Uma reflexão muito séria a respeito da obediência.
Leniéverson Azeredo Gomes
A Ala Iziane chorando, ao comentar a imprensa sobre o corte |
Conforme
noticiado pela imprensa esportiva, a jogadora maranhense Iziane Castro Marques,
foi cortada da Seleção Feminina de Basquete, nesta sexta-feira. Com isso, a ala
deixa de participar das Olimpíadas de Londres. O Corte foi anunciado pela
diretora da seleção feminina da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Hortência
Marcari, em Lille, na França, onde o grupo disputou um triangular amistoso
contra França e China.
A atleta já
tinha passagem de corte, em 2008, por ter discutido com o então técnico Paulo
Bassul durante o Pré-Olímpico, após se negar a retornar à quadra em jogo contra
a Bielorrússia, uma partida decisiva para as atletas brazucas. Depois do pré olímpico,
Hortência demitiu o técnico e reconduziu Iziane ao grupo. Dessa vez, a razão
foi o fato de a jogadora ter dormido com o namorado no hotel em que a seleção
estava na cidade francesa – mas a CBB, em nota diz apenas que foi um “um ato de
indisciplina fora de quadra”.
A ala declarou a imprensa seu arrependimento e, o desejo de que a CBB reconsiderasse
a decisão de cortá-la.Mas a confederação não voltou atrás e manteve a decisão.
Polêmicas a
parte, a notícia do corte da jogadora maranhense foi vista, principalmente
pelos meios de comunicação especializados, como um ato típico dos defensores do
politicamente correto ou baseado num machismo. A Confederação Brasileira de
Basquete mostrou as atletas um conjunto de regras a serem obedecidas, inclusive
o artigo que proíbe levar o namorado, marido ou familiar para o hotel ou local
da concentração, sob pena de ser punida com afastamento.Lei é lei e tem de ser
obedecida.
Blogueiros especializados
em esportes, que tem espaços hospedados em grandes portais e provedores de
internet, costumam falar algumas bobagens, as quais são facilmente refutáveis. Uns
falam que a decisão da CBB foi uma hipocrisia, outros falam que a mesma poderia
ser reavaliada.
É sabido que,
no Brasil, há a política do jeitinho; Lei de Gerson; corrupção; impunidade e
malandragem. É de conhecimento de todos que, também no Brasil, há sempre uma
mania de dizer que certas decisões são injustas.
Vejamos
senhores e senhoras, a própria Iziane reconheceu o erro dela e pediu perdão.
Ela concluiu que, apesar de ter se preparado 80 dias para estar com a equipe,
tomou uma decisão errada.Pois é, minha gente, colhemos aquilo que plantamos.
Quando fazemos uma escolha errada, devemos aceitar de bom grado as consequências
da mesma.
No livro do
Genesis, Deus projetou a humanidade uma vida sem pecado. O criador, ao afirmar
que Adão e Eva, não podiam comer do fruto da árvore e da ciência, tinha uma
proposta amorosa que carecia de obediência. Mas o que aconteceu? Eles se deixaram
levar pela sedução da serpente e, receberam as manchas relacionadas a toda uma opção
pela indisciplina.
Em outros
esportes, como o vôlei, vivemos há alguns anos o corte do Jogador Ricardinho e
no futebol, vemos a questão da demissão dos jogadores Adriano, então atleta do
Corinthians e do Ronaldinho Gaúcho, então atleta do Flamengo. Em comum,
indisciplina e características desagregadoras de equipe.
Fora do
esporte, no mercado de trabalho formal, deslizes e outros comportamentos não
profissionais, geram punições advertências, demissão ou até prisão.
Se a CBB,
permitisse ou passasse a mão na cabeça da Iziane, abria um precedente para incitar
outras atletas que disputarão as Olimpíadas a serem indisciplinadas. Ela tinha um histórico de problemas, fica muito difícil defender o indefensável.Os atletas precisam
compreender que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.Como já dizia, Santo
Agostinho, de um mal é preciso extrair um bem infinitamente maior.
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