domingo, 30 de dezembro de 2012

Dia da Sagrada Família.


A alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Fonte: Portal Canção Nova

sábado, 29 de dezembro de 2012

Nota da Fundação São Paulo e da PUC-SP a Imprensa



 
A Fundação São Paulo e a PUC-SP vem a público esclarecer que:

(i)Não tomaram ciência oficial de decisão que tenha afastado a Profa. Dra. Anna Maria Marques Cintra do exercício da Reitoria da Universidade e, portanto, na eventualidade da mesma existir, ainda não pode produzir efeitos jurídicos de pretenso impedimento do exercício do cargo;

(ii)A liminar anteriormente concedida pelo Juiz da 4ª Vara Cível do Foro Central tinha por escopo restabelecer os efeitos da Deliberação nº 65/12 do Conselho Universitário (CONSUN), propiciando o julgamento do "recurso" interposto perante o mesmo Conselho, para futura desconstituição da lista tríplice, ainda que a mesma tenha sido regularmente homologada pelo mesmo órgão e sem que apresentasse qualquer vício na tramitação do processo de consulta à comunidade;

(iii)A referida Deliberação do Conselho Universitário, a qual foi restabelecida por força de medida liminar, em momento algum de seu texto garantia ou nomeava o Prof. Marcos Masetto Reitor da PUCSP. E nem poderia, posto que tal nomeação decorre essencialmente de ato privativo do Grão Chanceler. Aliás, a mesma Deliberação apenas indicava o referido professor para "assumir interinamente as funções de Reitor", por um prazo determinado, ou seja, até o julgamento do Recurso. Desta forma, exaurido tal prazo, esta indicação por sua própria lógica, não poderia produzir efeitos, calcada em liminar que não estendeu expressamente tais desdobramentos. Repita-se: a liminar foi silente quanto aos atos que poderiam decorrer da realização da reunião do dia 12/12/12;

(iv)O próprio Prof. Marcos Tarcisio Masetto, em carta endereçada ao Grão Chanceler admite a impossibilidade do CONSUN nomear e dar posse a um Reitor da PUC-SP, atribuindo essa prerrogativa ao Grão Chanceler da PUCSP (carta de 30/11/12);

(v)A Deliberação nº 65/12 do CONSUN em momento algum de seu texto afasta a Profa. Anna Cintra, de sorte que o restabelecimento de seus efeitos, mesmo que por medida liminar, não pode por si só ensejar essa interpretação; Se era essa a intenção do Magistrado ao conceder a tutela antecipada, ele deveria assim tê-la especificado textualmente, para que pudesse exigir futuramente seu cumprimento.

(vi)Tanto era silente a decisão liminar quanto a eventuais desdobramentos da reunião realizada no dia 12/12/12 por alguns membros do CONSUN, que ensejou a propositura de Embargos de Declaração por parte da FUNDASP/PUCSP;

(vii)O Magistrado da 4ª Vara Cível, em decisão proferida nos Embargos de Declaração textualmente manteve a decisão anterior, apontando inclusive para sua clareza em tão somente restabelecer os efeitos da Deliberação65/12. Nada além ou aquém disso. Assim, a FUNDASP e a PUCSP não podem ser, eventualmente, acusadas de descumprimento de ordem que não estava expressa pelo I. Magistrado, e sobre a qual solicitaram tempestiva e formalmente esclarecimentos de sua extensão. Releva destacar que, se o Magistrado dispensou esclarecimentos acerca de sua decisão quando da análise dos Embargos, não há que se falar em interpretação extensiva acerca do tema.

(viii)A FUNDASP/PUCSP não hesitarão em socorrer-se, se necessário for, de instâncias superiores para fazer valer o cumprimento do Estatuto da Universidade.

Anna Cintra poderá retornar à reitoria da PUC-SP, determina Justiça


Dom Odilo Sherer, arcebispo de SP, diz se preocupar com a intervenção da Justiça na PUCFolha de São Paulo -A Justiça determinou neste domingo (23) que a professora Anna Cintra poderá retornar à reitoria da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Ela havia sido afastada semana passada devido a um imbróglio após a eleição na universidade.

A informação foi dada pelo advogado da Fundação São Paulo (mantenedora da universidade), Antônio Meyer. Ele argumentou no pedido de reconsideração que uma instituição como a PUC-SP não pode ficar "acéfala".

Desde a semana passada, quando a Justiça havia afastado Cintra em julgamento de primeira instância, a universidade estava sem reitor.

DECISÃO ANTERIOR

Na quarta-feira, o juiz Anderson Cortez Mendes havia estipulado multa de R$ 10 mil por cada ato feito por Anna Cintra como reitora e decidiu que o cargo deveria ser ocupado interinamente pelo professor Marcos Tarciso Masetto.

A medida foi tomada após o Centro Acadêmico 22 de Agosto, da faculdade de direito, notificar o juiz que a decisão anterior --que suspendeu a nomeação da nova reitora-- não estava sendo cumprida.

Horas antes do anúncio de Anna Cintra, dom Odilo Pedro Scherer, 63, arcebispo de São Paulo e grão-chanceler da PUC disse que é preocupante que a Justiça se manifeste em relação à escolha do reitor.

"Parece que é um precedente preocupante que a Justiça se proponha a nomear o reitor interino de uma instituição que tem plena autonomia para se governar", disse.

"A PUC tem mecanismos para resolver sua crise sem precisar de intervenção, contanto que esses mecanismos sejam plenamente levados à sério", completou dom Odilo Scherer.

Em nota, a Fundação São Paulo afirmou que os estudantes que entraram com o recurso estão "violando as normas internas da universidade". "Vamos lutar na Justiça para repor e fazer valer o estado de direito na PUC. Anna Cintra é a reitora, ela foi empossada e está trabalhando", disse o cardeal.

          

Dom Odilo Sherer, arcebispo de SP, diz se preocupar com a intervenção da Justiça na PUC

RECURSO

De acordo com o cardeal Dom Odilo Scherer, grão-chanceler da PUC-SP, "a democracia se caracteriza pelo respeito às regras do jogo e da não imposição de vontades autocráticas. A normalidade institucional foi plenamente respeitada e a democracia na PUC, se assim se pode dizer, foi plenamente respeitada". O arcebispo de São Paulo afirmou que "a Igreja zela pela identidade e bom andamento da PUC. Eu espero que não haja intervenção de forma alguma e, por isso mesmo a própria universidade deve se moderar".

Quando questionado como veria a nomeação de outro candidato que não tivesse ganhado as eleições caso fosse estudante da PUC-SP, dom Odilo declarou que não veria estranheza no processo. "Sabe-se com antecedência que a eleição não é o termo final, ela serve para a apresentação da lista tríplice, mas não para a apresentação de um único candidato".

Dom Odilo Scherer se recusou a explicar o veto a Dirceu de Mello, ganhador da eleição. "Eram três candidatos com condições de dirigir a PUC. Escolhi um por razões que cabem ao grão-chanceler avaliar".

Arcebispo polonês que construiu igrejas em segredo na era comunista morre aos 94 anos.




(Agência Reuters)- O Arcebispo polonês, Ignacy Tokarczuk, que construiu igrejas em segredo, desafiando autoridades comunistas, tornando-se um herói popular por muitos, morreu aos 94 anos, disse a Agência PAP, neste sábado.
Um dos mais destacados membros do bloco clerical sovético anticomunista, Tokarczuk clandestinamente construiu centenas de igrejas sob os narizes dos governos ateus nas décadas de 60 e 70.
“Enquanto Ignacy Tokarczuk foi bispo de Przemysl, mais de 400 igrejas e capelas foram erigidas na diocese a despeito da carência de permissões de construção das autoridades comunistas”, disse o Arcebispo Jozef Michalik, presidente Episcopado Polonês, ao  site da Arquidiocese de Przemysl.
“Ele será lembrado por sua postura intransigente em defesa da instituição da Igreja Católica, apesar do assédio frequente pelo serviço de segurança da República Popular da Polônia”, acrescenta.
O ardil típico de um paroquiano na solida região católica de Przemysl, no sudeste da Polônia, para obter uma licença de construção das autoridades com o intuito de construir uma casa de fazenda, cujo interior foi, então, secretamente equipado como uma casa de culto e adoração.
Quando construtores voluntários da paróquia tinha tudo no lugar, eles afixavam uma torre pequena no telhado sob a cobertura da escuridão, e uma nova igreja era criada.
Tropas de segurança comunistas eram rotineiramente enviadas às igrejas depois que tudo era descoberto, mas, diante da perspectiva constrangedora de demolir uma estrutura construída por voluntários locais, as autoridades freqüentemente se entregavam (desistiam).
Apesar da constante vigilância e perseguição, inclusive com vistos negados impedindo viagens a Roma, Tokarczuk apoiou ativamente grupos dissidentes anticomunistas em 1970 e movimento de solidariedade, que surgiu em 1980.
Da união do primeiro bloco comercial tradicional soviético independente, o Solidariedde, evoluiu para uma força de 10 milhões pessoas que compõem movimentos pró-democracia que os comunistas tentaram esmagar.
Tokarczuk morreu na sexta-feira em Przemysl.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Dia dos Santos Inocentes


A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

Fonte: Portal Canção Nova

São João Evangelista


Sangiovannievangelista.jpgSão João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse. Há que se destacar aqui a existência de uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apocalipse, mas uma tradição representada por São Justino e amplamente difundida no século II Ireneu de Lyon, Clemente de Alexandria, Tertuliano, o Cânone Muratori), identifica o autor como sendo o apostolo João, o autor do quarto evangelho. Mas até o século V as igrejas da Síria, Capadócia e mesmo da palestina não pareciam ter incluído o apocalipse no cânon das escrituras, prova de que não o consideraram como obra do apostolo. Apresenta inegável parentesco com os escritos joaninos, mas também se distingue claramente deles por sua linguagem, seu estilo e por seus pontos de vista teológicos (referentes, sobretudo à parúsia de Cristo), comentário de introdução ao apocalipse na Bíblia de Jerusalém.
João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de idade à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago Maior, e em provável sociedade com André e Pedro.
As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discípulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.

Relação com Jesus

Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o Filho do Trovão e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”. Também ele e seu irmão, Tiago, pedem para ficar um ao lado direito, outro ao lado esquerdo de Jesus quando estiverem no céu, além de serem batizados no mesmo batismo de Jesus, tendo por isso sido levemente repreendidos por Jesus e causado certa inveja entre os demais apóstolos.
Segundo os registros do "Novo testamento", João foi o apóstolo que seguiu com Jesus, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz.

A História conta que João esteve presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora , e foi-lhe entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus. Em algumas correntes protestantes, a Bíblia indica que Jesus não era filho único de Maria (vide irmãos de Jesus), porém seria o mais velho e por isso teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de José.No entanto, no Evangelho Segundo São Mateus está escrito: "Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica" (Mt 20,20), parece claro que esta mãe não é Maria, mãe de Jesus, mas outra pessoa, pois, então, o evangelista não escreveria "a mãe dos filhos de Zebedeu", e sim algo como "sua mãe".
Já a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa sustentam que Cristo não tinha irmãos carnais pois no aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes, devendo ser frisado que Jesus falava aramaico, mas os evangelhos foram escritos em grego, idioma mais rico, o que pode ter gerado esta confusão, no momento da tradução.
Mais tarde João esteve fortemente ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da Igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes. É tradição constante e ininterrupta que pregou na Ásia Menor, especialmente em Éfeso, onde teria encerrado o ministério com morte em idade muito avançada.

A Missão

Depois da morte e martírio de Tiago, o Justo (também conhecido como Irmão do Senhor), João teria se dirigido à Ásia Menor, onde dirigiu a importante e influente comunidade cristã de Éfeso, fundada por Paulo anos antes. João esteve várias vezes na prisão, foi torturado e exilado para a Ilha de Patmos, por um período de cerca de quatro anos, onde teria escrito o Apocalipse até que o cruel imperador Domiciano foi assassinado e o manso imperador Nerva chegasse ao poder em Roma. Um pai da igreja chamado Tertuliano diz que ele foi lançado num caldeirão de óleo fervente,saiu ileso e então foi exilado para a ilha de Patmos, onde escreveu o Apocalipse.

O exílio

Em Patmos, ilha no leste do Mar Egeu, local onde fez o seu exílio, João escreveu o Livro da Revelação do Apocalipse. Acredita-se que este Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual se perderam grandes partes e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera. Apenas uma parte fragmentada foi preservada. Por outro lado, alguns teólogos e exegetas afirmam que o caráter fragmentário deste livro resulta de outros dois livros de Apocalipse que foram unidos, resultando no que conhecemos hoje, sendo que um deles já estaria escrito desde o tempo de Nero. João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se dirigente das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso. Orientou o seu colaborador, Natan, na redação do chamado “evangelho segundo João”, em Éfeso, aproximadamente no ano 90 D.C. .

Morte

De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que a mesma estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava. Ele tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa.

Controvérsia

Controvérsias são suscitadas baseadas nos próprios textos bíblicos que afirmam que este discípulo não passou pela morte, segundo a interpretação de alguns. Com efeito é possível ler: Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino. (Mateus 16,28)
De outra parte está também escrito nos Evangelhos: Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: "Senhor, quem é o traidor?" Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: "E quanto a este?" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, "Jesus não dissera que tal discípulo não morreria", mas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (João 21,18-25)
Interpretações teológicas, contudo, resolvem essa dificuldade bíblica como Jesus afirmando que ele deveria permanecer vivo até a Revelação final do cânon bíblico, o Apocalipse. A partir daí, sua morte ocorrería naturalmente, no tempo devido.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Nota de desaparecimento.


Que Deus possa ajudar esse casal ser encontrado!

   Nota de atualização as 11:00: O casal foi encontrado vivos na madrugada desta quinta-feira, 27, na localidade de Terra Roxa, também no Estado do Paraná. Eles haviam sido assaltados e mantidos em cativeiro. Maiores informações através do portal [G1]

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O supremo testemunho de Santo Estevão - Santo do Dia


Os discípulos jamais foram iludidos quanto às conseqüências de sua opção pelo Reino. Embora se lhes acenasse a vida eterna a ser vivida na comunhão com o Pai, de forma alguma foi-lhes prometido segurança e bem-estar.
O Mestre foi suficientemente explícito ao alertá-los para um futuro de perseguição, ódio, flagelos e comparecimento nos tribunais. O supremo testemunho do martírio poderia provir não das mãos dos inimigos e sim dos próprios familiares. Por isso, o discipulado deveria aliar uma profunda fé a uma inquebrantável personalidade, de forma a poderem manter-se firmes nos momentos de provação.
Todavia, Jesus lhes fez uma revelação importante: seria dado aos discípulos o dom do Espírito que, nos momentos difíceis, haveria de estar do lado deles, incutindo-lhes força, colocando em seus lábios palavras adequadas para se defenderem, incentivando-os a não desfalecerem na fé, a ponto de abrir mão de sua opção pelo Reino. Movidos pelo Espírito, estariam preparados para perseverar até o fim, e assim alcançarem a salvação.
Nunca faltou, ao longo da história da fé cristã, quem se dispusesse a dar um testemunho consumado de sua adesão ao Reino. Os mártires são verdadeiros exemplos de fé. Para os de ontem e os de hoje devem se voltar as nossas atenções, quando almejamos reencontrar a trilha do verdadeiro seguimento de Jesus.

Oração
Pai, jamais me falte a luz do teu Espírito, quando sou chamado a testemunhar minha fé, em meio a desafios e perseguições.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).

Sobre as oferendas
Ó Deus, recebei de nossas mãos as oferendas que hoje apresentamos, comemorando com alegria o glorioso martírio de santo Estêvão. Por Cristo, nosso Senhor.
Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa da fé cristã foi Estêvão, considerado por isso o protomártir.

Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo.

Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo".

Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés.

Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras.

Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.

Fonte: © 2012 DomTotal |Evangelho|

Íntegra da homilia de Bento XVI na Missa do Galo - 24/12/2012



 Rádio Vaticano

Papa transmitiu Mensagem de Natal diante de milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro, no Vaticano


"Amados irmãos e irmãs!

A beleza deste Evangelho não cessa de tocar o nosso coração: uma beleza que é esplendor da verdade. Não cessa de nos comover o facto de Deus Se ter feito menino, para que nós pudéssemos amá-Lo, para que ousássemos amá-Lo, e, como menino, Se coloca confiadamente nas nossas mãos. Como se dissesse: Sei que o meu esplendor te assusta, que à vista da minha grandeza procuras impor-te a ti mesmo. Por isso venho a ti como menino, para que Me possas acolher e amar.
Sempre de novo me toca também a palavra do evangelista, dita quase de fugida, segundo a qual não havia lugar para eles na hospedaria. Inevitavelmente se põe a questão de saber como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles? E recordamos então que esta notícia, aparentemente casual, da falta de lugar na hospedaria que obriga a Sagrada Família a ir para o estábulo, foi aprofundada e referida na sua essência pelo evangelista João nestes termos: «Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» (Jo 1, 11).
Deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos? Isto começa pelo facto de não termos tempo para Ele. Quanto mais rapidamente nos podemos mover, quanto mais eficazes se tornam os meios que nos fazem poupar tempo, tanto menos tempo temos disponível.
E Deus? O que diz respeito a Ele nunca parece uma questão urgente. O nosso tempo já está completamente preenchido. Mas vejamos o caso ainda mais em profundidade. Deus tem verdadeiramente um lugar no nosso pensamento? A metodologia do nosso pensamento está configurada de modo que, no fundo, Ele não deva existir. Mesmo quando parece bater à porta do nosso pensamento, temos de arranjar qualquer raciocínio para O afastar; o pensamento, para ser considerado «sério», deve ser configurado de modo que a «hipótese Deus» se torne supérflua. E também nos nossos sentimentos e vontade não há espaço para Ele. Queremo-nos a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projectos pessoais e das nossas intenções. Estamos completamente «cheios» de nós mesmos, de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros.
A partir duma frase simples como esta sobre o lugar inexistente na hospedaria, podemos dar-nos conta da grande necessidade que há desta exortação de São Paulo: «Transformai-vos pela renovação da vossa mente» (Rm 12, 2). Paulo fala da renovação, da abertura do nosso intelecto (nous); fala, em geral, do modo como vemos o mundo e a nós mesmos. A conversão, de que temos necessidade, deve chegar verdadeiramente até às profundezas da nossa relação com a realidade. Peçamos ao Senhor para que nos tornemos vigilantes quanto à sua presença, para que ouçamos como Ele bate, de modo suave mas insistente, à porta do nosso ser e da nossa vontade. Peçamos para que se crie, no nosso íntimo, um espaço para Ele e possamos, deste modo, reconhecê-Lo também naqueles sob cujas vestes vem ter connosco: nas crianças, nos doentes e abandonados, nos marginalizados e pobres deste mundo.
Na narração do Natal, há ainda outro ponto que gostava de refletir juntamente convosco: o hino de louvor que os anjos juntam à sua mensagem acerca do entoam depois de anunciar o Salvador recém-nascido: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens do seu agrado». Deus é glorioso. Deus é pura luz, esplendor da verdade e do amor. Ele é bom. É o verdadeiro bem, o bem por excelência. Os anjos que O rodeiam transmitem, primeiro, a pura e simples alegria pela percepção da glória de Deus. O seu canto é uma irradiação da alegria que os inunda. Nas suas palavras, sentimos, por assim dizer, algo dos sons melodiosos do céu. No canto, não está subjacente qualquer pergunta sobre a finalidade; há simplesmente o facto de transbordarem da felicidade que deriva da percepção do puro esplendor da verdade e do amor de Deus. Queremos deixar-nos tocar por esta alegria: existe a verdade; existe a pura bondade; existe a luz pura.
Deus é bom; Ele é o poder supremo que está acima de todos os poderes. Nesta noite, deveremos simplesmente alegrar-nos por este facto, juntamente com os anjos e os pastores.
E, com a glória de Deus nas alturas, está relacionada a paz na terra entre os homens. Onde não se dá glória a Deus, onde Ele é esquecido ou até mesmo negado, também não há paz. Hoje, porém, há correntes generalizadas de pensamento que afirmam o contrário: as religiões, mormente o monoteísmo, seriam a causa da violência e das guerras no mundo; primeiro seria preciso libertar a humanidade das religiões, para se criar então a paz; o monoteísmo, a fé no único Deus, seria prepotência, causa de intolerância, porque pretenderia, fundamentado na sua própria natureza, impor-se a todos com a pretensão da verdade única.
É verdade que, na história, o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda, quando o homem pensa que deve ele mesmo deitar mão à causa de Deus, fazendo assim de Deus uma sua propriedade privada. Contra estas deturpações do sagrado, devemos estar vigilantes. Se é incontestável algum mau uso da religião na história, não é verdade que o «não» a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem. Então, este deixa de ser a imagem de Deus, que devemos honrar em todos e cada um, no fraco, no estrangeiro, no pobre. Então deixamos de ser, todos, irmãos e irmãs, filhos do único Pai que, a partir do Pai, se encontram interligados uns aos outros.
Os tipos de violência arrogante que aparecem então com o homem a desprezar e a esmagar o homem, vimo-los, em toda a sua crueldade, no século passado. Só quando a luz de Deus brilha sobre o homem e no homem, só quando cada homem é querido, conhecido e amado por Deus, só então, por mais miserável que seja a sua situação, a sua dignidade é inviolável. Na Noite Santa, o próprio Deus Se fez homem, como anunciara o profeta Isaías: o menino nascido aqui é « Emanuel – Deus-connosco» (cf. Is 7, 14). E verdadeiramente, no decurso de todos estes séculos, não houve apenas casos de mau uso da religião; mas, da fé no Deus que Se fez homem, nunca cessou de brotar forças de reconciliação e magnanimidade. Na escuridão do pecado e da violência, esta fé fez entrar um raio luminoso de paz e bondade que continua a brilhar.
Assim, Cristo é a nossa paz e anunciou a paz àqueles que estavam longe e àqueles que estavam perto (cf. Ef 2, 14.17). Quanto não deveremos nós suplicar-Lhe nesta hora! Sim, Senhor, anunciai a paz também hoje a nós, tanto aos que estão longe como aos que estão perto. Fazei que também hoje das espadas se forjem foices (cf. Is 2, 4), que, em vez dos armamentos para a guerra, apareçam ajudas para os enfermos. Iluminai a quantos acreditam que devem praticar violência em vosso nome, para que aprendam a compreender o absurdo da violência e a reconhecer o vosso verdadeiro rosto. Ajudai a tornarmo-nos homens «do vosso agrado»: homens segundo a vossa imagem e, por conseguinte, homens de paz.
Logo que os anjos se afastaram, os pastores disseram uns para os outros: Coragem! Vamos até lá, a Belém, e vejamos esta palavra que nos foi mandada (cf. Lc 2, 15). Os pastores puseram-se apressadamente a caminho para Belém – diz-nos o evangelista (cf. 2, 16). Uma curiosidade santa os impelia, desejosos de verem numa manjedoura este menino, de quem o anjo tinha dito que era o Salvador, o Messias, o Senhor. A grande alegria, de que o próprio anjo falara, apoderara-se dos seus corações e dava-lhes asas.
Vamos até lá, a Belém: diz-nos hoje a liturgia da Igreja. Trans-eamus – lê-se na Bíblia latina – «atravessar», ir até lá, ousar o passo que vai mais além, que faz a «travessia», saindo dos nossos hábitos de pensamento e de vida e ultrapassando o mundo meramente material para chegarmos ao essencial, ao além, rumo àquele Deus que, por sua vez, viera ao lado de cá, para nós. Queremos pedir ao Senhor que nos dê a capacidade de ultrapassar os nossos limites, o nosso mundo; que nos ajude a encontrá-Lo, sobretudo no momento em que Ele mesmo, na Santa Eucaristia, Se coloca nas nossas mãos e no nosso coração.
Vamos até lá, a Belém! Ao dizermos estas palavras uns aos outros, como fizeram os pastores, não devemos pensar apenas na grande travessia até junto do Deus vivo, mas também na cidade concreta de Belém, em todos os lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu. Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem lá. Rezemos para que lá haja paz.
Rezemos para que Israelitas e Palestinianos possam conduzir a sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar a sua casa naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, os seus países na paz de Deus.
Os pastores apressaram-se… Uma curiosidade santa e uma santa alegria os impelia. No nosso caso, talvez aconteça muito raramente que nos apressemos pelas coisas de Deus. Hoje, Deus não faz parte das realidades urgentes. As coisas de Deus – assim o pensamos e dizemos – podem esperar. E todavia Ele é a realidade mais importante, o Único que, em última análise, é verdadeiramente importante. Por que motivo não deveríamos também nós ser tomados pela curiosidade de ver mais de perto e conhecer o que Deus nos disse? Supliquemos-Lhe para que a curiosidade santa e a santa alegria dos pastores nos toquem nesta hora também a nós e assim vamos com alegria até lá, a Belém, para o Senhor que hoje vem de novo para nós. Amem".

Feliz Natal para todos!

    Eu quero desejar a todos os leitores deste blog, um natal cheio de paz, harmonia e felicidade. Que Jesus, por intercessão de Nossa Senhora, possa nascer no coração de todos. 
      Muito mais que a ceia, este Natal  não simbolize tristeza, mas, sim a alegria com a família, pois um menino nos foi dado.Sim, sentimos falta de alguém, de um ente querido que se foi e fazia coisas especiais nessa época (eu tbm sinto), mas a alegria tem de prevalecer neste dia.

        Um abraço para todos !

        Leniéverson Azeredo Gomes

sábado, 22 de dezembro de 2012

Corte americana bloqueia lei que proíbe tratamento contra homossexualidade


(Agência EFE) -Uma corte federal de apelações da Califórnia (EUA) bloqueou nesta sexta-feira a entrada em vigência de uma lei estadual destinada a proibir que os terapeutas tentem mudar a orientação sexual de um menor.
Em uma ordem breve, a corte concordou em congelar a lei estadual, cuja entrada em vigor estava prevista para o dia 1º de janeiro, até que se decida sobre sua constitucionalidade.
A lei submeteria psicólogos, psiquiatras e outros profissionais da saúde mental a ações disciplinares sobre suas licenças em caso de fornecerem tratamento a menores com o objetivo de mudar sua orientação sexual.

Tratamento reparador negativo

O estado diz que estes tratamentos, destinadas aos homossexuais, são ineficazes e perigosos. Um grupo de terapeutas, menores e pais, representados por um grupo cristão de direitos, processou o Estado da Califórnia sobre a base de que a nova lei viola os direitos de liberdade de expressão.
Um juiz da corte do distrito se negou a bloquear a proibição, e os opositores da lei apelaram à corte superior. A lei SB-1172, denominada "Sexual Orientation Change Efforts", foi aprovada pelo governador Jerry Brown no dia 30 de setembro e promovida pelo senador Ted Lieu, sendo qualificada de "histórica" por alguns e uma "flagrante violação de liberdades" por outros.
Os opositores dessa lei insistem em que se trata de uma intromissão no direito dos cidadãos, ao impedir que quem "experimenta de forma indesejada uma atração por pessoas do mesmo sexo" possa receber uma assessoria de acordo com suas "crenças morais e religiosas".
O pilar fundamental da nova lei é um relatório elaborado pela American Psychological Association (APA) em 2009, no qual se citam a depressão, a tendência suicida e a ansiedade como efeitos negativos dos "tratamentos reparadores".
Em suas conclusões, no entanto, a APA desaconselhou a prática desses tratamentos, por considerar que há "evidências insuficientes" que os justifiquem e devido a que a homossexualidade "não é uma doença mental", mas uma variação "positiva" da sexualidade do ser humano.

Eu recomendo!




 Rua Felicíssimo Faria Salgado, s/n.
 Praça Matriz - Varre-Sai - RJ

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A liturgia de hoje coloca Nossa Senhora dentro da História da Salvação.


Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção.(Gl 4,4).

Leniéverson Azeredo Gomes

 

A plenitude dos tempos citada no trecho da carta de São Paulo aos Gálatas, é, “o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em que habitará “corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9) (CIC § 484). O Anjo Gabriel foi o grande mensageiro que trouxe o convite de Deus, para que aquela jovenzinha, filha de São Joaquim e Santa Ana, fosse o sacrário vivo de Deus Pai. Há um conceito defindo pela mariologia de que Nossa Senhora foi a primeira cristã, exatamente por dar o seu “sim” a missão de gerar o Messias.
O evangelho liturgico de hoje, Lc 1,26-38, nos traz a baila de novo, a  cena da Anúnciação do Senhor Jesus, porque a vimos no  dia 25 de Março, quando a Igreja Católica comemora solenemente esse momento. Como foi dito acima, Nossa Senhora era uma jovenzinha, em torno dos 15 anos. Maria Santíssima, virgem, era uma mulher prometida em casamento a um homem chamado, José, que era da estirpe (da família) de Davi (Lc 1,27). Por ser virgem , logo nunca ter tido relações sexuais com homem algum, tinha evidentemente as suas inseguranças e os seus medos, primeiro por ficar pertubada ao receber a visita angelical que (Lc 1,29) e quando ela ouviu do ser alado a missão que Deus estava a propondo (Lc 1, 31-33). Afinal, “como isso aconteceria, se ela não conhecia nenhum homem ainda” (Lc 1,34).
Os versiculos 35, 36 e 37, do capitulo primeiro, mostra que o anjo soube mostrar a Maria que deveria confiar no poder do Espirito Santo, que tudo daria certo, porque “para Deus nada é impossivel”. A Jovenzinha, provavelmente  deve ter se ajoelhado, quando disse “Eis aqui a serva [ou a escrava] do Senhor, faça em mim, segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
De fato, Deus usou o anjo, muito mais para anunciar a Nossa Senhora de que ela foi a escolhida para ser o receptáculo messiânico, mas para fazê-la entender que ela deveria fazer a vontade do Senhor.
A primeira leitura de hoje, retirada do livro de Isaias 7,10-14, nos mostra que Maria já estava predestinada a gerar Cristo Jesus. “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel [Deus conosco]” (Is 7,14). Assim, como o texto de Isaias há vários outros no Antigo Testamento (A.T) que fazem menção, quem fazem uma ponte ao momento da anunciação do nascimento do verbo encarnado. Maria, sem sombra de dúvida, é uma das maiores personagens da História da Salvação, pois ela foi escolhida pelo “Deus Pai para dar ao mundo o Emanuel (Deus-conosco)” (Mt 1,23).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Esta é a amostra do desequilíbrio deste deputado que foi eleito pelo voto de legenda.

Leniéverson Azeredo Gomes


jean-wyllys-xingando-no-twitter

    O papa criou uma conta no Twitter para se relacionar com o seus fiéis e simpatizantes, não para receber ofensas gratuitas desse do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que foi eleito pelo voto de legenda. Esse senhor parece não conhecer a palavra educação, fineza e etiqueta. Alias, isso é típico da militância gay. Quem conquistar "direitos" com rolos compressores, acionando a corte suprema, dentre outras coisas.Vejam este vídeo desta audiência na Camara Federal, sobre o projeto que erroneamente é chamado de Cura Gay, do deputado João Campos (PSB-GO). 
       Na audiência estava, dentre outras pessoas, além do deputado João Campos, a Psicologa Marisa Lobo, o Psicologo e Pastor Silas Malafaia e a militância gay.

       Esse senhor e a militância gay está passando dos limites aceitáveis e toleráveis. Temos de dar um basta nessa estória.Uma coisa é defender direitos, outra coisa é ofender pessoas de forma gratuita e desequilibrada. 


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Igreja tem de buscar uma familiar; sadia e unitiva vivência em comunidade


Leniéverson Azeredo Gomes


Uma das coisas mais abomináveis nas relações entre pessoas na igreja, sobretudo entre membros de pastoral, é o princípio do "Bem, eu quero", "Mal, eu quero". Panelinhas, armação de grupinhos fechados e currais afetivos, afastam as pessoas da Igreja. Sempre deve se pensar a comunidade, conceitualmente como família. Que cria pontes, ao invés de muros.
Em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos 42 a 47, nos chama atenção para a virtude dos primeiros cristãos; Lá na diz que tudo era em comum, viviam na fração do pão, dentre outras coisas. Existem pessoas que escolhem a dedo, quem merece partilhar de suas alegrias festivas. Esse tipo de atitude mostra o lado mais mesquinho e medíocre de mundo.
Crie pontes que aproximem todos a sua volta, não faça acepção de pessoas, convide as pessoas da comunidade para estar com você, compartilhando de suas alegrias. Afinal, dentro de um templo e até fora dela, existe uma Comum Unidade e não uma comum desunidade ou comum panelinha. É um tema polêmico, espinhoso, mas FICA A DICA!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Santo do Dia - São João da Cruz.


João da Cruz nasceu em 1542, provavelmente no dia 24 de Junho, em Fontiveros, província da cidade de Ávila, em Espanha. Os seus pais chamavam-se Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior”, foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para Arévalo.
 Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas.
Ingressou na Ordem do Carmo aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca.
Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa. No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços.
O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de Novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações.
Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite escura da alma", da "Subida ao Monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".  Ele faleceu em Úbeda, no dia 14 de Dezembro de 1591. Ele foi proclamado 26º Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI.


PENSAMENTOS DE SÃO JOÃO DA CRUZ:


 

"O Verbo Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espirito Santo, está essencial e realmente escondido no íntimo de cada ser."
"Se está em mim aquele a quem minha alma ama, como não o encontro nem o sinto? É por estar ele escondido. Mas não te escondas também; assim podes encontrá-lo e senti-lo..."
"Teu Amado esposo é o tesouro escondido no campo de tua alma, pelo qual o sábio comerciante deu todas as suas riquezas."
"Nisto tens motivo de grande gozo e alegria, vendo como todo o teu bem - a tua esperança - se encontra tão perto de ti, ou melhor, está dentro de ti, e tu não podes viver sem ele."
"O demônio teme a alma unida a Deus como ao próprio Deus."
"O amor consiste em despojar-se e desapegar-se, por Deus, de tudo o que não é Ele."
"Como acontece aos bem-aventurados no céu: uns vêem mais a Deus e outos menos, mas todos o contemplam e estão felizes, porque cada um pode satisfazer a própria capacidade."
"Para possuir Deus plenamente, é preciso nada ter; porque se o coração pertence a Ele, não pode voltar-se para outro."
"Para buscar a Deus, requer-se um coração despojado e forte, livre de tudo o que não é puramente Deus."
"Afeiçoar-se ao mesmo tempo a Deus e a criatura são coisas contrárias: não podem existir numa só pessoa."
"Deus é inacessível. Não repares, portanto, no que as tuas faculdades podem compreender, nem teus sentidos experimentar, para que não te satisfaças com menos e assim perderes a presteza necessária para chegar a Ele."
"A criatura atormenta, e o espírito de Deus gera alegria."
"Há uma distância infinita entre o ser divino e o ser das criaturas, por isso é impossível à inteligência, por si só, atingir a Deus."
"Que felicidade o homem poder libertar-se de dua sensualidade! Isto não pode ser bem compreendido, a meu ver, senão por quem o experimentou. Só então verá claramente como era miserável a escravidão em que se estava."
"Adquire-se a sabedoria através do amor, do silêncio e da mortificação; grande sabedoria é saber calar e não inserir-se em ditos ou fatos e na vida alheia."
"A purificação que leva a alma à união com Deus, é noite:
- quanto ao ponto de partida, pois a alma priva-se do prazer de todas as coisas do mundo;
- quanto ao caminho a tomar - a fé; noite verdadeiramente escura para o entendimento;
- quanto ao termo ao qual a alma se destina - Deus; ser incompreensivel e infinitamente acima de nossas faculdades."
"É inegável que a alma chega ao conhecimento de Deus, antes pelo que ele não é do que pelo que ele é."
"O amor não consiste em sentir grandes coisas, mas em despojar-se e sofrer pelo Amado."
"É próprio do perfeito amor nada querer admitir ou tomar para si, nem atribuir-se coisa alguma, mas tudo referir ao Amado. Se nos amores da terra é assim, quanto mais no amor de Deus."
"Sofrer por Deus é melhor que fazer milagres."
"Quem não busca a cruz de Cristo não busca a glória de Cristo."
"A alma que quer que Deus se lhe entregue inteiramente há de se entregar toda sem reservar nada para si."
"Quando tiveres algum aborrecimento e desgosto, lembra-te de Cristo crucificado e cala-te."
"Alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas saber o lugar onde está teu Amado, a fim de o buscares e a ele te unires. Já te foi dito que és tu mesma o aposento onde ele mora, e o recôndito esconderijo em que se oculta."
"Nisto tens motivo de grande gozo e alegria, vendo como todo o teu bem - a tua esperança - se encontra tão perto de ti, ou melhor está dentro de ti, e tu não podes viver sem ele."
"Em teu recolhimento interior, regozija-te com ele, pois ele está muito perto de ti".

Fontes: [1] e [2]