Leniéverson Azeredo Gomes
Nos dias atuais, é muito comum
ver nas redes sociais da internet ou até mesmo na vida real, nas capelas, nas
circunvizinhanças, entre outros lugares, ver pessoas dizendo de “pé juntos”,
que são católicas. Ter ou não uma identidade que a pessoa tem uma autêntica fé católica,
eis a questão.
Certamente, o leitor, de
antemão, deve estar achando que o assunto será interessante. Você tem razão, caríssimo
internauta, o que será discutido aqui é bastante conveniente para compreender,
de forma mais clara, aquilo que o fiel católico é ou pensa que é. Para isso,
será usado a apologética, que significa o
estudo defensivo da fé à luz da ciência .
De acordo, com
o dicionário Michaelis, identidade significa “o conjunto de caracteres que
reconhece a pessoa como um indivíduo”. Michaelis, desse modo, defendia a ideia
de que o agrupamento composto de filiação, nacionalidade, naturalidade, número
de registro geral pessoal ou profissional, data de emissão e expedição, dentre
outros elementos, forma-se a identidade de uma pessoa em qualquer lugar do
mundo.
O cânon 837,
do Catecismo da Igreja (CIC), define o perfil de um autêntico católico, quase
na mesma linha do conceito extra-religioso de identidade usado por Michaelis. Para
o cânon, um verdadeiro membro da legítima Igreja de Cristo, deve ter como
característica:
· Aceitar na totalidade de sua organização e todos
os seus meios de salvação nelas instituídos e em sua estrutura visível – regida
por Cristo por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos e
· Unem-se com Ele, Jesus Cristo, pelos vínculos da
profissão de fé, dos sacramentos, do regime eclesiástico e da comunhão.
A Constituição Dogmática Lumen Gentiun,
artigo 14, reforça que além disso, tem de que compreender que “ a Igreja Católica
foi, de fato, fundada por Jesus Cristo e a considerou uma instituição
necessária".
Esse artigo da Lumen Gentiun, de forma
perceptível, traça um nítido paralelo, com o artigo 837, do CIC, a preocupação
de que, muita gente tem problemas muito sérios de identificação católica, ou
seja, a pessoa pode dizer, para mundos e fundos, que é católica, mas “não persevera
na caridade, estando com o corpo, mas não com a alma e o coração, não será salva
(o)”.
É verdade, grande povo de Deus, os
católicos de estatística, de IBGE, de boca, de rótulo, dentre outros nomes, tem
crassos (grosseiros) problemas de identidade de fé católica. Mentem para si
mesmos, para outros e, não raro, trata mal quem percebe a questão e tenta recolocá-lo
(a) no caminho certo, enfim, não aceitam o que se denomina de “direção
espiritual”.
Se pudesse estar em frente de cada um
dos problemáticos que relativizam sua identidade católica, São Tiago Apóstolo usaria
o capítulo segundo de sua carta para dar um conselho sério aos mesmos.
“De que aproveitará, irmãos, alguém
dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé, poderá salvá-lo?Se a um
irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes
disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário
para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é
morta em sim mesma, mas, alguém dirá assim: “Tu tens fé, e eu tenho obras” E,
assim, eu refuto, mostra-me a tua fé sem obras e eu vou te mostrar a minha fé
pelas minhas obras”(Tg 2,14-18).
São Tiago aprendeu direitinho com o Senhor
Jesus.O Filho de Deus em Mateus 7, 21, afirmou que “Nem todo aquele que me diz:
Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade do
Pai que está nos céus. Muitos falam que pregam, realizam milagres e expulsam demônios
em meu nome, mas eu vou dizer a eles que não os conheço”.
Pois é, povo de Deus - os verdadeiros e
corajosos- , o real cristão católico é aquele que segue com a vida os
mandamentos divinos e o magistério da Igreja, sem “bater boca” e com fidelidade.
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