quinta-feira, 4 de julho de 2013

Em seu artigo, o jornalista e filosofo, Olavo de Carvalho, faz duras críticas a escolha de escritores convidados para a Feira de Literária anual de Parati-RJ(FLIP).Ou: Quem é escritor de direita conservadora é barrado no baile das atividades literárias, um dos barrados é o Padre Paulo Ricardo.

Olavo de Carvalho


03/07/13 - Mais que um simples escândalo literário e editorial, a FLIP deste ano é um delito de malversação de dinheiro público do Governo do Estado do Rio de Janeiro, da Embratel, da Petrobrás e da Eletrobrás.
Tentando justificar a ausência de escritores liberais e conservadores na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) deste ano, assim se pronunciaram os seus mais destacados representantes:
Miguel Conde, curador: “Não acho que escritores associados à direita sejam numerosos. Tenho até dificuldade em pensar em nomes.”
Sérgio Miceli, membro da principal mesa de debates : “Bons pensadores à direita são peça rara no país.”
Milton Hatoum, conferencista encarregado da palestra de abertura : “De escritor importante no Brasil, não me lembro de nenhum de direita.”
Dada a relevância dos personagens, não creio exagerar ao supor que suas opiniões e seu nível de cultura exemplificam a média dos participantes, excetuada a hipótese, hedionda mas plausível, de que ela vá daí para baixo.
Nesse sentido, a FLIP é a mais espetacular amostra viva da completa destruição da alta cultura no país, substituída pela tagarelice autopromocional de usurpadores e carreiristas barbaramente incultos e infinitamente presunçosos, cuja sobrevivência no cenário intelectual só se deve a três fatores: (1) proteção governamental, (2) interbadalação mafiosa, (3) sistemática e preventiva exclusão dos adversários reais e possíveis.
O fator 3 vem sendo aplicado com tal perseverança, que acabou por moldar a cabeça dos seus mesmos praticantes. Primeiro eles se recusam a falar de um autor, depois concluem, do seu próprio silêncio, que ele não existe. Sua regra áurea é o argumentum ad ignorantiam: “Tudo aquilo que eu não sei ou que esqueci é inexistente, nulo ou irrelevante.”
Os três citados mostraram mais ignorância da cultura brasileira do que se poderia tolerar – mas não aprovar – em alunos de ginásio.
Não vou discutir com esses palhaços. Vou fornecer ao leitor um breve mostruário daquilo que eles, tomando a sua própria ignorância como medida da realidade, dizem ser inexistente ou quase.
Eis aqui, colhidos a esmo, uns poucos nomes de escritores e outros intelectuais brasileiros de ontem e de hoje, todos mais que consagrados (muitos internacionalmente), tidos como “de direita” seja por eles próprios, seja por seus detratores esquerdistas:

Afonso d’Escragnolle Taunay
Alberto Oliva
Ângelo Monteiro
Antônio Olinto
Antônio Paim
Arthur César Ferreira Reis
Augusto Frederico Schmidt
Bruno Garschagen
Bruno Tolentino
Carlos Lacerda
Cornélio Penna
Demétrio Magnoli
Denis Rosenfield
Diogo Mainardi
Dora Ferreira da Silva
Eduardo Gianetti da Fonseca
Eduardo Prado
Eugênio Gudin
Gerardo Mello Mourão
Gilberto de Mello Kujawski
Gilberto Freyre
Gustavo Corção
Heitor de Paola
Heraldo Barbuy
Ignácio da Silva Telles
Irineu Strenger
Ives Gandra da Silva Martins
João Camilo de Oliveira Torres
João de Scantimburgo
Joaquim Nabuco
Jorge Caldeira
José Américo de Almeida
José Guilherme Merquior
José Osvaldo de Meira Penna
Josué Montello
Júlio de Mesquita Filho
Leonardo Prota
Padre Leonel Franca 
Lúcio Cardoso
Luís Viana Filho
Luiz Felipe Pondé
Machado de Assis
Manuel Bandeira
Maria José de Queiroz
Mário Ferreira dos Santos
Mário Guerreiro
Mário Vieira de Mello
Padre Maurílio Penido 
Miguel Reale
Milton Campos
Nelson Rodrigues
Nicolas Boer
Octavio de Faria
Oliveira Lima
Oliveira Vianna
Otto Maria Carpeaux (primeira fase)
Paulo Francis (segunda fase)
Paulo Mercadante
Padre Paulo Ricardo de Azevedo 
Pedro Calmon
Percival Puggina
Plínio Barreto
Rachel de Queiroz
Reinaldo Azevedo
Renato Cirell Czerna
Ricardo Velez Rodriguez
Roberto Campos
Roberto Fendt Júnior
Rodrigo Gurgel
Romano Galeffi
Roque Spencer Maciel de Barros
Ruy Barbosa
Vicente Ferreira da Silva
Vilém Flusser
Wilson Martins.
Padre Leonel Franca
Padre Paulo Ricardo
Padre Maurílio Penido 

Faço a lista no improviso e de memória, porque tenho alguma e porque estudei. Os anões da FLIP não sabem nada, não são intelectuais exceto no sentido muito elástico e gramsciano do termo, isto é, agentes de organizações de esquerda encarregados de “ocupar espaços” na mídia, nas universidades e no movimento editorial e ali abrir vagas para seus parceiros de militância, vetando o acesso de candidatos politicamente indesejáveis. O establishment esquerdista recompensa-os generosamente ao ponto de induzir cada um à ilusão de que é mesmo, como diria Léon Bloy, “aquilo que se convencionou chamar de alguém” — e de que tudo o mais é um vasto ninguém.
Mais que um simples escândalo literário e editorial, a FLIP deste ano é um delito de malversação de dinheiro público do Governo do Estado do Rio de Janeiro, da Embratel, da Petrobrás e da Eletrobrás. Pessoas que desconhecem a cultura brasileira não têm nenhum direito de representá-la e de ser subsidiadas para isso pelos já tão espoliados e exaustos contribuintes. A FLIP não é um acontecimento da esfera intelectual, é só mais um episódio banal da corrupção avassaladora que tomou conta deste país.
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Nota do blog:

É um absurdo um evento literário, de certa forma, pretender doutrinar as pessoas ao marxismo, mas a lista de escritores de direita, eu acrescentaria:

Professor Felipe Aquino
Padre Demétrio Gomes
Padre Zezinho
Augusto Cury
Reinaldo Azevedo
Augusto Nunes
E outros

Programação da Semana Missionária da JMJ da Diocese de Campos (RJ) e Administração Apostólica São João Maria Vianney

O Blogueiro da Revista Veja, Ricardo Setti, publicou ontem, uma matéria falando sobre um protesto de evangélicos no Rio, nos dias 20 e 21 de julho contra os 'gastos' com a visita do Papa Francisco durante a JMJ.OU: Intolerância a Vista.


Leiam só, este absurdo e intolerância.


Papa Francisco encontrará manifestação de evangélicos no Rio (Foto: Alessandro Bianchi / Reuters)
A presidente Dilma Rousseff foi informada na semana passada de que as principais igrejas evangélicas preparam uma grande manifestação no Rio de Janeiro para o fim de semana de 20 e 21 de julho, véspera da chegada do papa Francisco(foto) à cidade.

O objetivo dos religiosos é reunir mais de 1 milhão de pessoas contra os gastos públicos com a visita do líder católico, estimados em 120 milhões de reais.

Dilma até admite receber lideranças evangélicas, mas não sabe o que poderia oferecer para evitar o protesto. 
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Comentário do Blog:

Eu costumo dizer que assuntos como esse são espinhosos, não na essência, mas sim, na sua razão de ser. Parece a mesma coisa, não é. Com a reforma Luterana e, consecutivamente, com o passar dos séculos e as divisões de Igrejas, os fiéis protestantes de hoje aprenderam, a partir de uma apologética manipulada a criticar negativamente tudo, ou quase tudo, que vem do catolicismo, desde a intercessão dos santos até a primazia de Pedro. E costumam fazer isso, sem fazer juízo real de valor. Pobres deles. Teologia e apologética repreendem coisas, pecados e erros. Cristo era, é, e sempre será amor, mas o amor evangélico não passa a mão na cabeça das pessoas, mas é misericordioso na maioria das vezes.O texto do evangelho de São João 17,24, fala do apelo de Jesus para que todos os Cristãos seja uma só igreja e não várias portinhas que se abrem por aqui e ali.Cristo, apesar de eles negarem, fundou a Igreja Católica Apostólica Romana. A mesma Igreja que está promovendo a Jornada Mundial da Juventude. Esse evento não é como a Copa do Mundo, não há superfaturamento, não há corrupção, não há desvio de verba, tudo tem lisura e idoneidade.Serão, quase 5 milhões de pessoas que virão ao Rio de Janeiro, dentre Brasileiros e Estrangeiros, boa parte de jovens. Não virão apenas gastar dinheiro, mas, também para ter um encontro com Cristo. Depois dos Bote-Fés, que embalaram as dioceses e arquidioceses desde o ano passado até o início desse mês, as mesmas agora vivem a semana missionária (uma semana antes da jornada no Rio), do qual eu sou um dos voluntários pela diocese de Campos dos Goytacazes/RJ, atuando como tradutor de português para inglês. Só na minha diocese, virão 500 jovens de países de língua inglesa, francesa, alemã, espanhola e dialetos indianos. Será uma riqueza imensa, não só de troca de experiência, conhecemos culturas diversas, modo de se viver a fé católica, de se alegrar com a presença deles, etc.
Bom, na própria Jornada no Rio, muitos protestantes metodistas, entre outras denominações, irão abrigar muitos peregrinos, daí, vem-me a pergunta: Porque ao invés de criticar, os nossos irmãos protestantes não acolhem – sem fazer proselitismo – algum desses que irão peregrinar na JMJ? Vamos todos ser um. Nós católicos não fazemos juízo de valor, quanto as suas Marchas para Jesus, apesar de vocês, nesses eventos falarem mal do catolicismo, muitas vezes. Até reconhecemos na Marcha para Jesus, uma certa coerência que faltou em um detalhe na JMJ, que é só convidar pessoas que sejam só cristãs, que frequentem a Igreja para participar de eventos oficiais. De resto, as críticas as JMJ, é mais uma birra e fruto da ação demoníaca, porque essa briguinha não é de Deus, Ele jamais aprovaria isso.Enfim, vamos ser mais tolerantes, se somem e não dividam.Eu gostaria de dizer a vocês protestantes, que ganharão muito mais somando do que dividindo. É só analisar friamente. O Papa é chefe de Estado, meu povo, o que fazer se isso é uma verdade.Nenhuma liderança religiosa tem esse título, só o líder da Igreja Católica tem essa honra, querendo eles ou não?