Leniéverson Azeredo Gomes
Na faculdade de Comunicação Social, aquela que também habilita o profissional para ser jornalista, ensina que devemos ser éticos e respeitar o colega de trabalho. Sabem, né? Deontologia. Deveres e direitos. Sim, aprende a respeitar um ao outro, mas não se proíbe a crítica negativa, pelo menos assim me recordo.
Nós jornalistas, temos a tendência de acharmos que podemos tudo, que somos especialistas e entendidos em tudo, que temos arsenal discursivo para escrever qualquer coisa e de qualquer forma. É uma atividade, que se não cuidarmos bem, pode desembocar e fazer com que sejamos narcisistas. Olhar para o nosso reflexo na água e apaixonar por nós mesmos.
Quando há uma legião de pessoas que batem palmas para o nosso estado narcisista, a coisa fica pior. Nós erramos, mas há sempre uma plateia que diz: “Não importa, você é o jornalista de veiculo tal e talentoso” ou “Você é inteligente, a sua fala mostra que estás antenado ou antenada como a modernidade do mundo”.
Santo Agostinho costumava dizer que “é preferível àqueles que o criticavam, porque o corrigiam, aos que o elogiavam porque o corrompiam”.
A frase agostiniana ressoa até os dias de hoje e, nos faz pensar sobre nossos atos, nossas falas, nossas posturas e como lidamos com o mundo. É verdade, que muitas vezes não nos sabemos conviver com questionamentos a que nos dirigidos.
Há no senso comum e é reverberado através da boca dos intelectuais que os jornalistas são integrantes de um 'quarto poder’, que junto com o Executivo, Legislativo e Judiciário, possuem certo crédito na praça – fato esse que é, mais ou menos, questionável se verificarmos os índices de confiança de instituições, facilmente pesquisável na internet -.
O exercício da crítica negativa a um colega de profissão requer cuidado e tecnicismo, há de se ter em mãos, fundamentos científicos e saber, muitas vezes que se pode estar pisando em “campos minados”, pois o terreno e o cenário são de guerra.
Eu, particularmente, não gostaria que alguém confiasse em mim, por eu ser jornalista, e nem por ter certa fama. Gostaria que as pessoas confiassem em mim, por eu ter apreço a responsabilidade e, sobretudo, a ética e o apego insaciável a verdade dos fatos, ou como a gente diz, o factual.
Bem, senhores e senhoras, todos sabem que o Papa Bento XVI, renunciou, não é? OK! O Santo Padre disse que tomou a decisão “em sinal de humildade e para o bem da Igreja”. A imprensa internacional e, também a brasileira, tem trocado os pés pelas mãos, dizendo uma série de bobagens sobre o assunto, que daria várias voltas ao mundo.
A mais recente pérola da cabrocha dessas alas foi escrita pela Jornalista, da Folha de São Paulo, Barbara Gancia. Com o título “Bento, o Arregão” , a coluna fala da renúncia do Sumo Pontífice, com um tom jocoso, calunioso e infeliz.
Na primeira linha, ela crítica o uso do latim pelo Bento XVI para comunicar ao povo sua intenção de se afastar do pontificado. O latim, caso alguns jornalistas não saibam, é a língua oficial da Igreja Católica, no Ocidente, desde o Século III. Mesmo após o Concílio Vaticano II, que permitiu o uso das línguas oficiais (vernáculas) de cada país nas santas missas ao redor do mundo, a língua não foi abolida pela Igreja. Fora que o latim é muito prestigiado no meio jurídico – sim, há muitos termos em latim -, muito usado em Trabalhos de Conclusão de Curso, em teses de Mestrado e dissertação de Doutorado, nos conceitos de Campi e Campus Universitário, ou quem nunca se pegou falando “Carpe Diem”, que ficou mais conhecida após o filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, etc. Não sei, porque se aventa que o latim uma língua morta, se ela está presente, também, na formação das línguas portuguesa, espanhola, francesa e italiana.
A coluna ainda fala sobre supostos ilícitos o Banco Ambrosiano, de propriedade do Vaticano, caso já resolvido e explicado pela Santa Sé e questões ligadas a teologia moral, que no seu julgar simboliza uma “ ‘impostura’ (sic) e [coisas] das trevas que foram ‘impostas’ a ela pela herança de uma educação católica”. Além disso, o texto caracteriza os sacerdotes, como ‘malucos de batina’, dentre outros disparates. Um alento é que na parte de comentários, 90 % das pessoas rejeitou o conteúdo do texto da coluna. Aleluia!
Quando estudamos técnicas de jornalismo, aprendemos que colunas, como os artigos são textos jornalísticos opinativos, de responsabilidade de quem escreve. No caso do texto da Barbara Gancia, assim como outros escritos da mesma forma por outros profissionais, confundem o direito a liberdade de expressão, garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal, com a liberdade de agredir e para misturar jornalismo com atos ideológicos ‘vingativos’.
É muito ruim, quando profissionais com esse tipo de comportamento tem plateia. Lembram-se da frase de Santo Agostinho colocada acima? A bajulação de colegas de profissão e, até de não jornalistas impede que profissionais percebam que não podem tudo e que existem limites. E a coisa piora, quando as empresas jornalísticas dão guarida e apoio a esse tipo de atitude que alimenta intolerância ao catolicismo.
7 comentários:
Assim sendo, eu que nem estudei devo ficar calada! hahahaha
Pois é, Maria, as vezes, o melhor tipo de sabedoria é o silêncio, não falo de você, mas sim de jornalistas como ela.
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É fato, a imprensa, quase que totalmente, está aproveitando esse acontecimento para expor todo o seu desprezo ao cristianismo e à veracidade dos fatos, todos os jornalistas de repente se transformam em especialistas, doutores do Direito Canônico e da doutina católica e publicam suas absurdas interpretações sobre o papado.
Realmente, eu não publico coisas que falam mal da Igreja e do Papa. Não confunda isso com censura, prepotência ou narcisismo. É, exatamente, para poupar o leitor que ama a Igreja de ler certas coisas tendenciosas. Quer publicar coisas desse tipo, procure blogues de esgoto - tem muitos - para fazer isso. Lá, te receberão de brações abertos. Aqui não. Aqui, é lugar de debate de idéias equilibradas e não de uso de clichês e linguagens chulas.
Passar bem!
A "FOLHA" AGE COMO UM "INFORMATIVO DE INTERESSES DE IDEOLOGIAS SOCIALISTAS",COMO DO PT...
O resto é fácil de entender!
É A CLÁSSICA INTOLERANCIA DE NAZISTAS, COMUNISTAS E FASCISTAS A QUEM DIVERGE DE SUAS IDEIAS!
São tais quais, diferenciando-se apenas em detalhes, sendo iguais no básico; TOTALITARISTAS, FORTEMENTE OPRESSORES, MATERIALISTAS E ATEUS, NÃO dialogam, NÃO aceitam opiniões, SÃO intolerantes, discriminadores e truculentos; isso é exatamente o POLITICAMENTE CORRETO DO PT, um partido de DÉSPOTAS, IMPOSTORES, MANDÕES, todos têem de aceitar de bico fechado, senão o pau come, ainda detestam o cristianismo de uma forma geral, e especialmente odeiam a doutrina da Igreja católica, a qual hostiliza o quanto puder.
TODAS AS VEZES QUE O PT e sua midia anexa que tanto defende Cuba e o governo da ilha-prisão dos irmãos Castro FALAR EM “DEMOCRACIA” LEMBRE-SE DO EPISODIO DE YOANI NO BRASIL E AS GRATUITAS PERSEGUIÇÕES CONTRA ELA SÓ PARA NÃO REVELAR A VIDA NA PRISÃO DOS IRMÃOS CASTROS, EM CUBA. SÓ ISSO!
O PT aprecia mesmo é a DEMOCRADURA!
NA BOCA DE TODOS UMA FECHADURA!
V ainda tem coragem de votar num fumo desse naipe, depois ficar de "coleira no pescoço e fecho éclair na boca"?
E a midia submissa age igualmente: obsequiosa às ordens dos subsidiadores e ideologizadores.
Pois é, Stefan, é o jornalismo servil, desprovido de ética e de pudor.
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