sábado, 10 de julho de 2010

14ª Semana do Tempo Comum – Sábado - Nossa Senhora I – Cor Branca

Hoje as leituras litúrgicas reacendem uma polêmica sobre Nossa Senhora, principalmente dentro de uma perspectiva teológica. Vamos a uma introdução, analisando a primeira leitura que está no livro de Isaías 6,1-8.No texto do profeta maior, descreve que o Senhor Deus , sentado num trono celeste, se manifesta através dos serafins, para confiar uma missão muito preciosa a Isaias.O profeta ouvia dos serafins – potencias celestes - (v.2) que “O Senhor era santo, santo e santo, o Senhor Iaweh do Universo; toda a terra proclama e está repleta de sua glória”(v.3).Esse versículo é utilzado nas Orações Eucarísticas.
A epifania (manifestação do Senhor)deixou Isaías assustado, primeiro, porque mesmo sabendo que Deus era Santo, se achava impuro, leia-se pecador (v.6). Mas Deus sempre preferiu os pecadores e sempre esteve disposto a perdoar os pecados (v.7).Deus escolhe os chamados e capacita os escolhidos.Tanto no discurso de Pedro ( Lc 5,8), no discurso do centurião (Mt 8,8), no proferido pelo profeta Oseias (Os 11,9) e no de João Evangelista( I João 3, 19-20), há um padrão de reconhecimento de Deus como Senhor Santo e que ele é o Rei.
Mas é de João Evangelista a expressão que “Deus cresça e que eu diminua” (Jo 3,30).Com efeito, um discípulo não “pode arvorar ser maior que o mestre, nem o servo pode se achar mais elevado que o seu Senhor”(Mt 10, 24). Deus é aquele que tudo vê (Mt 10,26), que nos exorta a missão (temos que dizer como Isaías): Eis me aqui, Senhor!) (v.27), nos chama a atenção de todo o mal (v.28).
Sim, Jesus no Evangelho de Mt 10,24-33, afirma que o homem tem de reconhecer o Senhorio de Deus, reconhecer Sua Grandeza, saber sua posição na vida.
Maria Santíssima que consideramos na liturgia de hoje, sabia de tudo isso. Em Lucas 1,38, ela ao assumir a missão de gerar Jesus em seu ventre, dizia: “Neste lugar está a SERVA (ou em algumas traduções a ESCRAVA) do SENHOR, faça-se em mim, segundo a TUA vontade.No Magnificat (Lc 1, 46 -56), ela começa dizendo “Minha alma glorifica ao Senhor, meu Espírito exulta de alegria, em DEUS, MEU SALVADOR, pois olhou para sua pobre SERVA (v.47).
Nossa Senhora, mulher imaculada, sabia que aquele menino sempre se ocuparia das coisas do Pai (Lc 2, 49). Jesus, nessa época com 12 anos, disse isso aos pais preocupados, depois de O ser encontrado discursando com Doutores da Lei, três dias depois de se perder da comitiva que retornava de Jerusalém.
Jesus era Deus, mas como qualquer criança era submisso e respeitador dos pais.Quando cresceu, por volta dos 30 anos, Jesus e a sua mãe era os convidados de uma boda em Caná da Galileia (Jo 2, 1-12).Lá Cristo fez o seu primeiro milagre: transformou água em vinho.Isso aconteceu com a intercessão de Maria, que, vendo a necessidade da festa cujo vinho festivo havia acabado, disse aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser”(V.5).
Diferente do que muitos protestantes dizem, Maria nunca quis ser mais que Jesus, nunca quis ser chamada de Deusa, mas ela é a Mãe de Jesus, portanto, Theotókos (Mãe de Deus).
Maria é aquela que intercede, roga pelos pecadores e cujo nome tem de ser respeitado, pois, “no fim, seu imaculado coração, há de triunfar”.

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