quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Reflexão: pastor de uma igreja batista 'rebatiza' nome de praia no norte fluminense.


Leniéverson Azeredo Gomes


Foto:  Leniéverson/Via Celular

Como diz um famoso ditado, "a vida é um eterno aprendizado" e muitas vezes aprendemos que muitas coisas requerem tolerância, mas essa imagem sinaliza a ausência dela. 33 dos meus 35 anos, veraneio na Praia de Santa Clara, no pequeno município de São Francisco do Itabapoana (470 km ao norte da capital, Rio de Janeiro).
 Em dezembro do ano passado, assim, numa conversa descontraída durante a confraternização da paróquia que eu frequento, um 'irmão de igreja', que também vereaneia lá, fez menção ao fato de que em uma das entradas do balneário (Rua Cajabami), o pastor da Igreja Batista local colocou uma placa, onde ele 'rebatizou' o nome da praia, de Santa Clara para Praia Clara.
 Eu não acreditei, havia quase um ano que não ia lá, mas como eu disse a alguns, fiquei cinco dias lá e quando estava esperando o ônibus para voltar a Campos, me toquei que estava no local exato da placa e fiquei abismado. Saquei meu celular e tirei esta foto. O que este pastor, cujo nome irei omitir pensou com essa medida?
Para mim, o que ele fez, mostra que para os "crentis", evangélicos, protestantes, sejam lá o que for não tem tolerância e tem uma visão equivocada com a questão dos santos e mais: a birra que antes era de foro apologético pessoal e restrito as igrejas ou programas nos meios de comunicação, agora ocupa espaços públicos. Muitos católicos que frequentam a praia ficaram aborrecidos com a questão. 
Certamente, alguém (que não é protestante) vai 'repintar' a bobagem intolerânte com o nome certo. Santa Clara sempre será Santa Clara, queira o pastor ou não. Há anos, muitos anos a praia se chama assim e não mudará. 
Em uma coisa, a placa tem razão, a praia é lugar de gente feliz, mas é, e também de tolerância ao catolicismo que chegou primeiro no lugar.
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