sexta-feira, 10 de junho de 2011

Padres e quilombolas encerram greve de fome no MA

Padres e quilombolas fazem greve de fome no Maranhão

Folha de São Paulo

RICARDO SCHWARZ
DE SÃO PAULO

Dois padres da CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Maranhão e 17 quilombolas entraram em greve de fome nesta quinta-feira (9). O protesto é uma forma de pressionar pela presença da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) para tratar sobre a questão da violência contra líderes quilombolas no Estado.

Desde a sexta-feira passada, cerca de 40 comunidades de remanescente de quilombo do Maranhão ocupam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em São Luís.

"Estamos há dois dias tentando falar com a ministra dos Direitos Humanos e não conseguimos. Perdemos a paciência", disse o padre Inaldo Serejo, coordenador da CPT no Estado e quem lidera o movimento. O outro padre que aderiu ao protesto é Clemir Batista da Silva.

Segundo a CPT, a lista de quilombolas ameaçados de morte no Maranhão aumentou de 52 para 59 nesta semana. A entidade diz que "nos últimos dias pelo menos duas lideranças quilombolas no estado sofreram tentativas de assassinato".

O padre Serejo ressalta ainda que as últimas reuniões realizadas com representantes do Incra não avançaram. "Estamos reunidos há dois dias e nada é resolvido. A presidente Dilma deveria dar uma ordem à ministra para vir discutir a questão da segurança aqui, que piora a cada dia", disse.

Ainda de acordo com Serejo, a greve de fome não tem data para acabar. "Vamos avaliar a situação de cada um, mas não vamos parar enquanto não conseguirmos conversar com a ministra", conclui.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Direitos Humanos informou que há uma equipe em Brasília cuidando do caso. Disse, ainda, que a ministra já sabe do protesto e que ela "determinou que continue tratando a situação com prioridade e que, se for preciso, ela irá até o Maranhão".

Adolescentes roubam bebidas da Festa do Divino em Palhoça, na Grande Florianópolis

Eles entraram pela janela do salão paroquial e levaram garafas de whisky, vodca e energéticos

Diário Catarinense




Na véspera do baile que antecede a Festa do Divino Espírito Santo, marcado para esta sexta-feira em Palhoça, na Grande Florianópolis, ladrões invadiram o salão paroquial da Igreja Matriz e roubaram bebidas que seriam vendidas na festa.

O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira, dia 9. Dois adolescentes entraram pela janela do salão e escolheram os produtos mais caros, como garrafas de whisky, vodca e latas de energéticos. Antes de sair, eles ainda tomaram algumas bebidas.

No momento da fuga, vizinhos perceberam a movimentação e chamaram a polícia. Um deles conseguiu fugir, o outro foi pego. Ele foi encaminhado à central de polícia e liberado.

De acordo com o pároco do local, Francisco Rohling, a Matriz de Palhoça já foi arrombada 24 vezes nos últimos 12 anos. Em um dos crimes, o padre ficou sob a mira de um revólver.

Comentario do Blog: Essa matéria não me espanta, pois há um número considerável de paróquias espalhadas pelo Brasil que vendem bebidas alcoólicas com o intuito de arrecadar dinheiro para ajudar financeiramente a Igreja, muitas vezes por uma equivocada tradição .Não há na reportagem feita pelo Diário Catarinense ou em outros sites que repercutiram o roubo o posicionamento do bispo ou arcebispo local sobre o assunto, mas pelo que eu sei, há varios bispos e arcebispos que estão proibindo a venda de bebidas alcoólicas em festas de padroeiros, quermesses, bailes, entre outras coisas.Os motivos para essa tomada de postura corajosa desses bispos são muitos:
a) É um contrassenso paróquias permitirem esse expediente se as mesmas têm instaladas em espaços cedidos a Pastoral da Sobriedade;
b)A Bebida causa violência doméstica, acidentes de trânsito, estimula mortes por motivos banais, etc;
c)A Igreja Católica realizou várias Campanhas da Fraternidade com a temática das drogas, a bebida alcoólicas, assim como o cigarro, é uma delas;
d)Para estimular a criatividade das paróquias, a fim de melhorar e fortalecer seu dízimo;
e)A maioria dos que embebedam não querem saber de Deus;
É verdade que muitos lugares, retirar a bebida do cenário das festas religiosas foi um processo fácil, mas em outros, bispos e até padres foram ameaçados, inclusive de morte, pasmem, por certos fiéis.
A questão é polêmica, pois a bíblia, ora não diz que é proibida, ora censura, como em Efésios 5,18 que fala:
"Não vos embriagueis com o vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei do espírito".

A questão não é de puritanismo, mas sim de chamar a atenção sob a sacralidade das festas e de quem é o centro delas.