A mais importante instituição humana, a família, vem sendo alvo de ataques, sempre velados, por alguns órgãos da imprensa, como também por iniciativa de alguns políticos (nem todos, é verdade), que se dizem representantes da comunidade nacional e que, de modo velado, procuram atingir as bases dessa instituição que tem seu fundamento na própria palavra de Deus (cf. Gn 1,28).
Um fator, potente destruidor da família e também do ser humano, é a liberação do tráfico e do uso de drogas. É fato inconteste que o uso de drogas simplesmente destrói a família. Digam-nos aqueles que, a duras penas, conseguiram libertar-se de seu uso.
Pois bem, o deputado Paulo Teixeira, do Partido dos Trabalhadores de São Paulo e líder na Câmara de sua Excelência, a presidente do Brasil, disse que a maconha é droga recreativa, como seu uso só trouxesse recreação para os que a usam.
[Teixeira disse que o governo deveria autorizar a criação de cooperativas para o plantio e a distribuição da maconha e que irá sugerir ao Ministério da Justiça que o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas faça um projeto com as "mudanças óbvias" na legislação sobre drogas].
Mais: declarou que iria solicitar apoio para esse infame projeto ao senhor ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao governador do Rio de Janeiro, que se tornou tristemente famoso ao afirmar "... quem não teve uma namoradinha que teve que abortar?", num total desrespeito à mulher.
Sugiro a esse deputado que antes de pleitear a aprovação de seu projeto que visite a Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá, onde poderá constatar "ao vivo" a força destruidora de toda e qualquer droga, seja ela qual for.
Acima de tudo, sugiro ao ilustre deputado que consulte a Sagrada Escritura, onde Deus nos manda conservar a vida, respeitá-la, condenando tanto o homicídio quanto o suicídio.
O uso da droga é um suicídio lento, disfarçado.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini é Bispo da Diocese de Guarulhos, em São Paulo.
Guarulhos, 30 de abril de 201
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