a um mero formalismo, ou seja, sabiam de cor a Lei de Deus, mas a prática da mesma deixava muito a desejar. Eles costumavam colocar Jesus a prova.
No texto litúrgico, um dos fariseus havia convidado Jesus para jantar – o que foi prontamente aceito - e, durante o mesmo, percebeu que o Filho de Deus não tinha lavado as mãos antes de comer (v.37-38). Ao sentir a admiração farisaica, Cristo, pontuou “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de maldades. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que vos possuis e tudo ficará puro vós” (v.39b-41).
O que Jesus queria dizer é que não adianta a pessoa querer mostrar sinais exteriores de retidão, se o caráter, ou seja, aquilo que brota do coração do homem está podre. “O homem [verdadeiramente] bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro do coração. A boca fala daquilo que o coração está cheio”. (Lc 6,45).
Amados, “não há nada escondido que não venha à luz, não há nada de secreto que não se venha, a saber.” (Mt 10,26). Não  devemos nos atrever a  tentar enganar ao Senhor, usando mascaras.
No Antigo Testamento, mais exatamente o Salmo 138, diz que o Senhor Deus “nos sonda e nos conhece, sabe tudo de nós, quando nós andamos, quando nós repousamos, quando nos sentamos, nos levantamos, do alto dos céus penetra e conhece os nossos pensamentos e observa todos os nossos passos” (v. 2 e3). Com Deus não há qualquer possibilidade de disfarce ou postura teatralizada. Até mesmo porque, o nosso Pai Celestial “nos conhece desde o nosso nascimento” (Jr 1,1)
Um dos versos do salmo litúrgico de hoje (Sl 118), diz que é de bom tom, devido a tudo relatado acima, que nós devemos “confiar no justo julgamento do Senhor” e que “a Verdade sempre em nossos lábios”. Pois “a Palavra do Senhor, que é eficaz e viva, tem a possiblidade de julgar os pensamentos e as intenções do coração”.
Essa é a regra de quem quer viver no Senhor: compreender que o sentido coerente de liberdade neste mundo, é fazer a vontade de Deus e, acima de tudo, compreender que vale mais neste mundo em que habitamos viver de “fé praticada com caridade a observar preceitos como a circuncisão que não tem valor algum”.
Que no dia de São Geraldo Majella, padroeiro dos padres redentoristas, possamos ser cumpridores da vontade de Deus e sermos obedientes a Ele sem questioná-lO e sem requerer condições para segui-lO. 

2 comentários:

Matias disse...

Lembra-se de "Lulinha paz e amor"? Por detrás disso havia as garras escondidas e afiadas do aborto, da corrupção sem fim, do desejo de destruir a Igreja Católica e a fé cristã. Faz lembrar dos fariseus do tempo de Jesus, por fora uma, dentro outra.
Acho que apoiar, votar no PT é fazer pacto com o diabo.

Blog Católico do Leniéverson disse...

Pois é, e o Lula botou um poste incompetente para gerir São Paulo. Meus Sentimentos a cidade. Obrigado pela participação, Matias, comente sempre.