segunda-feira, 26 de julho de 2010

Novas mídias, Televisão e Rádio são temas discutidos pelos agentes da Pastoral da Comunicação

CNBB

Os agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) discutiram nesta quinta-feira, 22, a relação da Igreja com as novas mídias de comunicação, com a televisão e com o rádio. O debate aconteceu durante o segundo encontro nacional da Pastoral, que começou dia 21, no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). Mais de 300 lideranças participam da reunião.

“Para viver de forma digna nesse novo mundo da economia digital, é preciso impor valores ético-humanistas à técnica. Dominá-la [a técnica] é fundamental”, disse o presidente para a América Latina da Associação Mundial de Comunicação, Luciano Sathler.

Satlher, um dos conferencistas do encontro, falou sobre inclusão e exclusão a partir das novas tecnologias e das novas mídias. Ele vê a democratização das novas tecnologias como um desafio e defendeu que a Igreja deixe de ser apenas usuárias delas.

“A Igreja precisa deixar de ser apenas usuária, vítima, da tecnologia, mas tornar-se dominadora e produtora de tecnologia. As Comunidades Eclesiais de Base precisam ser focadas em tecnologia”, sublinhou.

Para Sathler, a web 2.0 deve fazer parte do cotidiano da Igreja. “Ainda não percebemos o valor que a Web 2.0 tem para mudar a cabeça da pessoa”, insistiu.

O conferencista questionou a falta de integração da comunicação na Igreja. “Não entendo como os meios [de comunicação] católicos não trabalham integrados”, disse.

Televisão e Rádio

O jornalista Elson Faxina, por sua vez, recordou o papel da TV na sociedade e a classificou como “reflexo antecipado da sociedade amanhã”.

“A TV é como espelho que uso para me corrigir. Que sociedade ela mostra? Não é a sociedade do real, mas a do desejo, a do devir. A televisão propõe nova organização social”, acentuou.

Segundo Faxina, a TV pauta a vida social e, no Brasil, a lógica que prevalece é a do mercado. “A TV no Brasil tem a lógica do mercado que, com a TV Pública, corre o perigo de virar a lógica do poder e não da solidariedade e da democracia”.

Já o padre César Moreira, que por mais de 30 anos atuou na Rádio Aparecida, destacou a importância do rádio no cotidiano das pessoas e também na evangelização. “Rádio faz amigos, informa, presta serviço, faz propaganda, faz humor, polemiza, forma opinião”, disse.

Ele defendeu a capacitação técnica dos que fazem comunicação nos meios da Igreja e também a publicidade nos veículos da Igreja. “Todos os anos fazemos encontro com os anunciantes da Rádio Aparecida e os ensinamos para que vendam mais”, disse.

O encontro da Pascom prosseguiu até sábado, dia 24. Um dos destaques da programação de domingo, dia 25, foi à entrega dos prêmios de comunicação, às 20h, no auditório da TV Aparecida, que transmitiu ao vivo toda a cerimônia.


Nota do Blog: Da mesma forma que os protestantes, os blogs católicos deveriam ter uma associação de classe para juntar forças para a criação de um estatuto aprovado pela maioria de seus membros, estabelecer formação contínua, troca de idéias que produzam soluções a curto prazo, defender a Igreja Católica contra os ataques da mídia secular e ser a opção que contraponha a idéia cultivada pela CNBB de oferecer a outra face ou ter uma relação cordializada com produtores de novelas, cheia de contra-valores.

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