segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Myrian Rios, a boa "Lei da Moral e dos Bons Costumes", a polêmica que não é polêmica ou a intolerância [marxista] com os cristãos e a ignorância de pessoas e imprensa sobre o cristianismo.



Por Leniéverson Azeredo Gomes



  Nesta quinta-feira, dia 17 de janeiro, foi sancionada pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, um projeto de Lei da Deputada Estadual, Myrian Rios. Intitulado de “Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais” e, mais conhecida, por “Moral e dos Bons Costumes”, a lei tem por  finalidade  “desenvolver ações essenciais que contribuam para uma convivência saudável entre pessoas, estabelecendo relações de confiança e respeito mútuo, alicerçada em valores éticos, morais, sociais, afetivos e espirituais, como instrumento capaz de prevenir e combater diversas formas de violência”.
Embora, algumas pessoas, grande parte da imprensa e as autoridades não visualizem a aplicabilidade da Lei e como será efetiva- como se pode ver no Twitter, ela é interessante pois lembra a sociedade de pontos, que na verdade, deveriam ser ensinados no foro familiar, que é o respeito aos idosos e aos deficientes (compreendendo que se deve dar lugar a eles no ônibus – se for deficiente em grau que a o impeça de se locomover-, entender a fila preferencial no banco, etc), a prática de caridade, o incentivo ao espirito agregador familiar, ser prudente no trânsito. Isso envolve família, igreja, autoridades governamentais, dentre outras coisas.
Muita gente confundiu erroneamente como se fosse um projeto “conservador”, no sentido de se haver uma orientação religiosa, como se todas essas coisas só tivessem uma conotação religiosa, tem também uma conotação coletiva, educativa, uma provocação para que a sociedade, se auto-examine, se auto avalie. Não são conceitos do tipo “o que vale para outro, não vale para mim”, eles são conceitos universais: de gentileza e de verdadeiro chamamento a mudança de atitude, que, como eu disse acima, deveriam vir “de fábrica”, ou seja, de berço.
Estamos passando por uma crise de valores sem precedentes em nosso país, o que é certo está virando errado, o que é errado está virando certo, honestidade está virando defeito e, praticas de corrupção, sobretudo, a política – leia-se populismo e fisiologismo (a troca de favores para receber algo em troca) -, pessoas que apoiam projetos de lei que regulamentam a prostituição, que não veem a família como homem, mulher e filhos, vêm se tornando uma virtude. É o que a sociologia e filosofia costumam, em comum de relativismo.
Como esperado, o projeto gerou reações, um tanto, violentas, se é que podemos dizer, também, agressivas e ignorantes. Mas, não são as críticas ao projeto que chamam mais atenção, são críticas feitas a pessoa da deputada Myrian Rios, que é missionária católica da  Comunidade de Aliança da Católica Canção Nova, há um pouco mais de 10 anos. Ela teve uma vida um tanto agitada, antes da conversão trabalhou mais de 30 anos como atriz, onde fez muito trabalhos de teatro, atuou em televisão (onde passou pelas TV Globo, SBT, Tupi, Manchete e já até interpretou a Irmã Catarina na TV Século XXI – uma Rede de Televisão Católica, com sede em Valinhos - SP). E, também, já posou nua em algumas revistas voltadas para o segmento masculino, como, por exemplo, “Ela e Ele” e “Playboy”.  Ela teve envolvimento com o cantor Roberto Carlos, com o Ator André Gonçalves e o empresário Edmar,  que deram, cada um, a Myrian, um filho.
No Twitter, essas informações têm sido usadas pelos internautas e segmentos da imprensa secular, como as “balas de prata”, para dizer que a Myrian, não tem moral para criar este projeto, portanto, ela é hipócrita. Quando os críticos usam essas “balas de prata” para mostrar indignação, se inicia um problema e uma constatação. O problema é a agressão e a intolerância e, a constatação é que ambos, internautas e certos segmentos do jornalismo, não dominam questões referentes à metanóia (mudança de vida) e o próprio e autêntico cristianismo, como um todo.
 Myrian Rios, quando se converteu ao catolicismo disse em um testemunho, durante o II Festival de Artes, na Canção Nova, em 21/06/2008:
Myrian, durante o seu testemunho.
“Eu passei dos meus limites, aceitei assinar um contrato com uma grande emissora e queria ficar famosa e ganhar muito dinheiro, fiz algumas fotos sensuais com a finalidade de ter mais dinheiro para pagar minhas contas. Eu pensava comigo que aquela oportunidade havia caído do céu, mas na verdade não caiu do céu, veio foi do inferno! Eu me lembro de que cheguei no estúdio para fazer este trabalho constrangedor e estava com muita vergonha, mas precisava estar ali para pagar minhas contas.
Mas Deus às vezes nos permite “enfiar o pé na lama” para que possamos provar de que na verdade Ele quer nos dar uma vida de paz e prosperidade. Os trabalhos que convidaram para que eu fizesse falavam sobre adultério, sobre roubo, sobre passar as pessoas para trás. Lembro que na época em que começou a AIDS, eu tive que fazer um pedido para um diretor meu de não me filmar numa cena beijando um colega de trabalho que era homossexual e tinha AIDS, pois eu tinha medo de pegar AIDS dele, porém depois fui perceber que eu não tinha que me preocupar se eu ia pegar AIDS ou não, mas sim me preocupar com aquela pessoa que tinha se desviado em seus caminhos e tentar ajudá-la de alguma forma.
Alguns pensam que eu fiquei louca, porém eu não ligo, pois sei que meu lugar é o céu. Há cinco anos que estou na Canção Nova e comecei prestando serviços e hoje sou da Comunidade como aliança. Eu chamava uns amigos meus nos programas e eles achavam estranho, falavam que havia alguma coisa diferente, pois nas emissoras seculares nas gravações ouvíamos xingamentos, gritos e aqui todos os tratavam muito bem.
No dia em que eu marquei com o Eto [administrador da Fundação João Paulo II,órgão mantenedor da Comunidade e do Sistema Canção Nova de Comunicação] para me colocar a disposição da Canção Nova, eu cheguei e falei: “estou aqui, eu sou atriz, eu falo Inglês e estou disposição para fazer qualquer coisa aqui como voluntária”. “Se você abre o seu coração com docilidade, com obediência, com docilidade, Deus agirá em você, agora se você disser, “eu quero ser um artista de Deus”, mas continuar fumando maconha, vivendo um namoro no pecado, você não será ajudado por Deus”.
O profeta Isaias, diz no capitúlo 65, versículo 17, que Deus cria ou criar um novo céu e uma nova terra para os membros do seu Reino,  e, mais:  o passado desses membros não será mais lembrado e não voltará mais à memória”.
Falando sobre pedofilia. 
O Pai Celestial promete aos seus filhos uma vida renovada, nos ama apesar de nossos pecados, não costuma fazer acepção de pessoas, nos ama independente do  nosso passado. No intra-cristianismo, ou seja, dentro de uma redoma, digamos, – lá frente eu explico porquê dessa palavra-, todos lidam com a metanóia (mudança de vida), como uma conversão. Encara aquela pessoa, a partir dos seus novos bons atos – dentro de uma perspectiva cristã - e testemunho de vida, como alguém regenerado e transformado pelo poder divino. Afinal, vamos convir, será que um ex-traficante de drogas ilícitas, que hoje está limpo, não tem o direito de ministrar palestras sobre os riscos do uso de drogas? Um ex-usuário de álcool do Alcoólicos Anônimos não tem o direito de falar sobre os riscos do uso excessivo da bebida alcoólica? Uma ex-prostituta não pode falar dos riscos da prostituição? Uma pessoa que praticou aborto e se arrependeu, não pode falar sobre e participar de campanhas contrárias ao aborto, a exemplo da cantora e atriz, Elba Ramalho? Mas, é claro que pode, porque não?  Se nós usarmos o raciocínio lógico, há coisas e contas que não fecham e não batem, por conta de preconceitos e estupidezes.
Fora da redoma religiosa, e principalmente quando aquela pessoa, é pública e notória como a atriz e deputada Myrian Rios, a conversão é tida com desconfiança – porque acha que será algo momentâneo, que a pessoa quer virar pastora (pastora?) - como sinônimo de que a pessoa não tem moral para criar leis a favor da......moral. O passado acaba, nesse entendimento, exercendo o papel de um fantasma a cola da pessoa, ou seja, determina simbioticamente para certos comentaristas e parte da imprensa, uma condenação eterna.Sem fazer um juízo de valor, certamente, a Myrian Rios, vem encarando isso de forma serena, pelo menos publicamente, o que é a forma correta. Não se deve dar bola para comentários medíocres, carregados de idiotices; ignorâncias, agressividade e, confundir o público com a vida pessoal da parlamentar.
Hoje em dia, se desrespeita leis de trânsito – onde muita gente dirige sob efeito de álcool, não usa cinto de segurança, fala-se muito ao celular, briga-se muito no trânsito, coloca criança no banco da frente, dentre outras aberrações que infringem o Código de Trânsito Brasileiro -, muita gente não dá lugar aos idosos, gravidas, mulheres com crianças e deficientes físicos graves nos transportes coletivos, não se respeitam leis sobre acessibilidade, há brigas de torcidas de esportes coletivos – a exemplo do futebol -, há muita violência doméstica – verbal e física- contra mulheres (mesmo com a  Lei Maria da Penha), crianças (mesmo com o Estatuto da Criança e Adolescente) e idosos (mesmo com o Estatuto do Idoso), a conhecida prática do Bullying, assédio moral e sexual (onde inclui o famoso teste do sofá), gente que quer subir de nível passando por cima do outro de forma desonesta, gente que fura fila em banco, almoço e lanche de escola (quando se é criança e adolescente, pessoas que tocam música alta – quando o vizinho precisa de sossego, a intolerância contra as religiões e outras coisas de arrepiar os cabelos. Essas coisas por si só, mostram o quão a lei é necessária, já que em muitos lares, por diversos motivos, não se ensinam noções de moral, bons costumes e respeito, que o Estado intervenha, nada mais que natural.
Ela, Myrian, também, não deve dar bola para a imprensa. Os meios de comunicações sociais jornalísticos, não entendem de cristianismo. São raríssimos os meios de informação no Brasil, que  tenha uma editoria ou uma coluna de religião, no caso, da religião católica. Tem se as editorias de esportes, de Cultura e Artes, de política, de Cidades, de Ciências, de Economia, de Agricultura, dentre outras, mas menos de religião. Há por aí, em algumas redações, a figura do jornalista, que se arvora apologeta; hermeneuta e exegeta e, quaaaando convidam religiosos, dão a preferência à aqueles que cometem as mais horrendas e bizarras heresias. Isso faz com que haja mais deformação e desinformação, do que informação.
 Quem está fora da redoma, não conhece a pessoa da Myrian Rios, não conhece a dinâmica da conversão – além do ‘aceitar de Jesus’, como Senhor e Salvador. Como alguém que é capaz de mudar vidas. Sobra-se  arrogância e falta-se a compaixão. E mostra o quanto a Lei se faz necessária, para dar, desde a mais tenra idade, ensinar o respeito e fazer debates de forma educada, com ideias, sem clichês e ofensas gratuitas. De resto, os comentários agressivos mostram que uma parcela da sociedade brasileira, não vive só uma inversão de valores, está ficando mais idiota.