domingo, 4 de setembro de 2011

REFLEXÕES

Leniéverson Azeredo Gomes



A cena parece um fato que rotineiramente acontece nos dias de hoje: Um casal ao voltar de uma festa tradicional, realizada em uma cidade próxima para ir com seu filho e numa distração dos pais, o filho some e aí começa um drama desesperador. E nesse clímax, os pais , ao perceberem que o menino que eles geraram desapareceu, tomam a decisão de voltarem ao lugar de onde saíram para procurar o filho. Para sorte desses pais, três dias depois acham seu filho ouvindo e proferindo palavras de sabedoria com doutores sábios em um templo. Numa reação natural, eles, os pais, mostraram ao menino a preocupação deles.
Um especialista em educação infantil facilmente chegaria a conclusão de que o menino incorreu uma desobediência.Certo se o menino, mais exatamente um pré-adolescente não fosse Jesus Cristo, o Filho de Deus.
No Templo, Jesus estava ocupando das coisas do Pai, ou seja, estava na casa de seu Pai.Nesse momento o Messias demonstrava aquilo que o justo e piedoso Simeão havia dito, quando Jesus foi apresentado no templo aos 40 dias de vida, a José (seu pai adotivo) e Maria. Na ocasião, Simeão havia dito que o Filho de Deus “seria sinal de queda e soerguimento para muitos homens do mundo inteiro e que provocará contradições”(Lc 2,33-35).
Neste momento se inicia uma revelação de uma oração que estabelece uma relação filial, que o Pai almejava ou esperava de seus filhos. Se ocupar das coisas do Pai expressa a obediência que Jesus tinha com o seu Pai. E é essa obediência que os filhos nos dias de hoje devem ter com os seus pais.
Na Lei de Moisés, os Filhos deveriam honrar seus pais (Eclo 3,7), pois, eles, os pais acumularam experiências na vida, e com isso serem habilitados para “crescerem em sabedoria, estatura e graça”.
E, de fato, nessa relação que Cristo tinha com seu Pai celeste, que se deve buscar o exemplo de como os filhos, principalmente os já adultos, deve se comportar diante dos seus pais ou responsáveis e, assim mostrarem que “cresceram em sabedoria, estatura e graça”.
De acordo com o parágrafo 2218 do Catecismo da Igreja Católica, esse comportamento se traduz pelo reconhecimento dos filhos por tudo que os pais fizeram por eles. Reconhecer é: dar ajuda material e moral nos anos da velhice e durante o tempo de doença, de solidão ou simplesmente de angústia.

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