terça-feira, 6 de julho de 2010

6 de Julho - Dia de Santa Maria Goretti – Vida de Santidade, Amor ao Evangelho e outros exemplos de mulheres castas.




Nesta terça-feira, comemoramos os 108 anos do descanso eterno de Santa Maria Goretti.No dia 6 de Julho de 1902, a então pré-adolescente italiana de origem camponesa humilde, 12 anos de idade, foi morta, após ser coberta de punhaladas executadas por Alexandre Serenelli, um homem que dizia ser seu pretendente.Maria Goretti, por ser piedosa e muito religiosa, preferiu ser assassinada a ter sua castidade violada.Enquanto morria, demonstrou quão misericordiosa ela era: perdoou Alexandre por todas as coisas que ele fez.
Ela foi canonizada em 1950, pelo Papa Pio XII, na cerimônia estavam presentes: seu agressor, sua mãe, Assunta, e seus irmãos. Ao desejar ser casta, mesmo tendo que chegar às últimas conseqüências como a morte, Santa Maria Goretti, deixa um belo exemplo de vida e castidade, de amor a Deus e santidade.
Não pecar contra a castidade é o sexto mandamento da Lei de Deus, o que demonstra que Goretti, por ser religiosa, queria se manter fiel e obediente ao mandamento divino.
O gesto da pré-adolescente, evidentemente, se encaixa muito bem no contexto biológico e espiritual dos santos: “antes morrer do que pecar” contra o Pai – frase de São Domingos Sávio, aluno de Dom Bosco.Notadamente, muitos santos da Igreja, como Maria Goretti, faziam do Martírio – morrer em nome de uma causa – uma “escada” para chegar ao céu.
Nos três primeiros séculos da Era Cristã, duas santas derramaram seus sangues como Santa Maria Goretti: Santa Águeda ou Agatha, Santa Agnes ou Inês. Em comum, eram de famílias ilustres, influentes e ricas. Habitualmente moças originárias de famílias com esse perfil, desde cedo eram pedidas em casamento.





Agatha e Inês eram jovens extremamente bonitas e isso atraia os homens da época, mas a forte religiosidade das duas fazia com que elas negassem todas as intenções maliciosas do sexo masculino. Tanto uma como a outra foram levadas para um bordel, mas mesmo assim resistiram até o fim. Foram mandadas para um calabouço, aonde vieram a falecer, após serem fisicamente castigadas por resistência ao sexo e suposto culto a um falso Deus.
No Brasil, temos dois casos emblemáticos de mulheres jovens e adultas que foram brutalmente assassinadas por desejarem a castidade.Vejam a lista abaixo:

Isabel Cristina Mrad Campos –


Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena, Minas Gerais. Morou com seus pais e um irmão nessa cidade até iniciar o Pré-Vestibular, em 1982, quando mudou-se para Juiz de fora, também em Minas Gerais.
Queria fazer Medicina e, em abril, foi morar num apartamento com uma prima e duas amigas. Em 15 de agosto mudou-se para outro apartamento, com seu irmão, quando compraram uma geladeira, um ferro elétrico e um armário, este a ser montado e que seria a causa de seu martírio. No dia 30, o montador esteve em seu apartamento e disse-lhe palavras obscenas, também não terminando de montar o armário, o que ela depois contou ao irmão e a amigas do pré-vestibular.
No dia seguinte, o mesmo homem voltou para completar o serviço e, então, tentou violentar Isabel Cristina: deu-lhe uma cadeirada na cabeça; ela caiu, e foi amarrada com cordas e cintos, amordaçada com pedaços de lençol, e teve as roupas tiradas e rasgadas. O criminoso aumentou o volume do rádio e da TV para abafar os barulhos; Isabel Cristina resistia; e ele desferiu-lhe 15 facadas, sendo duas nos órgãos genitais e 13 nas costas.
A perícia médica constatou na autópsia, no entanto, que a moça não fora violentada, pois conseguiu resistir com vigor, conforme provavam existência de marcas bem visíveis de unhadas nas coxas; permaneceu virgem, e só as duas facadas “romperam” suas partes íntimas, ficando o útero ileso. Apesar de ter namorado, manteve-se virgem, pois seu namoro era puro, caseiro, sem abusos. Recatada, de freqüência às Missas e sacramentos, gostava de cuidar de deficientes físicos e, na escola, sempre dava atenção especial às meninas mais pobres. Há um processo de beatificação dela, iniciada em 2001, no pontificado de Bento XVI, e, em fase de término de analise e aprovação.

Beata Lindalva Justo de Oliveira -

Nasceu em Assu, Bahia, em 20 de outubro de 1953 , era uma religiosa das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo desde 1987. Em janeiro de 1993, devido a uma recomendação, o abrigo teve que acolher entre os anciãos Augusto da Silva Peixoto, homem de 46 anos, que não tinha direito de ser interno, em virtude de sua idade. Ele passou a assediar Ir. Lindalva, e tornou-se insistente e inconveniente. A religiosa, com medo, procurou afastar-se o mais que pode de Augusto. Narrou a situação a outras irmãs e intensificou sua vida de oração. Seu amor aos idosos a manteve no abrigo, e chegou a confidenciar a uma coirmã: “prefiro que meu sangue seja derramado a afastar-me daqui”.
Os internos repreendem Augusto e insistem para que Irmã Lindalva relate o fato ao diretor do serviço social do abrigo. No dia 30 de março, a funcionária Margarita Maria Silva de Azevedo repreende Augusto.
Augusto dirigiu-se à Feira de São Joaquim no dia 5 de abril, Segunda-Feira Santa, e comprou uma faca peixeira que amolou ao chegar no abrigo.
No amanhecer do dia 9 de abril, Sexta-Feira Santa, Irmã Lindalva participou da Via-Sacra, na paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. Ao regressar, serviu o café da manhã aos idosos, como de costume. A irmã – ocupada com o serviço – não percebeu que Augusto se aproximava. Foi surpreendida com um toque no ombro. Ao virar-se, recebeu os golpes que lhe tiraram a vida. Um senhor ainda tentou intervir; mas Augusto ameaçou de morte quem ousasse se aproximar. Após o crime, o assassino foi esperar os policiais, sentado num banco em frente do abrigo. Após condenação, foi internado em um manicômio judiciário.
Os médicos legistas identificaram 44 perfurações no corpo da religiosa. Imediatamente seu assassinato foi identificado pela comunidade católica como martírio, e associaram a tragédia às celebrações da Sexta-Feira da Paixão. Ela foi proclamada beata mártir pela Igreja Católica no dia 2 de dezembro de 2007 pelo Papa Bento XVI.

Albertina Berkenbrock-

Ela nasceu em Imaruí, Santa Catarina em 11 de abril de 1919, Era filha do casal de agricultores, Henrique e Josefina Berkenbrock, e teve mais oito irmãos e irmãs. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismou-se a 9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928. Albertina era muito religiosa e sempre demonstrava seu temor a Deus.
Ela foi assassinada em 15 de junho de 1931, aos doze anos de idade, por não permitir que um funcionário da fazenda em que os pais trabalhavam a estuprasse. Teve vida simples e humilde no meio rural do seu município natal.
A serva de Deus, como é conhecida a Albertina Berkenbrock, com o decreto de beatificação, assinado pelo Papa Bento XVI, no dia 16 de dezembro de 2006, foi beatificada em 20 de outubro de 2007.
São lindas estórias de gerações reais de mulheres castas cujas “memórias serão imortais, pois, são de conhecimento de Deus e também dos homens. Quando estão presentes, imitam-na; quando estão passadas, desejam-na; elas levaram na glória uma coroa eterna” (Sb 4,1-2).

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