terça-feira, 6 de julho de 2010

Poemas Católicos - Cristo a luz das nações e da verdade.

Leniéverson Azeredo Gomes

Ando preocupado com o interior do coração dos homens.
Vi uma escuridão assustadora que me perturbou a alma.
Escutei gritos medonhos, vozes apavoradas pedindo socorro.
Mentes doentes, tristeza para todo lado.

Observei a solidão daquele povo.
Ao longe, falsos mágicos se aproximam para enganar aquele reino.
Após uma oração, os ventos da verdade expulsaram os magos da mentira.
De súbito abriu-se um clarão em meio às nuvens.

Mais uma vez, clamei ao Sagrado para que as luzes do céu os afastem das trevas.
O véu se rasgou, o coro dos anjos soprou os clarinetes.
Então mãos divinas ofereceram leite e mel para aquele povo.
Esfomeada e sedenta, a multidão se saciava intercalando gritos macabros.

Então o Senhor dos Exércitos disse aquele povo:
“Não tenhas medo, pois eu estarei com vocês até o fim dos tempos!
Aonde caminhares, iluminarei com o sol da liberdade.
Os protegerei com as armas da justiça.
Alimentar-vos-ei com o maná da esperança.
E, acima de tudo, serei a fortaleza protetora de todo o mal”.

Capelinha - Poesia Cristã

Leniéverson Azeredo Gomes


No meu caminho para o sagrado havia uma subida.
Uma via-sacra semanal que me ajudava a ter a cabeça erguida.
Para alguns um sacrifício, para mim a sorte do benefício.
Uma capelinha à vista, um convite à visita.

Desde a infância, fazia daquela capelinha meu motivo
[para conversar com Deus]
Ouvia a voz dos “in persona christi” falarem das coisas do céu.
Palavras amargas, salgadas e, também doces como mel.

Me lembro da pequena capelinha, o badalo dos sinos.
E de longe, da minha casa, ouvia toda benção de hinos.
Cantigas celestiais, afinados como o som emitido ao bater de leve em cristais.

E assim, no meu caminho para a capelinha, os anjos me acompanhavam.
E, comigo partilhavam musicalmente tudo que sonhavam.

E a capelinha ainda ecoa em minha mente, e, alegremente me leva as recordações.
Recordações do meu eu menino, em direção ao templo pequenino
[onde habitava o Deus Homem]

Entrevista - Cantora católica Adriana.

Em volta do camarim, uma multidão de pessoas com CD´s, filhos de colo, crianças alegres, sempre com uma coisa em comum: máquinas fotográficas digitais para registrar a chegada de uma pessoa famosa que estava na iminência de chegar. .Nem mesmo o frio intenso que, afligia, no entorno da praça, fez com que as pessoas arredassem o pé do local. E, ao sair da Van que a trouxe do hotel para o lugar onde, posteriormente, acontecia o show, os gritos de histeria do público era a mais pura tradução do carinho e do reconhecimento de, quase uma vida inteira percorrendo uma estrada missionária de uma das mais belas vozes da música católica. É a cantora católica Adriana que, pela primeira vez, veio participar do encerramento de mais uma Trezena de Santo Antonio. Aos 37 anos, natural de Cruzeiro-SP, ela começou a cantar ainda menina, aos sete anos de idade, num coral de crianças na paróquia São João Batista, na mesma cidade. Depois, ela passou por vários grupos musicais infantis, adolescentes e juvenis. Em 1995, ela entrou para a Banda Canção Nova, onde participou do CD “Deus Existe”. Em 1999, ela seguiu para uma carreira musical solo, logo gravando o CD “Reencontro” e, desde então, ela gravou mais 6 álbuns e um DVD, além de participações especiais em trabalhos de amigos e ícones da música católica, como: Ítalo Villar, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar, etc.Ela também, junto com Eugenio Jorge, a musica “Ninguém te ama como eu” para o papa, quando este visitou o Brasil naquele ano.Casada no ano passado, ela inaugura uma nova fase da sua vida missionária. Simpática, ela concedeu uma rápida entrevista o jornalista Leniéverson Azeredo Gomes da nossa Pastoral da Comunicação, antes de cantar para o grande público que aguardava ansiosamente por ela na Praça Santo Antonio.


Pastoral da Comunicação – Boa Noite, Adriana, é um prazer mais uma vez ter a sua presença aqui em Campos e receber tão carinhosamente a equipe do nosso jornal. Você começou a cantar aos sete anos, no coral da igreja que freqüentava com seus pais lá em Cruzeiro e o seu irmão. Como foi esse momento da sua vida para você, é verdade que tinha um violão dado pelo seu pai nesta estória?

Adriana –
Tudo começou de maneira muito simples e, sem pretensão. Eu comecei a servir na paróquia em Cruzeiro, porque não havia quem fizesse e aí, Deus me deu a graça de começar a fazer este trabalho dentro de um ministério de música na paróquia.E ai foi que tudo começou a acontecer.

Pascom– Depois do coral, você para a Banda Canção Nova, a qual afirmastes várias vezes que foi um estágio e aprendeu muito com o então padre Jonas Abib. Como se deu a sua entrada na Banda e o que você aprendeu lá?
Adriana – Nossa, até chegar lá foi um caminho muito longo, eu participei de um grupo de crianças, depois de adolescentes. Após isso, eu fiz parte de uma banda de jovens; caminhei uns 12 anos só na minha paróquia e, só então, entrei para a Banda Canção Nova.
Pascom– Assim que você saiu da Banda Canção Nova gravou o CD Reencontro, pela CODIMUC, desde então gravou mais 6 àlbuns, sendo o mais recente, Jardim Secreto, pelas Paulinas e um DVD. Nesse período como se deu o processo de amadurecimento do seu ministério?
Adriana – Hoje já estou com 10 anos viajando por aí sozinha, né? E cada CD, é um crescimento e a gente consegue mostrar neles um crescimento, as podas de Deus, o cuidado de Deus para que o nosso ministério possa ser muito mais fecundo e, também, tocar o coração das pessoas.

Pascom – Hoje você é uma mulher casada, como concilia a vida de esposa e missionária?
Adriana – (Risos) Não, é super tranqüilo, meu marido me apóia, me acompanha nas minhas missões, nas minhas andanças pelo Brasil. Não tem dificuldade nenhuma, ele veio só somar e enriquecer mais meu ministério. Monsenhor Jonas Abib (fundador da Comunidade Canção Nova) uma vez me disse, que, definindo sua vocação, sua missão fica muito mais fecunda.E, depois do casamento fiquei muito mais feliz.
Pascom– Você recente ganhou o prêmio como melhor cantora no II Troféu Louvemos ao Senhor da Musica Católica ( uma premiação dos melhores da música católica, organizada pela Associação do Senhor Jesus e transmitida dos estúdios da TV Século XXI, em Valinhos-SP), o que esse prêmio significou para você?
Adriana – Nós ganhamos a premiação como melhor cantora de dois e, no ano passado havíamos ganhado uma premiação referente ao ano de 2008. E para mim, o que mais importa é o reconhecimento do público, pois a premiação é originada do voto aberto e público, são nossos irmãos que votam e, fico lisonjeada por perceber que as pessoas acolheram nosso ministério de forma agradável.
Pascom– Mais uma vez, você está aqui em Campos, é praticamente uma cidadã campista, onde você tem vários amigos. Já fez as contas de quantas vezes cantou aqui?O que esta cidade significa pra você?
Adriana – (Novamente Risos) Nossa! Não saberia te responder isso. Já perdi até as contas, mas é a primeira vez que canto deste lado do Rio Paraíba e, espero que seja a primeira de muitas.
Pascom– Qual é mensagem que você gostaria de mandar para os leitores do VOX Dei e internautas do site da paróquia?
Adriana – Eu quero agradecer por mais uma oportunidade ao Padre Paulo. Eu o conheço já algum tempo e, dizer a ele um grande obrigado por me trazer mais uma vez aqui em Campos e, de maneira especifica na paróquia de Santo Antônio. Também agradeço a Deus pela vida de cada um de vocês e, é por causa de vocês que a nossa missão acontece.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Por Leniéverson Azeredo Gomes*


Desde o principio da história da salvação, encontramos relatos da desobediência humana para com o Sagrado – Deus. Adão e Eva, nossos primeiros pais, foram criados a imagem e semelhança de Deus, o que conferiu aos dois a santidade original. A narrativa dos três primeiros capítulos do livro do Gênesis descreve de forma detalhada e sucinta a alegria divina com as suas criaturas. Deus, a partir daquele momento, estabeleceu uma amizade com elas. As criaturas humanas, ou seja, Adão e Eva foram intimados pelo criador a não “comer do fruto da árvore da ciência” (Gn 2,17). O não comer do fruto dessa árvore deve ser interpretado por exegese ou interpretação teológica como o “estabelecer” de um limite que o homem não deveria transpor, de forma que, ele – criatura, reconhece e respeita o Sagrado – Criador.
Mesmo sabendo disso, os primeiros pais se deixaram levar pelos encantos de uma voz sedutora, simbolizados pela serpente astuta. A tática para seduzi-los era que, se comesse deste fruto seriam como deuses e; conhecedores do bem e do mal. (Gn 3,1-20).Consequentemente, seguindo a narrativa genésica, tudo que era perfeito se torna imperfeito, tudo que Deus tinha feito sem pecado, tornou pecaminoso.
Ao percorremos as estações desta linha férrea, chamada Antigo Testamento, podemos encontrar rastros de transgressões a lei divina. O assassinato de Caim por Abel (Gn 4, 3-15), a corrupção universal em decorrência do pecado (Gn 6.5.12), a história de Israel quando o pecado se manifestou frequentemente pela infidelidade ao Deus da Aliança e, em decorrência disso, ocorre uma transgressão a Lei de Moises.( I Cor 1,6; Ap 2,3), são exemplos marcantes da desobediência humana.
Podemos deduzir, do ponto de vista dos casos relatados acima que, a desobediência ou transgressão se dá, por considerar a Verdade Divina como algo que não tem muito valor ou que, num determinado momento deveria ser relativizada – pode se transgredir para não ter sentimento de culpa.
Se nós voltarmos ao episódio da transgressão de Adão e Eva, entendemos que, além de desobedecerem às ordens do Criador, definiram em si mesmos o estado da culpa original – deixaram de seguir os mandamentos de Deus-Pai, para seguir a si mesmos.
Nesse momento, urge recorrer a tradição cristã que vê nesse cenário, um anúncio de um “Novo Adão”, em Jesus (I Cor 15,21-22.45), por sua “obediência até a morte de Cruz”(Fl 2,8) e de, pela plenitude dos tempos (preparação para a concepção do Messias), uma “Nova Eva”, em Maria – a mãe de Jesus (Concílio de Trento: DS 1573).
De fato a vinda do Messias/Cristo, reparou, pela “obediência de morte de cruz”(Fl 2,8), a desobediência de Adão.Para o documento Denzinger-Schönmetzer Echiridion Symbolorum, definitionum et declarationum de rebus fidei et morum (DS), Cristo nos revelou com sua vida; seu ministério sobre a Terra, que é possível “seguir a vontade divina, sem estar em resistência e nem em oposição a ela, mas, antes de tudo, se deixar subordinar pela vontade do Todo-Poderoso.” (DS: 556).
A narrativa em que Ele - Jesus é tentado no deserto (Mt 4,1-11) é, sem sombra de dúvidas, um dos exemplos de luta de resistência contra as insígnias do mal. Naquela ocasião o Diabo, tentou de todas as formas possíveis e imagináveis fazer com que o Filho de Deus sucumbisse aos desejos satânicos.
Até o momento da sua paixão, Jesus se manteve firme na obediência ao Pai de uma forma jamais vista. E, após a sua “morte de cruz”, deixou um legado que pode ser encontrado com evidencia nas primeiras comunidades cristãs (At 2,42-47). Havia um esforço naquele núcleo comunitário para viver, dentre outras coisas, de acordo com a lei de Deus (At 2,42). Para eles, a convivência com a doutrina era a coisa mais natural mais natural do mundo.
No entanto, após o reinado de Constantino (313), essa obediência à legislação houve um arrefecimento considerável que perdura até os dias de hoje.
A falta de obediência pode provocar inúmeras “dores de cabeça”, não só a Igreja, mas aos irmãos de sangue ou na fé – induzindo ao fiel a fazer coisas que são contrárias à doutrina da Igreja como a prática do aborto, votar em políticos corruptos, o uso da camisinha e de outros instrumentos contraceptivos, criticarem a hierarquia da igreja, etc. A falta de fé pode gerar, e muito, a desobediência e, com isso fazer que as pessoas cristãs ou não-cristãs pratiquem coisas contra a fé cristãs. São exemplos de maneiras de se atentar contra a fé, e, por conseguinte, revelar desobediência: a heresia, a apostasia, a cisma e a blasfêmia.

A imprensa e as notícias sobre pedofilia na Igreja Católica.

Como reportagens podem ilustrar tendências rancorosas e viciosas sobre a Igreja que tem 2000 anos.

Por Leniéverson Azeredo Gomes

A grande mídia vem nos últimos anos trazendo a baila notícias sobre casos de pedofilia na Igreja Católica em todo o mundo. Disseram até que o Papa Bento XVI teria acobertado casos que aconteceram há 50 anos nos Estados Unidos e em alguns casos na Irlanda, um país europeu.Quero deixar claro que, de fato, devemos considerar a pedofilia um crime grave e hediondo, mas associar a pedofilia a Igreja Católica é algo merecedor de reflexão.
Mas por que tanta enxurrada de matérias mostrando a pedofilia na Igreja?Quais são as reais intenções da imprensa sobre isso?O quê a imprensa irá ganhar com isso?Por que tanto ódio?
São perguntas de respostas nem sempre fáceis, mas algo nos dá uma pista para fazê-los. Jesus Cristo, fundador da Igreja, foi perseguido, humilhado, ultrajado e, posteriormente crucificado. Seus inimigos em frente à sua cruz gritavam para Ele: Crucifica-o!Crucifica-o! Crucifica-o!
Cristo dizia que “as portas do inferno jamais prevalecerão”, mas ele sabia que, sua missão na terra e, o futuro de sua igreja não teria “facilidades”. Ao longo de 2010 anos, a Igreja sobreviveu a todo tipo de perseguição e se manteve de pé.
Hoje a grande imprensa chama os casos de pedofilia na Igreja, como sinais de “Crise na Igreja Católica”.Alguns veículos sugerem a prisão do Papa, outros dizem que a todo momento Bento XVI tem de dar satisfação sobre os casos e mais, tem de pedir renúncia.
No Brasil, o Programa do SBT “Conexão Repórter”, apresentou casos de pedofilia de padres, em Arapiraca, Alagoas, o que rendeu uma visita da Comissão Parlamentar de Inquérito, cujo relator é o Senador Magno Malta (PR-ES). Também cantor Evangélico, Magno Malta, não entende o porquê da vinculação da pedofilia a Igreja Católica. Segundo o parlamentar, o pedófilo pode “rezar missas, como pode também, celebrar cultos”.
A pedofilia não tem cara, não tem identidade, a pedofilia não tem nada a ver com o celibato; é uma doença incurável, dizem os psiquiatras forenses. No entanto, se algum padre envolto com isso, que seja punido com o rigor da legislação. Por isso, esse artigo convida os católicos, sobretudo os praticantes, para que não se afastem da igreja, pois a grande maioria dos sacerdotes são homens que, “in persona Christi” , tem personalidade ilibada; verdadeiros pastores que levam a palavra de Deus e, alguns deles até dirigem renomadas e reconhecidas instituições sociais.

Conversando sério sobre as novelas de TV

Por Leniéverson Azeredo Gomes

Vem aí, mais um campeão de audiência! Antigamente era assim, que, emissoras de TV, como a Rede Globo anunciavam a programação que estava prestes a começar. E, como de costume, as famílias, em peso, se reuniam na sala, diante de uma caixa exibidora de imagens, de um mundo mágico e encantador.
As telenovelas, como parte da programação desse mundo mágico televisivo, exercem no ser humano, sobretudo as mulheres, um fascinante poder de atração, podendo-se dizer, hipnotizador. Muitas delas são capazes de ficar horas a fio, acompanhando as tramas que se desenrolam como um novelo. O produto da teledramaturgia, também acaba gerando modismo, definem formas de penteados, sugerem que marca de objetos deve-se usar, algumas formas de se falar, etc. Quem não lembra de bordões como: “To podendo”, da novela Torre de Babel; “Estou certo ou estou errado?”, da novela Roque Santeiro; ou “Sou moça de ‘catiguria’”, da novela Paraíso Tropical?
De certo, desde a primeira produção a ser exibida, na hoje extinta Rede Tupi, as novelas, como é mais conhecida às peças dramaturgica televisada, fizeram com que a sociedade venha sofrendo rápidas transformações sem precedentes na história. Nem quando, as radio novelas estavam no auge, nos áureos tempos da Rádio Cultura de Campos/RJ ou da Rádio Nacional no Rio de Janeiro, o Brasil sofreu tanta descontextualização ou deteriorização.
Só para se ter uma idéia, nas décadas de 70,80 e 90, do século passado, as novelas da Rede Globo, já atingiam 98% do território nacional, principalmente com advento das antenas parabólicas e a formação da cadeia de afiliadas e retransmissoras e, isso gerou conseqüências graves. Hábitos tipicamente rurais estão em rumo de extinção, havendo assim, a predominância de hábitos urbanos, como o de se alimentar de comidas rápidas, a exemplo de hambúrgueres do McDonald´s. Além disso, são acusadas de promover e ajudar na erotização de crianças e jovens.
Em 2008, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizou sob a chefia dos pesquisadores, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, um estudo consistente sobre a influência das novelas na sociedade. Eles concluíram que, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da TV Globo, se torna disponível nas cidades do país”. A analise conclui, também, que, “desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas, nas novelas, não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade”.
Ao produzirem a pesquisa, os estudiosos apontaram que, “62% das principais personagens femininas, das 115 novelas pesquisadas, entre 1965 e 1999, não tinham filhos e 26% eram infiéis aos seus parceiros” e, que, “a exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”.
E a Igreja Católica?Como ela tem se posicionado sobre o assunto? Pois é, devido a essas questões ligadas a transformações, nitidamente agressivas das famílias e da sociedade, o catolicismo nos últimos 25 anos, pelo menos, vem aumentando o tom das críticas (negativas) sobre as novelas brasileiras.
A Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Renovação Carismática Católica Brasileira (RCC – Brasil) e o Conselho Nacional do Laicato Brasileiro (CNLB), três principais órgãos representativos do clero e dos leigos, têm demonstrado, filosófica, sistemática, dogmática, teológica e biblicamente aos fieis católicos, a importância e os porquês de se deixar de ver novelas. A Rede Canção Nova de Comunicação, ligada à comunidade da Renovação Carismática Católica de mesmo nome, desde quando, em 1997, colocou “no ar” seu sinal via-satélite, tem feito em 4 de suas 10 pregações realizadas no Rincão do Meu Senhor (espaço usado para a realização de palestras), uma série de alertas sobre os males que as novelas produzem na sociedade. Inclusive, no processo para se fazer parte dessa e, de outras comunidades da RCC, o postulante é proibido de ver novelas.
Para Antonio Oliveira Storel, coordenador diocesano do CNLB de Piracicaba-SP, a televisão, em especial as novelas, acabam acompanhando o dia-a-dia do “sujeito pensante”.”É Vale a Pena Ver de Novo, Malhação, Novela das seis, Novela das sete, Novela das oito, Novelas da Rede Record, do SBT, da TV Bandeirantes, as mexicanas da CNT, e , se tivesse novelas no domingo estariam lá acompanhando também e, por aí vai”, ele afirma.
Em 1972, a primeira versão de Selva de Pedra, estrelado pela então namoradinha do Brasil, Regina Duarte, e o ator Francisco Cuoco, registraram um dado surpreendente. O Almanaque da Rede Globo, uma publicação da editora que faz parte do mesmo grupo de comunicação da emissora de TV em que a novela foi exibida, afirma que a novela, obteve, 100% de audiência nacional
As novelas das seis e das oito da Rede Globo, respectivamente, “Escrito nas Estrelas” e “Viver a Vida”, por exemplo, é o exemplo clássico disso. A primeira tem conteúdo espírita, mas é de autoria pseudo-católica. Pois é, Elisabeth Jhin, autora da novela, declarou a imprensa que se diz católica, mas não disse se é praticante ou não.
A doutrina espírita se contrapõe à cristã em um ponto principal. Enquanto o espiritismo acredita na reencarnação (o ser morrerá e poderá voltar em outro corpo), o cristianismo acredita na ressurreição (só morrerá uma vez só). E a bíblia nos ajuda a entender isso. A Carta aos Hebreus, capítulo 9, versículo 27, nos fala que só morreremos apenas UMA vez. O espiritismo nega, pelo menos, outras 39 verdades cristãs católicas, como o respeito ao Papa, a intercessão dos santos e de Maria, etc.
Tão pior quanto uma novela de conteúdo espírita, é uma outra que em todos os seus capítulos deu mostras de como tramas novelísticas podem ser sórdidas de cabo a rabo. Trata-se da novela “Viver a Vida”, do Manoel Carlos, que terminou recentemente. Esse folhetim (nome alternativo para a telenovela) exibido em horário nobre exalou vários cheiros de podridão, ou seja, quem assistiu acompanhou, em alto-relevo, exemplos de contra valores expostos por ela.
Logo no início da trama, Marcos, personagem do ator veterano, José Mayer, trocou um casamento de 30 anos com Teresa (Lílian Cabral) e cujo relacionamento gerou três filhas, entre elas a modelo Luciana (Aline Moraes), que viria a ficar tetraplégica na trama, com a modelo Helena (Thais Araújo), 30 anos mais jovem. Paralelo ao relacionamento com ela, Marcos ainda tem relacionamento com mais duas mulheres, sendo que uma delas – Dora (Giovanna Antonelli) - tem uma filha e tinha envolvimento afetivo com outra pessoa.
A atual novela das “oito”, que na prática é das nove, Passione, é outro caso bizarro de maus exemplos. De acordo com dados do jornal paulista Folha de São Paulo, a personagem da atriz Maitê Proença, só nos primeiros nove capítulos da trama, traiu o marido, a exatas 23 vezes, isso, você leu bem, 23 VEZES.
De acordo com o código penal e para o cristianismo católico, poligamia é, respectivamente, crime e pecado contra a formação familiar. Nos cinco primeiros livros da Bíblia, Deus faz duras considerações sobre isso e a questão do adultério. A lei penal de Moisés, por exemplo, dizia que todo homem e mulher pegos por traição eram condenados por apedrejamento. A legislação mosiática descrita em Lv 20, 10 e Dt 22, 22-24 foi quase aplicada na Parábola da Mulher Adúltera (João 8, 1-10).
Com efeito, as novelas globais e de outras emissoras, querem incitar aos telespectadores a idéia de que trair é “normal”. Talvez você possa estar achando as informações, até agora, aqui descritas são repetitivas. Mas elas têm um propósito alertar as mulheres e homens de que a narrativa novelística pode encantar; seduzir e até viciar.
São justamente os mesmos passos de quem se envolve com o uso de drogas: se encantou, foi seduzido e se viciou. Pois é, minha gente alguns psicólogos trabalham com a idéia de que novela é uma droga, porque entorpece, relaxa, acalma.
Diante desse grave panorama, como disse acima, as novelas são temas recorrentes de debates da CNBB e palestras da RCC. Embora, o alvo seja todos os católicos, a preocupação maior é com os chamados agentes de pastorais que muitas vezes, deixa de participar da programação semanal para assistir novelas.
Muitas vezes padres e pregadores leigos são acusados de interferir na vida e no gosto pessoais dos fieis. Essa acusação é feita pela mídia profana e, também, por alguns freqüentadores da missa de preceito (domingos e festas).Certamente, essas insinuações se devem pela falta de formação. A missão dual (dupla) da Igreja é anunciar e denunciar.
Concluindo que o catolicismo está brigando contra um aparente gigante, lembrando a luta de Davi contra Golias. É um assunto polemico, mas espera-se que esse gigante seja derrubado pela fé e não usando cinco pedrinhas, dentro de uma pequena bolsa. Quem viver, verá!

6 de Julho - Dia de Santa Maria Goretti – Vida de Santidade, Amor ao Evangelho e outros exemplos de mulheres castas.




Nesta terça-feira, comemoramos os 108 anos do descanso eterno de Santa Maria Goretti.No dia 6 de Julho de 1902, a então pré-adolescente italiana de origem camponesa humilde, 12 anos de idade, foi morta, após ser coberta de punhaladas executadas por Alexandre Serenelli, um homem que dizia ser seu pretendente.Maria Goretti, por ser piedosa e muito religiosa, preferiu ser assassinada a ter sua castidade violada.Enquanto morria, demonstrou quão misericordiosa ela era: perdoou Alexandre por todas as coisas que ele fez.
Ela foi canonizada em 1950, pelo Papa Pio XII, na cerimônia estavam presentes: seu agressor, sua mãe, Assunta, e seus irmãos. Ao desejar ser casta, mesmo tendo que chegar às últimas conseqüências como a morte, Santa Maria Goretti, deixa um belo exemplo de vida e castidade, de amor a Deus e santidade.
Não pecar contra a castidade é o sexto mandamento da Lei de Deus, o que demonstra que Goretti, por ser religiosa, queria se manter fiel e obediente ao mandamento divino.
O gesto da pré-adolescente, evidentemente, se encaixa muito bem no contexto biológico e espiritual dos santos: “antes morrer do que pecar” contra o Pai – frase de São Domingos Sávio, aluno de Dom Bosco.Notadamente, muitos santos da Igreja, como Maria Goretti, faziam do Martírio – morrer em nome de uma causa – uma “escada” para chegar ao céu.
Nos três primeiros séculos da Era Cristã, duas santas derramaram seus sangues como Santa Maria Goretti: Santa Águeda ou Agatha, Santa Agnes ou Inês. Em comum, eram de famílias ilustres, influentes e ricas. Habitualmente moças originárias de famílias com esse perfil, desde cedo eram pedidas em casamento.





Agatha e Inês eram jovens extremamente bonitas e isso atraia os homens da época, mas a forte religiosidade das duas fazia com que elas negassem todas as intenções maliciosas do sexo masculino. Tanto uma como a outra foram levadas para um bordel, mas mesmo assim resistiram até o fim. Foram mandadas para um calabouço, aonde vieram a falecer, após serem fisicamente castigadas por resistência ao sexo e suposto culto a um falso Deus.
No Brasil, temos dois casos emblemáticos de mulheres jovens e adultas que foram brutalmente assassinadas por desejarem a castidade.Vejam a lista abaixo:

Isabel Cristina Mrad Campos –


Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena, Minas Gerais. Morou com seus pais e um irmão nessa cidade até iniciar o Pré-Vestibular, em 1982, quando mudou-se para Juiz de fora, também em Minas Gerais.
Queria fazer Medicina e, em abril, foi morar num apartamento com uma prima e duas amigas. Em 15 de agosto mudou-se para outro apartamento, com seu irmão, quando compraram uma geladeira, um ferro elétrico e um armário, este a ser montado e que seria a causa de seu martírio. No dia 30, o montador esteve em seu apartamento e disse-lhe palavras obscenas, também não terminando de montar o armário, o que ela depois contou ao irmão e a amigas do pré-vestibular.
No dia seguinte, o mesmo homem voltou para completar o serviço e, então, tentou violentar Isabel Cristina: deu-lhe uma cadeirada na cabeça; ela caiu, e foi amarrada com cordas e cintos, amordaçada com pedaços de lençol, e teve as roupas tiradas e rasgadas. O criminoso aumentou o volume do rádio e da TV para abafar os barulhos; Isabel Cristina resistia; e ele desferiu-lhe 15 facadas, sendo duas nos órgãos genitais e 13 nas costas.
A perícia médica constatou na autópsia, no entanto, que a moça não fora violentada, pois conseguiu resistir com vigor, conforme provavam existência de marcas bem visíveis de unhadas nas coxas; permaneceu virgem, e só as duas facadas “romperam” suas partes íntimas, ficando o útero ileso. Apesar de ter namorado, manteve-se virgem, pois seu namoro era puro, caseiro, sem abusos. Recatada, de freqüência às Missas e sacramentos, gostava de cuidar de deficientes físicos e, na escola, sempre dava atenção especial às meninas mais pobres. Há um processo de beatificação dela, iniciada em 2001, no pontificado de Bento XVI, e, em fase de término de analise e aprovação.

Beata Lindalva Justo de Oliveira -

Nasceu em Assu, Bahia, em 20 de outubro de 1953 , era uma religiosa das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo desde 1987. Em janeiro de 1993, devido a uma recomendação, o abrigo teve que acolher entre os anciãos Augusto da Silva Peixoto, homem de 46 anos, que não tinha direito de ser interno, em virtude de sua idade. Ele passou a assediar Ir. Lindalva, e tornou-se insistente e inconveniente. A religiosa, com medo, procurou afastar-se o mais que pode de Augusto. Narrou a situação a outras irmãs e intensificou sua vida de oração. Seu amor aos idosos a manteve no abrigo, e chegou a confidenciar a uma coirmã: “prefiro que meu sangue seja derramado a afastar-me daqui”.
Os internos repreendem Augusto e insistem para que Irmã Lindalva relate o fato ao diretor do serviço social do abrigo. No dia 30 de março, a funcionária Margarita Maria Silva de Azevedo repreende Augusto.
Augusto dirigiu-se à Feira de São Joaquim no dia 5 de abril, Segunda-Feira Santa, e comprou uma faca peixeira que amolou ao chegar no abrigo.
No amanhecer do dia 9 de abril, Sexta-Feira Santa, Irmã Lindalva participou da Via-Sacra, na paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. Ao regressar, serviu o café da manhã aos idosos, como de costume. A irmã – ocupada com o serviço – não percebeu que Augusto se aproximava. Foi surpreendida com um toque no ombro. Ao virar-se, recebeu os golpes que lhe tiraram a vida. Um senhor ainda tentou intervir; mas Augusto ameaçou de morte quem ousasse se aproximar. Após o crime, o assassino foi esperar os policiais, sentado num banco em frente do abrigo. Após condenação, foi internado em um manicômio judiciário.
Os médicos legistas identificaram 44 perfurações no corpo da religiosa. Imediatamente seu assassinato foi identificado pela comunidade católica como martírio, e associaram a tragédia às celebrações da Sexta-Feira da Paixão. Ela foi proclamada beata mártir pela Igreja Católica no dia 2 de dezembro de 2007 pelo Papa Bento XVI.

Albertina Berkenbrock-

Ela nasceu em Imaruí, Santa Catarina em 11 de abril de 1919, Era filha do casal de agricultores, Henrique e Josefina Berkenbrock, e teve mais oito irmãos e irmãs. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismou-se a 9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928. Albertina era muito religiosa e sempre demonstrava seu temor a Deus.
Ela foi assassinada em 15 de junho de 1931, aos doze anos de idade, por não permitir que um funcionário da fazenda em que os pais trabalhavam a estuprasse. Teve vida simples e humilde no meio rural do seu município natal.
A serva de Deus, como é conhecida a Albertina Berkenbrock, com o decreto de beatificação, assinado pelo Papa Bento XVI, no dia 16 de dezembro de 2006, foi beatificada em 20 de outubro de 2007.
São lindas estórias de gerações reais de mulheres castas cujas “memórias serão imortais, pois, são de conhecimento de Deus e também dos homens. Quando estão presentes, imitam-na; quando estão passadas, desejam-na; elas levaram na glória uma coroa eterna” (Sb 4,1-2).