quinta-feira, 21 de junho de 2012

Uma conversa com o internauta sobre a UNE.


Leniéverson Azeredo Gomes



Vamos lá minha gente, hoje é dia de escrever longamente um artigo sobre um tema delicadinho, chatinho, enjoadinho, mas o jornalista aqui tem de tratar esse assunto com a envergadura que merece: a atual situação da União Nacional dos Estudantes (UNE). Para melhorar o entendimento do mesmo, o tradicional “este blogueiro fala, pensa, acredita”, será substituído pelo “eu penso, segundo informações de, a partir de dados sobre, etc”, é uma forma de estabelecer, também, uma maior intimidade com você, internauta que está visitando pela primeira vez ou costuma ler meu blog.
Pois bem, a União Nacional dos Estudantes é uma entidade privada, portanto, não pública ou dependente de verba governamental, fundada em 1937. Na sua criação, a UNE afirmou que iria defender os interesses dos estudantes de nível superior, desenvolver a cultura, marchar contra a corrupção, dentre outras coisas, mas 75 anos depois, a realidade mudou quase por completo. A entidade passou a ter uma simbiose com o Estado, sendo-lhe subserviente; dependente de verbas públicas e vinculado diretamente a um partido: Partido Comunista do Brasil – hoje da base aliada do PT.
É verdade que ao longo da história da entidade, o socialismo já esteve presente muitas vezes e o direitismo outras tantas, mas nunca se viu tanta subordinação ao Estado e tanta apatia como se vê atualmente. O último registro de mobilização contra algo nefasto na política se deu em 1992, quando lutou a favor do “impeachment” do então presidente Fernando Collor de Melo: era o movimento dos “caras-pintadas”. 
Lindberg como cara pintada em 1992 e atualmente como senador


Nessa época, o dirigente da UNE era o jovem paraibano, Lindbergh Farias (atualmente é senador pelo PT fluminense), então membro do PC do B .Vamos lá minha gente, hoje é dia de escrever longamente um artigo sobre um tema delicadinho, chatinho, enjoadinho, mas o jornalista aqui tem de tratar esse assunto com a envergadura que merece: a atual situação da União Nacional dos Estudantes (UNE). Para melhorar o entendimento do mesmo, o tradicional “este blogueiro fala, pensa, acredita”, será substituído pelo “eu penso, segundo informações de, a partir de dados sobre, etc”, é uma forma de estabelecer, também, uma maior intimidade com você, internauta que está visitando pela primeira vez ou costuma ler meu blog.



Pois bem, a União Nacional dos Estudantes é uma entidade privada, portanto, não pública ou dependente de verba governamental, fundada em 1937. Na sua criação, a UNE afirmou que iria defender os interesses dos estudantes de nível superior, desenvolver a cultura, marchar contra a corrupção, dentre outras coisas, mas 75 anos depois, a realidade mudou quase por completo. A entidade passou a ter uma simbiose com o Estado, sendo-lhe subserviente; dependente de verbas públicas e vinculado diretamente a um partido: Partido Comunista do Brasil – hoje da base aliada do PT.
É verdade que ao longo da história da entidade, o socialismo já esteve presente muitas vezes e o direitismo outras tantas, mas nunca se viu tanta subordinação ao Estado e tanta apatia como se vê atualmente. O último registro de mobilização contra algo nefasto na política se deu em 1992, quando lutou a favor do “impeachment” do então presidente Fernando Collor de Melo: era o movimento dos “caras-pintadas”. Nessa época, o dirigente da UNE era o jovem paraibano, Lindbergh Farias (atualmente é senador pelo PT fluminense), então membro do PC do B .

A partir da gestão do presidente Orlando Silva, todos os dirigentes eleitos da entidade tinham filiação com o partido de linha ideológica marxista: um prenúncio de um problema. Onze anos depois do “impeachment” do Collor, em 2003, com a posse do presidente Lula, a UNE passou a agir como um órgão chapa-branca, apoiando todas as iniciativas administrativas e políticas do Palácio do Planalto. Pois bem, A entidade passou a ter uma simbiose com o Estado, sendo-lhe subserviente; dependente de verbas públicas e vinculado diretamente a um partido: Partido Comunista do Brasil – hoje da base aliada do PT.
O Editorial do “Estadão”, publicado no dia 6/11/2011, batizado com o título “Degradação da UNE”, chama atenção que “pelos serviços prestados, ficou com o direito de indicar antigos dirigentes da entidade para o Ministério do Esporte - vários deles estão envolvidos no escândalo de repasses irregulares de recursos públicos a ONGs fantasmas - e ganhou polpudas verbas tanto da administração direta como da indireta, sob a justificativa de divulgar programas dos Ministérios da Educação, da Saúde, da Cultura e da Igualdade Racial, promover "caravanas da cidadania" em universidades federais, realizar jogos estudantis e organizar ciclos de debates”. Pois é, como se sabe, o ex-presidente da UNE, Orlando Silva, foi nomeado pelo presidente Lula, Ministro dos Esportes, mas foi obrigado, na gestão Dilma Rousseff, a renunciar ao Cargo, depois de vastas reportagens da Revista Veja, sobre envios irregulares de dinheiro público a ONGS.
Embora a UNE tivesse passado a receber verbas públicas desde 1995, quando o Fernando Henrique Cardoso era o Presidente da República, foi durante os oito anos do Governo Lula, que a entidade recebeu a maior bolada de investimentos (97,4% do total recebido desde 95).Os dados foram coletados pelo site Contas Abertas, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
A época, o então presidente da entidade, Daniel Iliescu, declarou com todas as letras que:
“Acreditamos que não haja irregularidade. Mas caso seja comprovada, a UNE apoia a investigação, se compromete com todas as medidas legais cabíveis, e caso haja qualquer irregularidade, fruto de imperícia técnica, mas nunca de má fé, a UNE se compromete a devolver os recursos” (será?)
As denúncias demonstradas pelo Jornal “O Globo”, no dia 8 de junho de 2012, mostra que esta entidade morreu quanto a sua finalidade principal. A forma com que os presidentes da entidade e o conselho deliberativo são eleitos atualmente, de maneira indireta, mostra uma parte do problema.
No Brasil, há atualmente, pelo menos 6 milhões de estudantes universitários, isso se considerarmos todas as instituições públicas e privadas. Na época da ditadura militar, por exemplo, as eleições eram diretas. Os recém-criados Diretórios Centrais Estudantis e Diretórios Acadêmicos disponibilizavam urnas para que todos os estudantes pudessem voltar.
O número de estudantes de nível superior era bem menor. É preciso lembrar que, nos regimes de exceção, as pessoas eram vedadas para votar em Presidentes da República. Eram eleitos por uma junta militar. Curioso isso, não? Nos dias atuais, já com eleições diretas para presidente da república, o processo é inverso.
Há uma junta de militantes da UNE, que na verdade são do PC do B, intitulados de “delegados”. São  3000 pessoas ao todo que se dizem representar os 6 milhões de universitários. Mas, ué?
Em plena era da informática e do regime democrático de direito, porque que os estudantes não podem votar diretamente para presidente? A resposta é óbvia, para a ala comunista se manter no poder, não permitir vozes discordantes e acima de tudo auxiliar o PT, PC do B, Psol e outros partidos de base Marxisto-Comunista nas campanhas em favor das “minorias” (LGBT, abortistas, dos maconheiros e outros tipos de drogas, da prostituição, da jogatina e lá vai fumaça).
Defender melhorias na saúde, educação, moradia popular, para quê? Lutar a favor dos professores universitários federais que está há dias em greve, para quê? Lutar contra o envio indiscriminado de dinheiro a Organizações Não-Governamentais por políticos ligados ao petismo e do PC do B, para quê? Lutar pelo julgamento do mensalão petista, para quê? Até José Dirceu, um dos envolvidos no escândalo do mensalão – o maior escândalo de corrupção do país - convocou os pelegos da UNE, para defendê-lo. De que lado, você acha a UNE estaria? Fácil resposta, não?
No ano passado, quando alguns estudantes da Universidade de São Paulo (USP), invadiram a Reitoria da mesma instituição de ensino superior, após alguns estudantes terem sido pegos pela policia militar paulista, fumando maconha, a UNE apoiou a “pauta” (nada aproveitável) dos alunos maconheiros da USP que incluía o fim do policiamento do campus (mantendo só a Guarda Universitária), a saída do reitor, João Grandino Rodas e a revisão da punição de alunos, mas a maioria - que estuda de verdade - queria o policiamento no Campus. Tanto os alunos maconheiros da USP, quanto a União Nacional dos Estudantes, se esqueceram dos inúmeros estupros a estudantes do sexo feminino e o caso que chocou a Cidade Universitária: o assassinato do estudante de Ciências Atuariais, Felipe Ramos de Paiva.
Felipe Ramos de Paiva,
              assassinado dentro da Cidade Universitária
Na ocasião, após a desocupação foram verificadas, além de prejuízos materiais, a presença de comidas, latas e vidros de bebidas alcoólicas, dentre outras coisas imprestáveis. Aprenderam direitinho com os “mestres” da UNE, que gastaram o nosso suado dinheiro público com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE.













Invasão na reitoria da USP em novembro de 2011 - Espaços depredados

Pois é, meu povo, enquanto o governo federal diz não ter dinheiro para bancar o reajuste para os professores federais e promover melhorias estruturais nos espaços universitários, o mesmo governo federal tem os cofres abertos para financiar uma entidade que não presta conta dos seus gastos.
A farra, também é encontrada em outras ONGs, as mesmas citadas por mim no quarto paragrafo. Todas elas domesticadas pelo governo federal, todas elas chamam a imprensa que as questionam de golpistas e reacionárias – veja a nota da entidade que pseudo representa os estudantes de nível superior aqui. Todas batem de frente com as Igrejas, sejam elas católicas ou protestantes, chamam-nas de conservadoras e atrasadas, com apoio de blogs, revistas e programas de televisão. O mesmo TCU que investiga a UNE deveria fazer uma varredura nessas Ongs, para que elas prestem contas da verba recebida pelo governo, se cumprem a finalidade a que promete, quantas pessoas trabalham, a sua relação com o judiciário; os meios de comunicação, etc.
Quanto a UNE e sua liderança amestrada pelo PT, PC do B e partidos afins, o que eles chamam de representação, chega a ser uma piada. A UNE que era contra ditaduras, impõe uma ditadura vermelha, não consulta os estudantes de forma direta – e isso se mostra quando apoia as tais minorias, incluindo o grupo LGBT. Não sabe dialogar com a parte universitária de base cristã – leia-se Grupos de Oração Protestantes, Pastorais Universitárias e Movimento Universidades Renovadas da Igreja Católica.
A UNE como conhecíamos no passado, com suas lutas, com sua indignação pela destruição da sede dela no Rio de Janeiro, dentre outras coisas, morreu. Morreu, mas esqueceram de enterrar.
O seu atual presidente, Daniel Iliescu e os membros da diretoria, não estão entendendo a gravidade da questão.Não percebem o mal que estão fazendo, e digo mais, em qualquer nação como os Estados Unidos da America, já estariam presos e antes disso, envergonhados por dinheiro público.Vejam, o que o Daniel Iliescu disse, ao explicar porque o prédio da UNE (o prédio da UNE, na praia carioca do Flamengo foi destruído pela ditadura militar em 1964) ainda não foi reconstruído, com a verba – pública - de 30 milhões de reais :
“Somos uma entidade privada, e não há obrigação legal que define a destinação do dinheiro que recebemos. No entanto, a diretoria plena da UNE definiu que os recursos serão para a nova sede. Está no tempo absolutamente razoável. O início das obras será antes do dia 11 de agosto, quando faremos uma grande comemoração.”
Ao ser questionado porque o prédio ainda não ficou pronto, tendo em vista a verba ter sido aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,  e, depois, em caráter terminativo, na Comissão de Constituição e Justiça há vários meses:
“Nossa especialidade não é construir prédios e, sim, debater educação e fazer passeata. Mas temos corpo técnico que nos deixa confortável para iniciar a obra.”
Brilhante, não?Mas vem a pergunta? Pra que eles precisam de um prédio, hein? E como vão mantê-lo? Essa, como dizia um personagem da Escolinha do Professor Raimundo: de costas.Com o meu, o seu, o nosso dinheiro, suado dinheirinho. É justo sustentarmos essa irresponsabilidade?
Na minha modesta opinião, a União Nacional dos Estudantes além da investigação do TCU, tem de sofrer uma intervenção, com a destituição de seus atuais membros para que se garanta uma melhor auditoria da entidade. No entanto, seria melhor que seja extinta e se faça uma nova entidade partindo do zero, onde a democracia real traduza em eleições diretas e que, na tomada de decisões e escolha de pautas, os  6 milhões de estudantes universitários seja ouvidos.
Mas há uma luz no final do túnel. Segundo, Ediones Heringe, ex-dirigente da União Estadual dos Estudantes do Rio, "extirpar o movimento partidário das universidades está virando uma tendência", o que já se reflete em instituições. Beneficiada pela fragmentação de grupos de esquerda que tradicionalmente presidiam o diretório estudantil da Universidade de Brasília (UNB), a chapa "Aliança pela Liberdade" conseguiu 22% dos votos e se elegeu na contramão do discurso corrente no meio universitário, pedindo maior presença da Polícia Militar no campus, estímulo a parcerias público-privadas para financiar pesquisas.
Caso semelhante deu-se na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde a chapa "Voz dos Estudantes" conquistou este ano o terceiro mandato consecutivo. "Chega uma hora que os estudantes se cansa do aparelhamento partidário desses grupos, de gente de fora decidindo a agenda do DCE", observa Luana Carvalho, da gestão do diretório estudantil local. Amém! Que assim seja!
A partir de 1995, com a gestão do Orlando Silva, todos os dirigentes eleitos da entidade tinham filiação com o partido de linha ideológica marxista: um prenúncio de um problema. Onze anos depois do “impeachment” do Collor, em 2003, com a posse do presidente Lula, a UNE passou a agir como um órgão chapa-branca, apoiando todas as iniciativas administrativas e políticas do Palácio do Planalto.
Olha o Orlando Silva, então presidente da UNE
 a frentem de camisa branca com ex-presidente Lula ao fundo 
O Editorial do “Estadão”, publicado no dia 6/11/2011, batizado com o título “Degradação da UNE”, chama atenção que “pelos serviços prestados, ficou com o direito de indicar antigos dirigentes da entidade para o Ministério do Esporte - vários deles estão envolvidos no escândalo de repasses irregulares de recursos públicos a ONGs fantasmas - e ganhou polpudas verbas tanto da administração direta como da indireta, sob a justificativa de divulgar programas dos Ministérios da Educação, da Saúde, da Cultura e da Igualdade Racial, promover "caravanas da cidadania" em universidades federais, realizar jogos estudantis e organizar ciclos de debates”. Pois é, como se sabe, o ex-presidente da UNE, Orlando Silva, foi nomeado pelo presidente Lula, Ministro dos Esportes, mas foi obrigado, na gestão Dilma Rousseff, a renunciar ao Cargo, depois de vastas reportagens da Revista Veja, sobre envios irregulares de dinheiro público a ONGS.
Embora a UNE tivesse passado a receber verbas públicas desde 1995, quando o Fernando Henrique Cardoso era o Presidente da República, foi durante os oito anos do Governo Lula, que a entidade recebeu a maior bolada de investimentos (97,4% do total recebido desde 95).Os dados foram coletados pelo site Contas Abertas, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
A época, o então presidente da entidade, Daniel Iliescu, declarou com todas as letras que:
Daniel Iliescu, atual presidente da UNE
“Acreditamos que não haja irregularidade. Mas caso seja comprovada, a UNE apoia a investigação, se compromete com todas as medidas legais cabíveis, e caso haja qualquer irregularidade, fruto de imperícia técnica, mas nunca de má fé, a UNE se compromete a devolver os recursos” (será?)
As denúncias demonstradas pelo Jornal “O Globo”, no dia 8 de junho de 2012, mostra que esta entidade morreu quanto a sua finalidade principal. A forma com que os presidentes da entidade e o conselho deliberativo são eleitos atualmente, de maneira indireta, mostra uma parte do problema.
No Brasil, há atualmente, pelo menos 6 milhões de estudantes universitários, isso se considerarmos todas as instituições públicas e privadas. Na época da ditadura militar, por exemplo, as eleições eram diretas. Os recém-criados Diretórios Centrais Estudantis e Diretórios Acadêmicos disponibilizavam urnas para que todos os estudantes pudessem voltar.
O número de estudantes de nível superior era bem menor. É preciso lembrar que, nos regimes de exceção, as pessoas eram vedadas para votar em Presidentes da República. Eram eleitos por uma junta militar. Curioso isso, não? Nos dias atuais, já com eleições diretas para presidente da república, o processo é inverso.
Há uma junta de militantes da UNE, que na verdade são do PC do B, intitulados de “delegados”. São  3000 pessoas ao todo que se dizem representar os 6 milhões de universitários. Mas, ué?
Em plena era da informática e do regime democrático de direito, porque que os estudantes não podem votar diretamente para presidente? A resposta é óbvia, para a ala comunista se manter no poder, não permitir vozes discordantes e acima de tudo auxiliar o PT, PC do B, Psol e outros partidos de base Marxisto-Comunista nas campanhas em favor das “minorias” (LGBT, abortistas, dos maconheiros e outros tipos de drogas, da prostituição, da jogatina e lá vai fumaça).
Defender melhorias na saúde, educação, moradia popular, para quê? Lutar a favor dos professores universitários federais que está há dias em greve, para quê? Lutar contra o envio indiscriminado de dinheiro a Organizações Não-Governamentais por políticos ligados ao petismo e do PC do B, para quê? Lutar pelo julgamento do mensalão petista, para quê? Até José Dirceu, um dos envolvidos no escândalo do mensalão – o maior escândalo de corrupção do país - convocou os pelegos da UNE, para defendê-lo. De que lado, você acha a UNE estaria? Fácil resposta, não?
No ano passado, quando alguns estudantes da Universidade de São Paulo (USP), invadiram a Reitoria da mesma instituição de ensino superior, após alguns estudantes terem sido pegos pela policia militar paulista, fumando maconha, a UNE apoiou a “pauta” (nada aproveitável) dos alunos maconheiros da USP que incluía o fim do policiamento do campus (mantendo só a Guarda Universitária), a saída do reitor, João Grandino Rodas e a revisão da punição de alunos. Tanto os alunos da USP, quanto a União Nacional dos Estudantes, se esqueceram dos inúmeros estupros a estudantes do sexo feminino e o caso que chocou a Cidade Universitária: o assassinato do estudante de Ciências Atuariais, Felipe Ramos de Paiva.
Na ocasião, após a desocupação foram verificadas, além de prejuízos materiais, a presença de comidas, latas e vidros de bebidas alcoólicas, dentre outras coisas imprestáveis. Aprenderam direitinho com os “mestres” da UNE, que gastaram o nosso suado dinheiro público com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE.
Pois é, meu povo, enquanto o governo federal diz não ter dinheiro para bancar o reajuste para os professores federais e promover melhorias estruturais nos espaços universitários, o mesmo governo federal tem os cofres abertos para financiar uma entidade que não presta conta dos seus gastos.
A farra também é encontrada em outras ONGs, as mesmas citadas por mim no quarto paragrafo. Todas elas domesticadas pelo governo federal, todas elas chamam a imprensa que as questionam de golpistas e reacionárias – veja a nota da entidade que pseudo representa os estudantes de nível superior aqui. Todas batem de frente com as Igrejas, sejam elas católicas ou protestantes, chamam-nas de conservadoras e atrasadas, com apoio de blogs, revistas e programas de televisão. O mesmo TCU que investiga a UNE deveria fazer uma varredura nessas Ongs, para que elas prestem contas da verba recebida pelo governo, se cumprem a finalidade a que promete, quantas pessoas trabalham, a sua relação com o judiciário; os meios de comunicação, etc.
Quanto a UNE e sua liderança amestrada pelo PT, PC do B e partidos afins, o que eles chamam de representação, chega a ser uma piada. A UNE que era contra ditaduras, impõe uma ditadura vermelha, não consulta os estudantes de forma direta – e isso se mostra quando apoia as tais minorias, incluindo o grupo LGBT. Não sabe dialogar com a parte universitária de base cristã – leia-se Grupos de Oração Protestantes, Pastorais Universitárias e Movimento Universidades Renovadas da Igreja Católica.
A UNE como conhecíamos no passado, com suas lutas, com sua indignação pela destruição da sede dela no Rio de Janeiro, dentre outras coisas, morreu. Morreu, mas esqueceram de enterrar.
Local onde o prédio da UNE deveria
          ser reconstruido

O seu atual presidente, Daniel Iliescu e os membros da diretoria, não estão entendendo a gravidade da questão.Não percebem o mal que estão fazendo, e digo mais, em qualquer nação como os Estados Unidos da America, já estariam presos e antes disso, envergonhados por dinheiro público.Vejam, o que o Daniel Iliescu disse, ao explicar porque o prédio da UNE (o prédio da UNE, na praia carioca do Flamengo foi destruído pela ditadura militar em 1964) ainda não foi reconstruído, com a verba – pública - de 30 milhões de reais :
“Somos uma entidade privada, e não há obrigação legal que define a destinação do dinheiro que recebemos. No entanto, a diretoria plena da UNE definiu que os recursos serão para a nova sede. Está no tempo absolutamente razoável. O início das obras será antes do dia 11 de agosto, quando faremos uma grande comemoração.”
Ao ser questionado porque o prédio ainda não ficou pronto, tendo em vista a verba ter sido aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,  e, depois, em caráter terminativo, na Comissão de Constituição e Justiça há vários meses:
“Nossa especialidade não é construir prédios e, sim, debater educação e fazer passeata. Mas temos corpo técnico que nos deixa confortável para iniciar a obra.”
Brilhante, não?Mas vem a pergunta? Pra que eles precisam de um prédio, hein? E como vão mantê-lo? Essa, como dizia um personagem da Escolinha do Professor Raimundo: de costas.Com o meu, o seu, o nosso dinheiro, suado dinheirinho. É justo sustentarmos essa irresponsabilidade?
Na minha modesta opinião, a União Nacional dos Estudantes além da investigação do TCU, tem de sofrer uma intervenção, com a destituição de seus atuais membros para que se garanta uma melhor auditoria da entidade. No entanto, seria melhor que seja extinta e se faça uma nova entidade partindo do zero, onde a democracia real traduza em eleições diretas e que, na tomada de decisões e escolha de pautas, os  6 milhões de estudantes universitários seja ouvidos.

Mas há uma luz no final do túnel. Segundo, Ediones Heringe, ex-dirigente da União Estadual dos Estudantes do Rio, "extirpar o movimento partidário das universidades está virando uma tendência", o que já se reflete em instituições. Beneficiada pela fragmentação de grupos de esquerda que tradicionalmente presidiam o diretório estudantil da Universidade de Brasília (UNB), a chapa "Aliança pela Liberdade" conseguiu 22% dos votos e se elegeu na contramão do discurso corrente no meio universitário, pedindo maior presença da Polícia Militar no campus, estímulo a parcerias público-privadas para financiar pesquisas.
Caso semelhante deu-se na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde a chapa "Voz dos Estudantes" conquistou este ano o terceiro mandato consecutivo. "Chega uma hora que os estudantes se cansa do aparelhamento partidário desses grupos, de gente de fora decidindo a agenda do DCE", observa Luana Carvalho, da gestão do diretório estudantil local. Amém! Que assim seja!

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