segunda-feira, 26 de julho de 2010

Secretário geral da CNBB abre segundo dia do Congresso Nacional de Educação Católica

CNBB

O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, abriu no dia 22, o segundo dia do Congresso Nacional de Educação Católica, promovido pela Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC). O evento começou no dia 21, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, e conta com a participação de mais de 2 mil pessoas, de todo o Brasil.

Segundo dom Dimas, a Educação Católica no Brasil foi fortalecida com a fusão das três antigas entidades AEC, ANAMEC e ABESC na atual Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, a ANEC.

Dom Dimas mencionou que a partilha de metas e objetivos, a comunhão das Entidades Associadas, os novos rumos do ensino católico são contribuições de valor inestimável que o Congresso está oferecendo e ainda mais, "É muito importante que a Escola Católica retorne às suas origens e redescubra sua própria identidade e missão", afirmou o secretário geral da CNBB.
O secretário geral da CNBB afirmou ainda que pretende se reunir com os responsáveis pelas instituições católicas de ensino para propor um Projeto de Lei de Iniciativa Popular. “No Ficha Limpa houve uma mobilização social muito bonita das escolas, com alunos levando fichas para as suas comunidades e recolhendo assinaturas. Imagine se fizéssemos um Projeto de Lei de Iniciativa Popular em prol da melhoria da educação no Brasil, como não seria? Temos aproximadamente 2 milhões de alunos em escolas católicas, se apenas 500 mil se mobilizasse e recolhesse cinco assinaturas, só aí já conseguiríamos 2.5 milhões de assinaturas em apenas um mês. Nós não sabemos a força que nós temos”, afirmou dom Dimas.

Abertura

Após abertura do 1º Congresso Nacional de Educação Católica, o presidente do Conselho Superior da ANEC e Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, proferiu a primeira palestra do Congresso. O tema foi "Educação Católica, identidade e inovações para uma sociedade plural". Dom Joaquim ressaltou que as inovações promovidas pelas Escolas Católicas fazem parte da própria identidade dessas Instituições.

Nota do Blog: É preciso fazer com que as escolas e universidades católicas, tenham professores e funcionários alinhados com a doutrina da Igreja, para evitar notícias como docentes que apoiam o aborto, o sexo antes do casamento, dentre outras coisas. E mais, as escolas católicas, precisam alicerçar valores positivos e buscar elementos que fortaleçam o testemunho de um Deus vivo e eficaz.

Novas mídias, Televisão e Rádio são temas discutidos pelos agentes da Pastoral da Comunicação

CNBB

Os agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) discutiram nesta quinta-feira, 22, a relação da Igreja com as novas mídias de comunicação, com a televisão e com o rádio. O debate aconteceu durante o segundo encontro nacional da Pastoral, que começou dia 21, no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). Mais de 300 lideranças participam da reunião.

“Para viver de forma digna nesse novo mundo da economia digital, é preciso impor valores ético-humanistas à técnica. Dominá-la [a técnica] é fundamental”, disse o presidente para a América Latina da Associação Mundial de Comunicação, Luciano Sathler.

Satlher, um dos conferencistas do encontro, falou sobre inclusão e exclusão a partir das novas tecnologias e das novas mídias. Ele vê a democratização das novas tecnologias como um desafio e defendeu que a Igreja deixe de ser apenas usuárias delas.

“A Igreja precisa deixar de ser apenas usuária, vítima, da tecnologia, mas tornar-se dominadora e produtora de tecnologia. As Comunidades Eclesiais de Base precisam ser focadas em tecnologia”, sublinhou.

Para Sathler, a web 2.0 deve fazer parte do cotidiano da Igreja. “Ainda não percebemos o valor que a Web 2.0 tem para mudar a cabeça da pessoa”, insistiu.

O conferencista questionou a falta de integração da comunicação na Igreja. “Não entendo como os meios [de comunicação] católicos não trabalham integrados”, disse.

Televisão e Rádio

O jornalista Elson Faxina, por sua vez, recordou o papel da TV na sociedade e a classificou como “reflexo antecipado da sociedade amanhã”.

“A TV é como espelho que uso para me corrigir. Que sociedade ela mostra? Não é a sociedade do real, mas a do desejo, a do devir. A televisão propõe nova organização social”, acentuou.

Segundo Faxina, a TV pauta a vida social e, no Brasil, a lógica que prevalece é a do mercado. “A TV no Brasil tem a lógica do mercado que, com a TV Pública, corre o perigo de virar a lógica do poder e não da solidariedade e da democracia”.

Já o padre César Moreira, que por mais de 30 anos atuou na Rádio Aparecida, destacou a importância do rádio no cotidiano das pessoas e também na evangelização. “Rádio faz amigos, informa, presta serviço, faz propaganda, faz humor, polemiza, forma opinião”, disse.

Ele defendeu a capacitação técnica dos que fazem comunicação nos meios da Igreja e também a publicidade nos veículos da Igreja. “Todos os anos fazemos encontro com os anunciantes da Rádio Aparecida e os ensinamos para que vendam mais”, disse.

O encontro da Pascom prosseguiu até sábado, dia 24. Um dos destaques da programação de domingo, dia 25, foi à entrega dos prêmios de comunicação, às 20h, no auditório da TV Aparecida, que transmitiu ao vivo toda a cerimônia.


Nota do Blog: Da mesma forma que os protestantes, os blogs católicos deveriam ter uma associação de classe para juntar forças para a criação de um estatuto aprovado pela maioria de seus membros, estabelecer formação contínua, troca de idéias que produzam soluções a curto prazo, defender a Igreja Católica contra os ataques da mídia secular e ser a opção que contraponha a idéia cultivada pela CNBB de oferecer a outra face ou ter uma relação cordializada com produtores de novelas, cheia de contra-valores.

domingo, 25 de julho de 2010

Corpo incorrupto de Santa Bernadette Soubirous

Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadette em Lourdes, uma pequena cidade francesa.

O corpo de Santa Benadette, que morreu em 1879, se encontra milagrosamente incorrupto com as articulações flexíveis. Apenas uma ligeira camada de cera foi passada no rosto para evitar a formação de mofo.

Ele está exposto na capela do convento de Saint-Gildard, em Nevers, numa preciosa urna de cristal e metal dourado. Ali, envolvido de imponderáveis sobrenaturais, pode ser visto e venerado por qualquer fiel.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Semear Vocações: Como um chamado gera tantas hesitações e dilemas.

Reflexão por Leniéverson Azeredo Gomes

Ser ou não apto para a missão a qual o Senhor está me chamando a fazer?Parece uma pergunta revestida de dúvidas, não é?De fato, o Senhor Deus incumbe todo batizado a ser “Profeta para as nações” e Ele, capacita todo missionário a desempenhar sua função de forma ungida.
A primeira leitura litúrgica de hoje (Jr 1.1.4-10) nos lembra do profeta Jeremias. Nascido em 650 a.C ele é Filho de Helcias, um dos presbíteros que morava em Anatot – atual Anata – uma cidade que fica 6 km ao nordeste de Jerusalém. Como se percebe, Jeremias era de uma família extremamente religiosa, mas tinha uma personalidade tímida e hesitante.
Dos versículos 4 a 5, do primeiro capitulo do livro que leva seu nome, Deus fala a ele sobre o fato de o conhecer desde “antes de ser modelado no ventre materno”(v.4). Não estranhem isso, Deus havia dito isso, também a Isaias, em Is 49,1. Mas esse discurso divino era direcionado a uma consagração muito mais para uma “missão profética do que a santificação interior”, como a Bíblia de Jerusalém.
Sua hesitação se impõe no versículo 6, quando ele afirma que não está apto a vocação, por ser “ainda uma criança”.Não se deve aqui, considerar a palavra criança no sentido cronológico ou etário, mas sim no sentido de uma alegada “imaturidade espiritual”.
“Desculpas” para se esquivar da missão divina, não é a única registrada no Antigo Testamento. Moisés, em Ex 3,7-12, recebeu de Deus a missão de libertar o povo hebreu que havia sido preso pelo faraó egípcio, mas se esquivou afirmando que era indigno a desempenhar tal incumbência. Como Jeremias, usava características de sua personalidade para fugir da missão.
Moisés era gago e, por isso, afirmava que não tinha voz para pregar “Ah, Senhor! Eu não tenho o dom da palavra; nunca o tive, nem mesmo depois que falastes ao vosso servo; tenho a boca e a língua pesadas”(Ex 4,10).
Deus em ambos os casos, ou seja, tanto a Jeremias quanto a Moisés, dava sempre palavras de animo; de superação das dificuldades e capacitação espiritual. A hesitação dos dois mostra a falta de uma verdadeira visão da palavra Diaconia, quer dizer, do Serviço ao Evangelho.
Mas é claro, que, no caso de Jeremias e Moises, todos sabem, houve uma vitória sobre a hesitação inicial. Ambos desempenharam sua missão profética e se tornaram ao seu tempo, “Profetas e Sinal de Luz para as nações”.
Nos dias atuais, é fácil encontrar muitas pessoas que resistem ao chamado do Mestre. Falam que são tímidos; não tem maturidade suficiente; não tem nada na Igreja que sirva para ele, enfim, um monte do que chamamos, no popular, de conversa fiada. Assumir uma vocação diaconal, ou seja, uma vocação ao serviço do Reino, exige do fidalgo uma conversão interior. Chamado e Vocação não são só sinônimos puros pela semântica, são sinônimos na origem. Vocação vem do latim Voccare, que significa chamar para dentro, aderir de forma particular uma missão pessoal, profissional ou religiosa.
Todo cristão é chamado a uma missão, pois a messe (o trabalho) é grande, mas os operários são poucos (Mt 9,35). O centurião descrito em Mt 8,8 falava para Jesus que “ele não se sentia digno de entrar na morada do Senhor, mas ao escutar uma palavra d´Ele sabia que encontraria a salvação”.Talvez o centurião não soubesse, mas seguia um princípio de São Paulo e Santo Agostinho, respectivamente: “na fraqueza espiritual podia encontrar fortaleza” e “extrair o bem de um mal”.
Poderíamos nos perguntar em que situação Jeremias e Moises ou até você se situaria na Parábola do Semeador (Mt 13,1-9)?Se não recorda, Jesus conta a uma multidão de um lugarejo não identificado essa parábola. Um semeador jogou sementes em cinco lugares distintos: no primeiro, o semeador jogou no meio do caminho e os pássaros comeram, no segundo; jogou num solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda, porem veio um sol forte e queimou a planta por falta de raízes, no terceiro lugar; jogou no meio de espinhos, estes cresceram e sufocou a planta, no quarto lugar; jogou em terra boa, deram frutos, muitos frutos.
Se você quer dicas preciosas para a resposta, leia entre os versículos 18 e 23, do mesmo capítulo 19 de Mateus. Quem sabe a resposta estimule você a assumir verdadeiramente a sua vocação cristã.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Jesus tinha irmãos ou não? Como desconstruir uma visão errada sobre o assunto?

 Leniéverson Azeredo Gomes



      Jesus tinha irmãos ou não?A liturgia de hoje traz a berlinda esta polêmica bíblica descrita em Mt 12, 46-50. Varias vertentes protestantes, algumas edições de revistas científicas, ateus e agnósticos, dizem que Maria, a mãe de Cristo teve mais filhos. Novamente entra em cena o conceito luterano da Sola Scriptura (Só a Escritura), onde se pinça um texto para manipular um contexto para fins de pretexto.

   Para compreender a questão, vamos dividir a explicação em três:

   a)O conceito de irmão em hebraico, grego e aramaico;
       b) Personagens principais envolvidos e
       c) Juntar as peças do quebra-cabeça.

a) O conceito de irmão em hebraico, grego e aramaico:


     Vejam o que diz a bíblia de Jerusalém – uma das edições católicas específicas para estudo da interpretação das Sagradas Escrituras - diz sobre isso:

    “Há diversas menções de “irmãos” (e “irmãs”) de Jesus (13,55; Jo 7,3; At 1,14; 1 Cor 9,5; Gl 1,19).Embora tendo o sentido primeiro de “irmão de sangue”, a palavra grega usada (adelphos), assim como a palavra correspondente em hebraica e aramaico, pode designar relações de parentesco mais amplas (Gn 11,27;13,8;29,15; Lv 10,4), e principalmente um primo irmão (1 Cr 23,32). O grego possui outro termo para “primo”(anèpsios).Em Cl 4,10, atesta-se o único emprego deste termo no Novo Testamento.
     O livro de Tobias, entretanto, mostra que ambas as palavras podem ser indiferentemente usadas para falar da mesma pessoa: cf. 7,2 “nosso irmão Tobit” (adelphós ou anèpsios conforme os manuscritos).
Desde a patrística – dos primeiros padres da Igreja, a interpretação predominante viu nesses “irmãos” de “Jesus”, de acordo com a crença na virgindade perpétua de Maria. “Além disso, isto concorda com Jo 19,26-27 o qual deixa supor que, na morte de Jesus, Maria estava sozinha”.

       b) Personagens principais envolvidos;

     • As 3 “Marias”:Maria Santíssima, Maria Madalena e Maria de Cléofas;
     • Os tais “irmãos” de Jesus: os apóstolos de Cristo Tiago, José, Simão e Judas (não o que traiu Jesus);
     • Outro Tiago;
     • João
     • José (pai adotivo de Jesus);
     • Alfeu;
     • Zebedeu

c) Juntar as peças do quebra-cabeça.

   Entre os versículos 46 e 49, do capítulo 12 de Mateus, fala, pelo menos, a expressão “a mãe e os “irmãos”” de Jesus.Os versículos 55 e 56 do capítulo 13 de Mateus, nos lembra a filiação terrena de Cristo – Ele era filho adotivo de um certo carpinteiro (José) e biológico de Maria Santíssima -, fala de “irmãs” e relaciona os tais “irmãos” de Jesus : Tiago, José, Simão e Judas.
   O desavisado poderia concluir que, de fato, os quatro discípulos eram irmãos de sangue de Cristo, o que levaria a crer numa espécie de nepotismo na escolha de parte dos seus doze apóstolos. No entanto, o trecho da passagem de At 1, 13-14, começa a dar uma ducha de água fria, quando diz:
“Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago (FILHO DE ALFEU), Simão (o Zelador ou Zelota) e JUDAS (IRMÃO DE TIAGO). Todos eles perseveravam juntos em oração (...) com Maria, mãe de Jesus, e os” irmãos” dele”. (Ed. Ave-Maria)

   Nota-se que há dois “Tiagos” no intervalo do capítulo. Um deles já começa a ser caracterizado como o filho de Alfeu e irmão de Judas. A nota da edição Bíblica Ave-Maria para o versículo 17, do capitulo 12, elucida que esse Tiago, tratado como “irmão” de Jesus, era, na verdade o Tiago Menor – o que deduz ser Maior o outro Tiago.
     Portanto sabemos quem é o Tiago Maior e o Menor. O capitulo 10, do livro de Mateus, narra a escolha dos apóstolos por Jesus. Nos versículos dois, três e quatro deste capítulo Cristo chama três blocos de apóstolos, dos mais aos menos ligados a ele, segundo nota “d” da Bíblia de Jerusalém, acompanhem:
   “Estes são os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão(Pedro), depois André, seu irmão.TIAGO, FILHO DE ZEBEDEU, e JOÃO, seu IRMÃO.Felipe e Bartolomeu.Tomé e Mateus, o publicano. TIAGO, FILHO DE ALFEU, e TADEU (JUDAS). SIMÃO, o Cananeu, e Judas Iscariotes (que traiu Jesus)”.
       É preciso lembrar que o primeiro Tiago (irmão de João – João Boanerges, autor do quarto evangelho e do livro do Apocalipse), descrito na passagem era o Tiago Maior e o segundo Tiago (irmão de Judas ou Tadeu) era o Menor.
     É importante frisar também, que, Tiago Maior e seu irmão João eram creditados, na passagem, filhos de Zebedeu e o Tiago Menor e o seu irmão Tadeu (Judas) eram filhos de Alfeu.
    Se relermos o texto de Mateus 12, 46-49, iremos perceber que os dois Tiagos eram filhos de filhos de pais diferentes e não de José, esposo de Maria Santíssima: o primeiro de Zebedeu e o segundo de Alfeu.Mas não diz quem é a mãe dos dois, mas seriam de Nossa Senhora, então?Não.
    Vamos por partes. Em Mateus 27, 56, relata três mulheres que estavam perto da cruz de Jesus: Maria Santíssima, Maria Madalena e Maria (mãe de Tiago e de José) e a mãe dos filhos de Zebedeu.Na nota “d” da Bíblia de Jerusalém, referente ao texto de Jo 19,25, fala de uma outra Maria, a de Cleofas.
   De acordo com a biografia, organizada pelo Professor Felipe Aquino, “Cléopas era um dos dois discípulos que no dia da ressurreição de Jesus, voltando a Emaús ao término das celebrações pascais, foram alcançados na estrada e acompanhados pelo Ressuscitado, que reconheceram somente depois de terem sido advertidos e terem generosamente oferecido hospitalidade. Se dermos uma olhada à etimologia do seu nome, descobrimos que Cléopas e Alfeu são a transcrição e a pronúncia do mesmo nome hebraico Halphai, ou dois nomes usados pela mesma pessoa. Conclui com isso que, Cléopas e Alfeu seja o pai de Tiago, o Menor e José, isto é, primos do Senhor. No evangelho de João, Maria, mãe de Tiago e José, é chamada de esposa de Cléopas, e irmã, em sentido mais ou menos próprio, da Mãe de Jesus”.
      Já sabemos que Alfeu (Cleofas) e Maria de Cleofas – irmã biológica da mãe de Jesus-, são pais de Tiago Menor, José, Judas Tadeu e Simão, o Cananeu.Compreendemos também que, Zebedeu é pai de Tiago Maior e João, o Evangelista, mas o versículo 55, do capítulo 27 de Mateus conta sobre sua existência, mas não diz o seu nome .Compreendida a charada?

domingo, 18 de julho de 2010

16ª Semana do Tempo Comum - segunda-feira – 19 de julho.

Moisés, o profeta, por chamado divino, libertou o povo hebreu que tinha sido escravizado pelo faraó do Egito. A leitura de Miquéias 6,1-4.6-8 nos lembra essa narrativa pascal do livro do Êxodo 14,5-25. O profeta foi duramente criticado pelo povo hebreu por julgarem “abandonados” por Deus. Afinal, eles o questionavam “Não seria melhor nos deixar no Egito? Deixa-nos servir os egípcios! É melhor ser escravo dos egípcios a morrer no deserto” (Ex 14,12). No entanto, o Pai sempre os orientavam, através de Moisés, a não desanimar, não temer e continuarem a trilhar o caminho da libertação até a Terra Prometida.
Assim como o povo hebreu no deserto, o Pai nos estimula a sairmos do jugo (prisão) do pecado e buscarmos a trilhar o caminho. Moisés pela unção divina, abriu o Mar Vermelho para que os hebreus pudessem passar e o fechou para que os inimigos não pudessem atingi-los. (Ex 14,21-22). Podemos deliberar que o Criador pelo poder do Teu Espírito, os ajudava a transpor todos os obstáculos que impedem de correr para a vida de santidade.
Não podemos esperar que Deus faça uma grandiosa ação para compreendermos o seu sinal. O verdadeiro simbolismo da presença d´Ele não está em eventos alegóricos como descrito na passagem em que Jonas foi engolido pela baleia e dentro dela ficou três e três noites (Mt 12, 40-42); está na ressurreição de Jesus no terceiro dia.
Nos dias de hoje, Deus também nos convida a enxergar a nossa vida.Ele quer nos libertar do jugo do pecado.Basta apenas aceitar que, em nossas vidas, há estruturas que nos aprisionam.
Assim como os Hebreus podemos achar que a trilha de santidade, não seja tão melhor quanto o nosso pecado de estimação, pois Deus é maior que Jonas e maior

Convite para a oitava edição do Segue-Me- Chamados a Vida.

Amigo,

Você e sua família estão convidados a participar de um dos maiores encontros da Diocese de Campos: 8º Segue-me Chamados à vida, que traz neste ano o lema “Arrependa-te e retorna ao primeiro amor". Serão três dias de adoração e comunhão: de 23, 24 e 25 de julho no Ciep de Ururaí, em Campos.

Para se inscrever, basta ir à paróquia de Santo Antônio, no Jardim Carioca, ou na Livraria Diocesana no centro.

O retiro é realizado pela Comunidade Missão Malaquias, fundada pelo padre Paulo Henriques Barreto. A oitava edição do Segue-me contará com a participação da cantora Olívia Ferreira, do cantor Fabiano de Oliveira, além da Missão Novo Ardor.

Nas celebrações, presenças confirmadas do padre Paulo Henriques, Padre Giovanni, do bispo de Campos Dom Roberto Gomes Guimarães e de diversas comunidades católicas.

Nós, consagrados, vocacionados e amigos da Missão Malaquias esperamos por você!



“Arrependa-te e retorna ao primeiro amor" Apocalipse 2,5b

16ª Semana doTempo Comum - Escolher a melhor parte

Do site Ecclesia Una

Neste Domingo somos chamados a contemplar Cristo e ouvi-lo em suas palavras. No evangelho é muito bem representada esta ação na figura de Maria, que põe-se aos pés de Cristo para escutá-lo e, ouvindo os ensinamentos do Mestre, se dispõe a fazer sua plena vontade, põe-se em atitude de serviço. Na primeira leitura é caracterizada a figura de Abraão, que serve ao Deus todo poderoso, e sugestiva e intrigante é a figura dos homens que apresentam-se a ele: três homens, representando as três pessoas da Santíssima Trindade.

Assim como Abraão, nós somos convidados a este constante ato de serviço: Humilhar-se diante de Deus, chorar nossas mágoas e pecados, reconhecermo-nos indignos de tamanha misericórdia, para que desta forma ela se manifeste em profusão.

Mas, se por um lado temos a figura de Maria, que põe-se a serviço e está em constante atenção para a mensagem de Jesus, por outro lado temos a figura de Marta, que ocupada com os afazeres da casa, não colocou-se aos pés de Jesus para compreender sua mensagem salvífica. Jesus então lhe diz: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10, 41-42).

Fico pensando como estas palavras de Jesus incidem tão fortemente na sociedade hodierna. Quantas vezes os afazeres deste mundo “sufocam”, por assim dizer, o que realmente é essencial em nossa vida. E não seria extremismo meu dizer que o único essencial em nossa vida é Deus. Não precisamos nos ater a coisas supérfluas, desnecessárias, às quais não nos trará nenhum bem espiritual.

Sei muito bem quão difícil é falar e, mais ainda, combater o espírito de extravagância e de consumismo que este mundo relativista propõe. Porém, urge cada vez mais alto a nós cristãos, tomarmos ciência deste dever e pô-lo em prática. Mesmo que seja o mundo um instrumento de perseguição, mas quem está sob a proteção de Deus, quem se põe sob sua segurança e quem deseja cumprir sua vontade, será sempre amparado por Ele e poderá anunciar, sem nenhum temor, as diversidades de ensinamentos às quais nós devemos combater com o Santo Evangelho e o ensinamento da Santa Mãe Igreja.

Colocar-se aos pés de Cristo é, também, estar em adesão com os seus ensinamentos; e os deixados por Ele para a Sua Igreja. É saber da necessidade de estarmos sempre atuantes, combatendo as forças do mal. Dirá Pascal: "Cristo morreu de braços abertos, para que nós não vivamos de braços cruzados." E quantos, infelizmente, cruzam os braços e esquecem-se da missão à qual são chamados.

São Paulo irá dizer na segunda leitura: “Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar em minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja. A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de vos transmitir a palavra de Deus em sua plenitude: o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos” (Cl 1, 24-26).

Ora, se até Paulo servia a Igreja, quem são hoje tais pessoas que, injustamente, atacam a Igreja e buscam ferir a integridade de seu corpo? Nosso Senhor confiou a Igreja a missão de perpetuar a sua presença na terra, de prefigurar o Seu Reino vindouro, ao qual ansiosos esperamos. Quantos dizem que a Igreja deve ser “reformada”, que é antiquada, retrógrada? Ao invés de reformar a Igreja, reformem seus corações que se fecham a Jesus e à palavra imutável que Ele deixou à sua Igreja.

Peçamos à Virgem Maria o dom da escuta e da humildade, para que, também nós, possamos colocar-nos aos pés de Cristo e escolhermos a “melhor parte”, a qual nem o mundo poderá tirar-nos. T

Fraternalmente em Cristo Jesus e Maria Santíssima!

sábado, 17 de julho de 2010

Bento XVI escreve aos católicos da Terra Santa

Agência Ecclesia

O Papa Bento XVI enviou uma carta aos católicos da Terra Santa, através do Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal. A ocasião foi o agradecimento pela viagem apostólica realizada à República de Chipre, de 4 a 6 de Junho .

Segundo o site do Patriarcado Latino de Jerusalém, que publicou a Carta, Bento XVI agradece a Dom Twal "pelo caloroso acolhimento" que lhe foi reservado durante a visita. "Fiquei muito feliz em comprovar pessoalmente como muitos católicos cipriotas de antiga tradição latina tenham permanecido fiéis a seu rico patrimônio , graças ao seu atencioso cuidado pastoral" – escreve o Pontífice, declarando-se ainda satisfeito por constatar que a comunidade católica continua a enriquecer-se de fiéis latinos locais e também de imigrantes oriundos de outros continentes, em especial da Europa, da África e da Ásia.

"A minha oração – conclui Bento XVI – é que todos os católicos latinos da Terra Santa, com as suas línguas, costumes e respectivas tradições, se empenhem em colaborar como irmãos e irmãs para se tornarem exemplo luminoso de união indissolúvel na caridade, sinal distintivo da Igreja.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mensagem do Dia.

Leniéverson Azeredo Gomes

Seja feliz no dia de hoje.
A cada dia, basta seu cuidado.
Tenha certeza de que Deus é fiel.
Mais puro que o mel.

Jesus te ama e lhe quer bem.
Ainda que os montes se levante.
Há um Deus que quer ver você ir além.

Creia que algo muito bom lhe irá acontecer.
Erga a cabeça e não desista dos seus sonhos.
Faça cada dificuldade como mecanismo que te faz crescer.
Seja feliz ainda que o mundo lhe induza a tristeza.

Boa tarde e segure a sua benção.

terça-feira, 13 de julho de 2010

20 Passos importantes para um voto consciente - O blogueiro recomenda

1. Procure um candidato que possua os valores e as virtudes que você deseja para a sua família.
2. Não aceite argumentos como rouba mas faz, rouba mas ajuda os pobres, política é assim mesmo, todo mundo faz igual.
3. Cuidados com os candidatos que têm soluções para tudo. Será que suas promessas são viáveis?
4. Procure candidatos com programa de trabalho em favor da comunidade.
5. Procure um candidato conhecido por seu trabalho pela coletividade.
6. Cuidado com as campanhas milionárias. Quem paga por elas, espera retorno.
7. Evite os nomes de candidatos envolvidos em escândalos de corrupção.
8. Procure candidatos dispostos a prestar contas de seus atos, durante todo o seu mandato.
9. Evite o candidato que só aparece em época de eleição.
10. Não vote em troca de favor. O seu voto vai custar caro.
11. Não deixe de votar, valorize o seu voto
12. Não vote contrariando a sua opinião, o seu voto é secreto
13. Não vote para contentar parentes ou amigos, escolha o melhor candidato
14. Não venda o seu voto, garanta a sua liberdade de escolha
15. Não troque o seu voto por favores, o seu voto é livre e soberano
16. Não vote sem conhecer a capacidade e o programa do candidato
17. Não vote sem conhecer a competência e o passado do candidato
18. Não vote sem conhecer o caráter do candidato, o seu voto merece respeito
19. Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto, use de sua firmeza
20. Não vote em candidato com Ficha Suja, deve ser Ficha Limpa

Fontes: Ordem dos Advogados do Brasil/PR e Movimento Nacional Pela Valorização do Voto - Monav Nacional

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Formações - Posso me casar na Igreja com alguém não católico? *É preciso muito respeito para com a fé do outro*

Cresce o número de jovens católicos e protestantes, ou de outras religiões,
que namoram, desejam se casar na Igreja Católica e perguntam se podem
fazê-lo. Antes de tudo é preciso compreender que há duas situações
diferentes: uma é o “casamento misto” – entre um católico e uma pessoa não
católica, mas batizada em uma comunidade eclesial cristã. Um outro caso é
quando há “disparidade de culto”, isto é , o casamento entre um católico e
uma pessoa não batizada, não cristã. O Catecismo da Igreja Católica (CIC)
diz que:

“Em muitos países, a situação do casamento misto (entre católico e batizado
não católico) se apresenta com muita frequência. Isso exige uma atenção
particular dos cônjuges e dos pastores. O caso dos casamentos com
disparidade de culto (entre católico e não batizado) exige uma circunspeção
maior ainda (CIC §1634).
A Igreja pode autorizar o matrimônio desde que obedeçam a certas
exigências. Antes de tudo é preciso que se amem e cada um respeite o outro e
sua fé, vivendo cada um, a seu modo, a fidelidade a Cristo. A Igreja não
deixa de lembrar as dificuldades que podem surgir nessa união, pois a fé é
um ponto básico na unidade do casal. O católico, por exemplo, gostará de ter
em sua casa o crucifixo e outras imagens para venerar; bem como rezar o
Rosário de Nossa Senhora, entre outros. Já a outra parte pode não aceitar
isso. Mais difícil ainda pode ser quando o outro cônjuge não cristão não
aceitar a própria fé em Cristo do outro ou querer praticar cultos que a fé
da Igreja não aceite. E a grande preocupação da Igreja é com relação à
educação dos filhos. O Catecismo diz que:

“A diferença de confissão entre os cônjuges não constitui obstáculos
insuperável para o casamento, desde que consigam pôr em comum o que cada um
deles recebeu em sua comunidade e aprender um do outro o modo de viver sua
fidelidade a Cristo. Mas nem por isso devem ser subestimadas as dificuldades
dos casamentos mistos. Elas se devem ao fato de que a separação dos cristãos
é uma questão ainda não resolvida. Os esposos correm o risco de sentir o
drama da desunião dos cristãos no seio do próprio lar. A disparidade de
culto pode agravar ainda mais essas dificuldades. As divergências
concernentes à fé, à própria concepção do casamento, como também
mentalidades religiosas diferentes, podem constituir uma fonte de tensões no
casamento, principalmente no que tange à educação dos filhos. Uma tentação
pode então apresentar-se: a indiferença religiosa” (CIC §1635.)

A Igreja exige nos casos acima citados a autorização expressa da autoridade
eclesiástica, normalmente do bispo. E exige que os noivos se comprometam a
educar os filhos na fé católica. Afirma o Catecismo:
“Conforme o direito em vigor na Igreja Latina, um casamento misto exige,
para sua liceidade, a permissão expressa da autoridade eclesiástica. Em caso
de disparidade de culto, requer-se uma dispensa expressa do impedimento para
a validade do casamento. Esta permissão ou esta dispensa supõem que as duas
partes conheçam e não excluam os fins e as propriedades essenciais do
casamento, e também que a parte católica confirme o empenho, com o
conhecimento também da parte não-católica, de conservar a própria fé e
assegurar o batismo e a educação dos filhos na Igreja católica” (CIC §1636).

Portanto, para um (a) jovem católico (a) que namora uma pessoa de outra
religião, esta será a primeira questão a ser discutida com o (a) companheiro
(a). Será que ele (a) aceita isso? O Código de Direito Canônico da Igreja
afirma:

Cân. 1124 – “O matrimônio entre duas pessoas batizadas, das quais uma tenha
sido batizada na Igreja católica ou nela recebida depois do batismo, e que
não tenha dela saído por ato formal, e outra pertencente a uma Igreja ou
comunidade eclesial que não esteja em plena comunhão com a Igreja católica,
é proibido sem a licença expressa da autoridade competente”.

E sobre a disparidade de culto confirma o Código o seguinte:

Cân. 1086
§ 1 – “É inválido o matrimônio entre duas pessoas, uma das quais tenha sido
batizada na Igreja católica ou nela recebida e que não a tenha abandonado
por um ato formal, e outra que não é batizada.
§ 2. Não se dispense desse impedimento, a não ser cumpridas as condições
mencionadas nos cânn. 1125 e 1126”.

Cân. 1125 – “O Ordinário local [Bispo] pode conceder essa licença, se
houver causa justa e razoável; não a conceda, porém, se não se verificarem
as condições seguintes:

1°- a parte católica declare estar preparada para afastar os perigos de
defecção da fé, e prometa sinceramente fazer todo o possível a fim de que
toda a prole seja batizada e educada na Igreja católica;

2°- informe-se, tempestivamente, desses compromissos da parte católica à
outra parte, de tal modo que conste estar esta verdadeiramente consciente do
compromisso e da obrigação da parte católica;

3°- ambas as partes sejam instruídas a respeito dos fins e propriedades
essenciais do matrimônio, que nenhum dos contraentes pode excluir.

Cân. 1126 - “Compete à Conferência dos Bispos estabelecer o modo segundo o
qual devem ser feitas essas declarações e compromissos, que são sempre
exigidos, como também determinar como deve constar no foro externo e como a
parte não-católica deve ser informada”.

E como deve ser celebrado o matrimônio nesses casos? O Código de Direito
exige o seguinte:

Cân. 1127
§ 1. – “No que se refere à forma a ser empregada nos matrimônios mistos,
observem-se as prescrições do cân. 1108; mas, se a parte católica contrai
matrimônio com outra parte não-católica de rito oriental, a forma canônica
deve ser observada só para a liceidade; para a validade, porém, requer-se a
intervenção de um ministro sagrado, observando-se as outras prescrições do
direito.

§ 2. Se graves dificuldades obstam à observância da forma canônica, é
direito do Ordinário local da parte católica dispensar dela em cada caso,
consultado, porém o Ordinário do lugar onde se celebra o matrimônio e salva,
para a validade, alguma forma pública de celebração; compete à Conferência
dos Bispos estabelecer normas, pelas quais se conceda a dispensa de modo
concorde.

§ 3. Antes ou depois da celebração realizada de acordo com o § 1, proíbe-se
outra celebração religiosa desse matrimônio para prestar ou renovar o
consentimento matrimonial; do mesmo modo, não se faça uma celebração
religiosa em que o assistente católico e o ministro não-católico, executando
simultaneamente cada qual o próprio rito, solicitam o consentimento das
partes.

Cân. 1128 – “Os Ordinários locais e os outros pastores de almas cuidem que
não faltem o cônjuge católico e aos filhos nascidos de matrimônio misto o
auxílio espiritual para as obrigações que devem cumprir, e ajudem os
cônjuges a alimentarem a unidade da vida conjugal e familiar”.

Cân. 1129 - As prescrições dos cân. 1127 e 1128 devem aplicar-se também aos
matrimônios em que haja o impedimento de disparidade de culto, mencionado no
cân. 1086,
§ 1.Como nem sempre é fácil interpretar essas normas da Igreja, a providência
primeira será procurar o pároco e conversar com ele sobre o seu caso.

*Felipe Aquino,_._,___*

ÁSIA/CHINA - Profissão religiosa em diversas congregações femininas chinesas

Pequim (Agência Fides) – Nos últimos dias, as religiosas de diversas congregações da China continental emitiram os votos temporários ou perpétuos, segundo informações recebidas pela Agência Fides. Duas religiosas da congregação de Nossa Senhora do Bom Conselho da diocese de Heng Shi, na província de Hebei, emitiram os primeiros votos temporários e outras 4 irmãs renovaram os votos na mesma ocasião. A liturgia foi presidida por Dom Pietro Feng Xin Mao e concelebrada por 23 sacerdotes, com a participação de cerca de quarenta religiosas da mesma congregação e centenas de fiéis.
As noviças da Congregação do Divino Amor da Diocese de Lin Yi, na província de Shan Dong, emitiram os primeiros votos. Dom Fang Xing Yao, Bispo ordinário da diocese, que presidiu a liturgia, ressaltou a importância da vocação à vida consagrada, e exortou as religiosas a recordarem sempre as promessas feitas ao “Esposo Jesus” para serem sempre dignas deste nome. Irmã Teresa Wang Jian Xia, da congregação do Sagrado Coração de Jesus da diocese de Da Tong, na província de Shan Xi, emitiu os votos temporários em 24 de junho, no dia de São João Batista.

Dois milhões de pessoas vivem nas ruas, 600 mil sem-teto

Porto Príncipe (Agência Fides) – No Haiti, depois de seis meses do terremoto, existem ainda cerca de 2 milhões de pessoas que vivem nas ruas. Cerca de 1.300 tendas de emergência, tornaram-se morada fixa de muitas pessoas. São 600 mil os sem-teto longe das áreas de residência que ainda dependem das agências humanitárias. Todos lutam pela sobrevivência. As crianças estão desnutridas, é preciso higiene e assistência médica de base. Além disso, faltam eletricidade e água potável. Um quadro desolador da situação foi reiterado nas últimas horas pelas agências internacionais empenhadas no local do terremoto que matou 230.000 haitianos. Estas agências internacionais continuam fornecendo água e serviços de saúde a milhares de deslocados.
Foi enviada à Agência Fides uma nota da Caritas do Haiti, onde Dom Pierre-André Dumas, Presidente desta instituição, junto com a Caritas Internacional declararam que conseguiram ajudar mais de 2,3 milhões de haitianos. “A Caritas – disse Dom Dumas – forneceu água, comida, alojamento de emergência, primeiros socorros e ajudas necessárias e urgentes no valor de 46.8 milhões de dólares USD (cerca de 37.4 milhões de euros). São cerca de 1 milhão e quinhentos mil pessoas que recebem ajuda e quase 400.000 pessoas estão registradas no programa de assistência médica”.
O responsável para o Haiti da Cruz Vermelha, Alastair Burnett, afirmou: “o que estamos fazendo não poderá durar par sempre. Não temos recursos infinitos”. Burnett sublinhou que a higiene é um problema muito mais amplo da reconstrução urbana, que vai além da capacidade e da competência da agência humanitárias.
Um relatório do senador estadunidense John Kerry, Presidente da Comissão das Relações Exteriores, indica a falta de liderança, os desacordos entre os doadores e a desorganização, como as razões fundamentais porque muitos haitianos não receberam ainda a ajuda que deve ser dada. “A reconstrução foi colocada em dúvida. Os escombros estão ainda espalhados pelas ruas, a maior parte dos edifícios está danificada e muitas tendas estão em precárias condições, estão em todo lugar. Um emblema é o palácio presidencial que permanece ainda nas ruínas, sem algum sinal de reconstrução” – lê-se no relatório do Senado dos E.U.A.
Também a Caritas está organizando planos de reconstrução para os próximos cinco anos. Dom Óscar Andrés Cardinal Rodríguez Maradiaga, S.D.B., Presidente da Caritas Internacional, propôs uma reflexão intitulada “A oportunidade de construir um Haiti melhor” dentro do relatório elaborado pela Caritas Internacional “Nova Esperança para o Haiti, após seis meses do terremoto”, onde pede a todos para que apóiem a iniciativa de reconstrução do país porque faltam escolas, casas e muitas outras coisas. “Ainda hoje, muitas pessoas na capital e também nos arredores precisa de ajudas, devemos pensar em sua saúde, em sua alimentação e também pensar na educação. Não podemos nos esquecer do Haiti”. (CE) (Agência Fides, 10/07/2010)

Links:
Relatório da Caritas Internationalis
http://www.caritas.org/includes/pdf/HaitiSixMonths.pdf

Brasil: Bodas de ouro episcopais de D. Clemente Isnard

Fonte: Agência Ecclesia

No dia 10 de Julho, no mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro, celebrou-se uma Eucaristia solene presidida pelo Arcebispo metropolita D. João Tempesta Orani, em acção de graças pelos 50 anos de vida e ministério episcopal de D. Clemente Isnard.
O prelado, com 93 anos, é um grande liturgista brasileiro e foi um grande trabalhador na reforma litúrgica, sendo a única voz de língua portuguesa no Consilium ad exequendam Constitutionem de sacra liturgia.
Ordenado bispo em 1960, foi enviado da diocese de Nova Friburgo (1960-1992) e bispo emérito aceitou ser vigário geral da diocese de Duque de Caxias (1992-2004). Actualmente reside no mosteiro de S. Bento do Rio.
Na CNBB e no CELAM foi por muitos anos responsável pelos organismos dedicados à liturgia e foi também vice-presidente da CNBB (1979-1982).
Segundo D. Clemente Isnard “Jubileu é pausa no caminho para a eternidade. Pausa que, de um lado incita a um olhar retrospectivo, e de outro lado, inspira novos anelos, pois ainda resta parte da estrada a percorrer”.
Mantendo-se um espírito livre, diz: “À medida que a idade vai chegando, eu me sinto cada vez mais livre para escrever o que penso”. Todavia, “a liturgia é o lugar do encontro da pessoa humana com Deus”, sendo a vida da própria Igreja.
Por feliz coincidência, porque a referida celebração estava prevista para o dia 25 de Julho, a festa aconteceu na conclusão do retiro anual do mesmo mosteiro beneditino realizado de 4 a 10 de Julho.
A comunidade monástica é constituída por 40 monges e o Abade D. Roberto Lopes. Este ano os exercícios espirituais foram orientados pelo Pe. José Manuel Cordeiro, da Diocese de Bragança e Reitor do Pontifício Colégio Português em Roma.
Além dos monges participaram nas celebrações e nas conferências mais 10 Irmãs Beneditinas e 1 Padre diocesano. No dia 11 de Julho celebrou-se solenemente a festa do Patriarca S. Bento com milhares de fiéis.
O mosteiro de S. Bento foi fundado em 1590. A sua igreja dedicada a Nossa Senhora de Monsserrat é uma obra-prima. O seu interior é riquíssimo, totalmente forrado forrado com talha dourada que vai do estilo barroco de fins do séc. XVII ao rococó da segunda metade do século XVIII.
A sua adaptação ao espírito conciliar é muito bem conseguida segundo o princípio da nobre simplicidade.

Terremoto no Haiti lembrado seis meses depois

Fonte: Agência Ecclesia

O sismo que provocou mais de 220 mil mortos no passado dia 12 de Janeiro, no Haiti, é lembrado esta segunda-feira na oração da comunidade ecuménica de Taizé.
A comunidade convida “todos os que o puderem fazer a rezar pelo povo do Haiti”, sozinhos ou em grupo, no dia 12 de cada mês, durante 12 meses.
Entretanto, a Província Portuguesa da Congregação de S. José de Cluny agradeceu todos os donativos recebidos para ajudar as Irmãs do Haiti na reconstrução das escolas e outros edifícios que foram atingidos e danificados pelo sismo.

Cuba: Igreja Católica anuncia libertação de mais cinco presos políticos

Vaticano fala em mudança e saúda as «boas notícias»
Fonte: Agência Ecclesia

A arquidiocese de Havana revelou este Sábado que mais cinco presos políticos cubanos serão libertados em breve e enviados para Espanha.
Normando Hernández, Julio César Gálvez, Omar Ruiz, Mijail Bárzaga e Ricardo González vão juntar-se aos que já tinham sido anunciados como os primeiros a serem soltos.
Ao todo, 52 dissidentes tiveram a liberdade prometida pelo governo cubano após negociações com a Igreja Católica e o ministério dos negócios estrangeiros de Espanha.
Para o Vaticano, a libertação de prisioneiros políticos, representa uma mudança.
"O mundo olha com esperança para a novidade que vem de Cuba", afirma o director da sala de imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi, no seu editorial para o programa “Octava Dies”, do Centro Televisivo Vaticano.
Para este responsável, é justo se fale em "transformação" e que o "mundo olhe com esperança para as novidades que chegam".
"Boas notícias que esperávamos há algumas semanas, sinais significativos que desejamos indiquem um progresso estável através daquele clima de renovada convivência social e política que todos queremos para a nação cubana", assinalou o Pe. Federico Lombardi.

Falando de um "passo importante", o porta-voz do Vaticano lembra “o papel desempenhado pela Igreja” em Cuba neste processo.

15ª Semana do Tempo Comum – Segunda-Feira

A liturgia de hoje nos questiona sobre o verdadeiro culto divino. Na primeira leitura retirada do livro de Isaias 1, 10-17, o Senhor critica categoricamente àqueles que dão oferendas inadequadas a Ele.Muitos davam Holocaustos – certo tipo de sacrifício -, bois , cordeiro e até sangue de animais (v 10-12).
Para Deus, tudo isso era um crime de heresia, caracterizado na passagem pela palavra moléstia (v.14). Para Ele, o caracteriza um verdadeiro culto é realizar boas obras, preces e iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano, descanso do corpo de alma, com Ele superar e suportar as provações do dia-a-dia: tudo isso praticado em espírito e em verdade, fazendo com que cada ser humano seja uma hóstia espiritual.
Alem disso, Javé (Senhor), afirma, que “deixar de fazer o mal e começar a fazer o bem, respeitar o direito, proteger o oprimido, fazer justiça ao órfão (que acham que não tem Pais espirituais) e defender a viúva (pessoas que se sentem sem companhia)”(v.17) são caminhos que nos aproximam mais e mais do Reino dos Céus.
De fato,”Deus quer a Misericórdia e não o sacrifício” (Os 6,6).Entretanto, é importante destacar que, isso não significa que Deus não goste de Sacrficio.O que Deus quer que nossas oferendas sejam embebidas de amor e pureza.
No Evangelho de hoje, mais exatamente no livro de Mateus 10,34 – 11, 1, Jesus, o filho de Deus, pontua algumas dificuldades e nos propõe alguns caminhos para viver o verdadeiro culto cristão.Inicialmente, Ele, Jesus expõe um fato muito comum nos dias de hoje: o nome de Jesus, em muitas famílias gera divisão.
São filhos que vão a Igreja sem o apoio dos pais; mulheres que vão a Igreja sem os maridos ou namorados e vice-versa; pessoas que até freqüenta a Igreja, mas não querem participar de pastorais, enfim, um rosário de elementos motivados por “birra espiritual”, pode-se dizer assim (v 34-36).
Jesus quer nos ensinar a fazer da nossa vida, um exercício de desprendimento, renúncia.Ele diz: Quem ama seu pai, mãe ou filho mais que Eu, não é digno de mim”.Há uma passagem correlata a isso, em Mt 19,29, lá Cristo fala que quem renunciar tudo isso em nome do evangelho terás a vida eterna.
Para os incrédulos e os homens de pouca fé, compreender essas questões é uma verdadeira loucura. Mas a teologia ensina a carregarmos a nossa Cruz como cristo carregou a dEle para a remissão dos pecados.
A Trindade Santa trocou reinos por nós, abriu o caminho de mares muitas vezes revoltos, pois ele nos ama e; quer bem(Isaias 43,4). A dependência de Deus gera fidelidade, a fidelidade gera amizade e amizade faz com que demos a vida por esse amigo.
Concluindo, Deus nos convida no dia de hoje a darmos a vida por Ele, assim como Ele dá a vida por nós.O irmão de fé ou a pessoa carente de tudo depende de nossa acolhida depende do nosso coração.Afinal, quem acolhe o irmão, acolhe o próprio Cristo que derramou seu próprio sangue para a remissão dos pecados do mundo inteiro.

domingo, 11 de julho de 2010

Pequeno catecismo é o livro mais vendido da Turma da Mônica

da Livraria da Folha


Ilustrado com os personagens de Mauricio de Sousa, "Jesus É Nosso Amigo" chega à 16ª edição como o livro mais vendido da Turma da Mônica até hoje.
Este pequeno catecismo, escrito pelo padre Elias Leite, estimula o pequeno leitor a se interessar pelos sacramentos católicos.
O sacerdote, por meio de um texto acessível, ensina os dez mandamentos e as orações Pai Nosso e Ave-Maria.
Além de contar algumas passagens da vida de Cristo, o volume esclarece a importância do estudo, de atitudes como preservar a natureza, cuidar do próximo, respeitar regras e celebrar a vida.


"Jesus É Nosso Amigo"
Autor: Elias Leite
Editora: Ave-Maria
Páginas: 64
Quanto: R$ 7,11
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha - http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/765011-pequeno-catecismo-e-o-livro-mais-vendido-da-turma-da-monica.shtml

sábado, 10 de julho de 2010

15ª Semana do Tempo Comum – Domingo – Cor Verde

Um dos aspectos mais trabalhados na liturgia de hoje é, exatamente, uma pergunta: Quem é o meu semelhante?Ou em algumas traduções: quem é o meu próximo?É muito comum, acharmos que o nosso próximo ou semelhante é alguém da nossa família, colega de escola ou trabalho, um vizinho ou simplesmente um “irmão” de Igreja.
A primeira leitura retirada do livro de Deuteronômio 30, 10-14, nos ensina que Deus nos ensina a pedagogia da obediência como simbolismo da conversão. E obedecer aos mandamentos do Senhor não é árduo, desde que a vontade da obediência nasça de um coração sincero e de uma alma sedenta disso.
Com efeito, as palavras de Deus são precisas, como diz o Salmo 18B. Isto quer dizer que o Senhor é fiel e é tão simples que até os humildes podem compreendê-las. Entretanto, o Salmo nos chama atenção para uma questão delicada: Iaweh, nome hebraico para o Senhor, nos alerta que Ele é mais desejável, mais querido que todas as riquezas da Terra.
Por isso, que há toda uma orientação sobre falsas doutrinas que ensinam a respeito de um deus dinheiro (mammon) e deus “poder” humano. Em Cl 1,15-20, Cristo, imagem e filho de Deus invisível, ensina que Ele é Cabeça do corpo eclesial.Ele é o principio e fim.Cristo se fez pobre para o pobre, ou seja, nasceu indigente e morreu indigente, o que contraria a Teoria da Prosperidade.
Vejam irmãos, Jesus sendo pobre teve, também, predileção ao amor pelos mais pobres. Era uma das condições para que o seu seguidor obtivesse a vida eterna. “Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo”, era também uma resposta que Cristo dava a um dos inúmeros questionamentos e desafios a que os discípulos e os doutores ou mestres da Lei lhe faziam.
Na parábola do Bom Samaritano, narrada por Jesus aos doutores da Lei, conta a estória de um homem que no caminho entre Jericó e Jerusalém, foi espancando, furtado e teve suas veste quase todas arrancadas por assaltantes, alem de deixa-lo muito ferido –em estado deplorável.Na ocasião, três pessoas passaram para ajudar: um sacerdote, um levita e um samaritano.Os dois primeiros passaram e o trataram com indiferença e o último, o samaritano teve compaixão.
O samaritano fez de tudo por aquele homem: aproximou-se dele, colocou diversos curativos, derramou óleo e vinho nas suas feridas, o embarcou no seu próprio animal – veículo da época – e o levou para uma pensão com o objetivo de tratar o ferido melhor.
Embora Jesus, enquanto judeu, tivesse algumas diferenças e discordâncias, no tocante a religião dos samaritanos (Jo 4, 1-13), foi misericordioso com ele. E é com essa misericórdia que Deus Filho, nos chama fazer o mesmo: ajudar a quem precisa.
No Brasil e em todo mundo existem várias entidades sociais filantrópicas com o nome de Bom Samaritano. São hospitais gerais, asilos de idosos, albergues voltados para todas as faixas de idade e para os mais pobres, casas de recuperação para todo tipo de vícios, dentre outros lugares assistenciais. Outras, embora não recebam este nome, elas vivem, de igual forma, sua missão social como se tivesse. Todas elas seguem o princípio de fazer o bem, sem olhar a quem está fazendo o bem.

14ª Semana do Tempo Comum – Sábado - Nossa Senhora I – Cor Branca

Hoje as leituras litúrgicas reacendem uma polêmica sobre Nossa Senhora, principalmente dentro de uma perspectiva teológica. Vamos a uma introdução, analisando a primeira leitura que está no livro de Isaías 6,1-8.No texto do profeta maior, descreve que o Senhor Deus , sentado num trono celeste, se manifesta através dos serafins, para confiar uma missão muito preciosa a Isaias.O profeta ouvia dos serafins – potencias celestes - (v.2) que “O Senhor era santo, santo e santo, o Senhor Iaweh do Universo; toda a terra proclama e está repleta de sua glória”(v.3).Esse versículo é utilzado nas Orações Eucarísticas.
A epifania (manifestação do Senhor)deixou Isaías assustado, primeiro, porque mesmo sabendo que Deus era Santo, se achava impuro, leia-se pecador (v.6). Mas Deus sempre preferiu os pecadores e sempre esteve disposto a perdoar os pecados (v.7).Deus escolhe os chamados e capacita os escolhidos.Tanto no discurso de Pedro ( Lc 5,8), no discurso do centurião (Mt 8,8), no proferido pelo profeta Oseias (Os 11,9) e no de João Evangelista( I João 3, 19-20), há um padrão de reconhecimento de Deus como Senhor Santo e que ele é o Rei.
Mas é de João Evangelista a expressão que “Deus cresça e que eu diminua” (Jo 3,30).Com efeito, um discípulo não “pode arvorar ser maior que o mestre, nem o servo pode se achar mais elevado que o seu Senhor”(Mt 10, 24). Deus é aquele que tudo vê (Mt 10,26), que nos exorta a missão (temos que dizer como Isaías): Eis me aqui, Senhor!) (v.27), nos chama a atenção de todo o mal (v.28).
Sim, Jesus no Evangelho de Mt 10,24-33, afirma que o homem tem de reconhecer o Senhorio de Deus, reconhecer Sua Grandeza, saber sua posição na vida.
Maria Santíssima que consideramos na liturgia de hoje, sabia de tudo isso. Em Lucas 1,38, ela ao assumir a missão de gerar Jesus em seu ventre, dizia: “Neste lugar está a SERVA (ou em algumas traduções a ESCRAVA) do SENHOR, faça-se em mim, segundo a TUA vontade.No Magnificat (Lc 1, 46 -56), ela começa dizendo “Minha alma glorifica ao Senhor, meu Espírito exulta de alegria, em DEUS, MEU SALVADOR, pois olhou para sua pobre SERVA (v.47).
Nossa Senhora, mulher imaculada, sabia que aquele menino sempre se ocuparia das coisas do Pai (Lc 2, 49). Jesus, nessa época com 12 anos, disse isso aos pais preocupados, depois de O ser encontrado discursando com Doutores da Lei, três dias depois de se perder da comitiva que retornava de Jerusalém.
Jesus era Deus, mas como qualquer criança era submisso e respeitador dos pais.Quando cresceu, por volta dos 30 anos, Jesus e a sua mãe era os convidados de uma boda em Caná da Galileia (Jo 2, 1-12).Lá Cristo fez o seu primeiro milagre: transformou água em vinho.Isso aconteceu com a intercessão de Maria, que, vendo a necessidade da festa cujo vinho festivo havia acabado, disse aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser”(V.5).
Diferente do que muitos protestantes dizem, Maria nunca quis ser mais que Jesus, nunca quis ser chamada de Deusa, mas ela é a Mãe de Jesus, portanto, Theotókos (Mãe de Deus).
Maria é aquela que intercede, roga pelos pecadores e cujo nome tem de ser respeitado, pois, “no fim, seu imaculado coração, há de triunfar”.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

14ª Semana do Tempo Comum – Sexta-Feira – Madre Paulina. (Cor Branca)

A Liturgia de Hoje nos chama a atenção para algumas características do cristão: ser alguém que reza, viver a humildade, ser caridoso principalmente com os doentes.Na primeira leitura tirada de Oséias 14,2-10, Deus quer tirar o povo do pecado, mas quer que cada um tenha fé no seu nome que tem poder de curar a humanidade de todo o mal. É claro que a boca do Senhor, neste aspecto quer nos anunciar o seu louvor e, também quer que nós sejamos anunciadores do seu Santo Nome, ainda que sejamos perseguidos e soframos dificuldades, como diz o evangelho de São Mateus 10.
A Santa Paulina, cuja memória, a liturgia traz neste dia, também nos remete a entrega de pessoas que se prostravam diante do sacrário para escutar a voz do Senhor. Amabile Visintainer (nome verdadeiro da santa) nascida em Vigolo Vattaro, na Itália, em 1865, era filha de Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer. Dez anos depois, com os pais e os quatro irmãos imigraram para o Brasil, mais exatamente para a cidade catarinense de Nova Trento. Ela viveu com a família até 12 de Julho de 1.890 quando, com sua amiga Virgínia Nicolodi, deixou a casa paterna, para cuidar de uma cancerosa, dando inicio à Congregação das Irmãnzinhas da Imaculada Conceição.
Em Agosto de 1.895, o Bispo de Curitiba aprovou a comunidade de Amabile. Quatro meses depois, ela e suas duas companheiras fizeram os votos religiosos. Amabile passou a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
A santidade e a vida apostólica de Madre Paulina e de suas irmãs atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Em 1.903, foi eleita Superiora Geral e deixou Nova Trento (SC) onde vivia, para começar a obra com os Filhos de ex-escravos e dos escravos velhos e abandonados no Ipiranga, São Paulo.
Em 1.909, foi mandada para Bragança Paulista, onde trabalhou com os doentes da Santa Casa e com os velhinhos do Asilo São Vicente de Paulo. Nove anos depois, ela foi chamada para a Casa Geral do Ipiranga, São Paulo.
Foram anos marcados pela oração, pelo trabalho e pelo sofrimento. Em 1.938, Madre Paulina, que era Diabética, precisou amputar a mão, depois o braço direito, devido a uma gangrena e, aos poucos foi perdendo a vista até ficar cega.
Madre Paulina morreu em 9 de Julho de 1.942, deixando em todos presente a impressão de uma alma Santa que entrava na eternidade, depois de viver sempre com espírito de humildade e simplicidade. Em 18 de Outubro de 1.991, Madre Paulina foi beatificada pelo Papa João Paulo II e, pelo mesmo papa foi canonizada em 2002.
Durante muito tempo, ela foi considerada a primeira santa “brasileira” devido ao seu reconhecido trabalho no estado catarinense.No entanto, o primeiro santo verdadeiramente brasileira só viria a ser canonizado 5 anos depois, quando Bento XVI proclamou, em sua visita ao Brasil, Frei Galvão de Guaratinguetá, Santo Antônio de Santana Galvão.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quinta-Feira – 14ª Semana do Tempo Comum – Divina Misericórdia.

Nesta quinta-feira, a liturgia de hoje dedica de forma muito especial a Divina Misericórdia. A expressão misericórdia é a mistura de duas palavras: Miséria + Córdia (Coração). De fato, Deus é aquele que se fez homem para a redenção dos nossos pecados. As leituras de hoje, nos ajudam a compreender, de forma bastante contundente, essa importante característica divina.
A primeira leitura retirada do livro de Oséias 11, 1-4. 8c-9 nos chama a atenção de que o Senhor Deus, nos conhece e; ama desde a infância (meninice espiritual)(v.1).O Pai, segundo a passagem chama cada ser humano, de filhos muito amados e se preocupa quando, ao invés de buscarmos seu Santo Nome, queremos nos envolver com falsos Deuses(v.2).
O Deus misericordioso instrui cada ser vivente a dar nossos primeiros passos na fé, porem sabe também que muitos não reconhecerão suas instruções. Há uma interpretação evangélica toda própria de que, ainda que o homem tenha dureza em seus corações, Deus estará todo ali “com laços de humanidade, amor, sendo para eles como um pai que carrega um recém-nascido no colo”(v.4)
A palavra do profeta Oséias nos remete a vocação de Jeremias (Jr 1,4-8), quando o senhor Deus, acrescenta que Ele nos estima desde o ventre materno, nos designa com o título de profeta das nações.
O profeta Jeremias por inspiração divina sabia que, ser profeta das nações era uma função que conferia a responsabilidade de ir e espalhar o evangelho para toda a humanidade. Assim, consequentemente o Senhor iluminará a face de cada temente a Ele (Sl 79,8).
Cada discípulo, no evangelho de São Mateus 10, 7-15, tinha em suas mentes e coração os mandamentos do Filho de Deus: mostrar a todos os povos que seu Reino Celeste estava próximo, curar os doentes, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar demônios. Tudo isso, contando com a providência divina e a hospitalidade humana, ainda que a missão tenha alguns empecilhos como a negação da pregação ou que a região fosse impura.
Assim, estas duas pessoas da Santíssima Trindade, o Pai e o Filho, convidam cada ser humano a ser misericordioso com o seu próximo, pois estes obterão também a misericórdia divina, como nos lembra muito bem o sermão da montanha (Mt 5,5).

As enchentes na Região Nordeste estimulam a sociedade a desenvolver um dos mais nobres princípios cristãos: fazer o bem sem olhar a quem.

Por Leniéverson Azeredo Gomes*

A Parábola do Juízo Final (Mt 26, 31-45) narra à dualidade – dois lados - do comportamento humano, onde Jesus estabelece um conjunto de ensinamentos que ajudam àquele crê a desenvolver uma rede de solidariedade e amor ao próximo e repudia quem não faz nada pelo seu semelhante. O Messias dizia que está a sua direita, todo ser que dá de comer; de beber, serve ao peregrino e o acolhendo, dar roupas para o nu, visita aos enfermos e aos cativos das prisões.
Estar a direita do Pai, nesse caso é muito mais que desenvolver em si e por si, um desejo de auxiliar a quem precisa é, sobretudo “desejar fazer o bem ao mais pequenino do mesmo jeito que queremos fazer o bem para Deus” (Mt 26,40).
Este ano sofremos duramente com as tragédias naturais. Foram os terremotos no Haiti e no Chile, as enchentes no Rio, Niterói, no estado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande de Sul que deixou muitos desabrigados, desalojados e provocou a perda de vidas humanas.
Agora, no mês de junho, nos deparamos nos meios de comunicação com mais uma tragédia: a do Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco e Alagoas. Mais de 100 mil pessoas desabrigadas, quase 200 desaparecidas e um pouco mais de 44 pessoas mortas nos dois estados.
Mais uma vez podemos acompanhar nos olhos de seus moradores a sensação de desamparo, de desolação e da falta de perspectiva, enfim, uma tristeza sem fim que nos contagia. As águas dos rios que transbordam, não levam só as suas casas, mas também fotos, documentos, registros de sua existência, enquanto cidadão. As enchentes arrasam a dignidade, impõe o sentimento de impotência de que poderia ter feito algo a mais para não perderem os seus pertences.
As chuvas torrenciais levam seus ninhos, onde se comemoraram aniversários, foram motivos da lembrança da presença da pessoa querida, também da torcida pela conquista do título de hexacampeão da Seleção Brasileira, neste ano de 2010, na África do Sul.
Por isso, mais do que nunca, este povo tão sofrido que, parte dele vem ao “Sul”(Região Sul e Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro), para lutar pela sobrevivência na Construção Civil, na Indústria do Açúcar e do Álcool e no comercio formal e informal, como empregados domésticos entre outros, precisa de sua ajuda.
Para retribuir este carinho, devemos fazer algo por eles. Existem diversas formas de ajudar os afetados pelas enchentes, em Alagoas e Pernambuco: com donativos e através de depósitos bancários. Através do Blog http:\\jornalista.lenny.zip.net, você poderá encontrar as contas bancarias, o que pode ser doado e alguns locais da sua região do seu estado de forma centralizada.Se o seu estado não tiver onde entregar, com certeza, em breve o blog fará a atualização dos locais a medida em que forem divulgados pelas defesas civis estaduais e municipais.
Faça a sua parte, deixa Deus transformar seu “coração de pedra em um coração de carne” (Ez 36,26).O Criador está convidando você a ser um anjo na vida daquele povo desamparado, assim também poderás estar sentado à direita do Pai e receber a vida eterna.

*Leniéverson Azeredo Gomes é Jornalista – Campos dos Goytacazes.

Reg. Prof. nº. 29663-RJ
DRT: 000640/08

Mulher: Reflexo de Maria nas atividades pastorais da Igreja.

Por Leniéverson Azeredo Gomes

A participação feminina na Igreja, frente às novas realidades pastorais é de extrema importância.Na carta aos bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na igreja e no mundo, escrita em 2004, o então Papa João Paulo II, afirmou que o “sinal da mulher é eminentemente central e fecundo”. Depende da própria centralidade da Igreja, que a recebe de Deus e a acolhe na fé. É esta identidade “mística”, profunda e essencial, que se deve ter presente na reflexão sobre os papéis próprios da mulher na Igreja.

Tendo como referência Nossa Senhora, a Igreja é convidada a se basear na vida dela na escuta e no acolhimento da Palavra de Deus, porque a fé não é tanto a procura de Deus por parte do ser humano, mas é sobretudo a aceitação por parte do homem de que Deus vem até ele, visita-o e fala-lhe. Esta fé, para a qual “nada é impossível a Deus” (Jo 18,14; Lc 1,37), vive e aprofunda-se na obediência humilde e amorosa com que a Igreja sabe dizer ao Pai: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,38).

Na paróquia de Santo Antonio, por exemplo, é muito fácil perceber que a mulher tem um comprometimento profundo com os trabalhos pastorais.Das coroinhas as ministras extraordinárias da distribuição da comunhão eucarística, das ministras de música a todas que trabalham na equipe de liturgia, acolhida, dizimo; das coordenadoras de pastorais.E, também, não devemos esquecer das religiosas, irmãs de caridade e, também das santas de devoção. Sonia Nogueira Ribeiro é um modelo da participação e entrega feminina nesta paróquia.

Prestes a completar 80 anos, ela “caminha” na Igreja há 40 anos, embora desde criança freqüentasse a Igreja.Foi uma das pioneiras que ajudou na construção da Capela Santa Rita, no bairro onde mora, no Parque Prazeres.

“Eu participava de um grupo de oração e, por influência política, consegui um terreno, ao lado da atual praça do bairro. Hoje, mesmo tendo problemas de saúde que limita seus trabalhos, eu dou meu “sangue, suor e lágrimas” pela Igreja como ministra extraordinária da distribuição da sagrada comunhão eucarística”, diz ela.

De acordo com o padre Paulo Henriques Barreto, essa é a principal característica das mulheres a disponibilidade.

“As mulheres são mais sensíveis ao chamado de Deus, se colocam a disposição, eu fico muito grato pela participação delas, como agente de pastoral”, afirma o sacerdote.

Festas juninas: Como uma inocente festa pode esconder uma polêmica?

Por Leniéverson Azeredo GomesJustificar

Tem casamento na roça!Olha a cobraaaa! Anavan! Annariê!!Pois é, quando escutamos alguém dizer essas frases, nos lembram exatamente das quadrilhas, arraiás ou simplesmente das festas juninas – e em alguns lugares até julinas. No sexto e sétimo mês do ano, muitos lugares enfeitam terrenos com bandeirinhas coloridas, pequenos balões de papel, fogueiras são acesas, barracas são montadas para que possam ser vendidos quentões, refrigerantes, doces, salgados e outros comes e bebes aos “convidados” que assistiram o esforço de meses de pessoas que vão ser estrelas de um grande espetáculo cultural.
Mas diferente do que muitas pessoas pensam, festa junina não recebeu este nome devido ao mês de junho, mas em homenagem a São João, logo festas joaninas que com o tempo depois virou juninas..Para compreender um pouco melhor isso, precisamos voltar ao passado. As festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionados com a festa do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o Calendário Juliano (pré-gregoriano) e cristianizados na Idade Média como "festa de São João”.
No Brasil, o formato veio com os portugueses, no Século XVI, que fizeram uma mistura de danças existentes em alguns paises cristãos da Europa, como a Ucrânia, Polônia e Itália. De Portugal também a introdução de outros dois santos populares: Santo Antonio e São Pedro. Desde então, essa grande festa passou por mudanças e adaptações as diversas regiões brasileiras. Caruarú, no estado de Pernambuco, disputa todos os anos com Campina Grande, na Paraíba pelo titulo de melhor quadrilha, no Guinness Book, o livro dos Recordes. Normalmente todos os arraiás são embalados pelas sanfonas, triângulos e zabumbas (um instrumento de percursão), sempre com letras dedicadas aos Santos.
Mas se para nós católicos as festas juninas ou joaninas é um programa divertido e agradável, para os ou protestantes é alvo de uma polêmica: Protestante, deve ou não participar de quadrilhas? O protestantismo sempre viu com “olhos tortos” as festas juninas, por considerar uma idolatria. As discussões que eram travadas no passado, restritamente no interior dos templos e rádios “evangélicas”, agora são debatidas nos programas de TVs, blogs, fóruns e portais de notícias ligadas a Igrejas, pastores e fiéis.Grosso modo são debates ‘calientes’ onde alguém coloca as “cartas” na mesa e todos são estimulados a desenvolver estratégias e apontamentos sobre o carteado.Mas é na Internet, por conta do caráter instantâneo e ágil, que os debates ganham tons diversos.
Em sites como o Fórum Gospel, Lideranca.org, por exemplo, o debate a ponto de definir: Se a escola do meu filho pequeno tiver festa junina, deixo ou não o deixo participar?Todos em peso, dizem que não e sempre justificando “possíveis” idolatrias com passagens bíblicas, usadas como se fossem coelhos retirados da cartola. A passagem mais usada por eles, se encontra em I Cor 6,12 : “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convêm”.
Como os “evangélicos” por herança luterana, lançam da “Sola Scriptura” – Só a Escritura, pegam algo isolado de um texto, para distorcer o contexto, com um experto pretexto, no caso dizer que “verde que é verde, na verdade é azul”.
De acordo com a Bíblia de Jerusalém, uma das famosas traduções das Sagradas Escrituras católicas, afirma em sua nota de rodapé que, a expressão de autoria de São Paulo ou apóstolo Paulo para os “Evangélicos” ao povo de Corinto , em nenhum momento “trata de saber o que é lícito (permitido) ou ilícito (proibido), mas de determinar o que favorece ou prejudica o crescimento do homem novo, renascido em Cristo”.
Então, a partir disso, devemos nos perguntar, as festas juninas desfavorecem ou prejudicam quem quer ser de Cristo?Claro que não, minha gente!Não há idolatria alguma. É de sumo conhecimento de que Fernando de Bulhões (Antônio de Pádua) e João Batista eram pregadores do Evangelho e, São Pedro, além de ser pregador do Evangelho, foi pescador de Homens e primeiro Papa (título notoriamente negado pelos protestantes). São homens que viveram a vida para servir a Deus.
A questão é: só porque foram canonizados pela Igreja?Diante desse fundamentalismo religioso e sectarismo que se concluímos algumas coisas, mas podemos destacar uma, se eles não querem ir ou não permitem seus familiares vão às quadrilhas, porque acham idolatria e contaminador, nós respeitamos devido ao Artigo V da Constituição Brasileira que garante a liberdade de culto, no entanto, devemos considerar que a bíblia não pode ser usada para limitar a diversão das pessoas, principalmente de uma das mais expressivas tradições culturais do Brasil. E você o que acha disso?Mande seus comentários!

Bullying : Uma reflexão crítica sobre um tema da atualidade,

Leniéverson Azeredo Gomes



Todos os dias, noticiários divulgam relatos de uma prática que anda aterrorizando as escolas. Trata-se do Bullying, expressão inglesa que significa ato de valentia de alguém em relação a outrem. Normalmente o praticante dessa modalidade de valentia, explora a fraqueza da vítima e começa a intimidá-lo diariamente. O Bullying pode ser de natureza verbal e, em alguns casos podem chegar a agressões físicas, indo até a morte.
Há até o Cyber Bullying, onde acontece a exposição do ato pela rede mundial de computadores, por exemplo, no Youtube, em sites de relacionamento do orkut, entre outros. Normalmente, as vítimas são, negras, homossexuais, “emos”, baixinhos, feios, gordos, deficientes, enfim, todos aqueles as quais são considerados “pratos cheios” para os agressores. E o Ministério Público Federal, tem firmado parcerias com os provedores de e-mail e sites de relacionamentos para identificar os agressores pelo seu endereço de IP (Protocolo de Internet), de forma que localize a origem dos computadores. Mas nem sempre isso é fácil, alguns como o Google – mantenedora do Orkut - resistem à fiscalização sob pretexto de que não tem como fiscalizar todo mundo, embora eles digam que estejam cooperando “da melhor forma possível”.
E as escolas, principalmente as particulares, não vêm lidando com o assunto com a seriedade devida, não há uma punição ao agressor, o que muitas vezes acontece, no máximo é uma suspensão. Os diretores dos colégios têm medo de serem legalistas e punitivos, temendo que os pais – que em muitos casos passa a mão na cabeça – retirem os filhos da escola.
Mas recentemente, algumas “ilhas” de luz têm surgido para que algumas mudanças aconteçam. Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, uma diretora de uma escola pública, tomou uma medida radical. Cansada de ver atos de violência entre os estudantes daquela escola, convidou os pais de alunos para uma reunião com os professores e com autoridades da segurança pública daquele estado. Em conjunto, decidiram que o praticante do Bullying – o valentão – seja punido com medidas sócio-educativas, por exemplo, capinar o mato da escola, pintar paredes, limpar banheiros por um determinado período de tempo. No início, encontraram uma resistência ali e aqui, mas independente da polêmica, o resultado, foi quase imediato: o índice de violência naquela escola reduziu quase a metade.
O sucesso da medida, divulgada em rede nacional pelos meios de comunicação de massa, fez com que a Secretaria de Educação sul-matogrossense implantasse a mesma em todo o estado. E com a repercussão do sucesso, outras secretarias estaduais e municipais estão discutindo se implantam ou não a bela iniciativa.
Na ficção, o Bullying também é explorado a esmo. No seriado “Todo mundo odeia o Chris” (2005-2008), baseado na biografia do ator afro-americano Chris Rock, o protagonista Chris (James Tyler) é alvo diário de socos e humilhações de James Caruso – aluno de cor branca.
Diferente do personagem da ficção que continuou a estudar na mesma escola, as vítimas de bullying têm medo de voltar a estudar no mesmo ambiente que o agressor e, o impacto psicológico é imenso e, podem durar vários anos, o rendimento escolar piora, a pessoa fica mais reservada, não-raro os casos de depressão juvenil, enfim, há todo um estrago na vida do estudante.
O autor desse texto entende de cátedra sobre o Bullying, aos 7, 11 e 13 anos respectivamente. Na primeira vez, torceram o seu braço, na segunda o quebraram e na terceira um soco na boca: tudo isso em escolas diferentes. E, claro, como relatado acima provocou algumas conseqüências, alguns superados ou não.
Concluindo, a sociedade civil organizada e a classe política partidária de todo o país precisam focar esse assunto, para que se corte o mal pela raiz ou continuaremos com essa ferida exposta de nossa juventude.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Poemas Católicos - Cristo a luz das nações e da verdade.

Leniéverson Azeredo Gomes

Ando preocupado com o interior do coração dos homens.
Vi uma escuridão assustadora que me perturbou a alma.
Escutei gritos medonhos, vozes apavoradas pedindo socorro.
Mentes doentes, tristeza para todo lado.

Observei a solidão daquele povo.
Ao longe, falsos mágicos se aproximam para enganar aquele reino.
Após uma oração, os ventos da verdade expulsaram os magos da mentira.
De súbito abriu-se um clarão em meio às nuvens.

Mais uma vez, clamei ao Sagrado para que as luzes do céu os afastem das trevas.
O véu se rasgou, o coro dos anjos soprou os clarinetes.
Então mãos divinas ofereceram leite e mel para aquele povo.
Esfomeada e sedenta, a multidão se saciava intercalando gritos macabros.

Então o Senhor dos Exércitos disse aquele povo:
“Não tenhas medo, pois eu estarei com vocês até o fim dos tempos!
Aonde caminhares, iluminarei com o sol da liberdade.
Os protegerei com as armas da justiça.
Alimentar-vos-ei com o maná da esperança.
E, acima de tudo, serei a fortaleza protetora de todo o mal”.

Capelinha - Poesia Cristã

Leniéverson Azeredo Gomes


No meu caminho para o sagrado havia uma subida.
Uma via-sacra semanal que me ajudava a ter a cabeça erguida.
Para alguns um sacrifício, para mim a sorte do benefício.
Uma capelinha à vista, um convite à visita.

Desde a infância, fazia daquela capelinha meu motivo
[para conversar com Deus]
Ouvia a voz dos “in persona christi” falarem das coisas do céu.
Palavras amargas, salgadas e, também doces como mel.

Me lembro da pequena capelinha, o badalo dos sinos.
E de longe, da minha casa, ouvia toda benção de hinos.
Cantigas celestiais, afinados como o som emitido ao bater de leve em cristais.

E assim, no meu caminho para a capelinha, os anjos me acompanhavam.
E, comigo partilhavam musicalmente tudo que sonhavam.

E a capelinha ainda ecoa em minha mente, e, alegremente me leva as recordações.
Recordações do meu eu menino, em direção ao templo pequenino
[onde habitava o Deus Homem]

Entrevista - Cantora católica Adriana.

Em volta do camarim, uma multidão de pessoas com CD´s, filhos de colo, crianças alegres, sempre com uma coisa em comum: máquinas fotográficas digitais para registrar a chegada de uma pessoa famosa que estava na iminência de chegar. .Nem mesmo o frio intenso que, afligia, no entorno da praça, fez com que as pessoas arredassem o pé do local. E, ao sair da Van que a trouxe do hotel para o lugar onde, posteriormente, acontecia o show, os gritos de histeria do público era a mais pura tradução do carinho e do reconhecimento de, quase uma vida inteira percorrendo uma estrada missionária de uma das mais belas vozes da música católica. É a cantora católica Adriana que, pela primeira vez, veio participar do encerramento de mais uma Trezena de Santo Antonio. Aos 37 anos, natural de Cruzeiro-SP, ela começou a cantar ainda menina, aos sete anos de idade, num coral de crianças na paróquia São João Batista, na mesma cidade. Depois, ela passou por vários grupos musicais infantis, adolescentes e juvenis. Em 1995, ela entrou para a Banda Canção Nova, onde participou do CD “Deus Existe”. Em 1999, ela seguiu para uma carreira musical solo, logo gravando o CD “Reencontro” e, desde então, ela gravou mais 6 álbuns e um DVD, além de participações especiais em trabalhos de amigos e ícones da música católica, como: Ítalo Villar, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar, etc.Ela também, junto com Eugenio Jorge, a musica “Ninguém te ama como eu” para o papa, quando este visitou o Brasil naquele ano.Casada no ano passado, ela inaugura uma nova fase da sua vida missionária. Simpática, ela concedeu uma rápida entrevista o jornalista Leniéverson Azeredo Gomes da nossa Pastoral da Comunicação, antes de cantar para o grande público que aguardava ansiosamente por ela na Praça Santo Antonio.


Pastoral da Comunicação – Boa Noite, Adriana, é um prazer mais uma vez ter a sua presença aqui em Campos e receber tão carinhosamente a equipe do nosso jornal. Você começou a cantar aos sete anos, no coral da igreja que freqüentava com seus pais lá em Cruzeiro e o seu irmão. Como foi esse momento da sua vida para você, é verdade que tinha um violão dado pelo seu pai nesta estória?

Adriana –
Tudo começou de maneira muito simples e, sem pretensão. Eu comecei a servir na paróquia em Cruzeiro, porque não havia quem fizesse e aí, Deus me deu a graça de começar a fazer este trabalho dentro de um ministério de música na paróquia.E ai foi que tudo começou a acontecer.

Pascom– Depois do coral, você para a Banda Canção Nova, a qual afirmastes várias vezes que foi um estágio e aprendeu muito com o então padre Jonas Abib. Como se deu a sua entrada na Banda e o que você aprendeu lá?
Adriana – Nossa, até chegar lá foi um caminho muito longo, eu participei de um grupo de crianças, depois de adolescentes. Após isso, eu fiz parte de uma banda de jovens; caminhei uns 12 anos só na minha paróquia e, só então, entrei para a Banda Canção Nova.
Pascom– Assim que você saiu da Banda Canção Nova gravou o CD Reencontro, pela CODIMUC, desde então gravou mais 6 àlbuns, sendo o mais recente, Jardim Secreto, pelas Paulinas e um DVD. Nesse período como se deu o processo de amadurecimento do seu ministério?
Adriana – Hoje já estou com 10 anos viajando por aí sozinha, né? E cada CD, é um crescimento e a gente consegue mostrar neles um crescimento, as podas de Deus, o cuidado de Deus para que o nosso ministério possa ser muito mais fecundo e, também, tocar o coração das pessoas.

Pascom – Hoje você é uma mulher casada, como concilia a vida de esposa e missionária?
Adriana – (Risos) Não, é super tranqüilo, meu marido me apóia, me acompanha nas minhas missões, nas minhas andanças pelo Brasil. Não tem dificuldade nenhuma, ele veio só somar e enriquecer mais meu ministério. Monsenhor Jonas Abib (fundador da Comunidade Canção Nova) uma vez me disse, que, definindo sua vocação, sua missão fica muito mais fecunda.E, depois do casamento fiquei muito mais feliz.
Pascom– Você recente ganhou o prêmio como melhor cantora no II Troféu Louvemos ao Senhor da Musica Católica ( uma premiação dos melhores da música católica, organizada pela Associação do Senhor Jesus e transmitida dos estúdios da TV Século XXI, em Valinhos-SP), o que esse prêmio significou para você?
Adriana – Nós ganhamos a premiação como melhor cantora de dois e, no ano passado havíamos ganhado uma premiação referente ao ano de 2008. E para mim, o que mais importa é o reconhecimento do público, pois a premiação é originada do voto aberto e público, são nossos irmãos que votam e, fico lisonjeada por perceber que as pessoas acolheram nosso ministério de forma agradável.
Pascom– Mais uma vez, você está aqui em Campos, é praticamente uma cidadã campista, onde você tem vários amigos. Já fez as contas de quantas vezes cantou aqui?O que esta cidade significa pra você?
Adriana – (Novamente Risos) Nossa! Não saberia te responder isso. Já perdi até as contas, mas é a primeira vez que canto deste lado do Rio Paraíba e, espero que seja a primeira de muitas.
Pascom– Qual é mensagem que você gostaria de mandar para os leitores do VOX Dei e internautas do site da paróquia?
Adriana – Eu quero agradecer por mais uma oportunidade ao Padre Paulo. Eu o conheço já algum tempo e, dizer a ele um grande obrigado por me trazer mais uma vez aqui em Campos e, de maneira especifica na paróquia de Santo Antônio. Também agradeço a Deus pela vida de cada um de vocês e, é por causa de vocês que a nossa missão acontece.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Por Leniéverson Azeredo Gomes*


Desde o principio da história da salvação, encontramos relatos da desobediência humana para com o Sagrado – Deus. Adão e Eva, nossos primeiros pais, foram criados a imagem e semelhança de Deus, o que conferiu aos dois a santidade original. A narrativa dos três primeiros capítulos do livro do Gênesis descreve de forma detalhada e sucinta a alegria divina com as suas criaturas. Deus, a partir daquele momento, estabeleceu uma amizade com elas. As criaturas humanas, ou seja, Adão e Eva foram intimados pelo criador a não “comer do fruto da árvore da ciência” (Gn 2,17). O não comer do fruto dessa árvore deve ser interpretado por exegese ou interpretação teológica como o “estabelecer” de um limite que o homem não deveria transpor, de forma que, ele – criatura, reconhece e respeita o Sagrado – Criador.
Mesmo sabendo disso, os primeiros pais se deixaram levar pelos encantos de uma voz sedutora, simbolizados pela serpente astuta. A tática para seduzi-los era que, se comesse deste fruto seriam como deuses e; conhecedores do bem e do mal. (Gn 3,1-20).Consequentemente, seguindo a narrativa genésica, tudo que era perfeito se torna imperfeito, tudo que Deus tinha feito sem pecado, tornou pecaminoso.
Ao percorremos as estações desta linha férrea, chamada Antigo Testamento, podemos encontrar rastros de transgressões a lei divina. O assassinato de Caim por Abel (Gn 4, 3-15), a corrupção universal em decorrência do pecado (Gn 6.5.12), a história de Israel quando o pecado se manifestou frequentemente pela infidelidade ao Deus da Aliança e, em decorrência disso, ocorre uma transgressão a Lei de Moises.( I Cor 1,6; Ap 2,3), são exemplos marcantes da desobediência humana.
Podemos deduzir, do ponto de vista dos casos relatados acima que, a desobediência ou transgressão se dá, por considerar a Verdade Divina como algo que não tem muito valor ou que, num determinado momento deveria ser relativizada – pode se transgredir para não ter sentimento de culpa.
Se nós voltarmos ao episódio da transgressão de Adão e Eva, entendemos que, além de desobedecerem às ordens do Criador, definiram em si mesmos o estado da culpa original – deixaram de seguir os mandamentos de Deus-Pai, para seguir a si mesmos.
Nesse momento, urge recorrer a tradição cristã que vê nesse cenário, um anúncio de um “Novo Adão”, em Jesus (I Cor 15,21-22.45), por sua “obediência até a morte de Cruz”(Fl 2,8) e de, pela plenitude dos tempos (preparação para a concepção do Messias), uma “Nova Eva”, em Maria – a mãe de Jesus (Concílio de Trento: DS 1573).
De fato a vinda do Messias/Cristo, reparou, pela “obediência de morte de cruz”(Fl 2,8), a desobediência de Adão.Para o documento Denzinger-Schönmetzer Echiridion Symbolorum, definitionum et declarationum de rebus fidei et morum (DS), Cristo nos revelou com sua vida; seu ministério sobre a Terra, que é possível “seguir a vontade divina, sem estar em resistência e nem em oposição a ela, mas, antes de tudo, se deixar subordinar pela vontade do Todo-Poderoso.” (DS: 556).
A narrativa em que Ele - Jesus é tentado no deserto (Mt 4,1-11) é, sem sombra de dúvidas, um dos exemplos de luta de resistência contra as insígnias do mal. Naquela ocasião o Diabo, tentou de todas as formas possíveis e imagináveis fazer com que o Filho de Deus sucumbisse aos desejos satânicos.
Até o momento da sua paixão, Jesus se manteve firme na obediência ao Pai de uma forma jamais vista. E, após a sua “morte de cruz”, deixou um legado que pode ser encontrado com evidencia nas primeiras comunidades cristãs (At 2,42-47). Havia um esforço naquele núcleo comunitário para viver, dentre outras coisas, de acordo com a lei de Deus (At 2,42). Para eles, a convivência com a doutrina era a coisa mais natural mais natural do mundo.
No entanto, após o reinado de Constantino (313), essa obediência à legislação houve um arrefecimento considerável que perdura até os dias de hoje.
A falta de obediência pode provocar inúmeras “dores de cabeça”, não só a Igreja, mas aos irmãos de sangue ou na fé – induzindo ao fiel a fazer coisas que são contrárias à doutrina da Igreja como a prática do aborto, votar em políticos corruptos, o uso da camisinha e de outros instrumentos contraceptivos, criticarem a hierarquia da igreja, etc. A falta de fé pode gerar, e muito, a desobediência e, com isso fazer que as pessoas cristãs ou não-cristãs pratiquem coisas contra a fé cristãs. São exemplos de maneiras de se atentar contra a fé, e, por conseguinte, revelar desobediência: a heresia, a apostasia, a cisma e a blasfêmia.

A imprensa e as notícias sobre pedofilia na Igreja Católica.

Como reportagens podem ilustrar tendências rancorosas e viciosas sobre a Igreja que tem 2000 anos.

Por Leniéverson Azeredo Gomes

A grande mídia vem nos últimos anos trazendo a baila notícias sobre casos de pedofilia na Igreja Católica em todo o mundo. Disseram até que o Papa Bento XVI teria acobertado casos que aconteceram há 50 anos nos Estados Unidos e em alguns casos na Irlanda, um país europeu.Quero deixar claro que, de fato, devemos considerar a pedofilia um crime grave e hediondo, mas associar a pedofilia a Igreja Católica é algo merecedor de reflexão.
Mas por que tanta enxurrada de matérias mostrando a pedofilia na Igreja?Quais são as reais intenções da imprensa sobre isso?O quê a imprensa irá ganhar com isso?Por que tanto ódio?
São perguntas de respostas nem sempre fáceis, mas algo nos dá uma pista para fazê-los. Jesus Cristo, fundador da Igreja, foi perseguido, humilhado, ultrajado e, posteriormente crucificado. Seus inimigos em frente à sua cruz gritavam para Ele: Crucifica-o!Crucifica-o! Crucifica-o!
Cristo dizia que “as portas do inferno jamais prevalecerão”, mas ele sabia que, sua missão na terra e, o futuro de sua igreja não teria “facilidades”. Ao longo de 2010 anos, a Igreja sobreviveu a todo tipo de perseguição e se manteve de pé.
Hoje a grande imprensa chama os casos de pedofilia na Igreja, como sinais de “Crise na Igreja Católica”.Alguns veículos sugerem a prisão do Papa, outros dizem que a todo momento Bento XVI tem de dar satisfação sobre os casos e mais, tem de pedir renúncia.
No Brasil, o Programa do SBT “Conexão Repórter”, apresentou casos de pedofilia de padres, em Arapiraca, Alagoas, o que rendeu uma visita da Comissão Parlamentar de Inquérito, cujo relator é o Senador Magno Malta (PR-ES). Também cantor Evangélico, Magno Malta, não entende o porquê da vinculação da pedofilia a Igreja Católica. Segundo o parlamentar, o pedófilo pode “rezar missas, como pode também, celebrar cultos”.
A pedofilia não tem cara, não tem identidade, a pedofilia não tem nada a ver com o celibato; é uma doença incurável, dizem os psiquiatras forenses. No entanto, se algum padre envolto com isso, que seja punido com o rigor da legislação. Por isso, esse artigo convida os católicos, sobretudo os praticantes, para que não se afastem da igreja, pois a grande maioria dos sacerdotes são homens que, “in persona Christi” , tem personalidade ilibada; verdadeiros pastores que levam a palavra de Deus e, alguns deles até dirigem renomadas e reconhecidas instituições sociais.