domingo, 19 de agosto de 2012

Caso Pussy Riot: a intolerância religiosa que o mundo não vê.


Leniéverson Azeredo Gomens
                                                                                                                                                 AP

Maria Alyokhina, 24, Nadezhda Tolokonnikova, 22, e Yekaterina Samutsevich, 29: As "Pussy Riot".


O mundo noticiou, semana passada, mais exatamente, dia 17 de agosto, a condenação das integrantes da banda de punk russa, Pussy Riot, a dois anos de cadeia por terem protestado  encapuzadas contra o presidente Vladimir Putin e por atos de intolerância religiosa, numa catedral da Igreja Ortodoxa, no início do ano. A imprensa de todos os continentes tem sido muito duras com o presidente russo. De madonna a Paul McCartney, do presidente dos Estados Unidos a União Europeia, enfim, todos estão santanizando o líder russo por uma pretensa  e suposta violação da liberdade de expressão.
Reuters
Protesto anti-Putin e pró-Pussy Riot em Praga, na última sexta-feira (Reuters)


Bem, eu, particularmente, não morro de amores pelo Chefe de Estado da Rússia, fui contra a forma com a qual foi eleito e; a forma com a qual ele ajudou a fraudar as eleições legislativas.
A Rússia, já estava na mira dos críticos, dentre outras coisas, por ‘violação’ ao direito de manifestação, quando o Tribunal Municipal de Moscou confirmou, em 7 de junho deste ano, a  validade de uma lei que proíbe pelos próximos cem anos a realização de paradas gays na capital, Moscou, sob pena de multa acrescida 150 vezes, em caso de reincidência.
      MISHA JAPARIDZE / AP


Policiais prendem manifestantes que protestavam nesta terça-feira contra a aprovação do projeto de lei do lado de fora do Parlamento, em Moscou
Foto: Misha Japaridze / AP
Protestos a decisão na Rússia gerou dezenas de prisões
O que gerou protestos por movimentos formados por gays e simpatizantes russos , dentre eles o  ativista Nikolay Alexeyev que chegou até a fazer uma petição para que a cidade permitisse a realização de paradas gay nos próximos 100 anos. Como resposta, no mesmo dia, em que as Pussy Riot foram condenadas, um tribunal de Moscou decidiu prorrogar uma lei que mantém a proibição de realizar paradas gay na capital russa por mais 100 anos, noticia a BBC, gerando irritação do parlamento europeu que prometeu interpelar sobre o assunto em breve.
De fato, a Rússia, um dos berços do comunismo, tem tomado atitudes aparentemente diferentes de paises que vem adotando direta ou indiretamente ideologias marxistas, como Cuba, China, Coreia do Norte e Venezuela. E, por isso, tem sofrido duras críticas de lideranças políticas pelo resto do globo e, claro, de uma parcela grande dos meios informativos do mesmo.
Sobre as Pussy Riot, escrevi ao Jornalista Reinaldo Azevedo, um comentário pertinente a um artigo que ele escreveu sobre o assunto e comparou com o José Dirceu (ex-ministro de Casa Civil do Governo Lula e um dos réus do processo do mensalão). Leiam abaixo e volto em seguida:
“Minha gente, eu não morro de amores pelo PUTIN, acredito até hoje que a eleição dele foi uma fraude, mas quanto a prisão das Pussy Riot é preciso dizer algumas coisas. Elas invadiram um templo da Igreja Ortodoxa Russa no meio de uma cerimônia religiosa encapuzadas. Há uma outra cena [lastimável] na Rússia, onde uma integrante da Femen corta uma grande Cruz em frente a uma Igreja Ortodoxa com uma motosserra. Elas tem todo o direito de protestar contra o PUTIN, mas invadir templos religiosos como acontece aqui no Brasil com a marcha das Vadias não pode e inadmissível. É incrível como no Brasil e no mundo essas feministas são tratadas como vítimas, quando na verdade são [as verdadeiras] culpadas”
Entenderam as coisas? Elas tem todo o direito de se manisfestarem. Eu acredito que todos tem o direito de se  manifestarem sobre que assunto for, contra o presidente, contra lider de bairro, etc, mas de forma ordeira, pacífica, sem fazer invasão de templos e sem incentivar moças abiloladas a usarem motosserras para cortar o simbolo dos Cristãos, que é a cruz, localizada em frente a um templo ortodoxo (vejam em "Intolerância em 5 atos" o momento do corte da Cruz momento a momento e satisfação orgásmica)  foi detida também. 

Intolerância em 5 atos
 
         





Vocês lembram que eu escrevi um loooooooongo artigo sobre as Marchas das Vadias, que fizeram o mesmo, quando, no Brasil, invadiram a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Para terminar, quando alguém faz jornalismo, como eu, aprende, durante os 4 anos do curso,  a ser mente pensante, com capacidade crítica; visão humanista, mas parece que, muitos no mundo e, por conseguinte no Brasil, não conseguem ver intolerância religiosa e, sobretudo, o crime de invasão cometido pelas integrantes da banda, que é tipificado penalmente no mundo inteiro. E direito ao culto sossegado?Pois lá, durante a invasão estava acontecendo uma missa ortodoxa. É, colegas de jornalismo, vocês são parciais demais para o meu gosto.

2 comentários:

Anônimo disse...

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