quinta-feira, 24 de maio de 2012

O caso Marisa Lobo e algumas reflexões sobre liberdade de crença e de expressão.

Leniéverson Azeredo Gomes


Psicologa  curitibana Marisa Lobo


A Constituição da república federativa do Brasil, promulgada em 1988, dentre outras coisas, garantiu que parcelas da sociedade tivessem o direito assegurado a manifestação de sua ideologia, ou como afirma o preambulo da mesma “institui um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista (...), fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus”.
No que tange a religiosidade e as liberdades de expressão, a Carta Magna garante:
· Art. 5º : VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em e IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença e
·  Art. 216. Constitui patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem, dentre outras coisas, as formas de expressão.
Perceba-se que qualquer cristão que deseje manifestar, externar, publicar, expressar sua fé, tem o direito inalienável pela constituição e sem os expedientes de ridicularização, provocar calúnia, deboche ou exposição de visão caricaturada sobre a mesma.
É muito comum nos dias de hoje, determinados meios de comunicação, “retalhar!”, humilhar, pisar, fazer piadas sem graça com entrevistados ou personagens (como se diz em Jornalismo), com notória e convicta fé cristã e, em geral, sempre dando espaços sempre maiores, generosos e confortáveis aos intolerantes aos denodos do cristianismo. Muitas revistas, Jornais, sites de internet e programas de emissoras de TV´s demonstram exercer de forma escancarada uma forte militância, se é que não podemos dizer também uma grandiosa perseguição, respectivamente, contra e aos valores autenticamente cristãos.
Talvez o leitor possa estar se perguntando: como alguém tem a capacidade e a coragem de “trucidar” os valores cristãos, num país cuja história e quantidade de pessoas são cristãs? Como, por exemplo, programas de TV´s podem editar entrevistas, manipular falas para que, no final, o cristão sempre fique com a imagem de ser um lobo mal, o vilão? Como pode a produção desses programas usar o artifício de disseminação de caricaturas, de estereótipos do cristianismo carregados de ideologias escusas, muitas vezes, em rede nacional?
Quando se estuda a primeira fase da Teoria da Comunicação, encontra-se uma subteoria chamada hipodérmica. Ela se baseia no “conceito de "estímulo/resposta": quando há um estímulo (uma mensagem da mídia), esta adentraria o indivíduo sem encontrar resistências, da mesma forma que uma agulha hipodérmica penetra a camada cutânea e se introduz sem dificuldades no corpo de uma pessoa. Dessa forma, a mensagem não encontra resistências por parte do indivíduo, que as assimila e se deixa manipular de forma passiva”.
 Quando o meio de comunicação, através do dom de oratória e, o respaldo do emissor humano consegue disseminar ou enraizar sua ideologia ao receptor, é sinal que a informação é assimilada. Mas isso é tão ruim assim? Depende. Regimes ditatoriais de esquerda - leia-se, comunista ou socialista - utilizam grupos de comunicações estatais para defender somente um lado, normalmente o que se considera bom a ser divulgado em âmbito internacional. Grupos minoritários podem também, por exemplo, usar a credibilidade ou pseudo - credibilidade de alguns programas de emissoras de televisão para propagar suas ideologias, normalmente embebidas por conjecturas marxistas.
São os defensores do aborto, da união gay, da liberação da maconha, do ateísmo, muitos panfletos são considerados polêmicos pelos “progressistas”, não pela ideologia em si, mas por quem normalmente, em comum, são contrários a essa ideologia. Quem? Quem? Os cristãos, é claro.
Os cristãos são contrários a essas coisas e, por isso, com frequência, são chamados de reacionários, obscurantistas, conservadores, amantes da idade das trevas, os que gostam das coisas antiquadas ou obsoletas, entre outros adjetivos “elogiosos” sempre expressos com certo ódio e veemência.
Pois bem, vamos ao cerne da questão, nos últimos 9 anos – coincidentemente o número de anos em que o PT está governando o país – está se vivendo momentos de perseguição aos valores do Reino de Deus pela mídia, este blogueiro gostaria de destacar, principalmente por programas de TV´s seculares apresentados por humoristas de stand-up comedies e jornalistas tendênciosos.
O mais famoso dele, o CQC usou desse expediente manipulador para desempenhar uma campanha assombrosa contra Jair Bolsonaro e mais recentemente a psicóloga curitibana Marisa Lobo.No dia 8, de maio, o programa exibido pela Rede Bandeirantes e apresentado por Marcelo Tás e três humoristas de stand up comedies, a psicóloga foi convidada a participar, com outros dois participantes ( a homossexual Lanna Holder, uma pastora de uma seita pseudo cristã voltada para gays e o deputado baiano, mas eleito pelo voto de legenda, Jean Wyllys (PSOL-RJ)). O programa do dia abordou o projeto do deputado federal  João Campos, conhecido erroneamente por aquele que defende a cura de homossexualismo por psicólogos.
A psicóloga está sofrendo há meses um processo disciplinar do Conselho Federal de Psicologia, após este ser acionado por uma Organização não tão não governamental. Desde então ela tem sofrido duras críticas de ateus, militantes de defesa da liberalização da maconha, entidades abortistas e de defesa da ideologia LGBT. Em entrevista ao Blog “Gospel Mais”, a psicóloga afirmou que a exposição ao programa da Band, que segundo ela – e ao meu ver também – foi editado e armado, tem lhe gerado muitas adversidades:
“Já perdi muito, eu sei. Minhas palestras em universidades, tem sido boicotadas, e financeiramente perdi 70% dos meu rendimentos. Não sou sustentada por ninguém, por nenhuma igreja, vivo do meu trabalho, minha profissão, e estão destruindo tudo, apenas porque  me neguei a parar de dizer que Deus Cura, sara e liberta”.
Estão vendo, como são as coisas? Como é o nível da perseguição? O programa da Band se assemelha ao caso da Escola de Base (conheça o caso melhor aqui), ocorrida em 1994, quando donos de uma escola infantil foram acusados primeiramente pela imprensa e depois pela justiça de terem molestado crianças. Os proprietários do educandário infantil foram gradualmente arruinados imageticamente Semanas depois, se constatou que as denúncias eram inverídicas e descabidas. Mas o estrago já tinha sido feito. Todos os afetados pela falsa denúncia ficaram em depressão fortíssima e até hoje, 18 anos depois, os personagens afetados pela injustiça luta por indenizações e reparação de danos. A justiça já concedeu ganho de causa aos afetados quanto obrigando algumas empresas jornalísticas a pagar pesadas indenizações como se pode ver aqui e aqui, e outras ações, AINDA, repetindo, AINDA estão ‘rolando’ nos tribunais para que outras empresas sejam forçadas a pagar indenizações por danos morais, como se pode ver aqui.
Este blogueiro confessa que, num determinado momento de sua vida, acompanhava este programa, devido aquilo que se considera luta por um mundo sem corrupção e mais digno e o quadro “Top Five”. Mas, quando este mesmo blogueiro começou a perceber atitudes ‘panfletárias’ como a defesa das marchas da maconha e da união gay, decidiu não mais ver esse programa e outros do gênero em outras emissoras. Como se fala no catolicismo, o blogueiro teve que rezar o ‘ato de contrição’, pedindo a Deus piedade por ter cometido o pecado de não perceber certas coisas a tempo e ter ‘financiado’, ou seja, dando audiência esse programa tendencioso e contra a religiosidade cristã autêntica.
Esse blogueiro confidencia que ERA ídolo do professor Tibúrcio (personagem de Tas, no “Castelo Rá-Tim-Bum” ) e o Ernesto Varela (personagem de Tas que entrevistava pessoas nos anos 80). E repetindo, ERA, não É mais.
Como se sabe, Marcelo Tas – quão já foi dito, um dos apresentadores do CQC - tem uma filha lésbica, ele revelou isso no programa do dia 28 de março de 2011, onde o deputado federal Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista ‘ao lado’ da cantora e atriz, Preta Gil (filha de Gilberto Gil) falando também sobre homossexualismo.  Aqui não se está fazendo conjecturas depreciativas a filha dele, pois devemos amá-la em Deus de todo coração, mas a entrevista com Bolsonaro, também editada (apesar de a produção do CQC negar peremptoriamente), não surtiu o efeito esperado. Depois de passar pelo conselho de ética da Câmara, Bolsonaro foi absolvido.
A Psicóloga Marisa Lobo entrou com uma ação na justiça por reparação de danos pela edição do programa tendencioso, e, na opinião do blogueiro há chances de vitória, devido ao precedente  caso Rafinha X Wanessa Camargo, onde o então apresentador Rafael “Rafinha” Bastos disse, ipsis literis após um vídeo sobre a gravidez da filha do Zezé di Camargo, que “comeria ela e a criança”. Após ter perdido o processo, a cantora, quer dizer, o feto "entrou" com um recurso e ganhou.E o apresentador foi suspenso e depois teve que sair da emissora.Hoje está apresentando um programa na Rede TV!
É muito cômodo para uma produção de um programa de TV, convidar uma pessoa herética como a Lanna Holder, para representar um “novo olhar” cristão, uma visão não preconceituosa do cristianismo sobre a homossexualidade. Da mesma forma, que é cômodo chamar ícones de uma teologia protestante bem duvidosa como Ricardo Gondin ou grupos abortistas pseudo – católicos, como o Leonardo Boff e o Frei Betto - ícones da "teologia" pseudo católica da libertação -, como as “Católicas” pelo Direito de Decidir.
Mas há algo importante a ser destacado, recentemente foi divulgada uma pesquisa , trata-se do Índice de Confiança da Justiça - ICJBrasil, produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. O resultado foi extremamente satisfatório as religiões e negativos aos programas de televisão. De acordo com o estudo, referente ao quarto trimestre de 2011, houve um crescimento de 4% na confiança em relação a Igreja Católica, de 54% foi para 58%, perdendo apenas para as Forças Armadas. Nota-se que a Igreja - que também marcou a disputa à presidência da republica no segundo turno das eleições – passou de 7º lugar no ranking de confiança nas instituições para a 2ª posição. No primeiro trimestre de 2010,  54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável em comparação com o segundo trimestre de 2010, quando 34% dos entrevistados deram essa resposta. Quanto aos programas de TV e as emissoras de TV, em si,  em média, são entrevistadas entre 1550 a 2000 pessoas.
Apesar da baixa confiança notada na pesquisa da FGV,  programas de TV, por sua característica natural hipodérmica, tendem a disseminar mensagens que  tem a capacidade real de produzir estragos na vida de uma pessoa, estimular pessoas a pichar patrimônios religiosos ou não ou ridicularizar portadores do autismo, a exemplo destes dois programas (aqui ou aqui e aqui) da  versão brasileira da MTV (Music Televison). Resultado: os quadros dos dois programas tiveram que ser retirados do ar como se pode ver aqui e aqui.
Nos casos descritos pelo parágrafo acima, tudo é explicado pela produção ou apresentadores como "ironia", uma "brincadeira", que "não se pode ter limites para humor", que a "defesa do politicamente correto é ridícula".
Entretanto, o que eles fazem, na verdade, são atos irresponsáveis que, muitas vezes, são apoiados por seus "fiéis seguidores", que atuam na defesa dos programas nas redes sociais, pois normalmente, os apresentadores e a produção desses programas não dialogam ou interagem com o cidadão comum nessas redes sociais, que não fazem parte do mundo alternativo desses programas.Assim, do jeito covarde é fácil, né?Parece que o caso da Escola Base, descrito acima não ensinou nada as emissoras de TV.

4 comentários:

Lúcy Jorge disse...

Deixo uma lembrancinha que fiz, espero que goste do acróstico:

C ultivar uma vida de oração.
R evigorar-se pela leitura diária da Palavra.
E star sempre disposto a obedecer a Deus.
S er uma testemunha fiel no viver e no falar.
C onsagrar a Deus seu corpo, tempo e talentos.
E sperar de Deus a orientação para a vida.
R evestir-se do poder do Espírito Santo.

Nós precisamos CRESCER, na Graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Te esperando lá no meu espaço, fique a vontade para comentar e também seguir, será uma honra.

Em Cristo,

***Lucy***

P.S. Convido a também visitar o blog que tem mensagens abençoadoras, polêmicas, porém ricas de entendimento.
Acesse:

http://discipulodecristo7.blogspot.com/

Blog Católico do Leniéverson disse...

Obrigado pelo comentário, que Deus te abençoe.

stefan disse...

QUE ESTADO LAICO É ESSE?

Certo escritor com toda razão disse: há Estado laico quando deixa as pessoas que são religiosas se manifestarem, e mesmo assim o Estado aceita a decisão da maioria, já que diz ser representante dela.

Caso contrário, quando o Estado quer impor normas ou leis contrárias à fé da maioria do povo que afirma representar, como impondo decisões contrárias à fé religiosa da maioria - católica no caso - como legalizando à força o direito de abortar, proceder à eutanásia, uniões gays, incentivo à pedofilia, indistinção sexual, etc., o Estado é ateu-militante, já não sendo mais laico como quer se apresentar; é opressor disfarçado de laico, ou seja, age de uma forma querendo transparecer outra, e usa a mídia pra se justificar, valendo-se de subterfúgios, para camuflar sua ideologia de ramificações protestantes, maçônicas, socialista/comunista e anti Cristo.

Porque tanta vontade de impor à sociedade as mazelas acima? Por ser de ideologia marxista/socialista/comunista, faz parte despistar as reais intenções que é alienar a população para poder dominá-la, de transformar o país em nova Cuba, Coréia do Norte, etc. Sem esquecer que católico que vota nos partidos acima e seus aliados ainda fica excluído da Igreja por apostasia, por serem materialistas e ateus.

Quem desejar apreciar as suas táticas e esquemas de ação e de credibilidade pessoal é só conferi-los na net em "Os 10 mandamentos de Stálin".

Blog Católico do Leniéverson disse...

Olá, Stefan, de fato, há toda uma estrutura que quer implantar esses sistemas marxistas culturais no Brasil e, me parece que isso, terá um freio. A Crise envolvendo o Gilmar Mendes e o #Lulamente pode ajudar bastante nisso. Os projetos aprovados pela Comissão do Senado e dos Juristas que aprovam leis a favor dos gays e das Drogas não irá passar pela Camara.
Reze meu irmão, tempos tenebrosos e lutas intensas iremos enfrentar.
E, aproveitando, siga o meu blog e convide outros tantos para lutarmos pela imprensa livre e um mundo mais cristão.
Obrigado pela participação.