terça-feira, 17 de abril de 2012

Cartaz de Parada Gay traz foto de catedral de Maringá. A “indignação” melindrosa de Dom Anuar Battisti.

Do site http://fratresinunum.com com blog do Leniéverson

Ao confrontar a parada do orgulho gay, Arcebispo parece não se orgulhar de ser católico. Tímido, o Arcebispo de Maringá, que outrora quase pediu perdão pelo Brasil ser um país católico, agora reafirma seu “respeito pela diversidade” e convida organizador de parada gay para um cafézinho. A firmeza do senhor Arcebispo é tamanha que o ofensor se sente à vontade para exigir “bons argumentos”.
Folha de São Paulo | Um cartaz de divulgação da Parada Gay de Maringá (436 km de Curitiba) provocou indignação na Igreja Católica por estampar a foto da Basílica Nossa Senhora da Glória refletindo a explosão de um facho de luz com as cores do arco-íris. A Igreja quer a retirada do cartaz das redes sociais e de sites que defendem a causa gay.
O editor do site “Maringay”, Luiz Modesto, 31, disse que o cartaz é extraoficial e foi desenvolvido pela artista plástica Elisa Riemer, inspirado na capa do álbum “The Dark Side of the Moon”, da banda britânica Pink Floyd.
“Foi um cartaz simpático, com o símbolo de Maringá. Em qualquer lugar usa-se o símbolo da cidade para vender o peixe”, afirma.
Ele diz que outras leituras podem ser feitas, como o facho de luz que aponta de baixo para cima e depois explode no alto, representando a diversidade de Maringá.
O arcebispo dom Anuar Battisti disse à Folha que a catedral não é apenas um símbolo de Maringá, mas também da fé da maioria dos moradores da cidade. “Respeitamos a diversidade, mesmo às vezes não concordando com o modelo de comportamento“, afirma o religioso.
Luiz Modesto, que diz ter recebido um convite para tomar café com o arcebispo nesta terça-feira (17), afirma que a Igreja terá que apresentar bons argumentos para a retirada do cartaz. “Se ele me convencer que eu ofendi a Igreja, eu retiro“, afirma.
Em nota, a Arquidiocese de Maringá disse que “a Igreja Católica não tem a pretensão de domesticar a sociedade, impondo-lhe seus princípios e valores“, mas que o cartaz “confrontou opinião religiosa da parcela maior da comunidade maringaense“.

A Parada Gay de Maringá está marcada para o dia 20 de maio.

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Verborréia politicamente correta: “O que pode escandalizar não é um cartaz, mas a violência contra o ser humano”. Dom Anuar: “Abrimos uma porta em defesa da vida” (?); “Não queremos ser uma igreja preconceituosa, queremos ser uma igreja do amor”.

Jornal de Londrina | A comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) e a Igreja Católica se reuniram na manhã desta terça-feira (17) pela primeira vez após a polêmica que envolveu o cartaz da Parada LGBT, que mostra a Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória sendo atingida por um raio de luz, dando origem a um arco-íris, um dos símbolos do movimento. O evento ocorrerá em 20 de maio em Maringá.
“No que seria um grande constrangimento [ o encontro entre as duas partes], conseguimos encontrar um espaço de diálogo”, comentou um dos integrantes do movimento LGBT de Maringá e editor do site Maringay, Luiz Modesto. “Juntos, entendemos que o que pode escandalizar não é um cartaz, mas a violência contra o ser humano.”
Modesto confirmou que sugeriu durante a reunião com o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, a criação de uma pastoral da diversidade no Município. “Ele acolheu a ideia e disse que vai levar a proposta para outros bispos”, confirmou.
Segundo o arcebispo, o mais importante foi o canal de comunicação aberto após a polêmica. “Foi um bom diálogo. Abrimos uma porta em busca da defesa da vida”, comentou. “Não queremos ser uma igreja preconceituosa, queremos ser uma igreja do amor.”


Cartaz
O cartaz polêmico

O arcebispo da Arquidiocese de Maringá pediu que a montagem fosse retirada da internet, o que não é mais possível, porque a imagem foi compartilhada por vários internautas. “Foi uma imagem que mexeu com o sentimento dos católicos, mas que não é mais possível retirar da internet”, disse.
[...] Segundo Modesto, a designer fez a imagem para criar um diálogo entre a comunidade LGBT e a igreja, não a polêmica. Apesar das críticas, Modesto elogiou a atitude de Elisa e apontou que o objetivo dela foi concretizado. “Está de parabéns.”

Comentário do Blog do Leniéverson: Mas que bispinho chinfrim, hein? Ruinzinho para defender a Igreja Católica. Desde quando, deve sentar-se para conversar com quem agride símbolos religiosos, tem de tascar é um processo. Defendo a tese de que esse bispo tem de ser enquadrado devido a sua postura medrosa e covarde.