quinta-feira, 16 de maio de 2013

A CNBB, até que enfim emitiu um parecer decente e lúcido sobre algo relacionado a teologia moral. Leiam a nota da entidade sobre a decisão do CNJ que obriga os cartórios de todo o país, a aceitar o casamento gay


Nota da CNBB sobre uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo

"Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 14, 15 e 16 de maio de 2013, dirigímo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar. Desejamos também recordar nossa rejeição à grave discriminação contra pessoas devido à sua orientação sexual, manifestando-lhes nosso profundo respeito.

Diante da Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a “habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo” (n. 175/2013), recordamos que “a diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural” (Nota da CNBB, 11 de maio de 2011). A família, assim constituída, é o âmbito adequado para a plena realização humana e o desenvolvimento das diversas gerações, constituindo-se o maior bem das pessoas.

Ao dar reconhecimento legal às uniões estáveis como casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em nosso país, a Resolução interpreta a decisão do Supremo Tribunal Federal de 2011 (cf. ADI 4277; ADPF 132). Certos direitos são garantidos às pessoas comprometidas por tais uniões, como já é previsto no caso da união civil. As uniões de pessoas do mesmo sexo, no entanto, não podem ser simplesmente equiparadas ao casamento ou à família, que se fundamentam no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e à educação dos filhos.

Com essa Resolução, o exercício de controle administrativo do CNJ sobre o Poder Judiciário gera uma confusão de competências, pois orienta a alteração do ordenamento jurídico, o que não diz respeito ao Poder Judiciário, mas sim ao conjunto da sociedade brasileira, representada democraticamente pelo Congresso Nacional, a quem compete propor e votar leis.

Unimo-nos a todos que legítima e democraticamente se manifestam contrários a tal Resolução. Encorajamos os fiéis e todas as pessoas de boa vontade, no respeito às diferenças, a aprofundar e transmitir, no seio da família e na escola, os valores perenes vinculados à instituição familiar, para o bem de toda a sociedade.

Que Deus ilumine e oriente a todos em sua vocação humana e cristã!"

Brasília-DF, 16 de maio de 2013

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB em exercício

Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB em exercício

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Uma santa dica para quem tem curso superior e se acha ou crê que pode humilhar as pessoas por causa disso.


    
Leniéverson Azeredo Gomes

 

     Ter nível superior, ter mestrado e doutorado, não faz a pessoa melhor ou maior, em relação a quem não tem essas coisas. Nem suas idéias devem ser sinônimo de mais sabedoria se compararmos com uma pessoa que tenha uma baixa escolaridade. Ter nível superior, ter mestrado e doutorado então não servem para nada? Não disse isso, o que se quer dizer é que o ser humano não pode usar a máxima brilhantemente definida por Roberto da Matta, que é o "Olha, com quem está falando". 

    Não é o currículo recheado que define a pessoa, mas a forma humilde que a pessoa expõe as suas idéias permitindo, respeitando, aceitando e não criminalizando as contradições opinativas. Nós, que temos nível superior – o blogueiro é formado em jornalismo - devemos ter em mente que, "aquele que se humilhar, será exaltado e, aquele que se exaltar, será humilhado" (Mt 23,12). 

     Texto bíblico de referência: " Fizeram-te rei (do festim)? Não te envaideças com isso. Sê no meio dos outros como qualquer um deles. Ocupa-te com eles e em seguida senta-te. Não tomes lugar a mesa, senão após cumpridos os teus deveres, assim te regozijarás por causa deles Receberás a coroa como um gracioso adorno, e ganharás a considerações dos convivas", Eclo 32, 1-3