domingo, 16 de dezembro de 2012

Cena pontifícia de um Domingo Gaudete

sábado, 15 de dezembro de 2012

Formação Doutrinal

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Santo do Dia - São João da Cruz.


João da Cruz nasceu em 1542, provavelmente no dia 24 de Junho, em Fontiveros, província da cidade de Ávila, em Espanha. Os seus pais chamavam-se Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior”, foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para Arévalo.
 Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas.
Ingressou na Ordem do Carmo aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca.
Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa. No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços.
O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de Novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações.
Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite escura da alma", da "Subida ao Monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".  Ele faleceu em Úbeda, no dia 14 de Dezembro de 1591. Ele foi proclamado 26º Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI.


PENSAMENTOS DE SÃO JOÃO DA CRUZ:


 

"O Verbo Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espirito Santo, está essencial e realmente escondido no íntimo de cada ser."
"Se está em mim aquele a quem minha alma ama, como não o encontro nem o sinto? É por estar ele escondido. Mas não te escondas também; assim podes encontrá-lo e senti-lo..."
"Teu Amado esposo é o tesouro escondido no campo de tua alma, pelo qual o sábio comerciante deu todas as suas riquezas."
"Nisto tens motivo de grande gozo e alegria, vendo como todo o teu bem - a tua esperança - se encontra tão perto de ti, ou melhor, está dentro de ti, e tu não podes viver sem ele."
"O demônio teme a alma unida a Deus como ao próprio Deus."
"O amor consiste em despojar-se e desapegar-se, por Deus, de tudo o que não é Ele."
"Como acontece aos bem-aventurados no céu: uns vêem mais a Deus e outos menos, mas todos o contemplam e estão felizes, porque cada um pode satisfazer a própria capacidade."
"Para possuir Deus plenamente, é preciso nada ter; porque se o coração pertence a Ele, não pode voltar-se para outro."
"Para buscar a Deus, requer-se um coração despojado e forte, livre de tudo o que não é puramente Deus."
"Afeiçoar-se ao mesmo tempo a Deus e a criatura são coisas contrárias: não podem existir numa só pessoa."
"Deus é inacessível. Não repares, portanto, no que as tuas faculdades podem compreender, nem teus sentidos experimentar, para que não te satisfaças com menos e assim perderes a presteza necessária para chegar a Ele."
"A criatura atormenta, e o espírito de Deus gera alegria."
"Há uma distância infinita entre o ser divino e o ser das criaturas, por isso é impossível à inteligência, por si só, atingir a Deus."
"Que felicidade o homem poder libertar-se de dua sensualidade! Isto não pode ser bem compreendido, a meu ver, senão por quem o experimentou. Só então verá claramente como era miserável a escravidão em que se estava."
"Adquire-se a sabedoria através do amor, do silêncio e da mortificação; grande sabedoria é saber calar e não inserir-se em ditos ou fatos e na vida alheia."
"A purificação que leva a alma à união com Deus, é noite:
- quanto ao ponto de partida, pois a alma priva-se do prazer de todas as coisas do mundo;
- quanto ao caminho a tomar - a fé; noite verdadeiramente escura para o entendimento;
- quanto ao termo ao qual a alma se destina - Deus; ser incompreensivel e infinitamente acima de nossas faculdades."
"É inegável que a alma chega ao conhecimento de Deus, antes pelo que ele não é do que pelo que ele é."
"O amor não consiste em sentir grandes coisas, mas em despojar-se e sofrer pelo Amado."
"É próprio do perfeito amor nada querer admitir ou tomar para si, nem atribuir-se coisa alguma, mas tudo referir ao Amado. Se nos amores da terra é assim, quanto mais no amor de Deus."
"Sofrer por Deus é melhor que fazer milagres."
"Quem não busca a cruz de Cristo não busca a glória de Cristo."
"A alma que quer que Deus se lhe entregue inteiramente há de se entregar toda sem reservar nada para si."
"Quando tiveres algum aborrecimento e desgosto, lembra-te de Cristo crucificado e cala-te."
"Alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas saber o lugar onde está teu Amado, a fim de o buscares e a ele te unires. Já te foi dito que és tu mesma o aposento onde ele mora, e o recôndito esconderijo em que se oculta."
"Nisto tens motivo de grande gozo e alegria, vendo como todo o teu bem - a tua esperança - se encontra tão perto de ti, ou melhor está dentro de ti, e tu não podes viver sem ele."
"Em teu recolhimento interior, regozija-te com ele, pois ele está muito perto de ti".

Fontes: [1] e [2]

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Evento relacionado a Jornada Mundial da Juventude. Participe.



                                                                  Acompanhe você também

Leiam esse belo testemunho de um protestante que se converteu ao catolicismo.


Vejam o testemunho:

Fui estudar o Catolicismo para combatê-lo e tornei-me católico.

Meu nome completo é Alessandro Ricardo Lima, sendo o terceiro filho de meus pais entre quatro irmãos.Nasci em Brasília e nesta cidade fui criado. 
Fui batizado na Igreja Católica quando tinha quase um aninho de idade. A cerimônia aconteceu na Igreja São José ao lado da Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro.Mesmo sendo batizado na Igreja Católica, não segui esta fé. Pois desde muito pequeno minha irmã mais velha que era Luterana me levava para a Escola Dominical. Cresci congregando na Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Brasília (IECLB). Para agradar meu Pai fiz a primeira comunhão na Igreja Católica aos 15 anos. Mesmo sendo Luterano sempre tive muita admiração pelo exemplo de Vida de Nossa Senhora e lembro-me de gostar muito da figura de João Paulo II.
Durante determinada fase do final de minha adolescência me interessei em estudar Espiritismo, Magia e Alquimia, só por curiosidade. Jamais me inveredei por estes caminhos. Acreditava que para combater melhor estas doutrinas deveria conhecê-las melhor.
Quando terminei o segundo-grau fiz curso pré-vestibular onde conheci muitos jovens católicos. Foi nesta época que comecei a me interessar um pouco mais pela Igreja Católica. E participei de um grande encontro de jovens de duração de 3 dias, muito conhecido aqui em Brasília o “Segue-Me”. Fiz o V SEGUE-ME do Núcleo Verbo Divino.
Nesta época eu abandonei o Luteranismo e achava que havia me tornado católico. Era um jovem católico como muitos católicos que existem por aí, com um conhecimento muito superficial da doutrina da Igreja e sem conhecimento da memória cristã.
Em 1999 fui morar no Rio de Janeiro, pela influência de alguns parentes e amigos, comecei a frequentar a os cultos da congregação Maranata, fundada pelo sr. Paulo Brito. Lá me converti ao Pentecostalismo, devido á lavagem celebral que fazem nestes cultos, mas principalmente pela péssima catequese que tinha. Lá me rebatizaram (olha a heresia donatista aí gente).
Durante este ano, me tornei um fervoroso protestante, e como normalmente acontece não me faltou o ódio à Igreja Católica. Tive acesso a vários folhetos que “revelavam” as “mentiras” do catolicismo. E me empenhei muito em estudá-los e divulgá-los. E nestas minhas pesquisas e estudos a Providência Divina cuidou que eu encontrasse o Site AgnusDei. O primeiro artigo deste site que abri foi um intitulado “Concordância Bíblia” de autoria do Professor Carlos Ramalhete. O artigo tratava da concordância Bíblica que a existia na doutrina dos sacramentos; mas uma frase deste artigo me chamou muito a atenção: “A Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe”. Nossa! Fiquei iradíssimo com aquilo, pois como um protestante que tinha a Sola Scriptura correndo em suas veias poderia dormir com um barulho daquele? Entrei em contato com o referido Professor e com o Carlos Martins Nabeto, que era o criador do site.
Comecei a travar com eles uma série de debates. Comecei a me assustar quando me deparava com os Escritos Patrísticos, pois lá via que os primeiros cristãos confessavam o Catolicismo e não as novidades trazidas com a Reforma. Comecei a ver que o que me ensinavam no protestantismo, não era a doutrina católica, era o que eles acham que era o Catolicismo. Comecei a ver que o que me mostravam no protestantismo não era a Igreja Católica, mas uma caricatura dela. O fato decisivo foi quando apresentei aos referidos irmãos, um material que dizia que a Igreja Católica incluiu os livros “apócrifos” na Bíblia durante o Concílio de Trento, que me rebateram me mostrando fragmentos de atas conciliares onde a Igreja já há mais de 1000 anos antes desta data já havia canonizado tais livros; me deram como referência a Bíblia de Guttemberg, que era anterior à Reforma, e já incluía tais livros. Como trabalhava no Centro do Rio, fui à Biblioteca Nacional afim de conhecer a Bíblia de Guttemberg. Vendo os microfilmes pude constatar que o material protestante que estava em minhas mãos e que eu divulgava como sendo luz e guia da Verdade, era mais uma obra enganadora do Maligno. Foi neste dia que com muita tristeza por ter perseguido a Igreja de Deus, me converti ao Catolicismo.
Enfrentei muitos problemas por causa da minha conversão, principalmente por causa de amigos e parentes. Em 03/2000 voltei à Brasília, e comecei então a preparar a chegada do Site Ictis, pois eu acreditava que tinha a obrigação de esclarecer os “católicos” que pensam que são católicos e os protestantes que pensam que são Cristãos. Dediquei-me tremendamente ao estudo dos Escritos Patrísticos, e a cada leitura, a cada estudo, me tornava cada vez mais Católico e mais tinha certeza do caminho que havia abraçado.
Sou formado em Processamento de Dados pela União Educacional de Brasília (DF) e possuo Especialização em Gerência de Projetos em Engenharia de Software pela Universidade Estácio de Sá (RJ). Sou Analista de Sistemas (com várias certificações do Mercado) e Professor Universitário aqui em Brasília.
Hoje me dedico ao estudo das origens cristãs, procurando divulgar o que tenho descoberto e a fonte de minhas informações para quem sabe outros vejam o que eu não pude ver. E ajudo a manter este Apostolado Católico que tem como objetivo apresentar aos seus visitantes o VERITATIS SPLENDOR, isto é, o ESPLENDOR DA VERDADE. Pois como disse Nosso Senhor: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem se acender uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão na casa.” (Mt 5,14-15).

Fonte: Veritatis Esplendor

Nota de desaparecimento: Ajudem-me a encontrar esta mulher.


Maria Silva Nuss (foto) , natural de São João da Barra (RJ), de idade não divulgada, desapareceu no último domingo, dia 9 de dezembro. Segundo familiares, ela, que é Auxiliar de Enfermagem, no Hospital Geral de Guarús, em Campos dos Goytacazes (RJ), teria comprado passagem de ônibus com destino a Belo Horizonte (MG), no horário das 19h40min.
Eles afirmam, ainda, que ela, se dirigiu sozinha para a Rodoviária “Shopping Estrada”, em Campos dos Goytacazes, eles não sabem se embarcou ou não, mas tem conhecimento de que a referida linha "Campos-BH", chegou a capital mineira, sem que a mulher entrasse em contato com os parentes ou amigos.
Você que já viu esta mulher em algum lugar entre em contato com Alex Nuss, através dos telefones (22) 9933-2918 ou (22) 2741-1536. E peço encarecidamente para que não passem trotes ou outros tipos de brincadeiras.

Que Deus possa fazer com que esta mulher seja encontrada sã e salva. 

Mais um capitulo da Novela da PUC.

Professores votam pela desconstituição da homologação - Hélvio Romero/Estadão(Estadão - 12/12/12)O Conselho Universitário (Consun) da PUC-SP decidiu em reunião nesta quarta-feira, 12, suspender a homologação da lista tríplice dos candidatos à reitoria, invalidando assim a escolha de Anna Cintra para o cargo de reitora da instituição. O conselho decidiu também pela indicação do professor Marcos Masetto à presidência do Consun e a sua indicação para o cargo de reitor pro tempore. O grupo se coloca ainda em caráter de assembleia permanente, sinalizando assim uma abertura ao diálogo com a Fundação São Paulo, entidade mantenedora da universidade.
A decisão do Consun foi tomada por 21 dos 22 conselheiros presentes no encontro desta quarta. Uma funcionária da instituição preferiu se abster da votação. O encontro foi realizado por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que nesta terça-feira, 11, emitiu uma liminar mantendo a decisão anterior do conselho. "Tínhamos a legitimidade do movimento, agora temos a legalidade do nosso lado", afirmou o estudante Lucas Espinoza, um dos autores do recurso que contestava a legitimidade da nomeação da docente.
A escolha da professora Anna Cintra para o cargo de reitora da PUC-SP só pôde ser realizada após o envio da lista tríplice, homologada, ao grão-chanceler da universidade, o cardeal d. Odilo Scherer, que tem a palavra final para a escolha de qualquer um dos candidatos. Anna foi a terceira colocada em votação feita junto à comunidade. A sua nomeação, em 12 de novembro, abriu uma crise na instituição, com alegações de parte da comunidade acadêmica de que a decisão de d. Odilo feriu a “democracia”. Desde então, alunos e professores estão em greve.
O recurso foi aceito pelo Consun, que resolveu, em 28 de novembro, suspender a lista tríplice e aguardar o posicionamento de Anna Cintra numa reunião prevista para ser realizada nesta quarta-feira. O cardeal ignorou a decisão do conselho e manteve a nomeação de Anna. Em seu primeiro dia de trabalho, a professora foi impedida de entrar na reitoria por um grupo de grevistas.
Na última semana, o centro acadêmico 22 de Agosto, dos alunos de Direito, ingressou com uma ação na Justiça. A entidade argumenta que, antes de empossar Anna Cintra, o cardeal deveria aguardar o conselho decidir sobre o recurso. O CA afirma que a escolha de Anna, mesmo legal, violou o estatuto e o regimento-geral da universidade, segundo os quais os funcionários e professores devem zelar pelo patrimônio moral da PUC. Os alunos lembram que a professora assumiu o compromisso durante debate eleitoral de não aceitar a sua nomeação caso não fosse a mais votada.
Uma vez desconstituída a homologação, anteriormente votada pelo próprio Consun, o ato de aceitação da professora Anna Cintra como reitora é nulo, já a lista tríplice que d. Odilo teve em mãos para a escolha de um nome para o ocupar a vaga de reitor deixa de ter qualquer validade.
Alunos e professores comemoraram a decisão do conselho. "Esta foi uma vitória da comunidade em defesa da autonomia universitária", afirma Beatriz Abramides, vice-presidente da Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc). "Devemos agora propor um novo processo eleitoral à fundação, exigindo que o candidato mais votado seja o escolhido", diz.
"A liminar que nos foi dada ontem já trouxe um grande ganho para o movimento e a decisão de hoje reitera a força que tem a nossa comunidade", afirma o estudante André Páschoa, de 22 anos, presidente centro acadêmico de Direito. "A sugestão e não a imposição de um nome para gerenciar a reitoria enquanto estivermos sem reitor, mais uma vez reforça a ideia de que queremos conversar", diz.
Procurada pela reportagem, a Fundação São Paulo nega, em nota, que a liminar concedida pela 4ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo teria cassado o mandato da reitora nomeada pelo cardeal. Quanto à suspensão da lista tríplice, a Fundasp a classifica como "no mínimo incoerente", uma vez que já havia sido homologada por unanimidade em setembro. "Sendo a PUC-SP uma universidade comunitária-privada, somente o grão-chanceler, como instância de deliberação máxima, tem poderes para revogar a nomeação da reitora, nos termos dos seus estatutos", afirmam. Por fim, mantém a nomeação da professora Anna Cintra.
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Nota do Blog: Eu fico aqui impressionado, como esse povo Marxista é insistente. Se eu fosse Dom Odilo, demitiria todos esses professores insurgentes já. Não deixava para ontem. Leiam aqui, o que eu escrevi contundentemente, no mês passado, sobre o assunto.E mais uma vez, espero que Dom Odilo não ceda e a justiça entenda o "espirito da coisa", sabendo quem está com a verdade dos fatos. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Papa Bento XVI nomeia novo Arcebispo de Manaus(AM)


Facebook\Ministério de Música Carisma


Após aceitar a renúncia de Dom Luiz Soares Vieira (75), por motivo de idade, na manhã desta quarta, 12 de dezembro,  o papa Bento XVI, nomeou para substituí-lo na cátedra da Arquidiocese de Manaus(AM), o bispo prelado de Tefé (AM), dom Sérgio Eduardo Castriani. 
Dom Sérgio Castriani (foto), nasceu em 1954, em Regente Feijó (SP). Sua ordenação presbiteral foi em 1978, em São Paulo e ordenado bispo prelado de Tefé, em 1998.
Dom Castriani estudou Filosofia na faculdade Nossa Senhora Medianeira (SP) e Teologia no Instituto Teológico Pio XI, também na capital paulista.
Dom Sérgio atuou como secretário do Regional Norte 1 da CNBB (Norte do Amazonas e Roraima) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial por dois mandatos (2003 a 2011).

Texto protocolar da Nunciatura Apostólica sobre as seitas “Sociedade Papa Leão XIII” e “Igreja Católica Brasileira”


Santa Luzia - Virgem e Mártir


Santalucia.jpgSanta Luzia sofreu o martírio por volta do ano 304, na grande perseguição de Diocleciano contra os cristãos. Nascida em Siracusa, no ano de 283, Luzia era de linhagem nobre, e muito precocemente fez voto de perpétua castidade ao Senhor. Sua mãe adoeceu com disenteria, e nesta emergência ela fez uma peregrinação ao túmulo de Santa Águeda para implorar a restituição de sua saúde. Ali, Santa Luzia entrou em êxtase e Santa Águeda apareceu-lhe em grande glória, rodeada de anjos, falando-lhe então: 'Minha irmã Luzia, virgem consagrada a Deus, por que pedes a mim o que tu mesma podes fazer pela tua mãe? Atenção, tua fé deu eficácia às palavras de tua boca, e ela está agora curada'.
A partir deste momento, Luzia vendeu seus ornamentos e suas posses a fim de dar o valor recebido aos pobres e doentes. Acusada de ser cristã, apresentou-se diante do tribunal do juiz pagão, Pascácio, e quando ali recebeu a ordem de oferecer sacrifício aos ídolos, respondeu: 'Consolar e confortar as viúvas e os órfãos em sua tribulação é um culto puro e agradável a Deus. Isto tenho feito por três anos e, após oferecer-lhes minhas posses, alegremente oferecerei também a mim mesma em sacrifício'.
 Porque ela havia dito: 'Aqueles que vivem casta e devotamente são um templo de Deus, e o Espírito Santo habita neles', eles pretenderam levá-la para um bordel, mas o Senhor a tornou imóvel como uma coluna, de forma que nenhum poder pode movê-la. Então uma pira funerária, cheia de piche, colofônio e óleo foi erguida em torno dela e acendida: mas também as chamas deixaram-na intacta. Finalmente uma espada atravessou-lhe o pescoço; mas ela continuou com vida até que recebesse o Santo Viático de um sacerdote, e ainda consolou os cristãos que estavam a sua volta, anunciando-lhes que a paz estava próxima. No local de seu martírio foi erguida uma igreja. Sua devoção é comemorada no dia 13 de dezembro.”

(GIHR, Nicholas. In: THE HOLY SACRIFICE OF THE MASS. The Saints of the Canon of the Mass. 1918)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Nossa Senhora de Guadalupe






Nossa Senhora de Guadalupe
Amanhã, é dia de Nossa Senhora de Guadalupe, vejam a história dessa santa devoção.




Canção Nova - Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.
O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: "Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua "tilma" (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita..."
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: "Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de 'Santa Maria de Guadalupe', embora não tenha explicado o porquê". Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: "Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros... uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja... Deus não agiu assim com nenhuma outra nação".
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada "Padroeira de toda a América" pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

Dom Odilo: “Enquanto ‘católica’ e, em nosso caso, também ‘pontifícia’, ela está ligada à Igreja, segue as suas diretrizes e deve realizar as suas atividades de maneira coerente com os ideais, princípios e comportamentos católicos”.





Cardeal Odilo Pedro Scherer.
 Dom Odilo Scherer 
Estadão - 8 de dezembro de 2012


A recente nomeação da reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), professora Anna Maria Marques Cintra, causou diversas reações na comunidade acadêmica dessa instituição de ensino superior: estranheza, contrariedade e aprovação. Aparentemente, o motivo foi a escolha, pelo grão-chanceler da universidade, não do primeiro nome da lista tríplice que lhe foi apresentada, mas do terceiro. Reações até certo ponto compreensíveis.

Talvez algumas reações tenham decorrido de interpretação equivocada do processo de escolha do reitor e do vice-reitor da PUC de São Paulo. Conforme o Estatuto da PUC-SP, compete ao Conselho Superior da Universidade (Consun) “organizar, através de consulta direta à comunidade, por meio de processo eletivo, a lista tríplice de nomes de professores para escolha e nomeação do Reitor e respectivo Vice-Reitor, nos termos deste Estatuto, encaminhando-a ao Grão-Chanceler” (artigo 21, XXII).

E prevê ainda o mesmo Estatuto que ao grão-chanceler compete “escolher e nomear o Reitor e o Vice-Reitor dentre os professores de uma lista tríplice organizada e encaminhada pelo Consun” (artigo 43, II). Portanto, não se trata de escolha direta do reitor e do vice pela comunidade universitária. Se assim fosse, não haveria sentido na apresentação de uma lista tríplice pelo Consun e estaria prevista a eleição direta, pura e simples, do reitor e do vice pela comunidade universitária. Não é isso, todavia, o que consta no estatuto.

É verdade que a escolha do reitor recaiu, tradicionalmente, sobre o nome mais votado, pelas razões que a autoridade competente julgou convincentes – eu mesmo, na escolha precedente, procedi dessa forma. Mas se, desta vez, se seguiu outra ordem, é porque essa possibilidade sempre esteve implicada na própria apresentação da lista tríplice pelo Consun ao grão-chanceler.

Toda essa questão leva a refletir algo mais sobre as universidades católicas, que estão ligadas à Igreja e são regidas, quanto à sua natureza e à sua missão, pela Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae (Do Coração da Igreja, 1991), do papa João Paulo II. Elas têm sua origem “do coração da Igreja” e expressam, da maneira que lhes é própria, a missão da Igreja na busca e na explicitação do verdadeiro saber (sapientia) e do bem da humanidade. No que se refere ao ordenamento acadêmico, elas seguem a legislação civil do país onde se encontram; mas quanto à sua identidade, à sua orientação e aos seus objetivos específicos, estão sujeitas às normas da Igreja.

Uma universidade católica, como qualquer outra, é uma comunidade de estudiosos, dos vários campos do saber humano; também ela se dedica à pesquisa, ao ensino e às várias formas de serviço à sociedade, compatíveis com sua identidade e sua missão. Enquanto “católica” e, em nosso caso, também “pontifícia”, ela está ligada à Igreja, segue as suas diretrizes e deve realizar as suas atividades de maneira coerente com os ideais, princípios e comportamentos católicos – nem se poderia esperar que fosse diversamente, ou até o contrário disso.

No entanto, não equivale isso a dizer que todos os que frequentam uma universidade católica devam ser confessionalmente católicos. A própria PUC-SP acolhe muitos estudantes que não professam a fé católica. E são todos bem-vindos, a liberdade de consciência é plenamente respeitada e o credo católico não é imposto a ninguém. É certo, porém, que a própria universidade tem a missão de apresentar e honrar a sua identidade diante de todos os que a frequentam e integram a comunidade acadêmica.

A liberdade de pensamento, de ensino e de manifestação das ideias, consagrada pelas Constituições dos países democráticos, assegura esse direito às instituições confessionais e não confessionais. Regimes totalitários, geralmente, são intolerantes em relação a universidades “confessionais”, ou que não se alinhem plenamente ao pensamento único e oficial, impedindo até mesmo a sua existência e a sua livre atuação.

Poderia parecer que as universidades católicas, e outras de tipo confessional, existem tão somente para a vantagem das próprias instituições que as mantêm, mas isso é outro equívoco. Elas são, antes de tudo, instituições de educação, de ensino, de formação de pessoas e de fomento da cultura dos povos, à luz de suas próprias percepções e interpretações da realidade. E não deve ser visto como um dano para a sociedade que haja instituições com diversos tipos de diretrizes na educação e na formação dos cidadãos. O conjunto da cultura e do convívio social fica enriquecido com uma sadia pluralidade educacional. Contrariamente, se tudo tendesse ao pensamento oficial e único, haveria o risco de uma cultura monótona e com horizontes sempre mais estreitos. Isso não representaria um benefício para a convivência plural e democrática.

A universidade católica tem uma contribuição específica a dar para a formação cultural; e essa contribuição decorre da visão cristã sobre o homem e o mundo, que tem desdobramentos, entre outros aspectos, na filosofia em geral, na antropologia, na ética, na educação, na psicologia, na economia, na política e também na técnica. Esses princípios cristãos oferecem uma forma própria de interpretação sobre o homem, a sociedade, as relações sociais e a História; e também, sobre a natureza e a interação do homem com o ambiente da vida.

Mais uma vez, entendo que a universidade católica não tem a finalidade de impor as expressões próprias de uma “cultura cristã” às pessoas e ao convívio social, mas de oferecê-las como contribuição, que procede da sua própria autoconsciência, para o enriquecimento da cultura e da vida social.

A universidade católica é, por excelência, um espaço de diálogo cultural, onde ela tem muito a oferecer, ex corde Ecclesiae, a partir do âmago de sua identidade, de sua mensagem e da experiência secular da Igreja.

sábado, 8 de dezembro de 2012

O blog apoia....


Dia de Nossa Senhora da Conceição


Portal Catequese Católica 

Imagem localizada na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição,
em Custodópolis, Campos dos Goytacazes/RJ

No dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição, professando que a Mãe de Jesus foi concebida sem o pecado original, herança com que todos nascemos. A festa é celebrada no tempo litúrgico do Advento, de preparação para o Natal. Neste tempo, é importante lembrar-se também daquela que foi escolhida por Deus para ser a mãe do Verbo Encarnado; o Filho de Deus vem até nós através de uma mulher.
CHEIA DE GRAÇA - Para ser a mãe de Cristo, Deus escolheu uma mulher santa e pura, cheia de graça. Por isso, como afirma o Concílio Vaticano II, na constituição “Lumen gentium”, Maria, “desde o primeiro instante de sua existência, é enriquecida com uma santidade surpreendente, absolutamente única.” (LG 56) É esse o mistério que celebramos no dia 8 de dezembro: para ser digna Mãe do Verbo, Deus preservou Maria do pecado original e a fez cheia de graça, a fez imaculada desde sua concepção.
REMIDA POR CRISTO - A doutrina da santidade original de Nossa Senhora se firmou inicialmente no Oriente, por volta do século VI ou VII, daí passou para o Ocidente. No século XIII, Duns Scott, teólogo franciscano de inteligência brilhante, defendia que Maria havia sido concebida sem o pecado original, afirmando que ela foi remida por Cristo como todas as pessoas humanas, mas antes de contrair o pecado original, em previsão dos méritos do Redentor que lhe são aplicados também.
DOGMA DE FÉ - Séculos mais tarde, o Papa Pio IX, com a bula “Ineffabilis Deus”, de 8 de dezembro de 1.854, proclamou o dogma da Imaculada Conceição: “Maria foi imune de toda mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua concepção, em vista dos méritos de Cristo.” Quatro anos mais tarde, em 1.858, Nossa Senhora confirmava essa verdade. Aparecendo a Bernadete, na cidade francesa de Lurdes, apresentou-se: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
MODELO DE VIDA - A Mãe do Salvador se revela como exemplo de fé, de oração, de escuta da palavra divina, de amor-doação. Nossa devoção deve sempre lembrar a moça que soube dizer sim ao chamado para ser mãe, que se deslocou por caminhos difíceis para servir sua prima Isabel, que na festa de Caná estava servindo e preocupada com a felicidade dos noivos. Maria é a pessoa simples, pobre, que pertencia aos excluídos de sua época. É a mulher firme na condução dos passos de seu Menino, forte ao pé da cruz, exultante na ressurreição de seu Filho.
MÃE DOS CRISTÃOS - Sua existência é uma plena comunhão com o Filho, uma entrega total a Deus. Ela é a mãe imaculada dos cristãos. Como afirma o Papa João Paulo II, Maria é “a primeira e a mais completa realização das promessas divinas. Sua espiritual beleza nos convida à confiança e à esperança. A Virgem toda pura e toda santa nos anima a preparar os caminhos do Senhor e a endireitar seus caminhos.”
CAMINHO PARA BELÉM - A celebração da Imaculada dentro do Advento – tempo de preparação para o Natal de Jesus Cristo – deve nos levar até o presépio de Belém, descobrindo a humildade e a pobreza de nosso Deus e de sua mãe, comprometendo-nos com os pobres e excluídos, os que tiveram o privilégio de receber primeiro o convite para irem adorar o Menino que nasceu.

Santo Ambrósio


Nascido em Trier, na Alemanha, no ano de 340 e falecido em Milão a 4 de abril de 397, provinha de uma antiga família convertida ao Cristianismo, Santo Ambrósio era filho de Ambrósio, prefeito do pretório das Gálias, que dominava os atuais territórios da França, Grã-Bretanha e Espanha, juntamente com Tingitana, em África, e que era uma das quatro maiores prefeituras do Império Romano e o mais alto cargo que algum súbdito poderia ter. Era o mais novo dos seus irmãos, Marcelina, que veio a ser monja, e de Satírio, que se demitiu da prefeitura para viver com Santo Ambrósio, quando este foi nomeado para o episcopado. Após a morte do pai, a família mudou-se para Roma, onde Santo Ambrósio estudou, assistido pela sua irmã Marcelina, religiosa e dez anos mais velha, tendo feito progressos tanto nos seus conhecimentos seculares como nas suas virtudes de piedade. Da irmã, Santo Ambrósio adquiriu o respeito e devoção pela virgindade, traço que marcou a sua vida eclesiástica.
 Os seus conhecimentos da língua e da literatura gregas foram complementados pelo estudo e pela prática do Direito, tendo-se Santo Ambrósio rapidamente distinguido pela sua eloquência e a habilidade com que defendia as suas causas na corte de Anicius Probus, o prefeito do pretório da Itália, que mais tarde lhe conseguiu, junto do Imperador Valentiniano, a nomeação de cônsul governador da província da Ligúria-Emília, com residência em Milão. O prefeito despediu-se de Santo Ambrósio com as proféticas palavras "Vai, e tem uma conduta não de juiz, mas de bispo". O seu trabalho nesta província granjeou-lhe uma grande estima por parte dos seus súbditos, numa espécie de preparação de uma grande mudança que se viria operar na sua vida, tanto que toda a província e sobretudo a cidade de Milão estava num estado de caos religioso, provocado, sobretudo, pelas intrigas da fação ariana.A morte do bispo ariano Auxêncio, em 374, encerrou um período de tirania e violenta perseguição dos cristãos da tradição. Os bispos da província, temendo os tumultos previstos por uma consequente substituição, pediram ao imperador um substituto de Auxêncio nomeado por édito imperial.
 O imperador recusou, alegando que a eleição se deveria processar da forma habitual e recomendou a Santo Ambrósio que mantivesse a ordem na cidade durante este período tão delicado. Na basílica onde estava reunido o clero e o povo, Santo Ambrósio fez um discurso, em tom conciliatório, que apelava à paz e à moderação, de uma extraordinária eloquência. Interrompido pela voz de uma criança que gritou "Ambrósio, bispo", toda a assembleia repetiu estas palavras. Para seu grande espanto, foi ali mesmo aclamado bispo. Apesar de qualquer intervenção divina, Santo Ambrósio era o único candidato possível, dado agradar a cristãos pela sua crença no Credo de Niceia e aos arianos pela sua aversão às controvérsias teológicas. Apesar da sua relutância em aceitar, pela sua falta de preparação para o cargo, a sua nomeação foi confirmada pelo imperador Valentiniano. O santo acabou por aceitar e recebeu o batismo das mãos de um bispo cristão, em 7 de dezembro de 374, seguindo-se a ordenação e a consagração episcopal.
Uma da suas primeiras iniciativas foi despojar-se de todos os seus bens terrenos que deu aos pobres e à Igreja, depois de prover ao sustento da sua irmã. A dedicação do seu irmão Satírio em lhe tratar dos assuntos temporais deixou-lhe mais tempo para se dedicar aos seus deveres espirituais. Dedicou-se ao estudo das Sagradas Escrituras e a sua fama como expositor eloquente da doutrina católica correu o mundo inteiro. O seu poder de oratória valeu-lhe imensos elogios e a conversão do experimentado retórico Santo Agostinho que dizia que "Ele é um daqueles que fala a verdade e fala-a bem, judiciosamente, com precisão, beleza e poder de expressão". Como bispo da corte imperial desenvolveu uma grande atividade política, conseguindo, nos primeiros anos de Valentiniano II, evitar que fosse reerguida no Senado, a estátua da deusa Vitória; protestou, em 388, contra a exigência que o imperador Teodósio queria fazer ao bispo de Calinico de reconstruir a sinagoga destruída por monges daquele lugar e impôs grave penitência ao mesmo imperador por ter mandado massacrar a população de Tessalonica devido a uma revolta que teve lugar em 390. Os seus discursos de Domingo atraiam multidões à Basílica e um dos seus assuntos favoritos, a importância da virgindade, foi tão bem defendido junto das jovens que as mães as proibiam de ouvir os sermões de Santo Ambrósio. O santo teve mesmo de se defender da acusação de estar a depauperar o império de habitantes dada a grande dificuldade dos jovens em encontrar mulheres para casar. Santo Ambrósio defendia que o aumento da população era diretamente proporcional ao valor dado à virgindade. Era tão estimado pelo seu povo e tão universalmente popular e bem sucedido que a herética imperatriz Justina não tivera coragem de o mandar assassinar ou exilar por medo da reação da multidão. Santo Ambrósio pregou contra o arianismo, opondo-se à imperatriz Justina quando esta assumiu a sua preferência por esta doutrina após a morte do imperador.
Quase todas as obras de Santo Ambrósio são de índole eminentemente prática e têm origem nos sermões que pregou, caracterizando-se geralmente por um tom edificante ou de catequese e evitando pretensões filosóficas ou especulativas. Teve ainda o mérito de difundir no Ocidente as doutrinas dos padres gregos, em particular Orígines, Basílio, Dídimo e Atanásio, e de expor com muita clareza o dogma cristão de Éfeso e Caledónia. As suas obras dogmáticas, De fide, De Spiritu Sancto, De incarnationis dominice sacramento são muito simples. Destacam-se os seus escritos sobre a Virgem e a Eucaristia, pois é um dos primeiros padres a dar a Maria um lugar fundamental na moral e na espiritualidade cristãs, considerando-A na sua De institutione virginis como figura da Igreja e segunda Eva, um modelo de virtudes. Foi pioneiro na formulação da doutrina de transubstanciação, em De misteriis, embora sem empregar a palavra.
Santo Ambrósio teve ainda muita importância na concretização dos deveres cristãos e dos ensinamentos morais, fixando a norma do agir com mais clareza sem comparação com nenhum outro até São Tomás, com o tratado De oficiis ministrorum. Os seus escritos sobre a virgindade, De virginibus ad Marcellinam, De verginitate, e Exhortatio virginitatis foram muito influentes no Ocidente. As obras de Santo Ambrósio são preciosas para o conhecimento do culto cristão e da prática sacramental, assim como para o conhecimento dos costumes cristãos da época.
O desgosto marcou os últimos anos de vida de Santo Ambrósio quando, em 393, Valentiniano II foi assassinado na Gália quando o bispo de Milão se lhe juntava para o batizar. O usurpador Eugénio proclamou a sua decisão de restaurar o paganismo romano, mas fê-lo por pouco tempo já que imperador Teodósio derrotou o tirano em 391, tendo depois vindo a morrer em 395. Quando Santo Ambrósio ficou gravemente doente, em 397, o Conde Stilicho com medo que a sua morte implicasse a destruição do império, enviou-lhe uma embaixada implorando-lhe que rezasse a Deus para prolongar os seus dias. Após a sua morte, ocorrida numa Sexta-feira Santa, Santo Ambrósio foi enterrado na Basílica ao lado dos santos mártires Gervásio e Protásio.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Retiro em São José dos Campos/SP



Casa de Retiro Betsaida

Av. Tívoli, 276 - Vila Betânia.
 São José dos Campos-SP

Eu Recomendo 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ajude as obras do antigo Seminário Diocesano de Campos dos Goytacazes, em Varre-Sai-RJ


Endereço: 

Rua Felicíssimo Faria Salgado s/n, Varre-Sai - RJ.

ou ajude através desta conta



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Noite Carismática em Campos dos Goytacazes/RJ


Endereço: 

Av.Pedro Barroso, 06/14 – Pq Vicente Dias
Campos dos Goytacazes - RJ

Eu Recomendo

São Francisco Xavier - 03/12



São Francisco Xavier, nascido Francisco de Jaso y Azpilicueta, (Xavier, 7 de Abril de 1506 — Sanchoão, 3 de Dezembro de 1552) foi um missionário cristão do padroado português e apóstolo navarro. Pioneiro e co-fundador da Companhia de Jesus, a Igreja Católica Romana considera que tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente". Ele exerceu a sua actividade missionária no Oriente, especialmente na Índia e no Japão. É o padroeiro dos missionários, da Diocese de Registro (SP) e também um dos padroeiros da Diocese de Macau.

Infância e mundo

Francisco Xavier nasceu no castelo da família em Xavier, no Reino de Navarra, a 7 de Abril de 1506, segundo o registo mantido pela sua família. Filho de famílias aristocráticas navarras, era o filho mais novo de Juan de Jasso (conselheiro da corte do Rei João III de Navarra) e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias nobres de Navarra. Seguindo a tradição basca de atribuição do sobrenome, foi baptizado herdando o nome de sua mãe, de Xavier. O seu nome é correctamente escrito Francisco de Xavier e não Francisco Xavier, já que Xavier provém do nome da terra da qual a família é originária. Nem Francisco Javier, já que essa é a grafia castelhana. Além disso, Francisco de Xavier desempenhou o seu apostolado em território português e essa é a pronúncia portuguesa da mesma palavra.
Em 1512, tropas castelhanas e aragonesas, comandadas por Fadrique Álvarez de Toledo, 2º Duque de Alba, atacam o Reino de Navarra. A família de Francisco está do lado da resistência ao invasor estrangeiro, mas a conquista consolida-se em 1515, quando Francisco tem oito anos. Depois de uma tentativa de reconquista franco-navarra em 1516, na qual os irmãos de Francisco tomam parte, a muralha, os portões e duas torres do castelo da família são destruídos, assim como o fosso que é tapado, a altura da torre de menagem reduzida para metade e as propriedades da família confiscadas. Só a residência da família dentro do castelo é poupada. Os irmãos de Francisco são encarcerados nas masmorras e condenados à morte, tendo no entanto obtido uma amnistia e sido libertados.
Durante muito deste período conturbado, Francisco não se encontrava em casa. O pai de Francisco morrera quando este tinha apenas nove anos e sua mãe, querendo que o filho estudasse, procurara enviá-lo para a universidade. No entanto, apesar das boas universidades castelhanas, como a de Salamanca e a de Alcalá, a mãe de Francisco não desejara naturalmente instruí-lo nas escolas do invasor, pelo que, aos catorze anos, o enviara para o Colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia.
No Colégio de Santa Bárbara, Francisco de Xavier foi preparado para prestar provas de admissão à universidade, completando estudos em filosofia, literatura e humanidades. É ainda aqui, que aprende a dominar as línguas francesa, italiana e alemã. É lá que vive todo o período que passa em Paris, primeiro como aluno e mais tarde como professor de filosofia do Colégio de Beauvais. Consta que terá feito grande sucesso entre os colegas por ser um rapaz muito inteligente, de espírito vivo e conversa fácil, bem constituído e bonito. Há relatos de que numa competição entre estudantes na ilha do rio Sena ter-se-á consagrado como campeão do salto em altura. É neste período que tem como colegas de quarto o francês Le Fèvre e o basco Inácio de Loyola, que dão ao seu grupo o nome de Societas Jesus, latim para Sociedade de Jesus, que mais tarde se viria a tornar a Companhia de Jesus.
É no ano de 1534 que este grupo de devotos amigos, com mais quatro companheiros: Alfonso Salmeron, Diego Laynez, Nicolau Bobedilla e o português Simão Rodrigues, fundam a Companhia de Jesus, congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade. Fazem voto de pobreza e pedem ao Papa que os reconheça oficialmente.
Enquanto anseia o reconhecimento do Papa, que só acontecerá em 1541, o grupo parte para Veneza com o objectivo de alcançar a Terra Santa. É aí, a 24 de Junho de 1537, que Francisco de Xavier é ordenado padre. Não chegando a pisar a Terra Santa em virtude da guerra entre venezianos e turcos, o grupo parte para Roma, onde Francisco serve por um breve período.

Viagens de São Francisco Xavier na Ásia

Em Roma, Francisco de Xavier sente-se muito abalado pela conquista do Reino de Navarra pelo Reino de Castela. É nesse momento que Dom João III, Rei de Portugal, depois dos sucessivos apelos ao Papa Paulo III para que este lhe envie missionários para espalhar a fé cristã pelos territórios descobertos pelos portugueses, é aconselhado entusiasticamente pelo director do Colégio de Santa Bárbara, Diogo de Gouveia, a chamar para os Reino de Portugal os jovens cultos e inteligentes da Companhia de Jesus, que este lhe recomenda. Dom João III pede assim ao embaixador de Portugal em Roma que sonde o grupo e é aí que Francisco de Xavier descobre um caminho para pôr em prática a sua vocação missionária. É escolhido por Inácio de Loyola e chega a Portugal em 1540.
Francisco de Xavier parte de Lisboa para a Índia no ano seguinte, a 7 de Abril, acompanhado de outros dois jesuítas, Francisco de Mansila e Paulo Camarate. Partem a bordo da nau Santiago, onde viajava Martim Afonso de Sousa, que ia tomar posse do cargo de governador na Índia.
Em Agosto ancoraram junto da ilha de Moçambique. Nessa altura do ano, os ventos adversos impediram a continuação regular da viagem, tendo a nau invernado ali durante seis meses. Francisco dedicou o seu tempo ao auxílio e tratamento dos doentes. Tendo-se feito de novo ao mar, a nau voltou a aportar em Melinde. Aí, Francisco de Xavier conseguiu de imediato converter alguns africanos, e desejou por força lá permanecer, ao que não foi autorizado por Martim Afonso de Sousa, por essa decisão ser contrária às instruções do Rei.
A nau Santiago ancorou em Goa, a então capital do Estado Português da Índia, a 6 de Maio de 1542.

Goa

Sabe-se, através das cartas a Inácio de Loyola, que as primeiras impressões de Francisco Xavier sobre Goa foram muito favoráveis, tendo ficado entusiasmado com a quantidade de indianos que falavam português, com a quantidade de igrejas e de convertidos. No entanto, à medida que foi conhecendo melhor a cidade, apercebeu-se de que muitos dos convertidos praticavam ainda paralelamente cultos hindus e que muitos portugueses davam também eles mau exemplo, defendendo as virtudes cristãs mas não as praticando. Estrategicamente, decidiu assim dedicar-se numa primeira fase a reencaminhar os portugueses para a verdadeira fé, tendo só posteriormente iniciado o seu trabalho de conversão.
Quando iniciou as conversões, dedicou-se primeiramente às crianças e só depois aos adultos. Todo o tempo que lhe sobrava era dedicado a visitar as prisões, a tratar dos doentes no Hospital Real e dos leprosos no Hospital de São Lázaro. É aí que começa a escrever um catecismo que veio a ser traduzido para várias línguas asiáticas.

Primeira Missão

A 20 de setembro de 1543, parte na sua primeira acção missionária para a costa a que os portugueses chamavam “Costa de Pescaria”, na costa este do Sul da Índia, a norte do Cabo Comorim, território dos paravás. Nesta região, a prática da pesca era muito popular, prática essa que não era bem encarada pela religião hindu, que reprova a morte de animais. Os pescadores da região foram, portanto, muito receptivos à religião cristã, que não os criticava pela profissão que levavam, usava um peixe como um dos seus símbolos e cujos primeiros apóstolos eram pescadores de peixe tornados “pescadores de homens”.
Ficou a viver numa gruta nas rochas junto ao mar em Manapad, catequizando as crianças paravás intensivamente durante três meses em 1544. Concentrou-se então em converter o rei de Travancore ao Cristianismo, tendo visitando também o Ceilão (actual Sri Lanka). Insatisfeito com os resultados da sua actividade, partiu ainda mais para oriente em 1545, planejando uma viagem missionária a Macáçar, na ilha de Celebes (actual Indonésia). Francisco levou alguns destes paravás consigo até Goa, onde os pôs a estudar no seminário, tendo-se eles tornado por sua vez missionários.
Sendo o primeiro jesuíta na Índia, Francisco cometeu alguns erros que levaram a que as suas missões não fossem mais bem sucedidas. Não respeitando a religião hindu, não tentou fazer a transição desta para o Cristianismo de forma gradual, caindo na tentação de apostar em fazer uma conversão demasiado rápida e brusca. Também não tentou converter primeiro as classes altas para depois chegar aos pobres. Pelo contrário, procurou converter os pobres directamente, como Jesus Cristo.

Malaca

Em outubro, aportou na também portuguesa Malaca. Tendo sido forçado a esperar três meses por um barco para Macáçar, desistiu desse objectivo e partiu de Malaca a 1 de janeiro de 1546 para as ilhas de Amboino, onde permaneceu até meados de junho.
Visitou, depois, outras das ilhas Molucas, incluindo Ternate e Morotai. Pouco depois da Páscoa de 1546, regressou às ilhas de Amboino e, posteriormente, a Malaca. Nesse período, frustrado pelas elites de Goa, São Francisco escreve ao Rei Dom João III de Portugal pedindo que fosse instalada em Goa uma Inquisição. Esta Inquisição, à qual o rei se mostrou resistente, como se mostrara à sua presença em Lisboa, viria a ser instalada só oito anos após a morte de Francisco de Xavier.
O trabalho de Francisco de Xavier inaugurou mudanças permanentes nas ilhas que configuram a Indonésia Oriental, tendo-se tornado conhecido como o “Apóstolo das Índias” quando, entre 1546 e 1547, trabalhou nas ilhas Molucas, cavando os alicerces para uma missão permanente. Baptizou milhares de pessoas. Depois de partir desta região, o seu trabalho foi continuado por outros, sendo que na década de 1590 já havia entre 50.000 e 60.000 católicos na região, sobretudo nas ilhas de Ambonio.
Em dezembro de 1547, em Malaca, Francisco de Xavier conhece o aventureiro e futuro escritor Fernão Mendes Pinto, que regressava do Japão e trazia consigo um nobre japonês de nome Angiró, natural de Cagoxima. Angiró ouvira falar de Francisco em 1545 e viajara de Cagoxima para Málaca com o propósito de o conhecer. Angiró tinha sido acusado de assassínio e fugira do Japão. Abriu o seu coração a Francisco, confessando-lhe a vida que levara até ali, mas também os costumes e cultura da sua amada terra natal. Angiró é baptizado por Francisco Xavier e adopta o nome português de Paulo de Santa Fé. Angiró era samurai e, como tal, tornar-se-ia um valiosíssimo mediador e tradutor para uma missão ao Japão que assim se tornava cada vez mais próxima da realidade.
“Perguntei a Angiró se os japoneses se tornariam cristãos se eu fosse com ele ao seu país e ele respondeu-me que eles não o fariam imediatamente, mas que primeiro me fariam muitas perguntas para saberem o que eu sabia. Acima de tudo, que eles quereriam saber se a minha vida corresponderia ao meu ensinamento”.

Regresso à Índia

Regressado à Índia em janeiro de 1548, passa os quinze meses seguintes com variadas viagens e tomando medidas administrativas na Índia. Devido ao que considerou um estilo de vida não-cristão por parte de muitos portugueses, que lhe impedia o trabalho missionário, viajou para o sudeste. Partiu de Goa a 15 de abril de 1549, parou em Málaca e visitou Cantão, na China. Foi acompanhado por Angiró, pelo padre Cosme de Torres, pelo irmão João Fernandes e por outros dois homens japoneses que estudaram em Goa para servirem de intérpretes. Levou também consigo inúmeros presentes para o “rei do Japão”, já que tencionava apresentar-se perante ele como representante da cristandade.

Japão

Alcançaram o Japão a 27 de julho de 1549, mas só a 15 de agosto é que foram autorizados a aportar em Kagoshima, o principal porto da província de Satsuma, na ilha de Kiushu. Foi recebido amigavelmente e ficou hospedado pela família de Angiró até outubro de 1550. Entre outubro e dezembro desse ano, residiu em Yamaguchi. Pouco antes do Natal, partiu para Quioto, mas não conseguiu autorização para visitar o imperador. Regressou a Yamaguchi em março de 1551, onde o daimio daquela província o autorizou a pregar. Contudo, faltando-lhe a fluência na língua japonesa, teve de se limitar a ler alto a tradução do catecismo feita com Angiró.
Francisco teve um forte impacto no Japão, tendo sido o primeiro jesuíta a lá ir em missão. Levou com ele pinturas da Virgem Maria e da Virgem com Jesus. Estas pinturas ajudaram-no a explicar o Cristianismo aos japoneses, já que a barreira de comunicação era enorme, visto o japonês ser uma língua diferente de todas as que os missionários tinham até aí encontrado.
Os japoneses não se revelaram pessoas facilmente conversíveis. Muitos eram já budistas. Francisco Xavier teve dificuldade em explicar-lhes um conceito de Deus segundo o qual Deus criara tudo o que existe. Aos seus olhos, Deus seria então responsável também pelo Mal e pelo pecado, algo que era para eles uma acção incompreensível da parte de Deus. O conceito de Inferno foi também difícil de explicar, pois os japoneses não aguentavam a concepção de que os seus antepassados podiam estar num Inferno eterno do qual era impossível libertá-los. Apesar das diferenças religiosas, Francisco de Xavier terá sentido que os japoneses eram um povo bom, como os povos europeus, e que por isso poderiam ser convertidos.
Xavier foi bem acolhido pelos monges da escola de Shingon, por ter usado a palavra “Dainichi” para descrever o Deus Cristão. Depois de ter aprendido mais sobre as nuances da palavra, Francisco pasou a usar a palavra “Deusu”, da palavra latina e portuguesa “Deus”. Foi nesse momento que os monges se aperceberam que ele pregava uma religião rival. No entanto, Francisco sempre respeitou o povo que o acolheu, tendo aprendido japonês, deixado de comer carne e peixe, e cumprimentava os senhores com vénias profundas, tendo chegado em algumas circunstâncias a vestir-se com trajes japoneses, tudo para ser melhor aceite.
Com a passagem do tempo, a missão de Francisco Xavier no Japão pôde ser considerada muito frutuosa, tendo conseguido estabelecer congregações em Hirado, Yamaguchi e Bungo. Xavier continuou a trabalhar durante mais de dois anos no Japão, tendo escrito um livro em japonês sobre a criação do mundo e a vida de Cristo, até a chegada dos jesuítas que o vieram suceder, cujo estabelecimento supervisionou.

De novo na Índia

É aí que decide regressar à Índia. Nessa viagem, uma tempestade força-o a parar numa ilha perto de Cantão, na China, onde já estivera. Encontra assim o rico mercador Diogo Pereira, um velho amigo de Cochim, que lhe mostra uma carta proveniente de portugueses mantidos prisioneiros em Cantão, pedindo um embaixador português que intercedesse a seu favor junto do Imperador.
Mais tarde durante a viagem, pára de novo em Malaca a 27 de Dezembro de 1551 e estava de volta a Goa em Janeiro de 1552.
É a 17 de Abril que parte com Diogo Pereira a bordo da nau Santa Cruz, a caminho da China. Apresenta-se como representante da cristandade e Pereira como embaixador do Rei de Portugal. É pouco depois que se apercebe que se esquecera das suas certidões que o confirmavam como representante da Igreja Católica na Ásia. De novo em Malaca, é confrontado pelo Capitão Álvaro de Ataíde de Gama que tinha agora controlo total do porto e se recusa a reconhecê-lo como representante da Igreja Católica e que exige a Pereira que resigne ao seu título de embaixador. O Capitão nomeia então uma nova tripulação para a nau e ordena que os presentes para o Imperador sejam deixados em Malaca.
De volta a Goa, Xavier não baixou os braços, ocupando-se em enviar para várias regiões da Índia os muitos grupos de novos jesuítas recém-chegados à Índia, com o objectivo de fundarem missões. Ocupou-se também com a direcção do Colégio de São Paulo em Goa, que formava catequistas e padres asiáticos, promovendo ainda a tradução de livros religiosos para as línguas locais.
Apesar da intensa actividade, Francisco Xavier acalentava o sonho de ir missionar na China, onde era proibida a entrada de estrangeiros. Parte a 14 de Abril de 1552, convencido de que conseguiria infiltrar-se secretamente e cativar chineses para o cristianismo. Desembarcou na ilha de Sanchoão e, quando se encontrava em negociações com um mercador chinês que prometera levá-lo consigo, foi atacado por febres violentas.

Morte

São Francisco Xavier morre a 3 de dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio de Loyola, um dia, lhe tinha oferecido.
Foi primeiramente sepultado em Sanchoão, mas, em fevereiro de 1553, os seus restos mortais, encontrados incorruptos, foram transportados da ilha e, temporariamente, sepultados na Igreja de São Paulo em Malaca. Uma campa aberta na igreja mostra ainda hoje o lugar onde São Francisco Xavier esteve sepultado. Depois de 15 de abril de 1553, Diogo Pereira vem de Goa, remove o corpo de Xavier e, a 11 de dezembro desse ano, o corpo de Xavier é levado para Goa. O seu corpo está hoje na Basílica do Bom Jesus de Goa, onde o seu corpo foi colocado numa caixa de vidro e prata, a 2 de dezembro de 1637, e se tornou lugar de peregrinação.
Um osso do úmero direito de Xavier foi levado para Macau, onde é mantido num relicário de prata. Esta relíquia destinava-se ao Japão, mas a perseguição religiosa na região levou a que fosse mantida na Igreja da Madre de Deus em Macau, cujas ruínas são actualmente conhecidas como Ruínas de São Paulo. Hoje em dia, é na Igreja de São José, em Macau, que está depositada essa relíquia sagrada de São Francisco Xavier.
Muitas igrejas foram desde então erguidas em honra de Xavier, muitas delas fundadas por jesuítas. Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil. São Francisco Xavier figura no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

Beatificação e Canonização

Francisco Xavier é um santo católico. Foi beatificado pelo Papa Paulo V a 25 de outubro de 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV, a 12 de março de 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola. É o santo patrono dos missionários. O seu dia festivo é 3 de dezembro.