O jornalista Guilherme Fiúza, da Revista Época, escreveu um
artigo, aliás, belíssimo, apesar de pequeno, neste final de semana, chamado "Obama,o Robin Hood canastrão", que fala sobre a reeleição
do Presidente americano Barack Obama, e, eu gostaria de tecer alguns
apontamentos muito sérios a respeito dele, que complementam e até vai além do raciocínio do articulista das
Organizações Globo.
Leiam:
Eu sou de
matiz negra e amo minha afrodescendência, apenas amo e tenho orgulho. Eu não
faço da minha cor de pele motivos para lutas que ressaltam muito mais
preconceitos e travar debates equivocados sobre temas e projetos que promovem
muito mais segregação do que auxiliador de alguma coisa. Pois bem, o Senhor
Barack Obama, se reelegeu presidente dos Estados Unidos da América. Vários
meios de comunicação citaram que a vitória de Obama foi uma vitória contra a
intolerância. Como?Mas que intolerância? Para que não sabe ou marinheiros de
primeira viagem no tocante a política internacional, Obama é a favor do aborto,
do casamento gay, dentre outras causas comunistas ( Alô! Católicos, somos
contra o quê, mesmo?), mas não é disso que está se falando. Será que uma pessoa
tem de ser tratada como pobre coitada ou de forma especial só porque é negra?
Até quando vamos cotizar os seres humanos por cor da pele, por classe social
(morando em
bairro nobre ou humilde), dentre outras coisas?
Deveriamos ensinar nossos filhos
que raça só existe a humana, nossas pastorais, dentro da igreja, deveriam ser mais unidas (independente
de cor de pele), deveriamos exigir das autoridades melhorias na educação (Do
ensino básico até o pós-universitário para que essa bobagem de cotas para
negros tanto em escola quanto em concurso público não tivesse a necessidade de
existir), melhoria na saúde pública (que engloba saneamento básico - água
potável e rede coletora de esgoto), etc.
Talvez muita gente esteja
querendo me perguntar:
- Mas Leniéverson, você não
achou a escravidão um absurdo? Você não acha errado negros ganharem menos que os brancos na mesma função laborativa?
Eu respondo:
Sim, achei absurdo e acho
errado, mas volto a dizer, o melhor caminho para se combater isso é parar de
cotizar, segmentar as pessoas por cor e deveríamos aprender nas escolas, nas
famílias, nas igrejas que só existe a raça humana. E que todos podem dar-se as
mãos sem medo de confundir fulano A ou Beltrano B com bandido (alias e quem
disse que bandido tem cara?).
Para terminar, em minha opinião, os projetos aparentemente "bonzinhos" voltado para os negros dos Ministérios
da Igualdade Racial, Cultura, Educação e consecutivamente do PT e base aliada, são muito mais segregacionistas do que motores avançados que poderiam fazer uma
sociedade melhor e mais justa. Tudo que tem marxismo (que é a base ideológica do PT) no meio pende ao equívoco, porque
focalizam os ângulos errados das coisas. Focar nos ângulos certos faria com que o dia da consciência negra, que será comemorado agora, dia 20, perdesse um pouco a razão de ser. Que tal criar o dia da Consciência Humana? Senão, no final das contas, criará muito mais muros do que pontes nessa discussão.
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