sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Congresso da RCC da Diocese de Campos dos Goytacazes/RJ


CAMPANHA A FAVOR DE UMA POLÍTICA SEM PALHAÇADAS




Leniéverson Azeredo Gomes*


Foto: CAMPANHA A FAVOR DE UMA POLÍTICA SEM PALHAÇADAS.

Leniéverson Azeredo Gomes*

A Política, segundo a sumula teológica de São Thomás de Aquino, é a ciência voltada para o bem comum, onde quem detem um mandato ou cargo eletivo precisa se voltar para a coletividade. Platão, um dos filosofos gregos, desenvolveu um ensaio sobre a conciliação de interesses. Mas que interesses, o Político com P maiusculo.
 O político com p minusculo sempre se voltará a politicagem, ao populismo, onde dá emprego a X, sem concurso público, inflingindo o direito administrativo, para um parente (incorrendo na prática do nepotismo) ou dos apadrinhados. Essa situação, como consequência promove o voto de cabresto, onde o cidadão, muitas vezes "de quatro". "ajoelhado" ou se "rasteja" como cobra em direção ao prefeito ou vereador que lhe deu o emprego.
É como se fosse uma relação entre Deus e o seus servos.Isso nos faz lembrar a passagem onde o povo hebreu viveu anos cativo e escravo pelo faraó do Egito. Um povo que não quer ser liberto, preferem estar algemados pelo faraó a serem livres. De fato, o voto de cabresto era um prática que começou a ficar conhecida no nordeste, no ínicio do século XX, onde os coroneis, donos de latifundios, ordenavam aos jagunços, muitas vezes com violência, para que moradores das cidadezinhas votassem em políticos da primazia dos coroneis, quando não raro fossem os próprios coroneis os candidatos. Nos dias de hoje, no nordeste, essa política ainda persiste não só nordeste com as familias Colllor, Sarneys, Cunha Lima, e no norte, centro-oeste, sul e sudeste do Brasil.  
Mas ao inves de agir com violência, hoje os coronéis atuam com ideologias populistas, como Bolsa Família, Cheque Cidadão, projetos de R$ 1,00, etc. Daí, vem a expressão coronelismo, sistemaprivado de poder. Curiosamente, o Salmo 97, 9, fala de um mundo, onde o governante tem de "chefiar o mundo com justiça e os povos com equidade". 
Governar o mundo sem prestigiar a justiça, o bem-comum e a equidade, tem como consequências graves: falta de investimentos em educação, saúde, moradia popular, as ruas continuarão esburacadas e com esgoto a céu aberto, falta de saneamento básico, a proliferação de lideres populistas e corruptos, etc. 
O Vereador corrupto não fiscalizará o executivo, se este for do mesmo partido dele e o prefeito sempre receberá "sims" e fará uma verdadeira farra com o dinheiro público. Todo eleitor, precisa ter a consciência de que ao eleger estas pessoas, estará autorizando o mesmo a fazer você e a sua cidade de palhaços e não os tratará com seriedade. Independente se a sua cidade tem coronéis ou não, no dia 7 de outubro, deposite seu voto em alguém sério, com ficha limpa, que não trate você e a sua cidade como palhaços. Pensem nisso.

* Jornalista




A Política, segundo a súmula teológica de São Thomas de Aquino, é a ciência voltada para o bem comum, onde quem detém um mandato ou cargo eletivo precisa se voltar para a coletividade. Platão, um dos filósofos gregos, desenvolveu um ensaio sobre a conciliação de interesses. Mas que interesses: o Político com P maiúsculo.
O político com p minúsculo sempre se voltará a politicagem, ao populismo, onde dá emprego a X, sem concurso público, infringindo o direito administrativo, para um parente (incorrendo na prática do nepotismo) ou dos apadrinhados. Essa situação, como consequência promove o voto de cabresto, onde o cidadão, muitas vezes "de quatro". "ajoelhado" ou se "rasteja" como cobra em direção ao prefeito ou vereador que lhe deu o emprego.
É como se fosse uma relação entre Deus e o seus servos. Isso nos faz lembrar a passagem onde o povo hebreu viveu anos cativo e escravo pelo faraó do Egito. Um povo que não quer ser libertos e preferem estar algemados pelo faraó a serem livres. De fato, o voto de cabresto era uma prática que começou a ficar conhecida no nordeste, no início do século XX, onde os coronéis, donos de latifúndios, ordenavam aos jagunços, muitas vezes com violência, para que moradores das cidadezinhas votassem em políticos da primazia dos coronéis, quando não raro fossem os próprios coronéis os candidatos. Nos dias de hoje, no nordeste, essa política ainda persiste não só nordeste com as famílias Colllor, Sarneys, Cunha Lima, e no norte, centro-oeste, sul e sudeste do Brasil.
Mas ao invés de agir com violência, hoje, os coronéis atuam com ideologias populistas, como Bolsa Família, Cheque Cidadão, projetos de R$ 1,00, etc. Daí vem à expressão coronelismo, um sistema privado de poder. Curiosamente, o Salmo 97, 9, fala de um mundo, onde o governante tem de "chefiar o mundo com justiça e os povos com equidade".
Governar o mundo sem prestigiar a justiça, o bem-comum e a equidade, tem como consequências graves: falta de investimentos em educação, saúde, moradia popular, as ruas continuarão esburacadas e com esgoto a céu aberto, falta de saneamento básico, a proliferação de lideranças populistas e corruptas, etc.
O Vereador corrupto não fiscalizará o executivo, se este for do mesmo partido dele e o prefeito sempre receberá "sims" e fará uma verdadeira farra com o dinheiro público. Todo eleitor, precisa ter a consciência de que ao eleger estas pessoas, estará autorizando o mesmo a fazer você e a sua cidade de palhaços e não os tratará com seriedade. Independente se a sua cidade tem coronéis ou não, no dia 7 de outubro, deposite seu voto em alguém sério, com ficha limpa, que não trate você e a sua cidade como palhaços. Pensem nisso.

* Jornalista