segunda-feira, 12 de julho de 2010

15ª Semana do Tempo Comum – Segunda-Feira

A liturgia de hoje nos questiona sobre o verdadeiro culto divino. Na primeira leitura retirada do livro de Isaias 1, 10-17, o Senhor critica categoricamente àqueles que dão oferendas inadequadas a Ele.Muitos davam Holocaustos – certo tipo de sacrifício -, bois , cordeiro e até sangue de animais (v 10-12).
Para Deus, tudo isso era um crime de heresia, caracterizado na passagem pela palavra moléstia (v.14). Para Ele, o caracteriza um verdadeiro culto é realizar boas obras, preces e iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano, descanso do corpo de alma, com Ele superar e suportar as provações do dia-a-dia: tudo isso praticado em espírito e em verdade, fazendo com que cada ser humano seja uma hóstia espiritual.
Alem disso, Javé (Senhor), afirma, que “deixar de fazer o mal e começar a fazer o bem, respeitar o direito, proteger o oprimido, fazer justiça ao órfão (que acham que não tem Pais espirituais) e defender a viúva (pessoas que se sentem sem companhia)”(v.17) são caminhos que nos aproximam mais e mais do Reino dos Céus.
De fato,”Deus quer a Misericórdia e não o sacrifício” (Os 6,6).Entretanto, é importante destacar que, isso não significa que Deus não goste de Sacrficio.O que Deus quer que nossas oferendas sejam embebidas de amor e pureza.
No Evangelho de hoje, mais exatamente no livro de Mateus 10,34 – 11, 1, Jesus, o filho de Deus, pontua algumas dificuldades e nos propõe alguns caminhos para viver o verdadeiro culto cristão.Inicialmente, Ele, Jesus expõe um fato muito comum nos dias de hoje: o nome de Jesus, em muitas famílias gera divisão.
São filhos que vão a Igreja sem o apoio dos pais; mulheres que vão a Igreja sem os maridos ou namorados e vice-versa; pessoas que até freqüenta a Igreja, mas não querem participar de pastorais, enfim, um rosário de elementos motivados por “birra espiritual”, pode-se dizer assim (v 34-36).
Jesus quer nos ensinar a fazer da nossa vida, um exercício de desprendimento, renúncia.Ele diz: Quem ama seu pai, mãe ou filho mais que Eu, não é digno de mim”.Há uma passagem correlata a isso, em Mt 19,29, lá Cristo fala que quem renunciar tudo isso em nome do evangelho terás a vida eterna.
Para os incrédulos e os homens de pouca fé, compreender essas questões é uma verdadeira loucura. Mas a teologia ensina a carregarmos a nossa Cruz como cristo carregou a dEle para a remissão dos pecados.
A Trindade Santa trocou reinos por nós, abriu o caminho de mares muitas vezes revoltos, pois ele nos ama e; quer bem(Isaias 43,4). A dependência de Deus gera fidelidade, a fidelidade gera amizade e amizade faz com que demos a vida por esse amigo.
Concluindo, Deus nos convida no dia de hoje a darmos a vida por Ele, assim como Ele dá a vida por nós.O irmão de fé ou a pessoa carente de tudo depende de nossa acolhida depende do nosso coração.Afinal, quem acolhe o irmão, acolhe o próprio Cristo que derramou seu próprio sangue para a remissão dos pecados do mundo inteiro.

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