Nicole Medrado - Canção Nova Notíciais
No encerramento da 50ª Assembleia Geral, a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou uma mensagem de
orientação a todos seus fiéis para orientá-los no exercício da cidadania nas
próximas eleições municipais.
Em sintonia com este momento importante para o
país, assim os bispos são chamados a dar uma palavra que “ilumine e ajude” as
comunidades eclesiais e todos os eleitores, chamados a exercer um de seus mais
expressivos deveres de cidadão, que é o voto livre e consciente.
As eleições municipais têm uma característica própria em relação às demais por colocar em
disputa os projetos que discutem sobre os problemas mais próximos do povo:
educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, ecologia e lazer.
“Trata-se de um processo eleitoral com mais
participação da população porque os candidatos são mais visíveis no cotidiano
da vida dos eleitores”, destaca a nota.
Desde modo, a Igreja Católica no Brasil orienta
para que seus fiéis estejam atentos aos valores que definem o perfil de seus
candidatos.
“Estes devem ter seu histórico de coerência de
vida e discurso político referendados pela honestidade, competência,
transparência e vontade de servir ao bem comum. Os valores éticos devem ser o
farol a orientar os eleitores, em contínuo diálogo entre o poder local e suas
comunidades”, reforça a CNBB.
Dom Damasceno espera que os políticos cumpram seu
cargo recebido através de um gesto de confiança de seus eleitores, com
responsabilidade e a serviço da comunidade.
“A política é uma das forças mais sublimes do
exercício da caridade, do amor. O político verdadeiro é aquele que se coloca 24
horas por dia a serviço do bem do país, não aquele que faz da política um meio
de se enriquecer, de apenas atender o interesse de seus grupos, exercendo uma
política fisiológica e corporativista, mas aquele que pensa no bem da
sociedade, especialmente dos mais pobres e necessitados”, reforça Dom
Damasceno.
O episcopado brasileiro recordou ainda o
importante instrumento contra a corrupção que foi a aprovação da Lei da Ficha
Limpa, um passo importante para “colocar fim à corrupção, que ainda envergonha
o nosso país”.
“Há um desejo de toda a população de que a Ficha
Limpa não seja aplicada só aos políticos, só aos candidatos a prefeito e
vereador, mas todos aqueles que vão ocupar um cargo. O bom prefeito, bom
vereador deve escolher também colaboradores competentes, honestos, capazes de
ajudá-lo no exercício de sua função”, esclarece ainda Dom Damasceno.
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