quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Santo do Dia: Santa Rosa de Lima - Padroeira da América do Sul




Santa Rosa de Lima

Do site Santa Rosa de Lima

Santa Rosa de Lima nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no ano de 1586, coincidentemente no mesmo ano da aparição da Virgem Santíssima na cidade de Chiquinquira. Isabel Flores y de Oliva é o seu nome de batismo, mas sua mãe, ao ver aquele rosto rosado e belo, começou a chamá-la de Rosa, nome com a qual ficou conhecida.
Desde pequena, teve grande inclinação à oração e à meditação. Um dia estava rezando diante de uma imagem da Virgem Maria, com Jesus Cristo ainda bebê nos braços, quando ouviu uma voz que vinha da pequena imagem de Jesus, que lhe dizia: "Rosa, dedique a mim todo o seu amor..."
A partir de então, tomou a decisão de amar somente a Jesus, mas devido à sua beleza, muitos homens acabavam se apaixonando por ela. Para não ser motivo de tentações, Rosa cortou seus longos e belos cabelos, e passou a cobrir o rosto constantemente com um véu.
Decidiu ingressar em um convento da ordem agostiniana, entretanto, estando diante da imagem da Virgem Santíssima no dia da sua conversão, sentiu que não podia levantar-se nem mesmo com a ajuda de seu irmão. Foi então que percebeu ser tudo aquilo um aviso dos céus para não ir, e bastou fazer uma prece a Nossa Senhora para que a paralisia desaparecesse por completo.
A partir deste dia, Rosa, que se espelhava em Santa Catarina de Sena como modelo de vida a ser seguido, passou a pedir diariamente a Deus para indicar-lhe em que ordem religiosa deveria ingressar. Percebeu que todos os dias, assim que começava a rezar, aparecia uma pequena borboleta nas cores branco e preta, e com este sinal chegou à conclusão que deveria ingressar na Congregação da Ordem Terceira de São Domingos, cujas vestimentas eram nestas cores. Tendo ingressado na ordem aos vinte anos, pediu e obteve licença de emitir os votos religiosos em casa - e não no convento - como terciária dominicana.
Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, e passou a levar uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. Através de rigorosas penitências, Rosa eliminou de sua vida todo orgulho, amor próprio e vaidade, cumprindo à risca o que Jesus disse: "Quem se humilha será exaltado". Entre as penitências estava o jejum contínuo: Rosa consumia o mínimo necessário para sua sobrevivência e quase não bebia água. Dormia sobre duras tábuas e ao olhar para o crucifixo dizia: "Senhor, a sua cruz é muito mais cruel que a minha".
Quando seu pai perdeu toda a fortuna, Santa Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: "Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência". Vivendo fora do convento, renunciou a inúmeras propostas de casamento e de vida fácil, dizendo: "O prazer e a felicidade que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto". Alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística, suas orações e penitências conseguiram converter muitos pecadores.
Muitos milagres aconteceram após sua morte. Ela foi beatificada por Clemente IX em 1667 e canonizada em 1671 por Clemente X, a primeira da América a ter essa honra. É padroeira da América do Sul e das Filipinas.

Cristão precisa desapegar dos bens materiais.


Leniéverson Azeredo Gomes

Segunda e terça, dessa semana, os evangelhos litúrgicos colocaram até nós, a passagem do Jovem Rico (Mt 19, 16-30). O texto escrito em forma de parábola é emblemática, no sentido de que nos ajuda a entender a forma com a qual Jesus deseja que O sigamos. Em primeiro lugar, o evangelista Mateus, se preocupa em manter no versículo a palavra Rabi, que significa, “Mestre”.
De fato, o jovem rico que se aproximou de Jesus, compreendia que o Filho de Deus, era um líder cheio de sabedoria, mas se mostrava repleto de dúvidas, como se revela, logo de cara, na primeira pergunta: “Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna? (v 16)” E ele, o Jovem Rico, recebeu atentamente a resposta de Cristo: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos” (v.17). O jovem demonstrava interesse pela Verdade revelada. Cristo o ensinava, também que, além de seguir os mandamentos, para se ter a vida eterna, o jovem rico teria que “ir, vender tudo o que ele tinha, dar o dinheiro dele aos pobres para ter um tesouro no céu, assim ele poderia seguí-lo”(v. 21). O moço rico seguia os mandamentos, segundo ele mesmo afirmava, mas não queria se desprender dos bens materiais, por isso entristeceu-se com a fala do Mestre.
Quando Cristo falou ao jovem rico as expressões do tipo “vender tudo o que tem” e “dar dinheiro aos pobres”, recordou  de forma subentendida sobre a “não possibilidade de servir a dois Senhores”, “porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se á um e desprezará o outro” (Mt 6,24).
Tanto o Novo, quanto o Antigo Testamento, não fala que é errado ter posses ou acumular riquezas, apenas aponta sobre o fato de o ser humano, não se deixar escravizar pelo capital adquirido. Este Blog, há alguns meses, publicou um post chamado  “Servir a Deus de Israel ou o Deus Mamom (Dinheiro)?”, onde foi pontuado que muitas seitas, ao invés de levar a imagem de um Deus que é Pai, cujo nome está sobre todos os nomes e a quem devemos servir, levam a imagem de um Deus supermercado, onde tem-se a nítida sensação de que Ele deve nos servir todo o tempo e a todo instante. É o raciocínio herético da Teologia da Pro$peridade.
Devemos nos recordar que, na passagem do Rico e o Pobre Lázaro (Lc 16,19-31), o que tinha mais posses, quando morreu queria ser tratado da mesma forma, quando estava em meio aos vivos. Mas ele, o rico, só dava migalhas a um pobre chamado Lázaro. A sua conduta de avareza, egoísmo e uma postura não altruísta. O Rico, descrito na passagem, sofreu as consequências do Juízo Final (Mt 25, 31-46), afinal ao Lazaro, não deu de comer, não deu de beber, não deu acolhimento, não deu de vestir, dentre outras coisas.
A pedagogia cristã sempre se voltará para a abnegação, ou seja, para a renúncia de si mesmo, dos excessos e das amarras. Observem que “Todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmã, pai, filhos, campos, [bens materiais, acréscimo do blog] por causa do nome de Cristo, receberá 100 vezes mais” (Mt 19,29).Por isso que “é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico ingressar no Reino de Deus” (Mt 19, 24), devido ao fato de que para o que tem posses, não é prioridade “buscar primeiro o Governo Divino” (Mt 6,33).
Concluindo, se querem seguir Jesus, “abandone a si mesmo, tome a sua cruz e vá em direção a Ele”.(Mc 8,34)