segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Candidatos são adversários, não inimigos - Campanha da CNBB voltada ao voto limpo e consciente nas eleições municipais de 7 de outubro


Nota da CNBB sobre as eleições Municipais 2012

Por Thácio Siqueira


( da esq. para dir.)Dom Leonardo Steiner, Dom Raymundo Damasceno e
Dom José Belisário


BRASILIA, sexta-feira, 28 de setembro de 2012 (ZENIT.org) – Em uma coletiva de Imprensa, ontem (27), a Presidência da CNBB apresentou uma mensagem sobre as eleições municipais e realizou o lançamento da Campanha Missionária 2012, organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), cujo tema é “Brasil missionário partilha a tua fé”.

Participaram da coletiva o Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB; Dom José Belisário da Silva, vice-presidente; Dom Leonardo Steiner, secretário geral da Conferência; como também Dom Sérgio Braschi, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; e Pe. Camilo Pauletti, presidente das Pontifícias Obras Missionárias.

A carta entitulada “Eleições Municipais 2012 – Voto cosciente e limpo”, que será enviada para as mais de 8000 paróquias do Brasil, “louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e toma sobre si o peso de tal cargo”. Estimula também “os eleitores/as, inclusive os que não têm obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo”, lembrando que o voto é um dever do cidadão.

As duas leis: “a lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos”, cita o documento.

A vigilância pelo cumprimento dessas leis deve-se especialmente às Instituições como a “Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público”, ainda que não deixa ser uma tarefa de todos.

“O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, indepentende das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer”, diz a carta, incentivando cada eleitor, passada as eleições, a acompanharem os candidatos votados no cumprimento das promessas feitas.

Por último, a carta faz menção à contínua violência acontecida durante esse período de eleições, lembrando que “As eleições são uma festa da democracia” e que “todo recurso à violência é inadmissível”. E acrescenta: “Candidatos são adversários, não inimigos”.

Publicamos a seguir a nota na íntegra:

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Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo.

A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.

Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).

A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.

A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.

O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.

As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?

A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro  e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!

Brasília, 27 de setembro de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Santa Teresinha - Santa do Dia


Do Portal do Santuário Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face

Santa Terezinha com 13 anos
Desde muito cedo Teresa Martin iniciou sua devoção ao Menino Jesus. Aos seis anos e meio,  começa a se preparar para a primeira comunhão, sendo catequizada por sua irmã Paulina. Graças a esta catequese, o amor ao Menino Jesus vai aumentando em seu coração.  Ao falar deste período, nossa santa afirma que "amava-o muito" (A 31v). Não é, pois, de se estranhar que à época de seu primeiro chamado à vida carmelitana, tenha aceitado com entusiasmo a proposta de Madre Gonzaga de se chamar "Teresa do Menino Jesus" quando ingressasse no Carmelo. Após prepará-la para a primeira comunhão, Paulina, já Irmã Inês de Jesus no Carmelo de Lisieux, convida a menina a considerar sua alma como um jardim de delícias no qual é preciso cultivar as flores de virtudes que Jesus virá colher em sua primeira visita. 
No ano de 1887 se oferece ao Menino Jesus para ser seu brinquedo (A 64r), desejando abandonar-se sem reservas à sua misericórdia. Isto ocorre por ocasião da célebre audiência com o papa Leão XIII. Teresa esperava que o papa autorizasse sua entrada imediata no Carmelo, apesar da pouca idade. Enorme decepção! Recebe palavras ternas e não a resposta desejada. Por isso não fica perturbada. Não havia se oferecido para ser a "bolinha" de Jesus e não dissera que ele poderia fazer o que quisesse com ela?
A partir do dia 9 de abril de 1888, data de seu ingresso no Carmelo de Lisieux, Teresa pode, finalmente, realizar seu sonho de menina: assina suas cartas durante todo o postulantado como "Teresa do Menino Jesus" (Ct 46-79). No dia 10 de janeiro de 1889, dia em que recebe o hábito, assinará pela primeira vez "Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face", que será seu nome definitivo de Carmelita (Ct 80). Quando entra na clausura, a primeira coisa que lhe chama a atenção é o sorriso de seu "Menino cor de rosa" (A 72v), que a acolhe. Ela se encarregará de colocar-lhe flores desde a Natividade de Maria: "era a Virgenzinha recém-nascida que apresentava sua florzinha ao Menino Jesus". (A 77r).
Teresa dedica muitas poesias, recreações piedosas e orações ao Menino Jesus, ao mistério do Natal e aos primeiros anos da infância de Cristo. No dia 21 de janeiro de 1894 cria e oferece à Madre Inês, em sua primeira festa como priora, uma pintura a óleo do Menino Jesus, a que intitula como "O sonho do Menino Jesus". Este quadro mostra o Menino Jesus de olhos abaixados, brincando com as flores que lhe são oferecidas. Ao fundo aparece sob a claridade da lua a Sagrada Face debaixo da cruz e cerca dos instrumentos da paixão. Em uma carta enviada no mesmo dia (Ct 156), Teresa comenta seu quadro: longe de temer os sofrimentos futuros, o Menino Jesus conserva um olhar sereno e até sorri, pois sabe que sua esposa (Irmã Inês) permanecerá sempre ao seu lado para amá-lo e consolá-lo. Quanto aos olhos baixos, estes mostram sua atitude quanto à própria Teresa: "Ele está quase sempre dormindo". Neste último detalhe já vislumbramos uma prefiguração da grande prova de fé que irá acompanhá-la em seus últimos dias.
Nos finais de 1894, a jovem carmelita descobre sua "Pequena Via". A infância espiritual do cristão, feita de confiança e abandono, deverá se moldar na própria infância de Jesus, em seu caráter  de Filho, tão particularmente representado nos traços de sua infância. No dia 7 de junho de 1897, Teresa se deixa fotografar, tendo nas mãos as estampas do Menino Jesus e da Sagrada Face. Sobre a imagem do Menino Jesus, conhecido como "de Messina", Teresa copia o versículo de Pr 9,4: "Quem for pequenino, venha a mim".
Nota do Blog: Santa Teresinha, rogaí por cada internauta que visita o meu blog. Que dê a eles saúde, paz e harmonia.

Católicos de Muriaé e região participaram da posse de Dom José Eudes em Leopoldina


Por Lúcio Vargas
Fonte: Notícias de Muriaé
  
   
Foi em clima de muita festa e alegria, que milhares de fiéis vindos das dezenas de paróquias da Diocese de Leopoldina, acolheram na tarde/noite deste domingo (30), o novo Bispo eleito da Diocese, Dom José Eudes Campos do Nascimento, 46 anos, que foi ordenado recentemente em sua terra natal, Barbacena.
A solenidade de posse oficial teve início às 16h,  na Catedral de São Sebastião, em seguida Dom José Eudes, ao lado de todo o clero da diocese, de vários bispos (dentre eles Dom Célio, Dom Dario e nosso conterrâneo Dom José Geraldo, que veio de sua diocese em Juazeiro-BA) e do Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Moreira, se dirigiram para o Ginásio do Colégio , ao lado da Catedral, onde todo o povo, aguardava a chegada do novo pastor. 
 
Dom José Eudes recebendo o báculo
Já dentro do Ginásio, Dom José Eudes foi recebido com palmas, muita alegria, emoção e fé. Em seguida foi lido o termo de posse e Dom Gil entregou a Dom José Eudes, o Báculo (cajado) e o convidou a assumir a Cátedra (cadeira principal – presidente). Daí em diante, Padre Marcelo Barros (Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração) em nome dos padres, Padre Paulo Roberto (Paróquia São Paulo) em nome dos religiosos, Marília Neves (Paróquia São Paulo) em nome dos leigos e leigas, além do prefeito de Leopoldina, Bené Guedes, acolheram o novo bispo. Logo após, um a um, os padres foram se apresentar e abraçar Dom José Eudes.

 

  
     
     Nas tres últimas fotos(clique para ampliar)
     Dom José sendo acolhido pela comunidade

Terminada a solenidade de posse, a missa que durou pouco mais de três horas, teve continuidade e em sua homilia, Dom José Eudes agradeceu a todos, inclusive a Diocese de Mariana, onde trabalhou em uma paróquia de Ouro Preto, quando foi nomeado bispo. Em suas palavras, o novo pastor com muito entusiasmo destacou a importância da oração, das pastorais, pedindo ‘que o povo não tenha medo de abraçar o seu bispo’ e acrescentou que seu trabalho terá um foco especial nas famílias, na juventude e nos pobres. 
Ao final da celebração participou junto com sua mãe da Consagração a Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria e apresentou seus familiares à toda comunidade presente. Após a benção recebeu o carinho e os abraços dos presentes.

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Nota do Blog: Que Deus torne o seu episcopado a frente da Diocese fecundo e cheio de realizações.São os votos do blogueiro.