sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Reflexão Litúrgica do dia 26 de Outubro.


Leniéverson Azeredo Gomes


“É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel. Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com o seres que o povoam (...)”. O trecho do Salmo 23, nos mostra de forma categórica e expressa, o Senhorio de Deus na vida de todos os seres que habitam a terra, sobretudo, o ser humano. Amados e amadas, todas as gerações, toda a humanidade eleita tem de proclamar Deus, Santo e Senhor do Universo.
Na carta de São Paulo aos Efésios, capítulo quarto, versículos de 1 a 6, orienta de forma segura que essa comunidade de eleitos precisa colocar em prática alguns ensinamentos do Senhor, não só simplesmente com o intuito de imitá-lo, mas para que tenham uma vida pacífica e harmônica, assim, evitando contendas uns com os outros.
De fato, é um caminho santo de vida comunitária, “em acordo com a vocação que recebemos de Deus” (Ef 4,1). Um modo de inter-relação, ou seja, de convivência que envolve, acima de tudo, “humildade e mansidão, onde cada ser humano suporta uns com os outros com paciência, no amor” (v. 2).
É esse espírito de unidade pelo vinculo da paz, que cada pessoa deve aplicar para si com o seu semelhante. Afinal, existe apenas “um só corpo, um só espirito e uma só esperança à qual somos todos os dias chamados” (Ef 4,4). Bem como, “há um só Senhor, uma só fé, um só Deus  Pai de Todos, age no meio de todos e permanece em todos”. (v 5,6)
São Irineu de Lião, um dos ícones mais importantes da patrística, pontua que “com efeito, a Igreja, embora espalhada no mundo inteiro até os confins da terra, tendo recebida dos apóstolos e dos discípulos deles a fé, guarda (esta pregação e esta fé) com cuidado, como se habitasse em uma só casa, nelas crê de forma idêntica, como se tivesse uma só alma; e prega as verdades de fé, as ensina e transmite com voz unânime, como se possuísse uma só boca” (Adv. Haer. 1,10,1-2;).
Percebam que Deus, a partir desse entendimento, bastante evidente, estabelece, além disso, que a relação entre a comunidade de fiéis, em todo o mundo, depende de a mesma viver as três virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade. De acordo com o § 1813 do Catecismo da Igreja Católica, as virtudes teologais “informam e vivificam todas as virtudes morais, além de serem infundidas por Deus na alma dos fiéis para torna cada um capaz de agir como filho de Deus e merecerem a vida eterna”.
Dessa forma não seremos hipócritas, como as multidões as quais  Jesus fazia pregações, a exemplo das descritas no evangelho de hoje (Lc 12,54-59), onde se conhece as virtudes teologais de cor e salteado, mas não se propõem colocá-la em prática.

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