Leniéverson Azeredo Gomes
“É assim a
geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel. Ao Senhor pertence
a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com o seres que o povoam (...)”. O
trecho do Salmo 23, nos mostra de forma categórica e expressa, o Senhorio de
Deus na vida de todos os seres que habitam a terra, sobretudo, o ser humano.
Amados e amadas, todas as gerações, toda a humanidade eleita tem de proclamar Deus,
Santo e Senhor do Universo.
Na carta de
São Paulo aos Efésios, capítulo quarto, versículos de 1 a 6, orienta de forma segura
que essa comunidade de eleitos precisa colocar em prática alguns ensinamentos
do Senhor, não só simplesmente com o intuito de imitá-lo, mas para que tenham
uma vida pacífica e harmônica, assim, evitando contendas uns com os outros.
De fato, é um
caminho santo de vida comunitária, “em acordo com a vocação que recebemos de
Deus” (Ef 4,1). Um modo de inter-relação, ou seja, de convivência que envolve,
acima de tudo, “humildade e mansidão, onde cada ser humano suporta uns com os
outros com paciência, no amor” (v. 2).
É esse
espírito de unidade pelo vinculo da paz, que cada pessoa deve aplicar para si
com o seu semelhante. Afinal, existe apenas “um só corpo, um só espirito e uma
só esperança à qual somos todos os dias chamados” (Ef 4,4). Bem como, “há um só
Senhor, uma só fé, um só Deus Pai de
Todos, age no meio de todos e permanece em todos”. (v 5,6)
São Irineu de
Lião, um dos ícones mais importantes da patrística, pontua que “com efeito, a
Igreja, embora espalhada no mundo inteiro até os confins da terra, tendo
recebida dos apóstolos e dos discípulos deles a fé, guarda (esta pregação e
esta fé) com cuidado, como se habitasse em uma só casa, nelas crê de forma idêntica,
como se tivesse uma só alma; e prega as verdades de fé, as ensina e transmite
com voz unânime, como se possuísse uma só boca” (Adv. Haer. 1,10,1-2;).
Percebam que
Deus, a partir desse entendimento, bastante evidente, estabelece, além disso,
que a relação entre a comunidade de fiéis, em todo o mundo, depende de a mesma
viver as três virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade. De acordo com
o § 1813 do Catecismo da Igreja Católica, as virtudes teologais “informam e
vivificam todas as virtudes morais, além de serem infundidas por Deus na alma
dos fiéis para torna cada um capaz de agir como filho de Deus e merecerem a
vida eterna”.
Dessa forma
não seremos hipócritas, como as multidões as quais Jesus fazia pregações, a exemplo das descritas
no evangelho de hoje (Lc 12,54-59), onde se conhece as virtudes teologais de
cor e salteado, mas não se propõem colocá-la em prática.
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