quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2010: Crise marcou o ano das siglas

A dimensão social e mesmo política da Igreja Católica esteve em destaque num ano de 2010 marcado pela repetição da palavra “crise”, camuflada com siglas - PEC, OE, FMI, TGV, NATO, BPN, IRS, PIB ou BCE.

A criação de um “Fundo Social Solidário”, pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e iniciativas semelhantes em várias dioceses (nalguns casos, já sem recursos para conseguir responder às solicitações) concretizaram preocupações várias vezes manifestadas.

“As medidas de austeridade, para merecerem acolhimento benévolo dos cidadãos, têm de ser acompanhadas de forte intervenção na correcção de desequilíbrios inaceitáveis e de provocantes atentados à justiça social”, referia o comunicado final da assembleia plenária da CEP, em Novembro.

Sucessivas mensagens e intervenções dos bispos, particularmente depois da visita de Bento XVI, em Maio, convergiram, no final do ano, numa mensagem conjunta de Natal em que se aponta o dedo, entre outros, à “a falta de coragem e verdade governativas”.

2010 foi o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, tentando colocar no centro das preocupações os que “não têm voz na sociedade”, como frisava o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo.

Para D. Jorge Ortiga, presidente da CEP, este ano ficou manchado pela ausência de “iniciativas concretas para a verdadeira erradicação da pobreza, com o compromisso dos Estados”.

O aumento do desemprego, as anunciadas medidas de austeridade e o agravamento das condições sociais e económicas levou a um aumento de «novos pobres», acompanhados pelas instituições eclesiais em todo o país.

O olhar da Cáritas Portuguesa esteve ainda sintonizado nas tragédias, tanto em Portugal como no estrangeiro, em particular o Haiti.

O dia 20 de Fevereiro fica na história da Madeira, por força das chuvas torrenciais que destruíram habitações e provocou dezenas de mortos. Mais uma vez, a solidariedade do povo português – através da Cáritas e outras instituições – foi visível, através de bens de toda a ordem.

Além das questões sociais, o ano fica marcado pelas problemáticas da educação. Logo em Janeiro, D. José Policarpo alertava para “nova forma de hegemonia totalitária que se disfarça com as vestes da democracia”, pedindo um sistema educativo menos dependente do Estado.

No segundo semestre do ano, a tensão entre as escolas privadas (Ensino Particular e Cooperativo) e o Ministério da Educação cresceu significativamente, por causa das novas regras de financiamento para os estabelecimentos com contratos de associação.

A CEP, em comunicado, veio a público falar numa situação que, “desde há muito, vem dificultando, em todo o País, a vida e acção destas escolas, levando, de modo progressivo, injusto e programado, ao seu desaparecimento”.

As divergências com o executivo não se ficaram por aqui: no dia 8 de Janeiro, o Parlamento aprovava a proposta do Governo que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma “precipitação” segundo o padre Manuel Morujão, porta-voz da CEP, que viu na ausência de referendo sobre esta matéria uma “ferida democrática”.

«O Estado não é dono da família» e «Queremos votar» foram alguns slogans ouvidos numa manifestação em defesa do casamento, em Lisboa, a 20 de Fevereiro. Em Novembro, os cristãos manifestaram-se também, de outra forma: as dioceses portuguesas acederam ao convite de Bento XVI e fizeram uma vigília de oração pela «Vida Nascente».

O ano não se concluiria sem que outra iniciativa do Papa marcasse a vida da Igreja: Bento XVI aprovou a publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à Irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899). Assim, em 2011, Portugal terá uma nova beata.

2010: pontificado em análise Bento XVI realizou cinco viagens internacionais e quatro na Itália, concedeu uma entrevista considerada histórica.

Bento XVI viveu em 2010 o ano de maior exposição mediática desde a sua eleição, há cinco anos e meio, tendo conseguido em muitas viagens e intervenções públicas ganhar simpatias e redefinir mesmo a sua imagem.

A questão dos abusos sexuais cometidos por membros do clero foi uma sombra permanente sobre o Papa, que lhe procurou fazer frente apelando, por diversas vezes, à necessidade de justiça e de reparação, no seio da Igreja, em colaboração com as autoridades civis.

Em pleno Ano Sacerdotal, não esqueceria as vítimas – com quem se encontrou nas viagens a Malta e ao Reino Unido – nem os “bons sacerdotes” que tiveram de sofrer as consequências desta “humilhação”, como ele próprio referiu, escrevendo ainda aos seminaristas de todo o mundo, para lhes dizer que vale a pena querer ser padre católico nos dias de hoje.

Outro facto marcante foi a publicação de um livro-entrevista, «Luz do Mundo», resultante de uma conversa com o jornalista alemão Peter Seewald, que já antes entrevistara Joseph Ratzinger por duas vezes.

Para lá da polémica provocada pelas declarações sobre o uso do preservativo na prevenção da SIDA, o registo inédito permitiu dar a conhecer Bento XVI e o seu pensamento sobre temas centrais para a Igreja e a sociedade.

A primeira viagem internacional do ano teve como destino Malta (17-18 de Abril de 2010), onde o Papa lançou vários apelos ao respeito pelas raízes cristãs do país, uma mensagem que se estendia também à Europa.

De 11 a 14 de Maio, Bento XVI passou por Lisboa, Fátima e Porto, revelando capacidade de estar próximo das pessoas e de falar para lá das fronteiras da Igreja.

Se Portugal foi uma lição central para perceber o que pensa o Papa sobre o futuro da Igreja, a visita ao Reino Unido (16-19 de Setembro) mostra o que deseja da relação entre a comunidade crente e um mundo crescentemente secularizado.

Num ano em que canonizou seis novos Santos, é a beatificação do cardeal John Henry Newman (1801-1890) que melhor ilustra uma das batalhas centrais de Bento XVI: a busca de uma consciência aberta à verdade, que não funcione como uma instância meramente subjectiva e relativista.

Em Santiago de Compostela e Barcelona (6-7 de Novembro), Joseph Ratzinger retomou as suas preocupações sobre a Europa do século XXI, progressivamente afastada da fé em Deus, escolhendo dois símbolos mundiais: os caminhos de peregrinação, na Galiza, e a basílica de Gaudí, na Catalunha.

Também dentro da Itália se viveram momentos significativos, com a visita pastoral a Turim (2 de Maio), diante do Santo Sudário, e viagem a Palermo, Sicília (3 de Outubro), onde Bento XVI não teve medo de criticar abertamente a Mafia.

Na Itália, o Papa passou também por Sulmona (4 de Julho) e Carpineto Romano (5 de Setembro).

A viagem ao Chipre (4-6 de Junho) funcionou como uma espécie de prelúdio para Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, que meses mais tarde levaria ao Vaticano as preocupações de várias comunidades ameaçadas pela pobreza, o fundamentalismo, a violência e a emigração em massa.

O tema da liberdade religiosa voltaria a estar em destaque na mensagem que o Papa escreveu para o Dia Mundial da Paz 2011, afirmando que os cristãos são as principais vítimas de perseguição por causa da fé, no mundo.

Em Novembro, o Papa publicou a sua segunda exortação apostólica, intitulada «Verbum Domini» (Palavra do Senhor), na qual convida a Igreja e a sociedade actual à redescoberta de Deus.

2010 conclui-se com um problema que não pára de crescer: as tensões entre a Santa Sé e Pequim, que se configuram como um dos maiores desafios do actual pontificado.

No ano que agora se conclui, Bento XVI nomeou quatro novas presidências para a Cúria Romana e criou um novo Conselho Pontifício, criando ainda 24 novos cardeais.

23 missionários católicos assassinados em 2010 América lidera lista negra, com 15 homicídios, cinco dos quais no Brasil

A Fides, agência do Vaticano para o mundo missionário, revelou que 23 agentes pastorais foram assassinados em 2010, com destaque para o continente americano, com 15 mortes.

O número é inferior ao de 2009 (37 mortes), que tinha sido o mais elevado na última década, mas ultrapassa o registo de 2008 (20).

Na lista divulgada pela Fides encontram-se um bispo, 15 sacerdotes, um religioso, uma religiosa, dois seminaristas e três leigos.

“Esta é apenas a ponta do icebergue de uma situação crítica que atinge cada vez mais a comunidade cristã no mundo”, refere a agência da Congregação para a Evangelização dos Povos.

O caso mais mediático foi o assassinato do bispo italiano Luigi Padovese, presidente da Conferência Episcopal da Turquia, que teve lugar no dia 3 de Junho.

No Iraque, dois sacerdotes perderam a vida no ataque terrorista contra a catedral siro-católica de Bagdad, a 31 de Outubro, que deixou mais de 50 mortos.

As seis mortes na Ásia são ultrapassadas pelas 15 que aconteceram na América, cinco das quais no Brasil.

O elenco destas mortes refere-se não só aos missionários “ad gentes”, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria.

A Fides explica que entre os membros desta lista “provisória”, vários “foram vítimas da própria violência que estavam a combater ou da disponibilidade para ir ao encontro dos outros, colocando em segundo plano a sua segurança pessoal”.

Muitos foram assassinados em tentativas de assalto ou sequestro.

Os números da Agência mostram que desde 1980 morreram quase mil missionários, com destaque para as vítimas provocadas pelo genocídio do Ruanda, em 1994. Desde 2001 houve já 253 mortes registadas pela agência do Vaticano.

Papa recebeu «pequenos cantores» de todo o mundo

Bento XVI recebeu esta Quinta-feira, no Vaticano, um grupo de pequenos cantores, vindos de todo o mundo, incluindo Portugal.

No seu discurso, em várias línguas, o Papa disse que “o canto, que exprime o amor de Deus pelo homem e do homem por Deus, é um serviço que contribui para aumentar a fé da Igreja inteira”.

Milhares de rapazes e raparigas participaram, em Roma e no Vaticano, no 36.º congresso da federação internacional dos «Pueri Cantores».

“A minha afectuosa saudação também para os «pequenos cantores» vindos de Portugal. Agradeço-vos o precioso serviço que realizais, animando com o canto as celebrações litúrgicas”, disse Bento XVI, em português.

Papa convida a redescobrir «obediência a Deus» Última audiência de 2010, 45ª do ano, dedicada a santa do século XV

Bento XVI convidou hoje os cristãos a deixarem-se “guiar sempre por Deus”, na úlima audiência pública de 2010, no Vaticano.

Numa catequese dedicada a Catarinha de Bolonha (1413-1463), santa italiana, o Papa disse que os fiéis são chamados a “cumprir todos os dias” a vontade de Deus, “mesmo se, muitas vezes, não corresponde aos nossos projectos”.

“Nesta perspectiva, santa Catarina convida-nos a redescobrir o valor da virtude da obediência”, afirmou.

Santa Catarina de Bolonha foi canonizada pelo Papa Clemente XI, em 1712.

Em português, o actual Papa lembrou-a como “uma mulher de vasta cultura, mas muito humilde”.

“Catarina deixou-nos um belo programa de vida espiritual, na sua obra «As Sete Armas Espirituais», que são: procurar solicitamente cumprir o bem; acreditar que, sozinhos, não poderemos jamais fazer algo de verdadeiramente bom; confiar em Deus e, por amor d’Ele, nunca temer a batalha contra o mal, tanto fora como dentro de nós mesmos”, elencou.

Bento XVI lembrou ainda as recomendações da Santa para “meditar muitas vezes nos factos e nas palavras da vida de Jesus, sobretudo na sua paixão e morte; recordar-nos que temos de morrer; manter viva na mente a lembrança dos bens do Paraíso; ter familiaridade com a Sagrada Escritura, trazendo-a sempre no coração, para que oriente todos os nossos pensamentos e acções”.

Aos peregrinos de língua portuguesa, o Papa deixou uma “saudação de boas vindas”, em particular para o grupo de Escuteiros de Penedono, de Portugal, desejando “abundantes dons de graça e paz do Deus Menino”.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rio Paraíba do Sul em 10,10m: famílias ribeirinhas são encaminhadas para abrigo

Fonte: Site Ururau

Primeira comunidade a ser afetada pela cheia do Rio Paraíba do Sul, em Campos dos Goytacazes, Norte do Estado do Rio de Janeiro, a Ilha do Cunha sentiu mais uma vez os efeitos das chuvas. Com o aumento do nível, a água atingiu as primeiras casas 25 famílias foram removidas na manhã desta quarta-feira (29/12), para o Colégio 29 de maio.

A Defesa Civil em conjunto com a Secretaria de Promoção Social e outras secretarias municipais que dão apoio, atendem as famílias que levam o que podem tentando salvar móveis e eletrodomésticos.

Às 16h o nível chegou a 9,90m, às 18h a medição era de 10m e a subida continua em 10cm a cada duas horas, às 20h o nível chegou a 10,10m. E o nível dos demais rios ainda está subindo.


Pela manhã, a preocupação apresentada pelo Major Pessanha, subcomandante da Defesa Civil de Campos, é que o Rio Muriaé em Itaperuna subiu 1,07 em quatro horas na manhã desta quarta-feira (29/12). O rio estava com 4,80m às 8h e às 12h chegou aos 5,87m.

Uma equipe da Defesa Civil está de prontidão na localidade de Três Vendas, que é sempre a primeira a sofrer os danos com a cheia do Muriaé. Outra preocupação nesta região é com o dique de Santa Bárbara que sofre ameça de rompimento. O Muriaé é um dos principais afluentes do Paraíba.

Santo Eduardo
Em Santo Eduardo 20 famílias tiveram suas residências atingidas pela água. A defesa Civil esteve no local e realizou um cadastro. Agora os moradores vão receber assistência da Secretaria de Família e assistência social.

Ururaí
Em Ururaí a situação está controlada. As ruas atingidas pela chuva foram drenadas com bombas. Caso volte a chover pode ser que sejam necessárias novas ações.

Murundu
Na localidade de Murundu a Defesa Civil e a Promoção Social estão avaliando a situação de cerca de 40 famílias que estão desalojados em casa de amigos e parentes, para saber quais são as famílias que precisarão ir para escolas.

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domingo, 26 de dezembro de 2010

Heresia Moderna nº 3 - Trabalho como agente de pastoral, dou minha vida, dou meu sangue para a Igreja, mas não preciso de formação.

Leniéverson Azeredo Gomes

“ Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” .Esse é um trecho da 2ª Carta de São Paulo ao povo de Timóteo e expressa a identidade e o sentido da Palavra de Deus.Além de mostrar, o papel da Verdade revelada na construção de um homem santo e imitador de Cristo.
Isso concorda com o artigo 25, a Constituição Dogmática “Dei Verbum”, que chama a atenção de “todos os fiéis cristãos (...) para que façam leitura freqüente das divinas Escrituras e aprendam ‘ a eminente ciência de Jesus Cristo’ (Fl 3,8). ‘Com efeito, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo’”.
É muito comum, nos cursos de formação cristã, concluir, não-raro em pregações, a falta de conteúdo de muitos cristãos católicos. Notoriamente a bíblia, para esses cristãos se torna um livro de enfeite no armário, na estante, em cima da escrivaninha, sendo lida muito pouco ou nada dela.
Mas se você pensa que isso é uma característica apenas de quem não “trabalha na Igreja”, está errado. Isso acontece também com quem desempenha funções pastorais. Diante da gravidade dessa situação, consideramos que não buscar formação bíblico-teológico para ser um bom cristão, é o pai de todas as heresias antigas e as modernas descritas neste blog.
Seria a mesma coisa de um ator, não estudar, por exemplo, o método de Stanilawski para atuar, um médico não saber rudimentos de anatomia, um jornalista – como o autor deste blog - não saber, por exemplo, conhecimentos importantes do idioma de Camões (Língua Portuguesa).
Os membros da Igreja, que, ao se lembrar da palavra de Cristo aos seus apóstolos: “Quem vos ouve, a mim ouve”.(Lc 10,16), acabam recebendo com mais docilidade os ensinamentos e as diretrizes da Igreja, afirma o parágrafo 87 do Catecismo da Igreja Católica.
Vejamos algumas pontuações importantes das Sagradas Escrituras para que nós sejamos cristãos católicos de fato e melhores agentes de pastorais.
Para o Sacrossanctum Concilium, em seu artigo 24, “É máxima a importância das Sagradas Escrituras, pois dela são tirados os textos que se lêem e que são explicados na homilia e os salmos cantados, na celebração da liturgia. É de sua inspiração que surgiram as preces, a orações e os hinos litúrgicos. É dela também que as ações e os símbolos tiram a sua explicação”.
Em paralelo, a Gaudium et Spes, assegura que é pela contemplação e estudo dos que crêem, os quais as meditam em seu coração, e em especial, “ a pesquisa bíblica e teológica, é que se pode aprofundar o conhecimento da palavra revelada”.”Deus quer todos sejam salvos e tenham conhecimento da verdade” (I Tm 2,4), mas alguns prefere estar e não estar na Igreja.Estão fisicamente, mas não estão pastoralmente e eucaristicamente.
Por outro lado, a Teologia da Prosperidade, com sua dinâmica tem colaborado para uma nova interpretação do ser cristão.É claro, que nas seitas neo-pentecostais há membros ativos, por exemplo na Igreja Universal do Reino de Deus, são chamados de obreiros.Mas as pessoas vão nessas denominações, não para conhecer o Jesus que cura, mas sim, as curas, os milagres e bênçãos financeiras de Jesus.
Se transportamos isso para a nossa Igreja Católica, vamos perceber essa tendência, sobretudo em Igrejas que realizam as chamadas missas de cura e libertação da Renovação Carismática Católica.Nesse caso, segundo alguns especialistas em comportamento Cristão, toda essa visão sobre Deus pode resultar em pelo menos duas coisas: a mais óbvia que é uma relação de interesse para com Deus ou em casos mais graves pode gerar a apostasia (repúdio total a fé cristã), sendo este último ocasionado pelo fato de acontecer uma frustração por Deus não promover a benção que pediu a Cristo.
Se retomarmos o primeiro parágrafo deste artigo, chegaremos a conclusão que para sermos cristãos melhores dentro da Igreja, temos que conhecer a Palavra de Deus que é a base da Doutrina Católica. É conhecendo esta verdade, que estaremos libertos e poderemos amar cada vez mais e de forma comprometida, esta Igreja fundada pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Heresia Moderna nº 2 - Eu cumpro tudo que a primeira Lei da Igreja diz que é: assistir a missa inteira aos domingos e guardar os dias de festa, portan

Leniéverson Azeredo Gomes

Entre a Ação de Graças e a Benção Final nas Santas Missas está lá, o anunciador dos avisos da comunidade. Além da programação semanal da capela, a de nível paroquiana ou diocesana, o informante dos lembretes, também relata à assembléia, sobre a necessidade de se ter mais agentes de pastorais – leia-se convite informal ou de boca.Quando a Igreja está cheia, o “fazedor” de convite fica sorrindo de orelha a orelha, esperando mais respostas “Sim” do que respostas “Não”.Frustração, ao final da missa ninguém se voluntariou para trabalhar na pastoral da liturgia; catequese; música, da Criança, etc.
Se lugar onde você freqüenta passa por isso, não se assuste e não se descabele. É uma tendência cada vez mais freqüente no mundo católico atual – mas que não devemos considerar isso normal ou não procurar rezar para mudar. Independente de polêmica vamos juntos problematizar a questão.
A primeira Lei da Igreja descrita no título deste artigo, diz que devemos assistir missa inteira aos domingos e guardar dias de festa – em todos os dois casos tratar como uma atitude de preceito ou uma regra a ser cumprida. A missa ou celebração eucarística, como é de sabedoria ou dever-se-ia saber, é o momento onde se realiza o Santo Sacrifício, onde se atualiza o único sacrifício de Cristo, que se deu na cruz por nós e; cada membro da assembléia visível – descrito no artigo anterior – deve oferecer algo a Igreja. São sacrifícios de louvores, da Missa, espirituais, puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios narrados no Antigo Testamento.
Veja a Santa Missa nos recorda o momento em que o Filho do Homem, Jesus Cristo se deu no madeiro para a remissão dos pecados do mundo. No Antigo Testamento, o profeta Isaias, no capítulo 43, versículo 4, fala de um Deus que sempre é capaz de trocar reinos por nós.E Jesus, seu filho fez a mesma coisa, trocou a possibilidade de se salvar, diante da narrativa de sua Paixão e Morte, para a redenção da humanidade.
A Celebração Eucarística,, como foi descrito nos lembra, nos atualiza, nos recorda desse grande mistério da salvação e sacrifício de Cristo. Quando se acaba uma santa missa, o sacerdote faz a Benção Final, que nada mais, nada menos é um envio a missão – daí, também, se explica a origem da palavra missa (missio, missão). Vejam um trecho de uma das formulas da benção. “(...) Levai a todos a alegria do Senhor ressucitado.Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe”.
Porque certas pessoas insistem em não aceitar ou atender o chamado d´Ele, para ser serem seus imitadores e se sacrificarem pela Igreja também? Na capela, onde o autor deste artigo freqüenta (Capela Santa Rita de Cássia, Paróquia São Vicente de Paulo – Diocese de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro), nos fornece algumas respostas a essa pergunta que não quer calar.As pessoas costumam dizer que não tem tempo, que fazem isso, que fazem aquilo, são ocupações diversas.Nem mesmo o apelo do pároco tem surtido efeito.
Coincidentemente na Assembléia Diocesana, realizada em Campos dos Goytacazes, em dezembro de 2010, onde se reuniu representantes das 39 paróquias espalhadas pelas 13 cidades que englobam a diocese, foi discutida entre outras coisas, o fato de membros das comunidades diocesanas estarem em inúmeras pastorais - alguns estão até em cinco. É um acúmulo de funções, em decorrência desse panorama nada agradável.
Mas a diocese fluminense tem se mexido para melhorar este cenário ruim. Já em 2011, a diocese irá criar estratégias para a evangelização de jovens, casais e a formação pastoral. (questão última que será abordado em outro artigo), baseado no mais recente documento pontifício sinodal Verbum Domini.Além do mais, o curso de crisma – que por essência reaviva o senso de pertença a Igreja – tem introduzido temas ligados a importância de se fazer parte de pastorais e até a realização de Seminários de Vida no Espírito da Renovação Carismática Católica .
Concluindo, apesar da realidade aparentemente desoladora, a Igreja de Cristo, não pode se curvar, porque as portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Heresia Moderna nº 1 - Sou batizado como católico, mas não preciso ir à Igreja para demonstrar a minha fé.

Leniéverson Azeredo Gomes

Ninguém é uma ilha solitária em si mesma. Os primeiros cristãos entendiam muito bem isso, podendo ser verificado na narrativa dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, nos versículo 42,44 e 46. Os três versículos nos mostram que uma das virtudes dessa comunidade era busca pela unidade e o prazer que cada integrante tinham ao comparecer no Templo.
A palavra Igreja, retoma anaforicamente, ou seja, o parágrafo anterior, quando analisamos o seu sentido etimológico (origem da palavra).De acordo, com o livro “A Igreja do Povo de Deus, escrito pelo Frei Batistini, o termo Igreja, vem do grego Ecclesia, que significa união, reunião, assembléia religiosa do Povo de Deus. Para Batistini, ela, a Igreja é o Povo de Deus em marcha a casa do Pai.Esse povo de Deus, acrescenta Batistini são aqueles que receberam o Santo Sacramento do Batismo.
De fato, o Batismo, automaticamente, nos liga a uma rede de fiéis, obviamente, também, batizados em todo o mundo. Com efeito, dizer que, após ser batizado na Igreja Católica, pode-se viver a fé, em casa de forma solitária, sem precisar ir ao Templo Santo, é, com todas as letras, um ledo engano, pois a pessoa não fará parte do elemento visível ou do corpo de fiéis da Igreja Católica Romana.
No evangelho de São João, capitulo 17, versículos 20 seguintes, mostra Jesus exigindo pela união daqueles que acreditavam n´Ele, quando deseja que “todos sejam um, assim como o Pai, Deus, está n´Ele, Jesus, e o Pai n´Ele, de forma que, o mundo creia que tu, Deus, me enviaste..Ao implorar isso, Jesus queria dizer que, com essa união dos fíéis, resultasse em perfeição e, a partir dessa perfeição, todos pudessem ver a Shekinah – a glória concedida por Cristo.
Até mesmo, quando Jesus mandava seus discípulos e os demais seguidores em missão, os enviava de dois em dois, nunca evangelizar sozinho. Essa era sabedoria divina, quando dois ou mais estiverem em nome de Cristo, o mesmo Cristo estará no meio desses dois ou mais seguidores fiéis.
O Filho de Deus tinha esse raciocínio porque compreendia que os crentes reunidos, viviam na comunhão dos santos. De acordo com Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 948, a comunhão dos santos, inserida na oração do Creio, significa que a assembléia de fiéis é alimentada pelo Corpo e Sangue de Cristo a fim de crescer na comunhão do Espírito Santo (Koinonia) e comunicá-lo ao mundo, como paráclito e consolador.
Portanto, não dá para entender, porque um crente quer professar a sua fé de forma isolada, preferindo falar com Deus recluso em sua própria casa?Seria fobia social? Mas antes é preciso entender o que vem a ser isso. Segundo o Wikipedia, fobia social é, nada mais, nada menos quando o portador dessa fobia precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais. Tudo isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.
Grosso modo, os que costumam rezar só em casa, não tem um quadro de fobia social, muito pelo contrário, trabalham em grupo, tem uma vida social bastante ativa. O problema se resume apenas a vida de fé e o portador não aceita qualquer conselho que o oriente a mudar de postura, acarretando assim, numa heresia.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Heresias: Uma radiografia sobre a doença comportamental cristã que vem cada mais crescendo.

Leniéverson Azeredo Gomes

Desde a sua fundação por Jesus Cristo, a Igreja Católica convive com doutrinas que são contrárias a verdade revelada. A cada uma delas, chamamos de Heresias, palavra que vem do latim haerĕsis, esta que vem do grego, αἵρεσις, e significa em português, escolha ou opção. Em linhas gerais, heresia é na verdade, uma deturpação, má-interpretação ou, também, uma distorção grave da doutrina. Grosso modo, quem pratica a heresia, incorre numa espécie de excomunhão.
Para incorrer numa heresia, dentro do catolicismo, a pessoa tem estar batizada e praticar sem querer ser corrigido, a sua má-conduta, diferente da verdade trazida da doutrina dos apóstolos. A própria Bíblia, na carta de São Paulo aos Gálatas, no capítulo 5, versículo 20, fala sobre a "aparição de heresias", "idolatria, feitiçarias, inimizades, ambições, emulações, iras e brigas."
Ao longo da história, houve e ainda há muitos que discordam dos, por exemplo, dois principais dogmas da Igreja Católica, como: o dogma da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição de Maria. Afinal, para a Igreja Católica, dogmas são verdades de fé a qual todo católico batizado e evangelizado é orientado a seguir. Da discordância herética desses dois dogmas, surgiram, pelo menos 30 outras heresias, dentre eles o arianismo e o nestorianismo.
O Arianismo, criado no Século V por Ário, dizia que Jesus, não era filho de Deus. Já o Nestorianismo, também do Século V e criado por Nestório, Bispo de Constantinopla, dizia que Maria não era mãe de Deus (Theotókos).
Hoje, no século XXI, as heresias ganharam roupagem e matizes diferentes. Todas elas tem a ver o pensamento secularista iluminista.De acordo, com o teólogo alemão, Wolfhart Pannenberg, professor de Teologia Sistemática da Universidade de Munique - Alemanha, em seu livro “How To Think About Secularism” (Como Pensar sobre o Secularismo), nesse tipo de pensamento, o cristãos são desafiados a “justificar suas afirmações de verdade por meio de argumentos racionais ao invés de simplesmente apelar para a autoridade religiosa”, ou seja, para os cristãos adeptos do secularismo iluminista seguir uma doutrina equivale a mera questão de opinião sobre ela – a doutrina - que pode ou não ser afirmada de acordo com as preferências do indivíduo, ou dependendo de se elas falam diretamente a desejos pessoais.
O Teólogo alemão acrescenta que, “a empreitada missionária é uma questão de impor nossas preferências pessoas e preconceitos culturalmente condicionados sobre os outros, e é, portanto não só ilegítima como moralmente ofensiva”.
De fato, está cada vez mais comum, nos deparar com a desobediência a verdade revelada e autoridades da Igreja como o pároco, o bispo ou arcebispo e, até mesmo, o Santo Padre, o Papa.
Na prática, “católicos” rebeldes, que não aceitam seguir a verdade revelada como ela é, notoriamente, afirmam que a sua postura é a correta e ninguém pode contestá-los.Talvez, você esteja se perguntando, porque que a palavra católicos foi colocada entre aspas?Por uma razão bastante evidente, para deixar claro que um verdadeiro católico é aquele que é dócil ao Espírito, aceita de bom grado a verdade revelada e é fiel, é bom repetir FIEL, as autoridades eclesiais.
Preocupado, principalmente com as heresias modernas, este blog se propõe a debater com vocês todas elas, em artigos diferentes. Para deixar o internalta com “água na boca”, o blog elencará, pelo menos, 10 tipos modernos de heresias que serão discutidas - com o apoio da bíblia, do catecismo e dos documentos da Igreja - e porque foram classificadas como tais:
1.- Sou batizado(a) como católico(a), mas não preciso ir à Igreja para demonstrar a minha fé.
2.- Eu cumpro as duas, das cinco Leis da Igreja que são assistir a missa inteira aos domingos e guardar os dias de festa, portanto, não preciso fazer parte de pastorais.
3.- Trabalho como agente de pastoral, dou minha vida, dou meu sangue para a Igreja, mas não preciso de formação.
4.- Não buscar saber as contribuições do catolicismo na história do mundo ocidental e oriental.
5.- Afirmo ser católico(a), mas sou simpatizante da Teologia da Libertação e, defendo as idéias de seus principais expoentes.
6.- Freqüento a Igreja, vou as missas, sou casado(a) no civil, mas não preciso me casar na Igreja, e não quero que as pessoas insistam nisso.
7- Atacaram a Igreja Católica, os Padres, os Bispos e o Papa?Acho que isso não me diz respeito.
8.- Declaro com todas as letras que sou católico, mas acredito fortemente que não preciso colocar coisas na minha casa, alterar a rotina na minha família ou evangelizar minha família na fé católica.Isso é desnecessário.
9.- Diferente de outras denominações cristãs, a Católica não me obriga a ser dizimista, então não serei um.
10.-Acho a música protestante ou evangélica, muito mais ungida que a católica, mas não se preocupe sou católico(a) praticante e creio que isso não irá afetar meu amor a Igreja Católica.


Será um debate bastante pertinente e, certamente entrará em muitas polêmicas.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dica do Dia

Leniéverson Azeredo Gomes

Choveu na sua cidade ?Não se desespere.Ainda que as chuvas provoquem enchentes e estas provocam estragos materiais e até a perda de vidas, nos estimulam a pensar: O que estamos fazendo com a natureza?Porque que jogamos lixo na rua, que pode entupir bueiros?Porque lançamos detritos nos rios, mares e faixas de areia?Sim, os políticos tem de fazer a sua parte e você está fazendo a sua?

Ateus brasileiros buscam visibilidade com propaganda inverossímil

Fonte: Ecclesia Una

Os insensatos que fizeram do ateísmo bandeira de luta têm promovido um forte movimento antirreligioso recentemente. É a reação da modernidade ao mistério do Natal, do Deus que se encarna por amor, do Criador que se revela e redime a humanidade pecadora.

Há algum tempo noticiávamos a manifestação do ateísmo militante na Europa, onda que fazia uma forte propaganda anticristã nos transportes das cidades do Velho Mundo. Provavelmente Deus não existe, dizia o anúncio. Pare de preocupar-se e aproveite a vida. Agora é a vez dos ateus brasileiros polemizarem. Reunidos na Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, os militantes alardeavam uma comparação entre dois personagens da história do século XX: Adolf Hitler, líder do nazismo alemão, e Charlie Chaplin, famoso ator norte-americano. Abaixo da foto de Chaplin escreveram: “não acredita em Deus”; abaixo da de Hitler, “acredita em Deus”. E a mensagem está no alto da propaganda: Religião não define caráter.

Talvez o maior problema destes ateus militantes – religiosos que creem no absurdo – é o enorme esforço que fazem para construir analogias enganosas ou mal explicadas, todas a serviço do proselitismo dos descrentes. Poderíamos simplesmente imaginar como era católico Adolf Hitler, que planejava até mesmo sequestrar o Papa Pio XII, ou seríamos convidados a pensar na fúria que sentiu o führer alemão ao ver a publicação da Mit Brennender Sorge, de Pio XI, que condenava os erros do nazismo e desqualificava totalmente a ideologia totalitária liderada pelo genocida antissemita. Pode até ser verdade que Hitler acreditava em Deus; mas se ele o fazia, não era apoiado na moralidade tradicional que assassinava os judeus e os enviava aos campos de concentração.

Era baseado em que, então, que Hitler se fazia genocida? À semelhança de Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Josef Stalin e tantos ditadores comunistas que governaram o mundo no século XX, todos os crimes eram fruto de uma pestilenta mentalidade revolucionária: ascenderemos ao paraíso – ou melhor, formá-lo-emos já aqui na terra - e, para fazê-lo, é lícita a prática de qualquer ato criminoso. O resultado foram pilhas de cadáveres. Aqueles que impediam a construção de um Céu que os loucos visionários comunistas já vislumbram eram todos extirpados. Nunca na história se havia presenciado um espetáculo tão cruel e assustador.

E este espetáculo é o fruto de uma doutrina já antes concebida, o comunismo ateu. E caracterizamo-lo como ateu porque é elemento essencial do pensamento marxista a crença no materialismo e a extinção de uma moralidade superior aos indivíduos. A guerra dos revolucionários marxistas era uma batalha também contra a religião. Ela seria, segundo Marx, o ópio do povo. (A história, por fim, mostrou que o comunismo é que era, de fato, o ópio do povo.) Mas esta batalha teve consequências trágicas. A pergunta de Dostoiévski permanece, por isso, atual para a modernidade: “Se Deus morreu, então tudo é permitido?” A experiência vivida pela humanidade no último século aponta para uma história de safadeza, desonestidade, covardia e sangue.

Colocar Charlie Chaplin como símbolo de luta dos militantes ateus do nosso século não faz sentido nenhum. Seria deveras coerente estampar nos ônibus a foto dos descrentes que verdadeiramente militaram a favor do ateísmo e, além disso, mudar a foto de Hitler para a de um cristão ou crente verdadeiramente compromissado com os princípios religiosos que professava. A sugestão de Fernando de Barros e Silva, que escreve na Folha de S. Paulo, soa interessante: de um lado, coloquemos Madre Teresa de Calcutá, crente, e de outro, Stalin, o ateu. O objetivo da propaganda seria modificado, mas a nova situação seria assaz verossímil.

Missionários estrangeiros visitam a sede da CNBB

A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu na tarde desta sexta-feira, 10, os 19 missionários de 12 países, que estão no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, há três meses participando do Curso de Iniciação à Missão no Brasil (Cenfi).

O subsecretário de pastoral da CNBB, padre Ademar Agostinho, foi o responsável por explicar aos missionários a estrutura, instalações e funcionamento do corpo da Conferência dos Bispos. Já o assessor de imprensa, padre Geraldo Martins Dias, falou sobre a estrutura do site.

Para o secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, a visita à sede da CNBB faz parte do programa do Cenfi e tem por objetivo mostrar aos missionários a estrutura da CNBB e como funciona a Igreja no Brasil. “A visita está no nosso programa e tem por objetivo introduzir os missionários na caminhada da Igreja no Brasil, além de mostrar-lhes a nossa organização enquanto Igreja”. Ele comentou também sobre os estudos dos missionários no período que passam no Centro Cultural Missionário. “Os missionários têm três atividades, a principal é o estudo sistemático da língua portuguesa; a segunda é um estágio em casa de família, e a terceira uma introdução à sociedade e à Igreja no Brasil.

A missionária irmã Lucia Galichio, da Argentina, afirmou que a experiência é enriquecedora porque dá a possibilidade de conhecer o país e as pessoas, além da Igreja no Brasil. “Aprendi muito sobre a cultura, mas para mim tudo ainda é novidade. Gosto da cultura e da Igreja, mas ainda conheço pouco. A espiritualidade do povo simples é muito bonita no Brasil”, disse irmã Lucia. Após o curso, que termina em uma semana, ela irá atuar em Curitiba (PR).

O missionário de Guadalupe, o mexicano padre Manoel Lslas, já atuou em Cuba, México e no Quênia. Está há quatro meses no Brasil e irá atuar no Amazonas, após o curso. Ele elogiou a visita à CNBB. “Foi muito bom estar aqui e conhecer essa rica estrutura que agrega valores da Igreja no Brasil. Também parabenizo o Cenfi por nos proporcionar essa excelência de conhecer a sociedade e a Igreja brasileira”, sublinhou o mexicano.

Dos 19 missionários do Cenfi, 18 irão atuar no Brasil e somente uma, Thereza Asia, da Indonésia, irá atuar no Timor Leste. Ela veio ao Brasil para aprender, principalmente, a língua portuguesa. Ela atuou por cinco anos no Timor Leste e retornará novamente para continuar o trabalho que deu início.

Organismo da CNBB responsável por formação de missionários estrangeiros comemora 50 anos

Uma missa presidida pelo secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, na capela do Centro Cultural Missionário (CCM), marcou, na noite deste sábado, 11, a comemoração dos 50 anos do Centro de Formação Intercultural (Cenfi). Criado em 15 de dezembro de 1960, o Cenfi é um organismo da CNBB cujo objetivo é ensinar a língua portuguesa aos missionários estrangeiros, introduzi-los no contexto sociocultural do Brasil e dar-lhes uma noção sobre a missão e a realidade da Igreja no brasileira.

Dom Dimas destacou o número de missionários que já passaram pelo Cenfi e manifestou a alegria da CNBB pelos 50 anos de um de seus organismos. “O Cenfi já formou mais de 4 mil missionários vindos de todos os continentes para o Brasil. Esse número, por si só, revela o que é o CENFI, que quer mostrar a identidade da Igreja, que é, por natureza, missionária”, disse.

O Cenfi nasceu por uma iniciativa dos franciscanos de Anápolis (GO), sob orientação do famoso sociólogo e teólogo Mons. Ivan Illich. Experiências semelhantes já existiam em Porto Rico e no México. Mais de 20 anos depois, em 1982, é incorporado ao CCM como um de seus departamentos, juntamente com o Serviço de Colaboração Apostólica Internacional (SCAI) e o Centro de Animação e Estudos Missionários (CAEM).

“Os 50 anos do Cenfi significam uma caminhada missionária”, recorda o diretor do CCM, padre Estêvão Raschietti. “Muita água já passou debaixo da ponte e o Cenfi continua fiel aos seus princípios”, acrescenta.

Segundo padre Raschietti, “a conjuntura mudou” e os missionários, que antes vinham dos Estados Unidos, hoje vêm da América Latina, Ásia e África. Outra novidade é o número de cada turma nos dois cursos que o Centro oferece por ano. “O número [dos missinórios] caiu. Antes eram 40 a 60. Hoje chegam, no máximo, a 20”, explica o diretor do CCM. Cada curso tem duração de 90 dias.

A presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Irmã Márian Ambrósio, também participou das comemorações cinqüentenário do Cenfi e destacou a gratidão de sua entidade pelo trabalho realizado pelo Centro. “A Igreja do Brasil é o lugar onde a missão encontra um chão fecundo, quebra as fronteiras da língua e da cultura. A experiência do CENFI mostra que é possível outro modelo de vida religiosa”, disse a religiosa.

Professora de português há 30 anos no Cenfi, Maria do Socorro Dias ressalta o compromisso dos missionários e a diversidade cultural de cada turma, que chega a ter até 15 nacionalidades diferentes. “O que mais me marca no Cenfi é a unidade apesar das diferenças. Isso é muito interessante”, disse.

Cerca de cem pessoas participaram da festa, que teve, além da missa, uma exposição missionária e apresentações culturais preparadas pela turma de missionários que está fazendo o curso no Cenfi.

Papa Bento XVI abençoa imagens do Menino Jesus e saúda fiéis em língua portuguesa

Neste domingo, 12, um tradicional encontro na praça de São Pedro, Roma, reuniu cerca de 2000 crianças. Acompanhadas pelos pais e catequistas, os pequenos receberam a benção do papa Bento XVI sobre as imagens do Menino Jesus, que serão colocadas no presépio das paróquias e das casas de cada um.

“Quando colocardes o Menino Jesus na Gruta ou na cabana, recitai uma oração pelo Papa e pelas suas intenções”, disse o Papa durante a benção.

Após a recitação do Ângelus, ao meio dia, o papa saudou os fiéis em língua portuguesa. “Saúdo com amizade os fiéis das paróquias de Barcarena e Milharado, no Patriarcado de Lisboa, e demais peregrinos de língua portuguesa. Agradecido pela presença orante. Desejo que esta romagem confirme a vossa adesão a Cristo: confiai no seu poder, deixai agir a sua graça! Por modelo e proteção, tomai a Virgem Mãe”, disse o Papa.

Ainda durante a saudação, o Papa ressaltou a importância da virtude constância e da paciência. “O Advento chama-nos a potenciar aquela tenacidade interior, a resistência de espírito que nos permitem não desesperar na espera de um bem que tarda a chegar, mas a esperá-lo, ou melhor, preparar a sua vinda com confiança ativa de maneira equilibrada, fé e razão, sem ceder ao fatalismo e reforçando a constância e a paciência”, afirmou o papa Bento XVI.

Dioceses celebram festa de Nossa Senhora da Conceição com romaria

A diocese de Campina Grande (PB) celebrou no fim de semana a festa de sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição. Uma romaria foi o ponto alto das comemorações e reuniu várias dioceses do estado. O trajeto da caminhada foi iniciada pelo bispo diocesano, dom Jaime Vieira da Rocha e pelos padres, seminaristas e acólitos de toda a diocese.

Na chegada ao Parque do Povo, uma multidão aguardava a romaria que foi recebida com grande festa. No local foi celebrada a missa, presidida por dom Jaime e concelebrada pelos padres da diocese. Com muita fé e devoção, os fiéis saudaram Nossa Senhora da Conceição em momentos de homenagem, onde a imagem foi erguida sob grande queima de fogos.

Pela manhã, a catedral diocesana realizou o 10º Café com Maria, um café da manhã beneficente que conta com o apoio de várias empresas e instituições que fazem doação de tudo que é servido. O Café com Maria aconteceu após a missa da alvorada. Às 10h foi celebrada missa por dom Jaime.

A festa de Nossa Senhora da Conceição teve início no dia 28 de novembro, com missas, terços, novenário, ofícios e shows musicais no pavilhão montado no Pátio da catedral.

Santarém

A festa da Imaculada Conceição também foi celebrada na diocese de Santarém (PA), neste domingo, 12. A procissão aconteceu às 18h, com saída da catedral de Santarém, percorrendo as principais avenidas da cidade. A procissão, porém, deveria ter acontecido no último dia 8, dia da Imaculada Conceição e encerramento da festa da padroeira da diocese de Santarém, mas foi cancelada devido ao forte temporal que caiu sobre o município no fim da tarde daquele dia.

A decisão foi tomada pela coordenação da festa, depois de uma rápida avaliação, na qual foi levada em consideração que muitos féis devotos, iriam, na procissão, agradecer por graças alcançadas e pagar promessas.

Pastoral Carcerária recebe Prêmio Direitos Humanos da Presidência da República

Fonte: CNBB

Nesta segunda-feira, 13, aconteceu a cerimônia de entrega do 16º Prêmio Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Entre os vencedores, estava a Pastoral Carcerária (PCr), da CNBB, que foi reconhecida pelo seu trabalho de combate à tortura nas prisões.

De acordo com o coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Valdir João Silveira, o prêmio reconhece o difícil trabalho desempenhado pelos mais de 6 mil agentes da Pastoral em todo o país. “O prêmio é sem dúvida alguma, um importante reconhecimento da luta difícil e desgastante que a Pastoral trava dia após dia com o fim de levar o mínimo de dignidade àquelas e àqueles que estão esquecidos, invisíveis, sob a sombra mais escura e remota de nossa sociedade”. No entanto, padre Valdir destaca que além das premiações, o Governo deve prezar pela garantia dos direitos dos presos. “Esperamos das autoridades governamentais postura firme no sentido de esvaziar as prisões, de garantir direitos de quem está preso [...]”.

A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com mais seis entidades agraciadas. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da entrega.

REFLEXÃO SEGUNDA-FEIRA - Mt 21, 23-27

Fonte: CNBB

        A pessoa de João Batista é muito importante na preparação para os tempos messiânicos, pois ele foi enviado como o precursor de Jesus, e quem não acredita em João Batista também não aceita Jesus como sendo o Messias e nem a sua autoridade como Filho de Deus. 
     O povo acreditou em João Batista e por isso acreditou também em Jesus, mas os anciãos do povo não acreditaram em João Batista e, por isso, rejeitaram Jesus. 
     Todo aquele que fica preso apenas em uma religião formal torna-se incapaz de ver a ação de Deus no tempo presente, endurece o próprio coração e não reconhece nem a ação de Deus nem a sua presença no seu dia a dia.

COMEMORAÇÕES

Nascimento

·Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, Arcebispo de Sorocaba - SP, 1964

·Dom Frei José Belisário da Silva, OFM, Arcebispo de São Luís do Maranhão - MA, 1969

·Dom José Doth de Oliveira, Bispo Emérito de Iguatu - CE, 1964

·Dom Rafael Biernaski, Bispo Auxiliar de Curitiba - PR, 1981

Papa assina decreto de beatificação de irmã Dulce

O papa Bento XVI assinou, na manhã desta sexta-feira, 10, o decreto que conclui o processo de beatificação de Irmã Dulce. A expectativa agora é pela cerimônia de beatificação que deve acontecer no primeiro semestre de 2011, em Salvador (BA).

Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais um milagre intercedido pela religiosa e reconhecido pelo Vaticano.

A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio Dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramitava na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.

Fonte: Arquidiocese de Salvador