segunda-feira, 4 de junho de 2012

O construtor, os vinhateiros homicidas e você



Leniéverson Azeredo Gomes

A Igreja Católica nos trás liturgicamente a parábola dos vinhateiros homicidas (Mc 12,1-12). Narrada por Jesus, aos sumos sacerdotes, mestres da lei e anciãos,  ela conta a história de um homem que plantou uma vinha, a cercou com lagar e construiu uma torre de guarda, arrendou a alguns agricultores e viajou para longe. Na época da colheita, mandou vários empregados que foram espancados e humilhados pelo agricultor. O plantador da vinha, sabendo do que aconteceu a os empregados dele, julgou-se esperto e, resolveu mandar, desta vez, o filho dele, mas diferente dos outros, o mataram, porque ele era o herdeiro.
Amados, a carta de São Paulo apóstolos aos Coríntios, capítulo terceiro, versículo nono, fala que a Igreja é a grande lavoura ou campo de Deus. Isso nos ajuda a entender alguns aspectos iniciais da parábola ( cf. Mc 12,1-9), onde Jesus é o “verdadeiro plantador da videira ou vinha, que objetiva dar a vida e fecundidade aos ramos, quer dizer, a nós, que pela Igreja permanecemos nele, sem o qual nada podemos fazer”( Jo 15, 1-5).
A fim de que os ramos cresçam, Jesus, o Filho de Deus, designa e, posteriormente envia seus servos para cuidar dessa vinha. Os servos dos quais são enviados por Jesus, são considerados “os bem-aventurados que sofrem calúnia e perseguição e, lhes são dirigidos todo tipo de difamação.”(Mt 5,11).
De fato, esta Igreja, formada por essa assembleia de fiéis é chamada a trabalhar nesta vinha verdadeira, cujo viticultor ou vinicultor é o próprio Cristo. O nome do filho de Deus gera, por exemplo, “divisão entre crentes e não crentes” (Mt 10,35), sinais evidentes de “contradição e paradoxo com ideologias e doutrinas estranhas a verdade revelada, queda e elevação de muitos na face da Terra”. (Lc 2,34).
Grosso modo, a Igreja também é chamada de “Construção de Deus”. Assim, Jesus, na parábola, auto compara-se à pedra que os construtores rejeitaram e se transformou na pedra angular.
A pedra angular é o fundamento desta Igreja construída pelos apóstolos, com o intuito de Deus receber a consistência e coerência, mas de ensinar que, devemos pregar que o Filho d´Ele foi crucificado e como sofrer as consequências – leia-se martírio – dessa ação de pregar esta boa nova.