segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BISPO DE CAMPOS: POLÍTICO DEVE SER ÉTICO, ÍNTEGRO E IMPESSOAL.


Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz

A Igreja Católica, que na eleição presidencial do ano passado se posicionou sobre temas polêmicos, teve grupos apoiando candidaturas e realizou debates na TV Canção Nova, vai participar ativamente da eleição de 2012 em Campos. Quem garante é o Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, nomeado recentemente como titular da Diocese de Campos. Evitando falar sobre nomes, ele afirmou que a Igreja Católica “pode estimular o surgimento de políticos que se preocupem com o bem estar social e deixem de lado as promessas baratas e o fisiologismo”. Sobre as últimas administrações municipais, ele opinou: “Nos parece que em Campos o tipo de política segue um viés um tanto quanto fisiológico, nem sempre atrelado a princípios e valores”.
Para o Bispo, é possível estimular o surgimento de políticos éticos, íntegros e que atuem de forma impessoal.
— Temos que reconhecer que atualmente não temos quadros que reúnam essas qualidades. Porém, não podemos ficar nos queixando. Existe em nossa Igreja a vontade de contribuir para a formação de homens públicos íntegros — afirmou Dom Roberto, que em Porto Alegre participou da elaboração de Leis em parceria com a Assembléia Legislativa. “Em Porto Alegre apoiei uma Lei que visava integrar as culturas. Também participei da elaboração da Lei da Solidariedade e também defendi as Áreas Integradas de Segurança. Na verdade, são como as UPPs do governo estadual do Rio. Porém, aqui no Rio, elas ficaram nas mãos da Polícia. Lá em Porto Alegre a Igreja Católica defendeu uma ocupação mais humana”, frisou.
Demonstrando um amplo conhecimento sobre os quadros políticos da planície goitacá, o Bispo evitou citar nomes, mas falou sobre o papel da Igreja Católica na eleição do próximo ano. “Vamos trabalhar por reformas importantes, pela ficha limpa e por mecanismos de controle que ajudem no combate a corrupção. Teremos uma escola da cidadania em Campos para formar católicos que possam ter bagagem ética e capacitação política. Não só para candidaturas, mas também para participar dos Conselhos paritários”, explicou o Bispo, afirmando que não vai agir como “outras igrejas”. “Existem igrejas que entram no mundo político em busca de vantagens. A Igreja Católica não participa disso”, frisou.
Ao comentar sobre as últimas administrações municipais, Dom Roberto Ferrería Paes explicou que a cidade carece de uma mudança. “Nos parece que em Campos o tipo de política segue um viés um tanto quanto fisiológico, nem sempre atrelado a princípios e valores. E isso nós queremos mudar. Não só a Igreja Católica quer isso, mas também igrejas como a Assembléia de Deus e a Igreja Batista, também. Uma união entre essas igrejas já aconteceu na eleição de 2010 quando defendemos a família, o direito a vida e excessos nos projetos de Lei sobre a homofobia”, explicou o Bispo.

Fonte: Folha da Manhã

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